Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
* MANUTENÇÃO DA INTEGRIDADE CORPORAL FERIDAS Profa. Enfa. Msc. Natanna Slaviero * FUNÇÕES DA PELE Proteção: barreira de proteção Proteção Imunológica: componentes dérmicos Termo Reguladora: sudorese,constrição e dilatação Percepção Sensorial: calor, frio, dor e tato; Síntese de Substâncias Químicas: secreção sebácea,manutenção da pele, melanina, proteção de raios ultra violeta, vitamina D * COMPROMETIMENTO DA INTEGRIDADE DA PELE INTERVENÇÕES prevenção e controle de infecções promover a cicatrização controlar a dor oferecer apoio emocional * LESÕES ELEMENTARES 1. ALTERAÇÕES DE COR: manchas ou máculas: ERITEMA: cor vermelha por vasodilatação CIANOSE: cor arroxeada, congestão venosa com diminuição de temperatura EXANTEMA: eritema localizado nas mucosas * LESÕES ELEMENTARES 2. FORMAÇÕES SÓLIDAS: processo inflamatório ou neoplásico PÁPULAS: lesão sólida circunscrita e elevada (menor 1cm) NÓDULO: lesão solida, elevada ou não, de 1 a 3 cm de tamanho. * LESÕES ELEMENTARES 3. COLEÇÕES LÍQUIDAS: conteúdo líquido, que pode ser seroso, sanguinolento ou purulento. VESÍCULAS: conteúdo claro até 1 cm de tamanho BOLHAS: conteúdo claro maior que 1 cm de tamanho PÚSTULA: conteúdo purulento até 1 cm de tamanho ABSCESSO: coleção localizada de secreção purulenta, causada por uma supuração no interior do tecido, órgão ou de um espaço confinado HEMATOMA: coleção de sangue na pele ou subcutâneo, proeminente ou não, de tamanho variado * LESÕES ELEMENTARES 4. ALTERAÇÕES DE ESPESSURA EDEMA: aumento da espessura, determinado pelo acúmulo anormal de líquido nos espaços teciduais intercelulares ou nas cavidades do corpo CICATRIZ: tecido liso, plano, saliente ou deprimido, resultante da reparação de processo destrutivo da pele * FISIOLOGIA DA PELE Epiderme: Constituída por epitélio estratificado, não é vascularizado, sendo mantido pelo líquido tissular originário da derme. Derme: compreende o denso estroma fibro-elástico no qual situam-se as estruturas vasculares, nervosa e os anexos da pele: glândulas sudoríparas, sebáceas e os folículos pilosos, é a principal estrutura de suporte da pele. * FERIDAS As feridas são conseqüência de uma agressão por um agente ao tecido vivo. O tratamento das feridas vem evoluindo desde 3000 anos A.C., onde as feridas hemorrágicas eram tratadas com cauterização. O uso de torniquete é descrito em 400 A.C. A sutura é documentada desde o terceiro século A.C. Na Idade Média, com o aparecimento da pólvora, os ferimentos tornaram-se mais graves. O cirurgião francês Ambroise Paré, em 1585 orientou o tratamento das feridas quanto à necessidade de debridamento, aproximação das bordas e curativos. Lister, em 1884, introduziu o tratamento anti-séptico. No século XX, vimos a evolução da terapêutica com o aparecimento da sulfa e da penicilina. * AVALIAÇÃO DA FERIDA Tipos de feridas Número de feridas Localização da ferida Tempo de existência Tipo de cicatrização Úlceras de pressão (estadiamento) Espessura da ferida Característica do tecido Exsudato Infecção Pele ao redor da ferida Edema Dor Medidas Fatores que influenciam na cicatrização das feridas * CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS As feridas podem ser classificadas de várias maneiras: 1. Tipo 2. Tipo de cicatrização 3. Época 4. Camada de pele lesada 5. Grau de contaminação * 1. TIPO DE FERIDAS: FERIDAS MECÂNICAS São feridas traumáticas causadas por traumatismos externos, cortantes ou penetrantes. Abrasões Esmagamentos Perfurantes Contusões Equimoses e hematomas * Os mecanismos mais freqüentes são a compressão: a pele é esmagada de encontro ao plano subjacente, ou por tração: por rasgo ou arrancamento tecidual. As bordas são irregulares, com mais de um ângulo; constituem exemplo clássico as mordidas de cão. TIPO DE FERIDAS: FERIDAS LACERADAS * Causadas pela ação de ácidos ou bases muito fortes e alguns sais e gases, como gás lacrimogênio e ácido hidroclorídrico; CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: FERIDAS QUÍMICAS * CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: FERIDAS TÉRMICAS São feridas que se desenvolveram como resultado do calor ou frio extremo; QUEIMADURAS Produzem lesão por coagulação das proteínas celulares, sendo decorrentes de processos de contato com calor, eletricidade e congelamento * São feridas causadas por raios ou contato com objeto energizado, como por exemplo, contato com a rede elétrica; CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: FERIDAS POR ELETRICIDADE * CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: FERIDAS POR RADIAÇÃO São feridas causadas pela longa exposição a raios solares, raio X ou outro tipo de radiação FERIDAS ONCOLÓGICAS São causadas por tumores na pele ou metástases cutâneas de outros tumores * Produzidas por um instrumento cortante, como por exemplo as feridas cirúrgicas. CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: FERIDAS INCISAS * São feridas produzidas por ação contundente de objetos rombos. Caracteriza-se por traumatismo das partes moles, hemorragias e edema. CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: FERIDAS CONTUSAS * São feridas produzidas por arma de fogo (bala) ou arma branca (faca), produzem pequena abertura na pele, porém podem atingir camadas teciduais profundas e órgãos, causando hemorragia intensa. CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: FERIDAS PERFURANTES * Área de necrose tecidual que se desenvolve quando o tecido é comprimido entre uma proeminência óssea e uma superfície dura por um longo período de tempo. Lesão ou solução de continuidade na pele do cliente, ocasionada por longa permanência no leito sem mobilização e cuidados de enfermagem. CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: ÚLCERA POR PRESSÃO * Ferida crônica nas pernas, procedente de lesão nas artérias, por doença vascular periférica (DVP). Presença de tecido desvitalizado, amarelo ou preto, esfacelamento e escarificação com áreas de necrose, pouco exsudativas, localizadas na região distal dos membros inferiores, região retromaleolar, calcâneo e dedos dos pés Necessário tratamento simultâneo sistêmico Controle de hábitos alimentares CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: ÚLCERA ARTERIAL * Ferida crônica nas pernas; Freqüente em idosos; Portadores de insuficiência venosa crônica; Decorrente de insuficiência das veias da perna e da associação do refluxo de sangue para as veias superficiais; Causa mais comum hipertensão arterial; Localizadas nos membros inferiores; Desencadeadas por traumas ou infecções; CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: ÚLCERA VENOSA * CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: FERIDAS VASCULOGÊNICAS PÉ DIABÉTICO Ferida crônica nos pés; Células recebem suprimentos insuficientes de oxigênio ou quando a deficiência de nutrientes; Neuropatia diabética ou doença vascular periférica; Diminuição da sensibilidade, deformidades, dimuinuição de fluxo arterial. * CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS As feridas podem ser classificadas de várias maneiras: 1. Tipo 2. Número de feridas * Número de feridas Definir o número de feridas Definir as feridas menos contaminadas Fazer os curativos iniciando pelas mais limpas * CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS As feridas podem ser classificadas de várias maneiras: 1. Tipo 2. Número de feridas 3. Localização da ferida * LOCALIZAÇÃO DA FERIDA Uso OBRIGATÓRIO de termos técnicos.... * CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS As feridas podem ser classificadas de várias maneiras: 1. Tipo 2. Número de feridas 3. Localização da ferida 4. Tempo de existência * CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: ÉPOCA AGUDA Ocorrência recente CRÔNICA Ocorrência antiga ou de difícil cicatrização * CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS As feridas podem ser classificadas de várias maneiras: 1. Tipo 2. Número de feridas 3. Localização da ferida 4. Tempo de existência 5. Tipo de cicatrização * TIPOS DE CICATRIZAÇÃO PRIMEIRA INTENÇÃO - PRIMÁRIA bordas da feridasão apostas ou aproximadas perda mínima de tecido ausência de infecção e edema mínimo tecido de granulação não é visível Tempo de 04 a 14 dias Formação mínima de cicatrizes * TIPOS DE CICATRIZAÇÃO SEGUNDA INTENÇÃO - GRANULAÇÃO Grau de perda tecidual Bordas não aproximáveis com facilidade Reparo mais complicado e demorado Classificadas como: Feridas em espessura parcial: epiderme e derme Feridas em espessura integral: epiderme, derme, subcutâneo, músculos e ossos Cicatrização por granulação, pois no abscesso formam-se brotos minúsculos chamados granulações. * TIPOS DE CICATRIZAÇÃO TERCEIRA INTENÇÃO – PRIMEIRA INTENÇÃO RETARDADA Ferida deliberadamente aberta para resolução de edema, infecção, remoção de exsudato Maior formação de cicatrizes Drenos, ostomias, feridas cirúrgicas infectadas, feridas não suturadas, deiscências de suturas * CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS As feridas podem ser classificadas de várias maneiras: 1. Tipo 2. Número de feridas 3. Localização da ferida 4. Tempo de existência 5. Tipo de cicatrização 6. Estadiamento das úlceras de pressão * Estadiamento das úlceras de pressão Estágio I - caracteriza-se pelo comprometimento da epiderme apenas, com formação de eritema em pele íntegra e sem perda tecidual. Estágio II - caracteriza-se por abrasão ou úlcera, ocorre perda tecidual e comprometimento da epiderme, derme ou ambas. Estágio III - caracteriza-se por presença de úlcera profunda, com comprometimento total da pele e necrose de tecido subcutâneo, entretanto a lesão não se estende até a fáscia muscular. Estágio IV - caracteriza-se por extensa destruição de tecido, chegando a ocorrer lesão óssea ou muscular ou necrose tissular. À esquerda, fases do processo de cicatrização na pele: 1) formação do tampão de coagulação; 2) nova epitelização por queratinócitos; 3)fim do processo de epitelização e formação da cicatriz. (Fonte: Charité - Universitätsmedizin Berlin ). * CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS As feridas podem ser classificadas de várias maneiras: 1. Tipo 2. Número de feridas 3. Localização da ferida 4. Tempo de existência 5. Tipo de cicatrização 6. Estadiamento das úlceras de pressão 7. Espessura da ferida * Classificação quanto a espessura Ferida Superficial É aquela que atinge a epiderme e a derme * Ferida Profunda Superficial: é aquela que destrói a epiderme, a derme e o tecido subcutâneo Classificação quanto a espessura * Ferida Profunda Total: é aquela que atinge o tecido muscular e as estruturas adjacentes, como por exemplo tendões e cartilagens. Classificação quanto a espessura * CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS As feridas podem ser classificadas de várias maneiras: 1. Tipo 2. Número de feridas 3. Localização da ferida 4. Tempo de existência 5. Tipo de cicatrização 6. Estadiamento das úlceras de pressão 7. Espessura da ferida 8. Característica do tecido * Características do tecido GRANULAÇÃO ROSEO FIBRINA NECROSE * CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS As feridas podem ser classificadas de várias maneiras: 1. Tipo 2. Número de feridas 3. Localização da ferida 4. Tempo de existência 5. Tipo de cicatrização 6. Estadiamento das úlceras de pressão 7. Espessura da ferida 8. Característica do tecido 9. Exsudato * EXSUDATO EXSUDATO - Fluido inflamatório extravascular; - Alto conteúdo de proteínas, fragmentos celulares e leucócitos EXSUDAÇÃO SEROSA: baixo conteúdo protéico, cor amarelada, sem odor. EXSUDAÇÃO FIBROSA: grande quantidade de proteínas, regiões inflamatórias mais graves, precipitação de fibrina. EXSUDAÇÃO PURULENTA: bactérias patogênicas, odor forte. EXSUDAÇÃO HEMORRÁGICA: ruptura de vasos. EXSUDAÇÃO SEROPIOSANGUINOLENTA: combinação dos tipos de exsudato. * CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS As feridas podem ser classificadas de várias maneiras: 1. Tipo 2. Número de feridas 3. Localização da ferida 4. Tempo de existência 5. Tipo de cicatrização 6. Estadiamento das úlceras de pressão 7. Espessura da ferida 8. Característica do tecido 9. Exsudato 10. Infecção * CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS GRAU DE CONTAMINAÇÃO LIMPAS - são as produzidas em ambiente cirúrgico, sendo que não foram abertos sistemas como o digestório, respiratório e genito-urinário. A probabilidade da infecção da ferida é baixa, em torno de 1 a 5%. LIMPAS-CONTAMINADAS – também são conhecidas como potencialmente contaminadas; nelas há contaminação grosseira, por exemplo nas ocasionadas por faca de cozinha, ou nas situações cirúrgicas em que houve abertura dos sistemas contaminados descritos anteriormente. O risco de infecção é de 3 a 11%. CONTAMINADAS - há reação inflamatória; são as que tiveram contato com material como terra, fezes, etc. Também são consideradas contaminadas aquelas em que já se passou seis horas após o ato que resultou na ferida. O risco de infecção da ferida já atinge 10 a 17%. INFECTADAS - apresentam sinais nítidos de infecção. * Sinais: edema, eritema, aumento da temperatura e dor (dor, calor, rubor) Uso de antibióticos ou medicação local Infecção pode ser: exógena (infecção provocada por microorganismos provenientes do exterior). endógena (infecção devido a um microorganismo já existente no organismo, e que, por qualquer razão, se torna patogénico). * CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS As feridas podem ser classificadas de várias maneiras: 1. Tipo 2. Número de feridas 3. Localização da ferida 4. Tempo de existência 5. Tipo de cicatrização 6. Estadiamento das úlceras de pressão 7. Espessura da ferida 8. Característica do tecido 9. Exsudato 10. Infecção 11. Pele ao redor da ferida * Avaliação da pele ao redor da ferida * CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS As feridas podem ser classificadas de várias maneiras: 1. Tipo 2. Número de feridas 3. Localização da ferida 4. Tempo de existência 5. Tipo de cicatrização 6. Estadiamento das úlceras de pressão 7. Espessura da ferida 8. Característica do tecido 9. Exsudato 10. Infecção 11. Pele ao redor da ferida 12. Avaliação da dor * Avaliação da dor Tipo de dor Frequência da dor Intensidade da dor Escala de dor * CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS As feridas podem ser classificadas de várias maneiras: 1. Tipo 2. Número de feridas 3. Localização da ferida 4. Tempo de existência 5. Tipo de cicatrização 6. Estadiamento das úlceras de pressão 7. Espessura da ferida 8. Característica do tecido 9. Exsudato 10. Infecção 11. Pele ao redor da ferida 12. Avaliação da dor 13. Medição da ferida * Medição da ferida Desenhar a forma da ferida (foto?) Maior diâmetro Menor diâmetro Anotar todos os dias Utilizar régua ou fita métrica Caneta Bic * CURATIVOS Princípios básicos Prof. Natanna Slaviero * CURATIVO É um meio que consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura estéril em uma ferida, quando necessário, com finalidade de promover a rápida cicatrização e prevenir contaminação e infecção. Podem ser realizados de forma: Primária: O primeiro produto que ira entrar em contato com a lesão ou pele. Secundária: O produto que será ocluído após aplicação do produto primário. * OBJETIVOS Tratar e prevenir infecções; Eliminar os fatores desfavoráveis que retardam a cicatrização e prolongam a convalescença, aumentando os custos do tratamento; Diminuir infecções cruzadas, através de técnicas e procedimentos corretos. * FINALIDADES Remover corpos estranhos Reaproximar bordas separadas Proteger a ferida contra contaminação e infecções Preencher espaço morto e evitar a formação de sero-hematomas Favorecer a aplicação de medicação tópica Fazer debridamento mecânico e remover tecido necrótico Reduzir o edema Absorver exsudato e edema Manter a umidade da superfície da ferida Fornecer isolamento térmico Proteger a cicatrização da ferida Limitar a movimentação dos tecidosem torno da ferida Dar conforto psicológico Diminuir a intensidade da dor. * CUIDADOS NO CURATIVO Proteção do paciente contra microorganismos presentes no próprio corpo ou transportados pelas pessoas que prestam assistência a ele. Campo estéril = isento de todos os microorganismos. Não falar, curvar-se, cruzar ou gesticular sobre o campo estéril. Objeto estéril + Objeto estéril = Objeto estéril Objeto estéril + Objeto não estéril = Objeto não estéril * TIPOS DE CURATIVOS COMPRESSIVO: Aquele no qual é mantido compressão sobre a ferida para estancar. Ex: hemorragias etc. DRENAGENS: Nos ferimentos com drenagem de grande quantidade de exsudato coloca-se dreno (penrose, portovac), tubos, cateteres ou bolsas de colostomia. DEBRIDAMENTO: É a retirada de tecido necrosado, sem vitalidade, utilizando coberturas com ação debridante ou retirada mecânica com pinça, tesoura ou bisturi. * TIPOS DE CURATIVOS ABERTO: É aquele no qual utiliza-se apenas o antisséptico, mantendo a ferida exposta. Ex: feridas cirúrgicas limpas com 48 horas de evolução ou mais. OCLUSIVO: Que após a limpeza da ferida e aplicação do medicamento é fechado ou ocluído com gaze ou atadura. SECO: Fechado com gaze ou compressa seca. ÚMIDO: Fechado com gaze ou compressa umedecida com pomada ou soluções prescritas. * DRENOS DRENO DE PENROSE DRENO DE PORTOVAC OU SUCÇÃO * TÉCNICA DE ABERTURA DE PACOTE ESTÉRIL 1. Colocar o pacote em uma superfície plana 2. Posicionar o pacote de modo que a dobra de cima do invólucro fique de frente para quem vai abrir o pacote 3. Remover a fita que mantêm o pacote fechado, lembrando que se o campo for de pano a fita pode ser puxada, se o campo for de papel a fita deverá ser rasgada * 4. Antes de retirar a fita observar o nome do conteúdo do pacote, a data do vencimento, assinatura e se o pacote não esta sujo ou molhado. 5. Puxar a dobra de cima do pacote e após abrir as laterais de uma de cada vez, abrindo por último a dobra mais próxima de quem está abrindo o pacote DESPREZAR O MATERIAL SE: O conteúdo seja tocado; Pacote estiver úmido ou for colocado em uma superfície úmida ou molhada; Data de validade do material estiver vencida. TÉCNICA DE ABERTURA DE PACOTE ESTÉRIL * TIPOS DE CURATIVO SIMPLES 1º TEMPO: Retirada do curativo anterior Utilização de luva de procedimento e par de pinças (Kocher + dente de rato) 2º TEMPO: Realização do curativo propriamente dito Limpeza do mais limpo para o mais sujo * PINÇAS KOCHER DENTE DE RATO * PINÇAS ANATÔMICA KELLY * TIPOS DE CURATIVO SORO EM JATO 1º TEMPO: Retirada do curativo anterior Utilização de luva de procedimento e par de pinças (Kocher + dente de rato) 2º TEMPO: Soro em jato (aquecido) Cuidado para não contaminar áreas * * * * PRINCÍPIOS E CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS 1º PRINCÍPIO Pele e mucosa albergam normalmente microorganismos Cuidados: Lavar as mãos Diminuir ao mínimo de tempo possível a exposição da ferida e dos materiais esterelizados; Não falar enquanto faz o curativos (usar máscara); Manipular o material esterelizado sempre com auxílio de pinças ou luvas estéreis ( em caso de curativo limpo); Limpar a ferida com soro fisiológico 0,9%; Empregar antisséptico (se necessário) na ferida e ao redor da mesma; Orientar o cliente sobre os cuidados: não tocar com a mão na ferida, não falar sobre a lesão, não pegar em materiais esterelizados. * 2º PRINCÍPIO Os germes se encontram no ar Cuidados: Exposição da ferida e dos materias estéreis pelo menor tempo possível; Preparar o ambiente: fechar as janelas; Dispor o material de modo que fique cômodo; PRINCÍPIOS E CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS * 3º PRINCÍPIO A umidade facilita o crescimento e a proliferação dos germes. Cuidados: Troca de curativo na presença de exsudato; Reforçar com gazes secas; Cuidado na troca quando a parte externa do curativo estiver contaminada, manter o exterior seco; PRINCÍPIOS E CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS MANTER AS ÁREAS SECAS – SECAS MANTER AS ÁREAS ÚMIDAS - UMIDAS * 4º PRINCÍPIO Os líquidos circulam para baixo com o resultado da gravidade. Cuidados: Conservar as pinças com as pontas voltadas para cima; Maior contaminação na parte de baixo, drenos. PRINCÍPIOS E CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS * 5º PRINCÍPIO As vias aéreas albergam com frequência germes que podem passar para as feridas abertas Cuidados: Não falar ao manipular o material estéril ou ferida; Usar máscara nos casos mais delicados. PRINCÍPIOS E CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS * 6º PRINCÍPIO O sangue transporta os materiais que nutrem e reparam os tecidos corporais Cuidados: Evitar substâncias que lesam os tecidos; Técnica asséptica; Não tocar na lesão com qualquer material não esterelizado; Usar a gaze só uma vez para tratamento da ferida; Técnica do toque com tampão rotativo; Retirar os tecidos necrosados. PRINCÍPIOS E CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS * 7º PRINCÍPIO Os líquidos se movem até os materiais por ação capilar Cuidados: Colocar na proteção da ferida somente material estéril; Remover secreções; Restringir movimentos; Cobrir áreas desfiguradas; Promover conforto e bem estar do indivíduo. PRINCÍPIOS E CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS * Não passe o braço sobre o campo estéril. Existe risco de que contaminantes do braço contaminem o campo estéril. Quando for realizar curativos em clientes com mais de uma ferida, deve-se iniciar pelos de incisão limpa e fechada, seguindo-se os de ferida aberta não infectada e por último as colostomias e fístulas em geral. Jamais colocar material contaminado sobre a cama, na mesa de cabeceira ou no recipiente de lixo do cliente. Observar a presença de infecção e colher material para cultura de secreção sempre que necessário. Não esquecer de datar e assinar o curativo. PRINCÍPIOS E CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS * ALCOOL ETÍLICO (70% a 90%) Compostos solúveis na água com características germicidas Atuam por desnaturação das proteínas Não recomendado para esterelizar materiais médicos por falta de ação esporicida e incapacidade de penetrar em materiais orgânicos ANTISSÉPTICOS VANTAGENS < 90% da flora bacteriana em 2 minutos (lavagem prévia) despotencializa os vírus HB e HIV ação rápida DESVANTAGENS ressecamento da pele não tem efeito residual ação de pouca duração NÃO USAR EM FERIDAS!! * 2. SOLUÇÕES IODÓFORAS E IODO Tinturas ou soluções de iodo. Tem efeito residual de 68 a 84% em 1 aplicação, e 92 a 96% em 6 aplicações. PVPI TÓPICO 10% – antissepsia de feridas e mucosas PVPI TINTURA (alcoolico 70%) – preparo da área operatória PVPI DEGERMANTE (assoc. a detergente) feridas sujas, mãos ou tricotomia ANTISSÉPTICOS VANTAGENS efeito residual pouco odor facilmente removível menor irritação não corrói plástico baixo preço DESVANTAGENS corrói metais não usar em recém nascidos verificar alergias * 3. CLOREXIDINA Atua por ruptura da parede celular. Excelente atividade bactericida, ação residual e segurança Clorexidina tópica, clorexidina tintura, clorexidina degermante ANTISSÉPTICOS VANTAGENS efeito residual pouco odor baixa toxicidade substitui o iodo DESVANTAGENS alto custo * 4. AÇUCAR Antisséptico mais antigo, usado desde o Egito Efeito germicida 99% de resultado positivo, experiência de cinco anos (açucar + PVPI) ANTISSÉPTICOS VANTAGENS atua em bactérias e fungos efeito hidroscópico Estimula o crescimento do tecidode granulação e epitelial. DESVANTAGENS Surgimento de insetos se não adequadamente utilizado Contra-indicado o uso em diabéticos * SOLUÇÕES UTILIZADAS INADEQUADAMENTE COMO ANTISSÉPTICOS PERMAGANATO DE POTÁSSIO: secante e bactericida de baixa potência. Pode causar queimaduras. MERCÚRIO CROMO: bacteriostática e fungistática, toxicidade. Contaminam-se com pseudomonas ÁGUA BORICADA 2%: ação bacteriostática com ação lenta. Usado apenas para compressas oculares ÁLCOOL: não deve ser usado em feridas ÉTER, ACETONA E CLOROFÓRMIO: solventes e/ou anestésicos. Provoca irritação, ressecamento e provoca a esfoliação da pele. VIOLETA DE GENECIANA: fungicida. Não tem ação antisséptica SOLUÇÃO FISIOLÓGICA 0,9%: não tem ação antiséptica. ÁGUA OXIGENADA: bactericida, virucida, esporicida, e fungicida. Alto poder corrosivo * FECHAR O CURATIVO Avaliar a situação!!! Gazes estéreis, chumaço Esparadrapo Micropore Ataduras Membranas ou filme semi-permeáveis * CATETER CENTRAL TRAQUEOSTOMIA * DRENO DE PENROSE DRENO DE TORAX * REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS POTTER, P.; Fundamentos de Enfermagem. 7ºed. São Paulo: Elsevier, 2010. SALAMON, J. HOSPITAL. 1ºed. New York: Penguin USA, 2009. SOUZA, V.; NOZAZHI, N.; O Hospital – Manual do ambiente hospitalar. 3ºed. São Paulo: Manual Real, 2009. TAYLOR, C.; Fundamentos de Enfermagem. 5ºed. Porto Alegre: Artmed, 2007. SPRINGHOUSE; As melhores práticas de enfermagem: procedimentos baseados em evidências. 2ºed. Porto Alegre: Artmed, 2010. TIMBY, B.K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 6ºed. São Paulo: Artmed, 2006. NETTINA, S. M. Prática de Enfermagem. 9ºed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. SMELTZER, S. BARE, B. Tratado de enfermagem médico-cirúrgico. 9º ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. NANDA. Nomenclatura diagnóstica de enfermagem. 2001/2002. PRADO, M.L.; GELBCKE, F.L.; Fundamentos de enfermagem. 9º ed. Centro de Ciências da Saúde. Departamento de enfermagem.UFSC: Florianópolis, 2010. *
Compartilhar