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1) Teoria Geral do Direito Civil

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O blog de uma pessoa que está estudando Direito.
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Marcadores: Teoria Geral do Direito Civil
Teoria Geral do Direito Civil
Como já vimos, a palavra Direito pode ser conceituada como um conjunto de regras criadas
para regulamentar as ações das pessoas. Já a palavra Civil vem do latim e significa cidadão.
O Direito Civil destina-se a regulamentar as ações civis das pessoas, isto é, as ações que as
pessoas tomam enquanto cidadãs de uma mesma civilização. Por isso o Direito Civil também
é entendido como um direito comum à todos, pois ele busca regular as relações entre as
pessoas físicas e jurídicas de uma sociedade, desde a concepção até a morte, e mesmo depois
dela, normatizando as relações de família e as patrimoniais.
O Direito Civil é dividido em duas partes: Parte Especial e Parte Geral.
A Parte Especial é estudada em disciplinas individuais, como Direito das Obrigações, das
Coisas, das Sucessões, etc...
Já a Parte Geral é estudada em uma única disciplina.
Essa disciplina chama-se Teoria Geral do Direito Civil.
O Conteúdo Programático desta disciplina apresenta-se da seguinte maneira:
                                   1) O Código Civil
                                   2) Pessoas
                                       2.1) Pessoas Naturais
                                       2.2) Individualização da Pessoa Natural
                                       2.3) Pessoas Jurídicas
                                   
                                   3) Bens
                                               
                                   4) Fatos Jurídicos
                                       4.1) Negócios Jurídicos
                                       4.2) Representação
                                       4.3) Defeitos dos Negócios Jurídicos
                                       4.4) Atos Ilícitos
                                       4.5) Prescrição e Decadência
                                       4.6) Prova
                                   5) Teorias
                                       5.1) Teoria da Relação Jurídica
                                       5.2) Teoria da Comoriência
                                       5.3) Teoria do Estado de Pessoas
                                       5.4) Teoria do Fato Jurídico
                                       5.5) Teoria dos Planos de Existência, Validade e Eficácia
                                       5.6) Teoria das Invalidades
O livro que eu utilizei para estudar esta disciplina, está especificado na página Material
Didático. Além disso, você precisará consultar os livros da Parte Geral do Código Civil.
O Código Civil
Direito das Obrigações
(25)
Hermenêutica e
Argumentação Jurídica
(13)
Teoria Geral do Direito
Civil (19)
DDIISSCCIIPPLLIINNAASS
Take Some Art
Positive Life
Estudos Auxiliares
MMEEUUSS BBLLOOGGSS
▼  2019 (1)
▼  Maio (1)
Vivemosem uma
sociedade
repleta de
conflitos. O Di...
►  2017 (25)
►  2016 (32)
AARRQQUUIIVVOO
Mostrando postagens com marcador Teoria Geral do Direito Civil.
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Marcadores: Teoria Geral do Direito Civil
O primeiro Código Civil de nosso país foi elaborado após a Proclamação da República por
Clóvis Beviláqua, em 1900, e encaminhado à Câmara dos Deputados. Após algumas alterações
determinadas por uma comissão especialmente nomeada para examiná-lo, foi aprovado em
janeiro de 1916 e entrou em vigor em 1º de janeiro de 1917. 
Elogiado pela clareza e precisão de seu conteúdo, o referido código refletia as concepções
predominantes em fins do século XIX e no início do século XX, baseadas no individualismo
atinente ao direito de propriedade e liberdade de contratar, característico do modelo de
estado liberal em que vivíamos.
Foi um código muito bem elaborado a partir da realidade da sua época, onde predominava
uma sociedade colonial, traduzindo as circunstâncias históricas do nosso país. No entanto, a
evolução social, o progresso cultural e o desenvolvimento científico pelos quais passou a
sociedade brasileira no decorrer do século passado, provocaram transformações sociais
capazes de modificar relevantemente o Direito Civil Brasileiro através de outras leis, que
revelavam a nova configuração da sociedade e levantavam discussões a cerca do
distanciamento do Código de 1916 em relação à realidade da nova época, que agora refletia
um modelo de estado social.
Após algumas tentativas frustradas de promover a revisão do Código Civil, o Governo
nomeou, em 1967, uma nova comissão de juristas que procurou atualizar o antigo código,
afastando-o de concepções individualistas para aproximá-lo da socialização do direito
contemporâneo e do valor fundamental da pessoa humana. Após um demorado tramite, o
novo código foi aprovado e entrou em vigor no ano de 2002, trazendo consigo as exigências
de um comportamento condizente com a boa-fé objetiva e a função social, e afastando-se de
termos vagos e ultrapassados como "mulher honesta" e "bons costumes". Os legisladores
conseguiram traduzir com efeito as novas configurações do país em sentido social, o que
marcou o novo diploma, por contrastar fortemente com o sentido individualista e
conservador que condicionava o antigo código.
Resumo feito com base no livro "Direito Civil Brasileiro (Parte Geral)" de Carlos Roberto
Gonçalves.
upconcurseiros.com.br
Pessoas Naturais
PESSOAS NATURAIS
(CC: Arts. 1 ao 39)
Pessoa Natural ou Pessoa Física é todo ser humano dotado de direitos e deveres. Mesmo
antes de nascer e adquirir personalidade, a lei assegura direitos de personalidade ao ser
humano, esses direitos são chamados de direitos do nascituro, são eles o direito à vida, à
alimentos, à gestação saudável, à integridade física, dentre outros.
CC: Art. 1: "Toda pessoa é capaz de direitos e deveres."
CC: Art. 2: "[..] a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro."
No Direito, o estudo das Pessoas Naturais se divide em Personalidade e Capacidade.
1) A Personalidade Jurídica de uma pessoa pode ser definida como a aptidão que ela possui
para adquirir direitos e contrair obrigações, a possibilidade de ser sujeito. Lembre-se que no
Direito quando falamos de pessoas elas podem ser tanto Pessoas Físicas quanto Jurídicas. O
Direito reconhece personalidade não só a Pessoas Naturais mas também a Pessoas Jurídicas.
Os Direitos de Personalidade são aqueles mais intimamente ligados a ideia de pessoa
natural, reconhecidos pelo ordenamento jurídico como inerentes ao ser humano, como a
saúde e a liberdade de expressão, podemos também observar a seguridade de tais direitos no
Art. 5 da Constituição:
aprendendoadesenhar.com.br
X: "São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado
o direito à indenização, pelo dano material ou moral decorrente de sua violação."
A personalidade de uma Pessoa Natural começa com seu nascimento e termina com sua
morte.
CC: Art. 2: "A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida [...]"
CC: Art. 6: "A existência da pessoa natural termina com a morte."
Com a morte de uma pessoa, cessam-se também seus direitos e obrigações. A morte tem
como consequência jurídica a extinção imediata de alguns direitos:
* Extinção de vínculo conjugal;
* Extinção do usufruto;
* Extinção do poder familiar;
* Extinção de mandatos.
Doutrinariamente a morte de uma pessoa pode ser classificada em Morte Real, Morte
Pressumida e Comoriência.
Morte Real: é a morte constatada com o próprio cadáver e provada pela certidão de óbito.
Morte Pressumida: é declarada a morte pressumida quando não foi possível encontrar a
pessoa e não existem testemunhas que constatarama morte da mesma, porém, é
extremamente provável que ela tenha morrido devido as circunstâncias do desaparecimento
de seu corpo, como por exemplo: em caso de acidentes em que os corpos encontram-se
desaparecidos em meio a escombros, em casos de desaparecimento durante guerra declarada
em que a pessoa estava em situação de prisioneiro ou em campanha (pode-se declarar morte
após 2 anos do término da guerra) ou em caso de ausência.
CC: Art. 7: "Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois
anos após o término da guerra."
Ausência  é quando uma pessoa desaparece de seu domicílio, sem deixar qualquer notícia e
se mantém ausente por no mínimo 10 anos. Passados 10 anos depois de declarada sua
ausência é possível declarar morte presumida a esta pessoa. Se a pessoa tem mais de 80
anos esse tempo passa para 5 anos. O Código Civil trata da curadoria dos bens do ausente e
da sucessão do mesmo do seu art. 22 ao 39.
Comoriência: A comoriência é um fenômeno jurídico que possui sua própria teoria, a Teoria
da Comoriência, que é tratada separadamente pois é aplicada em casos bem específicos.
2) A Capacidade Jurídica é a possibilidade de uma pessoa exercer pessoalmente os atos da
vida civil, isto é, adquirir direitos e contrair deveres. Ela é a medida jurídica da personalidade
e se distingue em:
A) Capacidade de gozo ou de direito: é a capacidade que todos possuem, a capacidade de
ter direitos, ela é intrínseca ao ser humano e não pode ser recusada.
B) Capacidade de fato ou exercício: é a capacidade de atuar na órbita do Direito, celebrar
contratos, casamentos, etc... Pressupõe a capacidade de gozo, ou seja, não existe sem ela. É
vinculada a dois fatores:
Idade: para que um sujeito possua capacidade de fato é necessário que o mesmo tenha
atingido a maioridade (18 anos).
Saúde: é necessário que o sujeito esteja em um estado de saúde que permita seu
discernimento.
Quanto a Capacidade, as pessoas podem ainda ser classificadas em Absolutamente Capazes,
Absolutamente Incapazes e Relativamente Incapazes:
Absolutamente Capazes: são os maiores de 18 anos, hábitos a praticar qualquer ato da vida
civil, segundo o Código Civil:
CC: Art. 5: "A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada
à prática de todos os atos da vida civil."
Absolutamente Incapazes: são proibidos totalmente de exercício de direito, não podendo
praticar qualquer ato jurídico, são os menores de 16, segundo o Código Civil:
CC: Art. 3: "São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os
menores de 16 anos."
Relativamente Incapazes: são aqueles que podem praticar atos da vida civil, desde que,
assistidos pelo seu representante legal (tutor). São eles os adolescentes que estiverem com
idade entre 16 e 17, os ébrios habituais (alcoólatras), os viciados em tóxicos, aqueles que não
conseguem exprimir sua vontade normalmente e os pródigos (pessoas que são declaradas
interditas por não possuírem controle sob seu próprio patrimônio). Leia sobre INTERDIÇÃO
ao final da página para saber mais.
Marcadores: Teoria Geral do Direito Civil
CC: Art. 4: "São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
IV - os pródigos."
EMANCIPAÇÃO
Entre os 16 e 17 anos, o adolescente pode exercer atos da vida civil assistidos pelos pais,
alguns destes atos podem o levar a conquistar a capacidade absoluta, o que chamamos de
emancipação, atos estes como o casamento com uma pessoa absolutamente capaz, a
nomeação de exercício de cargo público efetivo, a conclusão de um curso superior ou ainda,
se o adolescente conseguir se sustentar com o dinheiro de seu próprio emprego ou empresa.
Os pais podem ainda, conceder a maioridade aos filhos relativamente incapazes através de
um documento público de emancipação.
CC. Art. 5: "Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o
menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde
que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria."
LEGITIMAÇÃO
A legitimação também é conhecida como Capacidade Especial. Ela é a aptidão que uma
pessoa possui para exercer certos atos da vida civil e pode ser vedada para determinadas
pessoas em determinados casos. Por exemplo: um pai não está legitimado a celebrar negócios
com um filho se os demais filhos não consentirem ou ainda: um marido que é casado com
divisão total de bens não está legitimado a vender seus bens sem que sua esposa também
esteja de acordo.
INTERDIÇÃO
A interdição ou curatela é uma medida jurídica onde por meio de um processo judicial a
pessoa é declarada civilmente incapaz, total ou parcialmente, para a prática dos atos da vida
civil, tais como: vender, comprar, testar, casar, votar, assinar contratos, etc.
Resumo feito com base no livro "Direito Civil Brasileiro (Parte Geral)" de Carlos Roberto
Gonçalves.
Individualização da Pessoa Natural
A individualização dos seres humanos dentro dos grupos em que convive existe desde os
primórdios da natureza. A importância de tal individualização é hoje reconhecida pelo Direito
pois é de interesse do Estado e de terceiros já que gera maior segurança jurídica.
Doutrinariamente ela é classificada em três principais elementos individualizadores: o nome
do indivíduo, o seu domicílio e o seu estado (que indica sua posição na família e na
sociedade) e pode ser estudado separadamente em: Teoria do Estado de Pessoas
NOME: é a designação pessoal pela qual é possível
identificar uma pessoa. Ele integra a personalidade da
mesma, a individualiza, indica sua procedência familiar
e é inalienável e imprescritível. Toda pessoa tem direito
ao nome e não se concebe um ser humano sem nome.
Elementos Constitutivos
1) PRENOME: João, Maria, Pedro...
2) NOME DE FAMÍLIA: Santos, Silva, Pereira...
3) AGNOME: Junior, Filho, Neto...
                                              
Prenome: O prenome ou simplesmente "nome", pode ser simples como Maria ou Salete e
composto como Ana Maria, Carlos Eduardo... É próprio de toda pessoa, obrigatório a todos e
pode ser livremente escolhido pelos pais desde que não exponha o filho ao ridículo. Dois
irmãos não podem ter o mesmo nome.
Lei no 6015: "Os oficiais de registro civil não registrarão nomes suscetíveis de expor ao
ridículo os seus portadores."
Nome de família: Identifica a procedência da pessoa, não pode ser escolhido livremente uma
vez que é herdado dos pais. Enquanto o prenome é a designação do indivíduo, o sobrenome
ou nome de família é característico de sua família e transmissível por sucessão. Pode ainda
ser chamado de apelido de família ou patronímico.
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Marcadores: Teoria Geral do Direito Civil
Agnome: O agnome é um sinal distintivo que se acrescenta ao nome de uma pessoa para
diferenciá-la de outros parentes quando for escolhido dentro de uma família nomes iguais
para pais, filhos e netos. Exemplo: Neto, Junior, Filho.
Imutabilidade do nome
O nome em regra é imutável, porém existem algumas exceções:
* Quando expuser o portador ao ridículo (João Cachaça, Agrícola da Terra Fonseca);* Quando houver erro gráfico evidente (Elisarbete, Jeão);
* Quando causar embaraços no setor comercial ou na atividade profissional.
DOMICÍLIO
(CC: Arts. 70 ao 78)
 É necessário que as pessoas sejam identificadas
também através de um local onde estas possam ser
encontradas para responder sobre suas obrigações.
O domicílio pode ser tido como a sede jurídica da
pessoa, onde ela exerce e pratica habitualmente os
atos da sua vida civil. Uma pessoa pode declarar
pluralidade/multiplicidade domiciliar se tiver
mais de uma residência, e poderá se considerar
domicílio qualquer uma delas ou se trabalhar, estudar, morar em cidades diferentes. Uma
pessoa pode ainda não ter uma residência habitual, neste caso será considerado domicílio
qualquer lugar onde ela for encontrada. Também é considerado domicílio o lugar onde a
pessoa trabalha.
CC: Art. 71: "Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente,
viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas."
Art. 72: "É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão,
o lugar onde esta é exercida."
Art. 73: "Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar
onde for encontrada."
O domicílio pode ser classificado em voluntário ou necessário:
Domicílio voluntário: é escolhido livremente pela pessoa com liberdade para estabelecer o
local onde será instalada sua residência com ânimo definitivo, bem como mudá-lo quando lhe
convier.
Domicílio involuntário: ou necessário é o domicílio determinado pela lei para uma pessoa em
razão de uma situação ou condição. Neste caso deixa de existir a liberdade de escolha sob o
domicílio. Exemplos: jovem em serviço militar obrigatório, presidiário.
Resumo feito com base no livro "Direito Civil Brasileiro (Parte Geral)" de Carlos Roberto
Gonçalves.
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Pessoas Jurídicas
PESSOAS JURÍDICAS
(CC: Arts. 40 ao 69)
São coletividades formadas para a realização de fins de interesse do homem, reconhecidas
pelo Direito como sujeitos de direitos e obrigações. Assim como as Pessoas Físicas as
Pessoas Jurídicas possuem personalidade, nome e domicílio.
Obs: uma pessoa jurídica não pode ser titular de direitos estranhos à sua personalidade,
como por exemplo os direitos de família.
A personalidade de uma pessoa jurídica inicia-se com o registro de sua constituição e
termina com a sua desconsideração por meio da separação das pessoas físicas componentes
da pessoa jurídica (dissolução da coletividade) ou então, por decisão do juiz, geralmente
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Marcadores: Teoria Geral do Direito Civil
quando há a prática de ato ilícito.
CC: Art. 45: "Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro..."
Art. 51: "Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu
funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua."
Art. 52: "Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da
personalidade."
As pessoas jurídicas podem ainda, ser classificadas em Pessoas Jurídicas do Direito Público
ou Privado:
Pessoas Jurídicas do Direito Público:
CC: Art. 41: "São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei."
Pessoas Jurídicas do Direito Privado:
CC: Art. 44: "São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações;
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos;
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada."
As associações são formadas por associados e não tem fins lucrativos. Ex.: partidos políticos,
entidades religiosas.
As sociedades civis ou empresariais são formadas por sócios que possuem objetivos
econômicos, produzem atividade civil. Ex.: lojas, escritórios.
As fundações são conjuntos de pessoas jurídicas formadas para um fim específico, não visam
lucros.
Quanto ao domicílio, o Código Civil esclarece:
CC: Art. 75: "Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: 
I - da União, o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e
administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
§ 1o: Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles
será considerado domicílio para os atos nele praticados."
Resumo feito com base no livro "Direito Civil Brasileiro (Parte Geral)" de Carlos Roberto
Gonçalves.
Bens
Os bens são todos os objetos sob os quais incidem o poder do sujeito. São coisas materiais
ou imateriais, concretas, úteis aos homens, suscetíveis de apropriação e de apreciação
econômica. Os bens que estudamos aqui, são coisas, no entanto há ainda bens jurídicos que
não são coisas como a liberdade, a honra e a vida.
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O conjunto dos bens pertencentes a um titular, constitui o seu patrimônio. Compreende-se
como patrimônio tanto os elementos passivos como as dívidas quanto os ativos (bens
economicamente apreciáveis). O patrimônio de alguém se restringe aos seus bens alienáveis
em dinheiro portanto não são considerados bens as qualidades pessoais (conhecimento,
técnica, força de trabalho), embora a lesão a estes bens acarrete em dívida de  reparação.
Obs: * O patrimônio de um devedor responde por suas dívidas.
       * Não são considerados bens a lua, o sol, o ar... Pois não são passíveis de apropriação.
Classificação dos bens
A classificação dos bens é muito extensa pois podem eles, serem classificados sob vários
critérios. Um bem pode ser classificado em mais de uma categoria ao mesmo tempo,
conforme suas características. A classificação inicial dos bens se da em: BENS CONSIDERADOS
EM SI MESMOS, RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS e CONSIDERADOS QUANTO A SUA
TITULARIDADE.
BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
(CC: Arts. 79 ao 91)
Corpóreos: possuem existência física concreta, são providos de materialidade, ocupam
espaço. Ex.: carros, casas.
Incorpóreos: não possuem existência física concreta, não são materiais portanto não ocupam
espaço. Ex.: os créditos, a propriedade literária.
Móveis: possuem movimento próprio ou são passíveis de movimento ou remoção por força
sem alterações de substância ou valor.
a) por natureza: podem ser transportados de um lugar para outro sem que sua substância
seja deteriorada.
b) semoventes: são os animais, possuem movimento próprio.
c) própriamente ditos: são mobilizados porém   não com destino econômico-social. Ex.:
moedas, mercadorias.
d) por determinação legal: bens imateriais que adquirem qualidade jurídica. Ex.: direitos
autorais.
e) por antecipação: incorporados ao solo com a intenção de conversão em móvel
posteriormente. Ex.: árvores, frutos.
Imóveis: não podem ser transportados sem que haja fratura, destruição, dano ou
modificação em seu conteúdo.
a) por natureza: o solo e seus acessórios. Ex.: árvores, frutos, subsolo.
b) por acessão natural: imóveis que são acrescidos naturalmente de modo que uma coisa
tenha absorvido a outra. Ex.: árvores.
c) por acessão artificial/industrial: imóveis que são acrescidos artificialmente de modo que
a incorporação tenha sido feita pelo homem. Ex.: plantação de sementes, construção de
edifícios.
d) por determinação legal: bens imateriais que adquirem qualidade jurídica. Ex.: usufruto,
hipoteca.
Fungíveis: podem ser substituídospor outros de igual quantidade e qualidade. Somente os
móveis podem ser fungíveis. Ex.: açúcar, soja.
Infungíveis: possuem valor especial por ter uma qualidade individual, não podem ser
substituídos. Ex.: obras de arte raras, cavalos de corrida profissionais.
Consumíveis: são aqueles que depois de consumidos tem sua existência extinguida.
a) de fato: destinados ao consumo imediato.
b) de direito: destinados a alienação. Ex.: produtos a venda no mercado. 
Inconsumíveis: são os bens de consumo duráveis, utilizados continuamente. Ex.: veículos,
máquinas.
Divisíveis: são as coisas que se pode partir sem se perder seu valor e qualidade.
Indivisíveis: são as coisas que naonse pode partir sem se perder seu valor e qualidade.
a) por natureza: são indivisíveis fisicamente. Ex.: um cavalo, um relógio.
b) por determinação legal: impedidos pela lei de serem fracionados.
c) por vontade das partes: quando as partes decidem mediante acordo que o bem não
poderá ser dividido.
Singulares: são os bens quando considerados em sua individualidade. Ex.: uma árvore, uma
casa, um carro.
a) simples: são os que foram formados pela natureza. Ex.: árvores.
b) compostos: são os que foram feitos pelo homem. Ex.: edifícios.
Coletivos: são os bens considerados em um conjunto de vários bens singulares. Ex.: um
pomar, um condomínio, uma frota.
a) universalidade de fato: são aqueles que possuem uma destinação unitária. Ex.: um
rebanho, uma biblioteca,  uma galeria de quadros.
b) universalidade de direito: são aqueles que formam um conjunto de direitos.
BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS
(CC: Arts. 92 ao 97)
1) Principais: são aqueles que existem por si mesmos, não tem sua existência vinculada a
Marcadores: Teoria Geral do Direito Civil
outro bem.
2) Acessórios: são os bens cuja existência supõe a existência do bem principal, não são
existentes por si só, dependem do bem principal para existir.
a) frutos: são vantagens produzidas pelo bem principal periodicamente.
   1a) naturais: produzidos naturalmente. Ex.: ovos, frutas.
   2a) industriais: produzidos artificialmente. Ex.: produtos.
   3a) civis: rendimentos produzidos por outrem que não o proprietário. Ex.: aluguel.
b) produtos: utilidades que não se produzem periodicamente. Ex.: petróleo.
c) pertenças: não são integrantes, são apenas melhorias. Ex.: decoração de uma casa.
d) benfeitorias: obras feitas no móvel/imóvel para melhorá-lo, conservá-lo ou embelezá-lo.
    1d) voluptárias: nem úteis, nem necessárias, mero capricho. Ex.: jardim, quadra.
    2d) úteis: facilitam o uso, melhoram a coisa. Ex.: novo banheiro.
    3d) necessárias: para conservar a coisa. Ex.: reforma do telhado.
BENS CONSIDERADOS QUANTO A SUA TITULARIDADE
(CC: Arts. 98 ao 103)
1) Públicos: pertencentes as pessoas jurídicas do direito público conforme o território em que
se encontram, federal, nacional ou municipal.
    a) de uso comum a todos: todos podem usar. Ex.: praias, estradas, praças.
    b) de uso especial: destinados a algum serviço. Ex.: escolas, tribunais.
    c) dominicais: constituem o patrimônio de uma pessoa jurídica do direito público como
objeto de direito pessoal de tal entidade. Ex.: estradas de ferro, terras de propriedade
estadual.
2) Particulares: pertencentes as pessoas jurídicas do direito privado.
Resumo feito com base no livro "Direito Civil Brasileiro (Parte Geral)" de Carlos Roberto
Gonçalves.
Fatos Jurídicos
Os Fatos Jurídicos podem ser divididos em categorias e subcategorias, para que entendamos
de maneira mais simples podemos observar o esquema abaixo:
Quando se fala em fato podemos dizer que ele é um acontecimento que pode ou não ter a
presença da vontade humana, já um ato é claramente decorrente de uma ação humana.
Também podemos encontrar no esquema as expressões Lato Sensu que significa "Sentido
Amplo" e Stricto Sensu que significa "Sentido Específico".
Os Fatos Jurídicos Lato Sensu dividem-se em:
Fatos Jurídicos Stricto Sensu: podem ou não acontecer por vontade humana. São eles os
Ordinários que são fatos comuns como a morte, o nascimento e a maioridade ou
Extraordinários como desabamentos e incêndios. Eles geram consequências jurídicas, por
exemplo: com o nascimento inicia a personalidade e um desabamento pode gerar o
acionamento de um seguro.
Atos Jurídicos Lato Sensu: só acontecem se praticados por alguém, dependem da vontade
humana. Eles podem ser lícitos ou ilícitos. Os lícitos dividem-se em:
Meramente Lícitos: não tem intuito negocial, são uma mera escolha/realização do agente
como confissões, reconhecimento de paternidade ou escolha domiciliar.
Atos Jurídicos Stricto Sensu: são atos com intuito negocial, negócios jurídicos como
contratos. Iremos estudar os Negócios Jurídicos separadamente.
Os Atos Ilícitos também iremos estudar separadamente.
Atos Fatos Jurídicos: nestes atos a vontade humana é irrelevante pois o que realmente
importa é a consequência, o resultado produzido. Exemplo disto é uma criança encontrar um
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tesouro, ela não tinha intenção de encontrar porém agora que o encontrou a propriedade do
mesmo será apurada.
Resumo feito com base no livro "Direito Civil Brasileiro (Parte Geral)" de Carlos Roberto
Gonçalves.
Negócios Jurídicos
NEGÓCIOS JURÍDICOS
(CC: Arts. 104 ao 114)
Segundo Karl Larenz o Negócio Jurídico é um ato ou uma pluralidade de atos, entre si
relacionados, que sejam de uma ou várias pessoas, que tem por finalidade produzir efeitos
jurídicos. O art. 81 do Código Civil de 1916 dizia que  todo ato que tem por fim adquirir,
resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos, se denomina ato jurídico, na verdade
hoje denomina-se Negócio Jurídico pois tem intuito negocial. Os negócios jurídicos se
constituem pela conjunção de dois elementos que devem ser coincidentes: a Vontade Interna
(o que a pessoa quer) e a Vontade Declarada (aquilo que ela expressa/declara). A vontade é o
elemento nuclear dos negócios jurídicos, o negócio só produzirá efeitos se a declaração de
vontade(s) das partes estiver funcionando normalmente, no entanto nem toda a
manifestação de vontade(s) das partes pode ser aceita como negocial pois as vezes ela pode
não se encaixar nos pressupostos para um negócio jurídico válido, existente e eficaz como
estudamos em Teoria dos Planos de Existência, Validade e Eficácia e nos requisitos
essenciais que iremos estudar agora. 
ELEMENTOS EXISTENCIAIS
Além da Vontade Interna e da Vontade Declarada os Negócios Jurídicos possuem outros
elementos, divididos em Essenciais, Naturais e Acidentais.
Os elementos essenciais são aqueles necessários para que o negócio seja reconhecido como
jurídico e produza todos os seus efeitos. São inderrogáveis pelas partes, não podem ser
alterados por elas pois são a descrição da hipótese normativa. São eles: a vontade humana, a
capacidade do agente, a idoneidade do objeto e a forma prescrita em lei.
Os elementos naturais podem ou não, estar presentes no negócio, são os efeitos causados,
as consequências que decorrem naturalmente do negócio. Por exemplo em um contrato de
compra e venda a responsabilidade do vendedor por evicção ou vício redibitório é natural.
Os elementos acidentais podem ou não estar presentes no negócio, são cláusulas acrescidas
com o objetivo de modificar uma ou algumas das consequências do negócio. São eles:
CONDIÇÃO, TERMO E ENCARGO
(CC: Arts. 121 ao 137)
Condição: é uma cláusula inserida no negócio jurídico pela vontade das partes que sujeita a
eficácia do mesmo a um acontecimento futuro e incerto.
CC: Art. 121: "Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das
partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto."
Há varias espéciesde condição, classificada em:
a) lícitas ou ilícitas: se contrariar a norma ou não.
b) possíveis e impossíveis: se há possibilidade de ser realizada ou não.
    1b) fisicamente: possibilidade quanto as leis físico-naturais.
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    2b) juridicamente: se é permitida ou não pelo mundo jurídico.
c) de natureza necessária ou voluntária: se for exprimida através da declaração de vontade
do sujeito do negócio ou não.
d) de participação da vontade dos sujeitos:
    1d) casual: se não depender da vontade das partes.
    2d) potestativa: se depende da vontade de uma das partes.
        * puramente: de mero capricho.
        * meramente: da prática de algum ato.
aaaaaaaa*apromíscua: depende da vontade do sujeito inicialmente porém por um ato
inesperado acaba não dependendo mais, dificultando sua realização.
    3d) mista: se depende dos dois: da vontade e também da não vontade das partes.
e) de modo de atuação:
     1e) suspensiva: quando impede que o ato produza efeitos até a realização do evento
futuro e incerto.
    2e) resolutiva: quando cumprida torna o negócio sem eficácia.
Termo: é a cláusula que subordina os acontecimentos do ato negocial a um acontecimento
futuro e certo. Ele pode ser classificado em:
a) certo: quando é estabelecida uma data.
b) incerto: quando é estabelecida uma condição.
c) final: suspende os efeitos do negócio até o momento final estabelecido.
d) inicial: suspende os efeitos do negócio até  o momento inicial estabelecido.
CC: Art. 131: "O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito."
Modo ou Encargo: é a cláusula pela qual se impõe obrigação a quem se faz uma liberalidade.
Por ex.: eu doarei este terreno a cidade desde que seja construído sob ele um hospital.
Art. 136: "O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando
expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva."
AQUISIÇÃO DE DIREITOS
A aquisição de direitos é um efeito do negócio jurídico, a maneira como os direitos podem ser
adquiridos divide-se em originária, derivada, gratuíta e onerosa.
A maneira originária acontece quando não há transmissão de direitos, não há relação
jurídica anterior quanto aquele direito, o direito nasce com a primeira pessoa a possuir o bem
como por exemplo quando você compra um carro zero.
A maneira derivada acontece quando o direito é adquirido de outra pessoa que o possuía
antes de você. Nesse caso o direito era de um titular antecedente e o transfere para um novo
titular, por exemplo quando você compra um carro usado.
A maneira gratuíta ocorre quando não existe contraprestação. Você apenas recebe o direito,
de maneira gratuíta, você não precisa pagar nada por ele. Exemplo: se seu pai deixar um
carro em testamento para você.
A maneira onerosa é quando há o enriquecimento do patrimônio de uma ou de ambas as
partes pela contraprestação ao ser transferido o direito. Exemplo: quando você vende um
carro e recebe uma quantia em dinheiro.
MODIFICAÇÃO DE DIREITOS
Sem que haja alteração na sua substância os direitos podem sofrer modificações no seu
conteúdo, objeto ou titulares. Essas transformações podem ser:
Quantitativas: diminuição quanto ao conteúdo, ao objeto ou o número de titulares.
Qualitativas: quando o objeto da relação jurídica sofre mudanças grandes que o fazem
perder sua substância ou parte dela e consequentemente seu valor econômico.
EXTINÇÃO DE DIREITOS
O direito pode se extinguir quando o titular desaparece, é chamada esta extinção de
subjetiva. Quando o objeto do direito desaparece é chamada de extinção objetiva.
Resumo feito com base no livro "Direito Civil Brasileiro (Parte Geral)" de Carlos Roberto
Gonçalves.
Representação
REPRESENTAÇÃO
(CC: Art. 115 ao 120)
CC: Art. 120: "Os requisitos e os efeitos da representação legal são os estabelecidos
nas normas respectivas; os da representação voluntária são os da Parte Especial deste
Código."
Conforme esclarece o artigo 120 do Código Civil,
tratamos nos artigos anteriores (115, 116, 117, 118 e
119) da Representação Legal, porém existe
também a Representação Voluntária, tratada na
Parte Especial do Código.
A doutrina nos diz que os direitos podem ser
adquiridos por ato do próprio interessado ou por
intermédio de outrem. Isto significa que na
esfera jurídica uma pessoa pode praticar atos em
nome de outra, com total legitimidade, se assim
for estabelecido em lei ou através de contrato
(conforme o art. 115 do CC), quando isto ocorre
configura-se a representação.
CC: 115: "Os poderes de representação conferem-
se por lei ou pelo interessado." 
Representação Legal
Podemos identificar na representação, a figura de dois sujeitos, o representante e o
representado. A Representação Legal é aquela que estabelece pela lei quem é o
representante e o representado, como no caso dos pais e filhos, tutores e tutelados, síndicos
e demais moradores, etc... pela necessidade de se atribuir a alguém plenamente capaz, a
função de representar uma pessoa incapaz. Esta representação é considerada obrigatória ao
representante, uma vez que ele não pode negar-se a representar seu representado.
Ocorre também a representação legal de pessoas capazes, quando necessário um
representante à uma coletividade, como aos sindicatos, aos condomínios ou à empresas, onde
as pessoas da coletividade devem eleger um representante para representá-las legalmente.
Representação Voluntária
A representação convencional ou voluntária, tratada na Parte Especial do Código Civil, tem
por finalidade permitir o auxílio de uma pessoa na defesa ou administração dos interesses da
outra. Ela deve ser formalizada mediante acordo de vontades e outorga de procuração, que é
o instrumento do mandato (segundo o art. 653 do CC), pela qual uma pessoa investe à outra,
o poder de agir em seu nome. Pode ser revogada a qualquer tempo pelo representado, o que
não ocorre com a representação legal, da qual não pode o representante ser privado.
TIPOS DE REPRESENTANTE
O representante poderá ser classificados em Legal, Judicial e Convencional.
Legal: é o representante ao qual a lei confere confere poderes para administrar bens e
interesses alheios, como na relação entre pais e filhos ou tutelados e curadores.
Judicial: é o representante nomeado pelo juiz para exercer poderes de representação em um
processo, como o inventariante ou o administrador de uma empresa penhorada.
Convencional: é o que recebe mandato (procuração) outorgado pelo credor, com poderes nele
expressos.
REGRAS DA REPRESENTAÇÃO
CC: Art. 116: "A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes,
produz efeitos em relação ao representado."
[...]
Art. 118: "O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome
do representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo,
responder pelos atos que a estes excederem."
Como dispõe o Código Civil, apesar de o representante ter o poder de atuar em nome do
representado, este poder é limitado e quando ultrapassado pelo representante o mesmo será
responsabilizado¹, além disso é dever do representante ao tratar com terceiros, conscientizá-
los de sua condição limitada².
Os atos jurídicos praticados pelo representante só serão concretizados após serem
confirmados pelo representado³, enquanto isso não acontece o representante é considerado
um mero gestor de negócios. Em contraponto, os efeitos do negócio jurídico praticado pelo
representante repercutem apenas na esfera jurídica do representado⁴ e o representante é
apenas uma figura representativa, não ficando vinculado a relação estabelecida pelo negócio
entre o representado e a contraparte⁵.
Quanto ao dominus negotti (Gestão doNegócio), Gonçalves destaca que:
Os efeitos e obrigações e direitos são obtidos e suportados direta e indiretamente pelo
dominus negotti⁶.
As obrigações inadimplidas do dominus negotti não são de responsabilidade do
representante, salvo se este responsabilizou-se pelo cumprimento⁷. 
A Gestão do Negócio (dominus negotti) é legitimada ativa e passivamente para figurar na
relação processual, tendo por objeto o negócio jurídico representativo no exercício do Direito
de Ação do Estado (jus persequendi in judicio)⁸.
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Podemos destacar então, 8 regras da representação.
ANULABILIDADE DA REPRESENTAÇÃO
Art. 117: "Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o
representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo."
[...]
Art. 119: "É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o
representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou."
Observa-se pelo art. 119 que em uma situação de divergência entre o representado e o
representante, o negócio poderá ser anulado se a contraparte não tinha conhecimento do
conflito, podendo este terceiro requerer ressarcimento de danos eventualmente sofridos.
O negócio pode ser anulado ainda, caso o representante celebre negócio consigo mesmo sem
o consentimento da lei ou do representado (segundo o art. 117), quando há consentimento
configura-se a autocontratação, que estudaremos a seguir.
AUTOCONTRATAÇÃO
Na hipótese da contraparte do negócio ser o próprio representante, ele poderá atuar em
nome próprio e em nome do representado.
Na representação há ainda a possibilidade de que ambas as partes emitam procuração para o
mesmo representante, neste caso configura-se a dupla representação.
Quando essas duas situações ocorrem há a chamada autocontratação.
Resumo feito com base no livro "Direito Civil Brasileiro (Parte Geral)" de Carlos Roberto
Gonçalves.
Defeitos dos Negócios Jurídicos
Como já vimos, para que um Negócio
Jurídico seja válido é necessário que a
Vontade Interna e a Vontade Declarada
sejam a mesma. Quando estas vontades
não coincidem podem se manifestar
defeitos/vícios no negócio que o tornam
nulo ou anulável. Estes vícios são
chamados de Vícios do Consentimento.
Eles incidem sob a vontade, impedindo
que a declarada seja igual a interna. Os
Vícios Sociais são aqueles em que o
declarante manifesta no papel
exatamente o que ele quer, pórem sua
vontade é de enganar terceiros, e fica
explicita a contrariedade à norma.
VÍCIOS DO CONSENTIMENTO:
ERRO
(CC: Arts. 138 ao 144)
Consiste em uma falsa representação da realidade. Nessa modalidade o agente engana-se
sozinho e o negócio pode ser anulado se o erro for substancial ou de direito. Classifica-se
em:
a) substancial: é aquele erro que foi determinante para a celebração do negócio, de tal
importância que se a verdade fosse conhecida, o negócio não teria sido realizado. Ex.: Quando
alguém, por si só, compra uma bijuteria pensando ser uma joia.
b) acidental: é aquele que não foi determinante para a celebração do negócio jurídico pois
não possui grande gravidade, mesmo que o erro tivesse sido percebido o negócio jurídico
seria realizado. Ex.: Quando alguém, por si só, compra um anel de ouro 23k pensando ser 24k.
c) de direito: é aquele que se configura quando alguém tem uma falsa interpretação da
norma jurídica, quando o negócio é praticado entendendo-se que está amparado pela norma
no entanto está contrariando a norma. Ex.: Quando alguém supõem que uma norma estivesse
em vigor mas na verdade ela já havia sido revogada.
DOLO
(CC: Arts. 145 ao 150)
Consiste no artifício astucioso empregado para induzir alguém à prática de um ato que o
prejudica e traz vantagem ao autor do dolo ou a terceiro. Consiste   em sugestões ou
manobras maliciosas provocadas por uma das partes ou por terceiros fazendo com que o
outro se equivoque. Podem ser classificados em:
a) substancial: é aquele que foi determinante para a celebração do negócio, é o dolo que leva
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a parte prejudicada a celebrar o ato. Quando o negócio só foi celebrado porque houve
induzimento malicioso, não fosse isso, o negócio não seria celebrado. Invalida o negócio. Ex.:
Quando alguém vai à uma loja, pede uma joia e o vendedor o oferece uma bijuteria afirmando
que a mesma é uma joia, assim o comprador adquire o produto pensando ser uma joia como
disse o vendedor, no entanto não é.
b) acidental: é aquele que não foi determinante para a celebração do negócio pois não
possui grande gravidade, mesmo que a parte prejudicada soubesse realizaria o negócio. O
negócio seria realizado independentemente da malícia empregada pela outra parte ou por
terceiro, por isto o dolo acidental não vicia o negócio, apenas obriga à satisfação de perdas e
danos. Não invalida o negócio. Ex.: Quando alguém declara pretender adquirir um carro,
escolhendo o automóvel com cor metálica, e, quando do recebimento da mercadoria,
enganado pelo vendedor, verifica que a coloração é na verdade básica. Neste caso, não
pretendendo desistir do negócio poderá exigir compensação por perdas e danos.
c) bonus: é tolerado, não induz anulidade, quando alguém induz uma pessoa a erro sem
propósito de prejudicar, com boa fé. Ex.: Quando alguém diz a avó que a levará ao hospital
para visitar alguém mas na verdade é para realizar exames necessários.
d) malus: invalida o negócio jurídico pois é praticado com o propósito malicioso de induzir a
celebração do negócio jurídico a fim de se obter alguma vantagem própria ou para terceiros,
há uma intenção muito bem percebida de se enganar a outra parte.
e) de terceiro: é aquele provocado por alguém que não fazia parte do negócio jurídico. O dolo
de terceiro só invalidará o negócio jurídico se o beneficiado conhecia ou tinha condições de
conhecer a irregularidade. Ex.: Quando um empresário de um atleta diz ao time contratante
que o mesmo está em perfeitas condições físicas no entanto ele não está, porém o
desconhecimento do time contratante o leva a celebrar o negócio.
COAÇÃO
(CC: Arts. 151 ao 155)
É decorrente de uma declaração de vontade em um negócio jurídico motivada pela violência
ou ameaça de violência. Quando alguém celebra um negócio sob violência ou porque se não
celebrá-lo sofrerá violência. Classificada em:
a) física: é o constrangimento corporal que retira toda a capacidade de escolha da pessoa,
acarreta em nulidade do ato.
b) moral: é o constrangimento sob o psicológico da pessoa que lhe conserva uma relativa
liberdade de escolha, acarreta em ato anulável.
Obs: não se considera coação o exercício normal de um direito. Por exemplo quando um
credor com seu pagamento atrasado ameaça processar seu devedor. Também não se
considera coação o simples temor reverencial que é o receio de desgostar pai e mãe ou
pessoas a quem se deve obediência, isto não anula o negócio, a não ser que seja
acompanhado de ameaças ou violências físicas.
ESTADO DE PERIGO
CC: Art. 156: "Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade
de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume
obrigação excessivamente onerosa.
Parágrafo único: Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz
decidirá segundo as circunstâncias."
O estado de perigo é um ato anulável. Ex.: Quando um pai está na praia, vê seu filho se
afogando e pede para que o salva-vidas salve seu filho, porém, o salva-vidas diz que só
socorrerá o menino se o pai pagar-lhe 50 mil reais e este pai acaba concordando com o
negócio, pela necessidade daquele momento. Para que um negócio jurídico seja reconhecido
como vício do estado de perigo é necessário que:
* haja um mal iminente ou grave;
* que o bem ameaçado seja a própria pessoa que pratica o ato que lhe é excessivamente
oneroso ou outra pessoa a ela intimamente ligada;
* que esse risco de dano seja a causa do negócio;
* que a parte favorecida tenha conhecimento do grave perigo existente e do vínculo que se
trava entre a declaração negocial e o risco de dano pessoal;
* que a obrigação seja excessivamente onerosa.
LESÃO
CC: Art. 157: "Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por
inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação
oposta.
§ 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo
em que foi celebrado o negócio jurídico.
§ 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente,
ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito."
A lesão também é chamada por alguns doutrinadores de estado de necessidade e é um ato
anulável. Na lesão uma das partes assume um prestação desproporcional ao valor da
prestação da outra parte, por grande necessidade ou inexperiência. Ex.: Um agricultor que
necessita de um inseticida para combater uma praga que está destruindo sua fonte de renda
e somente o seu vizinho possui, então ele o adquiri pagando um preço exorbitante no
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produto, para não perder a sua plantação. Para que um negócio jurídico seja reconhecido com
o vício da lesão é necessário que:
* grande desproporcionalidade na prestação entre as partes, incompatível com o normal da
comutividade dos contratos;
* deficiência das condições psicológicas do contratante no momento negocial (inexperiência
ou preemente necessidade);
* nexo causal: vínculo existente entre a conduta do agente e o resultado por ela produzido.
VÍCIOS SOCIAIS:
FRAUDE CONTRA CREDORES
(CC: Arts. 158 ao 165)
É a prática maliciosa pelo devedor de atos que desfalcam seu patrimônio, com o objetivo de
colocá-lo a salvo de uma execução por dividas. Como é disposto mais adiante em nosso
Código Civil, quando um devedor não paga suas dívidas seus bens respondem por ela. A
fraude contra credores nada mais é que a tentativa do devedor de "salvar" seus bens,
desfazendo-se deles para que seu credor não possua garantia. Este ato é anulável.
CC: Art. 391: "Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor."
Obs: Alguns credores podem ter uma garantia específica, um bem que é arrolado como
garantia no negócio, diz-se que esses credores possuem garantia real ao contrário daqueles
que não possuem, são eles os credores quirografários que possuem apenas a garantia
genérica.
O credor lesado pelo devedor pode propor a Ação Pauliana/Revocatória que busca
reconhecer a fraude contra o credor e tem como objetivo anular os negócios realizados. Pode
ser proposta pelo credor quirografário, mas também pode ser proposta pelo credor com
garantia real, quando a garantia se tornar insuficiente.
SIMULAÇÃO
CC: Art. 167: "É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido
for na substância e na forma.
§1o: Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais
realmente se conferem, ou transmitem;
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.
§2o: Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio
jurídico simulado."
A simulação é um desacordo intencional entre a vontade interna e a vontade declarada, com
o objetivo de criar, aparentemente, um negócio que de fato não existe ou então ocultar, sob
determinada aparência, o negócio realmente querido. Em outras palavras a simulação
acontece quando duas pessoas fingem/simulam celebrar um negócio jurídico que
concretamente não foi celebrado ou quando eles declaram condições que são diferentes
daquelas que realmente foi negociado. A simulação é um vício que torna o negócio nulo e é
classificada em:
a) absoluta: na simulação absoluta as partes na realidade não realizam nenhum negócio,
apenas fingem para criar uma aparência, uma ilusão externa, sem que na verdade desejem o
ato. Ex.: Um marido que pretende se separar da mulher e não quer partilhar os bens com a
mesma e finge vende-los para um amigo.
b) relativa: na simulação relativa as partes pretendem realizar um negócio no entanto o
objetivo é prejudicar terceiro ou fraudar a lei, então as partes dão ao negócio uma aparência
diversa do negócio que realmente é realizado. Isto faz com que a simulação relativa seja
composta por dois negócios, um simulado: o negócio aparente e o outro dissimulado: o
negócio oculto, mas verdadeiramente desejado. O negócio aparente serve somente para
ocultar a efetiva intenção das partes celebrada de maneira oculta. Ex.: Quando alguém não
quer que um determinado bem entre na divisão de bens do seu casamento e as partes
fingem ter celebrado a transferência deste bem antes do casamento.
Os requisitos necessários para que um negócio jurídico seja anulado por simulação são:
* a falsa declaração de vontade de ambas as partes;
* a vontade interna diverge da interna;
* o objetivo de iludir terceiro.
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Atos Ilícitos
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ATO ILÍCITO
(CC: Arts. 186 ao 188 e 927)
CC: Art. 186: "Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito."
Art. 187: "Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos
bons costumes."
Como descreve o Código, a prática de um Ato Ilícito constitui-se pela infração do dever legal
de não lesar a outrem ou pela prática de abuso de poder. Quando isto ocorre, o ato liga-se a
obrigação de indenizar o dano causado, no entanto, a caracterização do ato é expressa na
Parte Geral do Código e a obrigação de indenizar na Parte Especial. Por isso ao estudarmos
os Atos Ilícitos é necessário que conheçamos além dos arts. 186, 187 e 188 da Parte Geral do
Código, o art. 927 da Parte Especial.
Além disso, vale ressaltar que o Ato Ilícito é um ato voluntário e consciente do ser humano
que transgride um dever jurídico. Ato praticado sem consciência do que se está fazendo não
pode ser considerado Ato Ilícito.
EXCLUSÃO DA ILICITUDE
Art. 188: "Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover
perigo iminente.
Parágrafo único: No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as
circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do
indispensável para a remoção do perigo."
Além dos casos de exclusão da ilicitude explícitos no Código (legítima defesa e exercício
regular de um direito reconhecido) é exclusa a ilicitude dos atos ilícitos praticados sob
estado de necessidade. Ainda que não expressa explicitamente, a condição de estado de
necessidade pode ser reconhecida no inciso II quando se fala em "remover perigo iminente" e
ainda no parágrafo único que completa: "[..] somente quando absolutamente necessário".
OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR
Art. 927: "Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Parágrafo único: Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa,
nos casos especificadosem lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor
do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem."
Segundo Gonçalves a palavra "responsabilidade" vem do latim respondere e significa
responder por algo, isso nos leva à ideia de garantir a restituição de algo. Teria a palavra em
questão, no Direito Civil, o significado de recomposição, de obrigação de restituir, ressarcir ou
indenizar. A obrigação de indenizar nos leva a entender que é portanto objeto principal da
Responsabilidade Civil.
Obs: Há no Direito a Teoria da Responsabilidade Civil que procura determinar em que
condições uma pessoa pode ser considerada responsável pelo dano sofrido por outra pessoa
e em que medida está obrigada a repará-lo. A reparação do dano é feita por meio da
indenização, que é quase sempre pecuniária. O dano pode ser à integridade física, à honra ou
aos bens de uma pessoa.
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Gonçalves.
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Prescrição e Decadência
O tempo sempre influiu nas relações jurídicas entre as pessoas. A partir do momento que
existe interesse da sociedade em atribuir juridicidade à situações que se prolongam através
do tempo, vários institutos reguladores do direito que trata disto puderam ser criados. O
tempo é o elemento substancial dos institutos
Prescrição e Decadência.
PRESCRIÇÃO
(CC: Arts. 189 ao 206)
A prescrição é a perda de um direito em
consequência do não uso dele durante determinado
espaço de tempo, ou seja, é quando você não usa
este direito e o mesmo prescreve, como quando
você  compra um iogurte, esquece ele na geladeira
e então ele acaba vencendo, passando do seu prazo
de validade. Na prescrição sempre alguém perde e
em consequência alguém ganha. Dois artigos bem importantes a serem destacados quanto a
prescrição são:
CC: Art. 192: "Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes."
CC: Art. 196: "A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu
sucessor."
REQUISITOS
Os requisitos para que se configure a prescrição são:
a) a existência de uma pretensão: segundo o Código Civil a pretensão só nasce após a
violação de um direito, e esta violação da ao titular do direito o poder de exigir do devedor
uma ação ou omissão. Esta pretensão nasce, permanece pela inércia do titular durante o
prazo prescricional estipulado nos arts. 205o e 206 e se extingue pelo fim deste prazo, pela
prescrição dele.
Art. 189: "Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela
prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206."
b) a inércia do titular de um direito: a inércia nada mais é que a falta de reação do titular
do direito que, mesmo tendo seu direito violado, a pretensão e o poder de exigir uma ação de
seu devedor, não exige.
c) a continuidade dessa inércia por um decurso de tempo fixado em lei: para que a
pretensão finalmente prescreva, é necessário que ela se mantenha pela inércia do titular até
que atinja o tempo estipulado nos arts. 205 e 206.
FORMAS DE PRESCRIÇÃO
Uma prescrição pode ser extintiva ou aquisitiva:
a) extintiva: é a maneira de alguém se abster de uma obrigação pelo decurso do tempo.
b) aquisitiva: também chamada de Usucapião, é a maneira de se adquirir uma propriedade
por meio da posse prolongada.
CAUSAS QUE ALTERAM A PRESCRIÇÃO
Existem causas que podem alterar a prescrição de um negócio, tornando-a interrompida,
impedida ou suspendida:
a) interruptiva: a interrupção depende de um comportamento ativo do credor, estas ações
que interrompem a prescrição estão descritas do art. 202 ao art. 204 do Código Civil, além
disto esta interrupção só pode ocorrer uma vez, pode ser feita por qualquer um dos
interessados e o prazo recomeçará a correr da data do ato que interrompeu a prescrição.
b) tanto a prescrição Impeditiva quanto a Suspensiva, decorre de certos fatos previstos na
lei, porém estas causas que impedem e suspendem a prescrição são agrupadas em uma
mesma seção do Código Civil, pois ora impedem outra suspendem a prescrição, dependendo
do momento em que surgem, esta seção vai do artigo 197o ao 201o.
DIREITOS IMPRESCRITÍVEIS
Existem também alguns direitos que são imprescritíveis, ou seja, não são sujeitos ao limite
tempo, por isso não se extinguem pela prescrição. São eles:
a) os direitos de personalidade;
b) ações referentes ao estado de pessoas;
c) ações referentes aos bens públicos.
Vale lembrar que estes direitos são exceções. A prescritibilidade é regra e a
imprescritibilidade é exceção.
DECADÊNCIA
(CC: Arts. 207 ao 211)
Como já sabemos o que é prescrição é muito importante diferenciarmos ela da decadência,
que é outro instituto do direito que trata sobre o tempo, muito semelhante e com a mesma
aplicabilidade da prescrição e por isso estudado juntamente. Decadência pode ser definida
como a perda do direito potestativo pela inércia do seu titular no período determinado em
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lei, porém, enquanto o prazo da prescrição começa a correr após a violação do direito, o prazo
da decadência começa a decair no momento em que o titular adquire o direito. O que
acontece na decadência é que após passado o prazo decadencial, o titular perde o direito
adquirido, como quando você compra um ingresso de cinema para a sessão das 13:00 horas e
você tem o direito de entrar na sessão até as 13:30 por exemplo, passado esse horário você
perde o direito de entrar na sala do cinema.
Resumo feito com base no livro "Direito Civil Brasileiro (Parte Geral)" de Carlos Roberto
Gonçalves.
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Prova
PROVA
(CC: Arts. 212 ao 232)
No antigo Código Civil a prova era tratada junto ao
negócio jurídico, hoje ela é tratada separadamente
pois todos os fatos jurídicos são sucessíveis de ser
provados e não apenas os negócios jurídicos.
Para o Direito Civil não basta alegar, é preciso
provar e o que se prova é o fato alegado e não o
direito a aplicar, pois cabe ao juiz aplicar o direito.
Além disso, os fatos notórios independem de prova
enquanto o ônus da prova dos demais fatos
incumbe a quem os alega e não a quem os contesta. Segundo Gonçalves a prova é o meio
empregado para demonstrar a existência do fato jurídico. Ela deve ser:
Admissível: não proibida por lei e aplicada ao caso em exame.
Pertinente: adequada à demonstração dos fatos em questão.
Concludente: esclarecedora dos fatos controvertidos.
MEIOS DE PROVA
CC: Art. 212: "Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico pode ser provado
mediante:
I - confissão;
II - documento;
III - testemunha;
IV - presunção;
V - perícia."
Confissão: é quando a parte admite a verdade de um fato contrário ao seu interesse e
favorável ao adversário.
Obs: Nas ações que versarem sobre bens imóveis, a confissão de um cônjuge não valerá sem
a do outro.
Documento: podem servir de prova documentos públicos (elaborados por autoridade pública)
como certidões e traslados ou particulares (elaborados por particulares) como cartas e
telegramas. No entanto, constituem prova plena os documentos públicos enquanto apenas
presumem-se verdadeiros os documentos elaborados por particulares:
Art. 215: "A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento dotado de fé
pública, fazendo prova plena... [...]"
Art. 219: "As declarações constantes de documentos assinados presumem-severdadeiras em
relação aos signatários... [...]"
Testemunha: existem testemunhas instrumentárias ou judiciárias. As instrumentárias são
aquelas que assinam instrumento (documento), já as judiciárias são as que prestam
depoimento em juízo. A prova testemunhal por depoimento é sempre menos segura que a
documental pois pode atribuir-se há ela um grande grau de subjetividade. Por conta das
fortes críticas à prova testemunhal por depoimento dentro do sistema jurídico, este tipo de
prova tem sua admissibilidade restringida constantemente, como é notável inclusive em
nosso ordenamento. Além disso, algumas pessoas não podem ser admitidas como
testemunhas:
Art. 228: "Não podem ser admitidos como testemunhas:
I - os menores de dezesseis anos;
II - aqueles que, por enfermidade ou retardamento mental, não tiverem discernimento para a
prática dos atos da vida civil;
III - os cegos e surdos, quando a ciência do fato que se quer provar dependa dos sentidos
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que lhes faltam;
II e III - revogados;
IV - o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes;
V - os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o terceiro grau de
alguma das partes, por consanguinidade, ou afinidade... [...]"
Presunção: A presunção é a conclusão que se extrai de um fato conhecido para se chegar a
um desconhecido.
Exemplo: como é conhecido que o credor só entrega o título ao devedor por ocasião do
pagamento, a sua posse pelo devedor conduz à presunção de haver sido pago.
Perícia ou prova pericial é o exame realizado por peritos para auxiliar o juiz a formar sua
convicção, como por exemplo o exame hematológico nas ações de investigação de
paternidade. É assegurado a todos o direito de não se submeter a exame, no entanto aquele
que se negar não poderá aproveitar-se do resultado da perícia se negativo, que pode
inclusive dar fim a investigação:
Art. 231: "Aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessário não poderá
aproveitar-se de sua recusa."
Art. 232: "A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz poderá suprir a prova que se
pretendia obter com o exame."
Resumo feito com base no livro "Direito Civil Brasileiro (Parte Geral)" de Carlos Roberto
Gonçalves.
Teoria da Relação Jurídica
O Direito tem por objetivo regular as relações humanas através de normas. A Relação
Jurídica é toda relação da vida social regulada pelo direito, toda relação normatizada,
disciplinada pelas normas jurídicas.
A Relação Jurídica pode ser simples ou complexa:
Simples: com apenas um sujeito passivo e um sujeito ativo.
Complexa: com mais de um sujeito ativo ou passivo.
ELEMENTOS DA RELAÇÃO JURÍDICA
SUJEITO: pode ser: ativo ou passivo.
Ativo: é o credor, aquele que possui o bem, que recebe o valor.
Passivo: é o devedor, aquele que irá comprar o bem, que deve pagar por ele.
OBJETO: é o bem sob o qual incide o poder do sujeito, por exemplo: seu eu sou um sujeito
ativo (credor) e tenho um carro, eu sou dono dele, tenho poder sob ele e posso vendê-lo,
então ele é meu objeto. Já o sujeito passivo (devedor) que quiser comprar meu carro, deverá
ser dono do dinheiro, o dinheiro será seu objeto.
VÍNCULO: é o acordo entre os sujeitos em relação ao objeto negociado, ele pode ocorrer na
forma de um contrato, por exemplo.
Abaixo ilustrei a Relação Jurídica através da posição de seus elementos:
OBJETO
BEM NEGOCIADO
CARRO
      SUJEITO ATIVO                                                                   SUJEITO PASSIVO
            CREDOR                                                                           DEVEDOR
        QUER VENDER                                                                   QUER COMPRAR
DEVE ENTREGAR O BEM                                                               DEVE PAGAR        
                                                   
RELAÇÃO
               JURÍDICA                
     
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VÍNCULO
CONTRATO
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Teoria da Comoriência
A Teoria da Comoriência presume a morte simultânea de duas ou mais pessoas, em uma
mesma ocasião, em razão do mesmo evento, herdeiras entre si, quando não consegue-se
averiguar quem morreu primeiro. Asssim fica presumido que todas morreram ao mesmo
tempo.
Um exemplo claro de quando a Teoria da Comoriência pode ser aplicada é em um acidente
de carro em que uma família toda venha a falecer.
CC: Art. 8: "Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo
averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente
mortos."
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Teoria do Estado de Pessoas
O estado de uma pessoa no Direito, refere-se ao seu
status, a sua posição jurídica no meio social, posição
essa que pode ser analisada como política, familiar e
individual.
Estado Político: são princípios observados atinentes a
cidadania, aquisição e perda de nacionalidade. O estado
político de uma pessoa pode ser nacional ou
estrangeiro. Os brasileiros podem ser considerados
naturalizados ou natos.
Estado Familiar: é a
posição do indivíduo
dentro do seu seio familiar. Quanto a posição familiar as
pessoas podem ser classificadas como cônjuges ou parentes
(tanto consanguíneos como afins, isto é, com ligação de
sangue ou não).
Estado Individual: ou físico é a condição física do indivíduo,
caracterizada pela sua idade (maior ou menor), pelo seu sexo
(masculino ou feminino) e pelo seu estado de saúde (sã ou
não).
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Teoria do Fato Jurídico
Sabemos que coisas acontecem o tempo todo conosco e ao nosso redor, no entanto nem
todas estas coisas interessam ao Direito. As normas criadas pelo Direito são normas para
regular fatos relevantes para o mundo jurídico, fatos irrelevantes não interessam ao Direito,
estes fatos são chamados de Fatos Naturais e diz-se que eles fazem parte do Mundo Fático,
não do Mundo Jurídico.
Os fatos relevantes para o Direito são chamados de Fatos Jurídicos e pertencem ao Mundo
Jurídico. O Mundo Jurídico seria um lugar onde acontece um fato relevante, um fato que é
regulado pela norma. A grande diferença entre os fatos que pertencem somente ao Mundo
Fático das que pertencem ao Mundo Jurídico é a incidência da norma sobre eles. Os fatos
naturais não tem nenhuma norma incidindo sobre eles já os fatos jurídicos tem.
A incidência é o efeito da norma sobre o fato, juridizando o mesmo, tornando-o jurídico.
Chama-se isso de juridicização.
A norma, é a regra, a lei. Ela transforma um fato natural em fato jurídico,   atribui
consequências a este fato e estabelece um padrão da maneira de agir. Aqueles que
descumprem este padrão, que contrariam a norma, sofrem consequências.
FATO JURÍDICO = FATO NATURAL + NORMA
Os doutrinadores criaram também as categoriasde Fatos Inexistentes e de Fatos
Ajurídicos.
Os Inexistentes são aqueles absolutamente ineficazes pois lhe faltam requisitos necessários
para a sua existência, eles não chegam a se formar juridicamente.
Os Ajurídicos também chamados de Neutrais são os Fatos Naturais, sem relevância para o
Direito.
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Teoria dos Planos de Existência, Validade e Eficácia
A Teoria dos Planos de Existência, Validade e
Eficácia dispõe que os Negócios Jurídicos podem
passar por três situações distintas, que são
chamadas de planos, e podem ser analisados
quanto a eles para que verifique-se se o negócio se
encaixa nestes planos e em quais deles.
Existência: para que um Negócio Jurídico se
encaixe no plano da existência é necessário que ele
exista para o mundo jurídico, que ele seja um fato
jurídico. Ao analisá-lo quanto a este plano não
deve-se cogitar a validade ou a eficácia, importa-se
apenas com a existência de tal negócio. Neste plano
podem ingressar todos os fatos jurídicos, sejam eles lícitos ou ilícitos.
Validade: para que um Negócio Jurídico seja considerado válido  é necessário que os sujeitos
do mesmo sejam absolutamente ou pelo menos relativamente capazes, que o objeto dele
seja lícito, possível, determinado ou determinável, isto é: que o objeto não atente contra a
lei, que seja possível de ser negociado e que sua determinação seja possível pois não pode-se
realizar um negócio com um objeto incerto, indeterminável. E que tenha forma prescrita ou
não defesa em lei, a forma é o meio de revelação da vontade dos agentes do negócio, é
através dela que se identifica que há a vontade das partes em celebrar o negócio jurídico,
portanto é necessário que exista a forma para o negócio ser válido. A forma não precisa ser
necessariamente um contrato escrito, ela pode ser um contrato verbal, a não ser que a a lei
exija para determinado negócio a forma escrita.
CC: Art. 104: "A validade do negócio jurídico requer:
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I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei."
Eficácia: para que um Negócio Jurídico seja considerado eficaz é muito simples, é necessário
apenas que ele esteja produzindo efeitos jurídicos.
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Teoria das Invalidades
TEORIA DAS INVALIDADES
    (CC: Arts. 166 ao 184)
Como vimos, o Negócio
Jurídico é um ato de vontade
humana. Se a manifestação
de vontade provier de agente
capaz, o objeto for lícito e se
obedecer à forma prescrita
em lei, o negócio gera os
efeitos pretendidos pelas
partes. Mas se ao contrário, o
negócio vem inquinado de
algum defeito e poderá ser
declarado ineficaz em razão
das imperfeições existentes.
As imperfeições podem ter
três causas, são elas: a falta
de elemento essencial, a ilicitude e a imperfeição da vontade.
Os negócios viciados podem ser Nulos ou Anuláveis:
A nulidade é a declaração legal de que o ato não produz efeitos jurídicos. Os negócios Nulos
são absolutamente nulos, sua nulidade é imediata segundo o Código Civil:
Art. 166: "É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção."
Os negócios Anuláveis podem ou não ser anulados, se identificados vícios em seu conteúdo.
Eles são passíveis de anulação.
CC: Art. 171: "Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio
jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra
credores."
As nulidades também podem ser chamadas de Nulidade Absoluta quando o ato for nulo e
Nulidade Relativa quando o ato for anulável.
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