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NOÇÕES DE FARMACOTÉCNICA FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ESCOLA TÉCNICA OBJETIVO CURSO TÉCNICO – FARMÁCIA FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS PÓS FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS PÓS Forma farmacêutica sólida contendo um ou mais princípios ativos secos e com tamanho de partícula reduzido, com ou sem excipientes. FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 5ª EDIÇÃO (2010). FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS PÓS Forma Farmacêutica Uso Interno ou Externo Insumo Farmacêutico Sólidas Grânulos, Cápsulas e Comprimidos Semi-Sólidas Pomadas, Pastas, Supositórios e Óvulos Líquidas Soluções e Suspensões Formas de apresentação: Uso interno 1. Pós para administração oral ➢ Pós efervescentes • Mistura composta de bicarbonato de sódio e ácidos (ácido cítrico e ácido tartárico); • Quando adicionados à água, os ácidos reagem com a base formando o dióxido de carbono (CO2) → Efervescência; • Mascaramento do sabor indesejável de alguns fármacos. • Adjuvantes: açúcares, aromatizantes e conservantes. FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS Antiácidos: ENO® Laxantes: Cáscara Sagrada Suplemento alimentar Dietéticos FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS Formas de apresentação: Uso interno 2. Pós para administração pulmonar ➢ Aerossóis • Pós medicamentosos administrados por inalação com auxilio de inaladores de pó seco; •Tratamento das vias aéreas: Asma brônquica, fibrose pulmonar; •Vantagens: - Rapidez de início de ação - Redução de doses: redução de efeitos adversos sistêmicos, redução de custos - Resolução de problemas de absorção oral - Redução do efeito de 1ª passagem (metabolismo hepático que reduz a biodisponibilidade) Dispositivo sem gás propelente Inspiração de partículas FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS Formas de apresentação: Uso Interno 3. Pós para reconstituição ➢ Fármacos instáveis em solução ou suspensão; ➢ Antibióticos para reconstituição antes do uso: No momento da administração o paciente adiciona água filtrada para a reconstituição; ➢ Pós estéreis para injetáveis: Acompanha ampola com diluente estéril apropriado (água para injetáveis) – Reconstituição para aplicação imediata da injeção. FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS Formas de apresentação: Uso externo I. Pós para administração tópica ➢ Superfície da pele e mucosas; ➢ Deve ter capacidade de aderência; ➢ Medicamentos: Anti-sépticos: Tênis pé Baruel Antimicrobianos: Sulfas (feridas e queimaduras), Vodol (micoses) Secantes: Talcos Anti-pruriginosos: Aftas (Albicon®) Vantagens dos Pós ➢ Mais estáveis do que as preparações líquidas; ➢ Excelente conservação devido ao baixo teor de água (inibe crescimento de microorganismos); ➢ Menor irritação gástrica devido à rápida dissolução (comprimidos podem ser irritantes); ➢ Facilidade de administração tópica (pele e mucosas) ou oral (deglutição após reconstituição); ➢ BAIXO CUSTO (fabricação simples e embalagem barata). FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS Desvantagens dos Pós Grande área superficial de exposição: ➢ Higroscopia (absorve água); ➢ Hidrólise (degradação do fármaco pela água); ➢ Oxidação (degradação do fármaco pelo oxigênio oriundo da água – H2O); ➢ Fotólise (degradação do fármaco pela luz); ➢ Intensificação de sabor e odor desagradável; Processos de elaboração dos pós: 1º) Redução do tamanho de partículas (Trituração); 2º) Avaliação da distribuição de tamanho – Calibração (Tamisação); 3º) Mistura de pós (Almofariz); 4º) Fracionamento, acondicionamento e envase; FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS Trituração: Processo de propagação da quebra, no qual, por meio de aplicação de uma força localizada, são produzidas tensões nas partículas capazes de provocar rupturas dos cristais das substâncias levando a quebras ou rachaduras. A escolha do método vai depender: ➢ Grau de divisão desejado: micro ou nanopartículas ➢ Produção pretendida: pequena escala (Farmácia com manipulação) grande escala (Indústrias) REDUÇÃO DO TAMANHO I. Farmácias com Manipulação ➢Trituração: moagem do material em gral de porcelana e pistilo, a superfície áspera do recipiente contribui para a quebra das partículas (compressão). ➢ Levigação (Pó + líquido no qual é insolúvel): trituração para formação uma pasta e incorporação na base (pomada). Líquidos levigantes: glicerina, propilenoglicol, óleo mineral (hidrofílico) ➢ Intervenção (Fármacos com estrutura cristalina): Pó + solvente volátil originando uma solução, trituração até evaporação do solvente e recristalização. Exemplos: cânfora e álcool; peróxido benzoíla e acetona. REDUÇÃO DO TAMANHO II. Indústrias Farmacêuticas ➢ Corte: Moinho de facas ➢ Compressão: Moinho de rolos ➢ Impacto: Moinho de martelos, vibratório ➢ Atrito: rolos ➢ Impacto e atrito: bolas, energia fluida, pinos REDUÇÃO DO TAMANHO Tamisação: utilização de um conjunto de peneiras-padrão compreendendo a faixa de tamanho requerida. SEPARAÇÃO POR TAMANHO MISTURA DE PÓS Poucos medicamentos são constituídos por apenas UM componente; Pós compostos: mistura de pós simples previamente triturados e tamisados; No processo de mistura, os pós devem ser SEMELHANTES quanto ao tamanho, forma e densidade das partículas para evitar SEGREGAÇÃO (separação das partículas em camadas diferentes); Problemas de segregação são resolvidos pela granulação. Equipamentos para operação de mistura: ➢ Pequena escala (Farmácias) x Grande escala (Indústria) MISTURA MISTURA DE PÓS Granulação da mistura de pós: ➢ Pós divididos ou fracionados: Papéis ou saches com dosagem individual. ➢ A granel: Pó ou mistura de pós em grande quantidade acondicionados em recipientes de boca larga para facilitar a saída do pó. ➢ Pós em polvilhador múltipla dose: Recipientes com tampa que facilitam a aplicação do pó na pele ACONDICIONAMENTO/ENVASE GRANULADOS FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS GRANULADOS É a forma farmacêutica sólida contendo uma dose única de um ou mais princípios ativos, com ou sem excipientes. Consiste de agregados sólidos e secos de volumes uniformes de partículas de pó resistentes ao manuseio. FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 5ª EDIÇÃO (2010) FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS GRANULADOS Forma Farmacêutica Insumo Farmacêutico Sólidas Grânulos, Cápsulas e Comprimidos ▪ Granulação Processo de aglomeração de partículas de pó em entidades multiparticuladas maiores, chamadas grânulos. ➢ Características: 0,2 – 4 mm FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ▪ Processo de Granulação: Via úmida ➢ Mistura dos pós; ➢Adição da SOLUÇÃO DO AGLUTINANTE na mistura de pós formação de uma massa úmida e coesas (Exemplos: álcool, xarope, solução aquosa de gelatina, de amido); ➢ Massa úmida é granulada em tamis para formação dos grânulos úmidos; ➢ Secagem (40-45 ˚C); ➢ Calibração do tamanho dos grânulos em Tamiz. MISTURA DE PÓS Granulação da mistura de pós: Grânulos Efervescentes ➢ Bicarbonato de sódio + ácidos orgânicos (ácido cítrico e ácido tartárico). FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS Vantagens ➢ Melhoria do fluxo do material e da estabilidade; ➢ Evitam a segregação originada pela diferença de tamanho das partículas pulvéreas; ➢ Apresentam a área superficial reduzida e por isso são mais estáveis à umidade; ➢ Reduz risco associado à produção de poeira toxica: manipulação de pós tóxicos; FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS Desvantagens dos Granulados ➢ Higroscopia (absorve água); ➢ Hidrólise (degradação do fármacopela água); ➢ Oxidação (degradação do fármaco pelo oxigênio oriundo da água – H2O); ➢ Fotólise (degradação do fármaco pela luz); ➢ Intensificação de sabor e odor desagradável; COMPRIMIDOS FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS COMPRIMIDOS É a forma farmacêutica sólida contendo uma dose única de um ou mais princípios ativos, com ou sem excipientes, obtida pela compressão de volumes uniformes de partículas. Pode ser de uma ampla variedade de tamanhos, formatos, apresentar marcações na superfície e ser revestido ou não. Farmacopéia Brasileira, 5ª edição (2010). FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS COMPRIMIDOS: CLASSIFICAÇÃO ➢ Liberação imediata: Deglutição com água e desintegração no estômago, para liberação das partículas do fármaco que sofrem dissolução nos fluídos do TGI e posterior absorção no intestino. Exemplos: Aspirina, ASS, Anador. FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ➢ Dispersíveis: O comprimido é colocado num copo com água sofrendo desintegração e posteriormente a solução formada é deglutida. Indicação: Problemas de dores estomacais e gastrite. Crianças e idosos que tem dificuldade de deglutir comp. Exemplos: Biofenac dispersível, Cataflam D FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ➢ Mastigáveis: Administrados na cavidade bucal sendo a desintegração rápida devido ao ato da mastigação. Indicação: crianças e idosos com dificuldade de deglutição. Exemplos: Polivitamínicos e Vermífugos (desintegração e dissolução bucal e ação intestinal ou sistêmica); Antiácidos (desintegração bucal e ação estomacal); FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ➢ Bucal ou Pastilhas: O comprimido sofre desintegração lenta, o fármaco é liberado lentamente para ação na cavidade bucal. Indicação: administração local (tópica). Exemplos: nistatina para tratamento de candidíase bucal; anestésicos e antibióticos para amidalites; FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ➢ Sublingual: O comprimido é colocados na mucosa abaixo da língua e sofre desintegração imediata para a liberação do fármaco. Mucosa sublingual: muito úmida, fina e ricamente vascularizada. Ação cardíaca: após absorção o fármaco vai direto para o coração. Exemplo: Nitroglicerina para tratamento da angina. FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ➢ Intravaginal: administração de fármacos na mucosa vaginal. Exemplos: Naxogin® (nistatina, nimizarol, cloranfenicol). FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ➢ Efervescentes: apresentam um sistema ácido-base(ácido cítrico-bicarbonato) que ao contato com água produz gás (CO2) que facilita a desintegração do comprimido e a dissolução do fármaco (início de ação mais rápido). Exemplos: Paracetamol, Aspirina efervescente, Antiácidos (Sonrisal®). FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ➢ Comprimidos obtidos por múltipla compressão: Permite veiculação de fármacos incompatíveis em compartimento diferentes. ▪ Melhora a aceitação do produto (estratégia de Marketing); ▪ Existem 2 tipos de sistemas: Sistema com múltiplas camadas: Ex.: Coristina D® Sistema Reservatório: FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ➢ Revestidos: Produzidos por compressão e revestidos com material a base de açúcar (drágea), polímero (comprimidos peliculados), gelatina (gelcap). Razões para o revestimento: proteção do fármaco (luz, calor, unidade); Mascarar gosto e odor desagradável; FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ▪ COMPRIMIDOS: COMPONENTES EXCIPIENTES ➢ Diluentes Excipientes que fornecem volume a formulação permitindo ajuste do peso do comprimido. Exemplos: lactose, sacarose (solúveis), amido, celulose microcristalina, fosfato de cálcio (pouco solúveis). FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ➢ Desintegrantes Excipientes que promovem a desintegração dos comprimidos (uso de 2- 10%); Absorvem água (intumescem), expandem volume e rompem o comprimido; Exemplos: amido, glicolatode amido sódico, celulose, carboximetilcelulosesódica, polivinilpirrolidona, polivinilpirrolidonade cadeia cruzada (Crospovidona®). FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ➢ Aglutinantes Excipientes que melhoram as propriedades de coesão entres as partículas possibilitando a formação de grânulos (concentração de 2-10%); Exemplos: soluções de amido (10-20%), amido pré-gelatinizado, glicose (20-25%), sacarose, gelatina, carboximetilcelulose, metilcelulose, polivinilpirrolidona. Molhagem: adição da solução do aglutinante no pó e formação de uma massa úmida e coesa; Cuidado: Excesso de líquido forma grânulos duros (ruim); Falta de líquido forma de grânulos friáveis (desprendem pós fico); FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS Granulação da mistura de pós: FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ➢ Lubrificantes Reduzem o atrito entre comprimido e a superfície metálica da matriz e dos punções facilitando a ejeção do comprimido (Concentração de 0,1-1%); Exemplos: ácido esteárico, estearato de magnésio, parafina líquida. ➢ Deslizantes Excipientes que melhoram as propriedades de fluxo dos pós ou grânulos do alimentador para a matriz da máquina de compressão; Concentração de 0,1-1% Exemplo: Óxido de sílica coloidal (Aerosil®). FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ➢ COMPRIMIDOS: PRODUÇÃO FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ➢ MÁQUINA DE COMPRESSÃO FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS KorschPharmapress 1.000.000 de cp/h PUNÇÕES MATRIZES ➢ COMPRIMIDOS: ACONDICIONAMENTO/ENVASE ▪ Frascos de vidro âmbar hermeticamente fechados com tampa; ▪Blister; FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ➢ COMPRIMIDOS: VANTAGENS Formas farmacêuticas sólidas sendo mais estáveis que as líquidas; Excelente conservação (baixo teor de umidade inibe crescimento microbiano); Fáceis de serem produzidos em larga escala o que torna o produto barato; Doses precisas quando bem produzidos; Possibilidade de revestimento para proteção do fármaco, liberação modificada; Facilidade de transporte (comprimidos têm dimensões pequenas); Administração simples, conveniente, segura (pode ser feita pelo paciente); ➢ COMPRIMIDOS:DESVANTAGENS ▪ Fármacos pouco solúveis apresentam baixa absorção; ▪ Desintegração pode causar problemas de irritação gástrica. FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS CÁPSULAS FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS CÁPSULAS Formas farmacêuticas sólidas em que o(s) princípio(s) ativo(s) e os excipientes estão contidos em um invólucro solúvel, geralmente gelatinoso, de formatos e tamanhos variados, contendo uma dose única do princípio ativo e, destinada principalmente, ao uso oral. Farmacopéia Brasileira, 5ª edição, 2010 FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS CÁPSULAS: TIPOS ➢ Cápsulas de gelatina dura: pós, semi-sólidos; ➢ Cápsulas de gelatina mole: soluções, suspensões não-aquosas; FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS: ➢ Possuem forma cilíndrica, arredondada nos extremos e formada por duas partes abertas; ➢ Coradas ou Transparentes e Opacas; ➢ Apresentam-se no comércio com variados tamanhos designados por algarismos arbitrários (quanto maior o número, menor a capacidade do invólucro): FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS • Invólucro: Gelatina dura e hidrossolúvel • Corpo: parte que recebe a formulação • Tampa: lacra a cápsula ➢ Componentes FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ➢ Cápsulas comerciais comumente encontradas nas Farmácias de Manipulação: CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS: INVÓLUCRO ➢ Gelatina: obtida da hidrólise parcial do colágeno; ➢ Água; ➢Açúcar; ➢ Opacificante (TiO2); ➢ Corantes; ➢Antioxidantes; ➢ Conservantes; FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS: INVÓLUCRO ➢ Propriedades: Umidade •Teor de umidade ideal dos invólucros: 13-16%; • > 16% perda das propriedades mecânicasde deformação; • < 10% invólucro quebradiço; •Armazenamento: Umidade em torno de 45-55% Umidade Relativa (20 °C- 25°C); • Evitar temperaturas superiores a 38 °C por períodos prolongados; • O invólucro é digerido por enzimas estomacais rompendo para a liberação do seu conteúdo. FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS: INVÓLUCRO ➢ Produção: Efetuada em indústria farmacêutica FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS ➢ Conteúdo: Sólidos secos: pós, granulados, péletes (pellets), pequenos comprimidos e outras cápsulas menores; ➢ Excipientes: Devem ser inertes diante do IFA, em relação ao material de acondicionamento e, em relação ao organismo; FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS ➢ PREPARAÇÃO DAS CÁPSULAS: ETAPAS I. Seleção dos Excipientes; II. Pesagem; III. Redução do tamanho das partículas; IV. Tamisação; V. Mistura de pós; VI. Encapsulação; FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS I. Seleção dos Excipientes: Se o IFA ocupar menos de que 90% do volume da cápsula, deve-se adicionar diluente. ➢ Diluente: são comumente adicionados para aumentar o volume da formulação, até uma quantidade manipulável e promover a coesão dos pós; Exemplos: Lactose, celulose microcristalina e amido. ➢ Desintegrantes: auxilia na ruptura do invólucro e desintegração do pó, facilitando a dissolução e absorção do fármaco (2-10%); Exemplos: Polímeros (glicolato de amido sódico, celulose, carboximetilcelulose, amido, PVP – polivinilpirrolidona). ▪ CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS I. Seleção dos Excipientes: Se o IFA ocupar menos de que 90% do volume da cápsula, deve-se adicionar diluente. ➢ Lubrificantes: melhoram as propriedades de fluxo diminuindo a adesão de pós ou grânulos e as superfícies metálicas e, facilitando o enchimento das cápsulas (0,25 – 1%); Exemplos: Dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio, ácido esteárico. ➢ Aglutinantes: proporciona a adesão entre as partículas do pó possibilitando a formação de grânulos; Exemplos: Solução de glicose, sacarose, amido, carboximetilcelulose. FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS II. Pesagem dos componentes ➢ Pesagem individual dos componentes das fórmulas a serem manipuladas; ➢ Deve-se levar em consideração a quantidade de cápsulas prescritas na receita) e, (Qual cápsula DEVO escolher???) CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS II. Pesagem dos componentes ➢ Determinação do volume aparente (Vap): É a conversão da unidade de massa (g) para volume (mL); Volume aparente bruto: Ar no intertício ; Volume aparente batido: 10 batidas para a remoção do ar entre as partículas; ➢ Escolha da cápsula: Cálculos!!! FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS Prescrição Médica: 60 cápsulas de Hidroxizine 100 mg a) Identificar o fármaco e a sua dose: Hidroxizine 100 mg b) Conversão das unidades de miligrama (mg) em grama (g): 100 mg ÷ 1000 = 0,1 g c) Encontrar o Volume aparente da Hidroxizine = 1,1 mL/g d) Multiplicar a dose da Hidroxizine em gramas (g) pelo Volume aparente da Hidroxizine: 0,1 g x 1,1 mL/g = 0,11 mL de Hidroxizine e) Escolher a cápsula que comporta o volume de hidroxizine na menor quantidade possível de excipiente. Prescrição Médica: 60 cápsulas de Hidroxizine 100 mg f) Calcular o volume de amido (Excipiente): 0,13 mL (volume da cápsula 5) – 0,11 mL (volume de Hidroxizine) = 0,02 mL g) Encontrar o Volume aparente do Amido = 1,5 mL/g h) Dividir o volume de Amido pelo volume aparente do Amido: 0,02 mL ÷ 1,5 mL/g = 0,0133 g i) Para a manipulação de 1 cápsula, vamos precisar de 0,1 g de Hidroxizine e 0,0133 g de Amido. j) Multiplicar pelo número de cápsulas totais pedidas pelo médico na receita (60 cápsulas): 0,1 g de Hidroxizine x 60 cápsulas = 6g de Hidroxizine 0,0133 g de Amido x 60 cápsulas = 0,798g de Amido Exercício: Você recebeu a seguinte prescrição Condroitina Sulfato ----------------------------------------- 400 mg Faça 108 cápsulas. 1. Conversão da dose prescrita (400 mg) em volume, utilizando o Volume aparente da Condroitina Sulfato (Vap) = 1,8 mL/g. Isso siginifica que: 1 g de Condroitina ----------------- 1,8 mL 0,4 g (400 mg ÷ 1000) de Condroitina --------------- X = 0,72 mL 2. Escolha do número da Cápsula que ocupará o volume de ativo encontrado anteriormente: Cápsula 00 (0,95): 0,95 mL – 0,72 mL = 0,23 mL (Volume necessário de diluente para completar o volume total da cápsula) 3. Conversão do Volume (mL) de diluente (Amido) que será utilizado em Massa (g), utilizando o Vap Amido = 2,0 mL/g. Logo, 1 g -------------------------------- 2,0 mL Y ---------------------------- 0,23 mL Y = 0,115 g 4. Cálculo de ativo e amido para 108 cápsulas: Condroitina: 0,4 g x 108 cápsulas = 43,2 g Amido: 0,006 g x 108 cápsulas = 12,42 g Tamanh o Volume 5 0,13 4 0,2 3 0,3 2 0,4 1 0,5 00 0,95 000 1,36 CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS III. Redução do Tamanho das Partículas ➢Trituração: Almofariz (gral + pistilo); ➢ Moagem: Moinhos de bola, martelos, pinos, facas; ➢ Distribuição uniforme das substâncias ativas nas misturas de pós, assegurando a uniformidade de conteúdo; FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ▪ CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS IV. Tamisação ➢ Separação e calibração de partículas sólidas; ➢ O número do tamis indica a abertura das malhas (mesh) em micrômetros; ➢ Faixa de medida em torno de 40 – 9500 μm, dependendo do tamanho do tamis; FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS V. Mistura ➢Almofariz (gral + pistilo): Diluição Geométrica; ➢ Misturadores Industriais; ➢ Frasco de boca larga; ➢ Saco plástico; VI. Encapsulação ➢ Para o enchimento das cápsulas podem ser utilizadas diversas técnicas, através dos modelos de encapsuladoras manuais, semi-automáticas e automáticas; Placas Encapsuladoras Manuais (Farmácia Magistral) FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ▪ CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS VI. Encapsulação: Operações para Enchimento Manual ➢A bancada em que será realizada o enchimento deve ser previamente limpa e forrada com papel; ➢ Montagem do tabuleiro com tamanho e cor correta da cápsula; ➢As cápsulas são abertas manualmente e, o corpo é colocado nos orifícios da placa; ➢ O pó é distribuído e compactado sobre a superfície com auxílio de um cartão preenchendo todas as unidades, até o término do pó restante no gral; ➢Após o término, as cápsulas são travadas. FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ▪ CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS VI. Encapsulação: Operações para Enchimento Manual ➢ Travamento das Cápsulas: ➢ Limpeza; ➢ Envase: hermeticamente fechado e resistente à luz. FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ▪ CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS Corpo + Tampa CONI-SNAP® VI. Encapsulação: ➢ Encapsuladoras Semi-Automáticas: Produção de até 10.000 cápsulas/hora; FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ▪ CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS VI. Encapsulação: ➢ Encapsuladoras Semi-Automáticas: Produção de até 10.000 cápsulas/hora; ➢ Encapsuladora Automática: 6000 a 150000 cápsulas/hora; FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ▪ CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS CÁPSULAS GELATINOSAS MOLES ➢ É a cápsula constituída de um invólucro de gelatina, de vários formatos, mais maleável do que o das cápsulas duras, normalmente preenchidas com conteúdos líquidos ou semissólidos. ➢ Utilizadas em aplicações alimentícia (vitamina E), farmacêutica (Ibuprofeno) e cosmética (filtros solares, óleo corporal); FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS CÁPSULAS GELATINOSAS MOLES ➢ Invólucro: Flexível e Hidrossolúvel; ➢ Gelatina: Glicerinaou álcool (sorbitol); ➢ Conservantes: Metilparabeno e/ou propilparabeno; ➢ Opacificantes; ➢ Corantes; ➢ Limitações: Formulações com alto teor de água (Acima de 5%) e compostos orgânicos voláteis e solúveis em água de baixo peso molecular. FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS CÁPSULAS GELATINOSAS MOLES: TIPOS ➢ Para administração oral; ➢ Cápsulas mastigáveis; ➢ Cápsulas de dissolução bucal; ➢ Cápsulas com lacre descartável; ➢ Cápsulas de Liberação Modificada: HPMC; ➢ Cápsulas Gastrorresistente e Liberção Entérica; CÁPSULAS GELATINOSAS MOLES: PRODUÇÃO FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS CÁPSULAS GELATINOSAS MOLES: PRODUÇÃO FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ▪ ANSEL, H.C.; POPOVICH, N.G.; ALEN, J.R. e LOYD, V. Farmacotécnica: formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 2000. ▪ AULTON, M.E. and TAYLOR, K.M.G. Aulton's Pharmaceutics E-Book: The Design and Manufacture of Medicines. Elsevier Health Sciences, 2017. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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