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CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.º 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Rateio é crime!!! Valorize o trabalho do professor e adquira o curso de forma honesta, realizando sua matrícula individualmente no site www.coacharea.com.br CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br Sumário 1. Considerações Iniciais ................................................................................................................................. 3 2. Cronograma de Aulas ................................................................................................................................. 4 3. Das Funções Essenciais à Justiça................................................................................................................. 5 4. Ministério Público....................................................................................................................................... 6 5. Advocacia Publica, Advocacia e Defensoria Pública ................................................................................. 35 6. Considerações Finais ................................................................................................................................ 52 CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br Olá, amigos concurseiros! Primeiramente, vou fazer uma rápida apresentação para que vocês me conheçam um pouco melhor. Meu nome é Daniel Arêa, sou Auditor-Fiscal do Trabalho aprovado o concurso de 2013. Tenho graduação em Ciências Atuariais (2010) e em Direito (2014). Antes de ingressar no atual cargo que estou de Auditor, estive na Assessoria Jurídica da Controladoria Geral de Disciplina do Ceará (CGD-CE). Formação em coaching pelo Instituto Brasileiro de Coaching (IBC) e pela Sociedade Latino Americana de Coaching (SLAC). Antes de apresentar o curso de Direito Constitucional, é muito importante destacar que estaremos organizando esse curso com base nas bancas mais cotadas para os concursos públicos: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (CESPE), Escola de Administração Fazendária (ESAF), Fundação Carlos Chagas (FCC) e Fundação Getúlio Vargas (FGV). Nosso curso de Direito Constitucional não exige que os candidatos tenham conhecimentos prévios de tal disciplina. O objetivo de cada um não é se tornar mestre em Direito Constitucional, mas gabaritar as disciplinas de Direito Constitucional. Dentro do curso, no desenvolvimento do material elaborado, utilizei uma linguagem mais acessível para o entendimento do aluno acerca da disciplina de Direito Constitucional. Porém, tenha consciência de que a linguagem jurídica é importante, pois é ela que provavelmente estará na sua prova. Nosso material foi elaborado para que o entendimento e a leitura fluam na melhor maneira possível. Todas as aulas estarão divididas basicamente em teoria e exercícios. Além disso, apresentarei tabelas, gráficos e bizús que forem pertinentes ao aprendizado de todos. Desta forma, todos poderão ter um estudo mais eficiente e, assim, conseguirão obter êxito na tão desejada aprovação nesse concurso público. Caso necessário, enviem suas dúvidas, comentários, sugestões para o e-mail contato@coacharea.com.br Sintam-se à vontade, estarei à disposição de vocês e responderei a todos os questionamentos no tempo mais breve possível. Acompanhe nossas redes sociais e nossa página na web: CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br AULA Assunto 01 1 - Constituição: conceito, classificação, princípios fundamentais, aplicabilidade e interpretação das normas constitucionais. 2 – Poder Constituinte: conceito, finalidade, titularidade e espécies, reforma da constituição, cláusulas pétreas. 02 3 – Dos direitos e garantias fundamentais: dos direitos e deveres individuais e coletivos; dos direitos sociais; dos direitos de nacionalidade; dos direitos políticos. 03 4 – Da organização político-administrativa: das competências da União, Estados e Munícipios. 04 5 – Da Administração Pública: disposições gerais; dos servidores públicos. 05 6 – Do Poder Executivo. 06 7 – Do Poder Legislativo. 07 8 – Do Processo Legislativo 08 9 – Do Poder Judiciário. 09 10 – Controle de Constitucionalidade. 10 11 – Das funções essenciais à Justiça: do Ministério Público; da Advocacia Pública; da Advocacia e da Defensoria Pública. 11 12 – Da Ordem Econômica e Financeira. 13- Da Ordem Social 12 14 – Da Segurança Pública 13 Simulado Final Não deixem acumular o conteúdo, pois como vocês podem ver o conteúdo é extenso e precisamos de tempo para podermos assimilar, exercitar e revisar alguns pontos importantes. Chega de papo. Agora, vamos fazer o máximo de horas bunda cadeira (HBC) possível. CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br 3.1. Introdução As funções essenciais à justiça são aquelas atividades que servem como apoio a uma atividade jurisdicional eficaz. Estas atividades, que podem ser públicas ou privadas, são ditas essenciais, pois muitas vezes sequer seria possível mover a engrenagem do Poder Judiciário sem elas. Essas pessoas e órgãos que atuam junto ao Poder Judiciário (e que não fazem parte desse poder) são chamados de Funções Essenciais à Justiça. As Funções Essenciais à Justiça são compostas pelo Ministério Público, Defensoria pública, Advocacia Pública e Advocacia Privada. 1031 - (CESPE/Técnico - MPU/2010) São funções essenciais à justiça as do Ministério Público, da advocacia pública, da advocacia privada e da defensoria pública. Comentários: As funções essenciais à justiça estão dispostas no Título IV, Capítulo IV da Constituição, se estendendo do art. 127 ao 135 da Norma Maior. Neste capítulo temos 3 seções: Ministério Público, Advocacia Pública, Advocacia e Defensoria Pública. Gabarito da Questão: CORRETO. Funções Essenciais à Justiça Ministério Público Defensoria Pública Advocacia Pública AGU e PGJs do Estado e do DF Advocacia CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br 4.1. Introdução Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. O Ministério Público, também chamado de Parquet, é um órgão autônomo e independente, não subordinado a qualquer dos Poderes da República, consistindo em autêntico fiscal da nossa Federação, da separação dos Poderes, da moralidade pública, da legalidade, do regime democrático e dos direitos e garantias constitucionais A autonomia e a independência do MP conferem ao órgão imparcialidade na sua atuação, sem ingerência dos demais Poderes. 4.2. Princípios do Ministério Público § 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independênciafuncional. Princípios do MP Unidade Cada MP (MPU,MPE) integra um único órgão, sob chefia única de seu Procurador-Geral. Indivisibilidade Os membros do MP não se vinculam aos processos em que atuam, podendo ser substituídos uns pelos outros, sem nenhum prejuízo ao processo. Não há divisibilidade de seus membros. Independência Funcional O MP é independente no exercício de suas funções, não estando subordinado a qualquer dos Poderes. Seus membros não se subordinam a quem quer que seja, somente à Constituição, às leis e à própria consciência. Princípios do MP Unidade Indivisibilidade Independência Funcional CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br A hierarquia existente dentro de cada MP, dos seus membros em relação ao Procurador-Geral, é meramente administrativa, e não de ordem funcional. Ou seja, não concernente a sua atuação no exercício de suas funções 4.3. Princípio do Promotor Natural O princípio do Promotor Natural impõe que o critério para a designação de um membro do MP para atuar em uma determinada causa seja abstrato e predeterminado. Não podendo a chefia do MP realizar designações arbitrárias, decididas caso a caso, tampouco designar a substituição de um promotor por outro fora das hipóteses previstas em lei. Dessa maneira, proíbe-se a designação casuística para a atuação em um determinado processo, evitando, assim, a existência da figura do promotor de exceção. Somente o Promotor Natural é competente para atuar no processo, como meio de garantia de imparcialidade de sua atuação, e como garantia da própria sociedade, que terá seus interesses defendidos privativamente pelo órgão constitucional e juridicamente competente. Esse princípio assenta-se nas cláusulas de independência funcional e da inamovibilidade dos membros do MP. 4.4. Autonomia Funcional e Administrativa § 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento. Uma das principais características desta autonomia é a autonomia funcional e administrativa que ele possui, cabendo somente a ele decidir a conveniência e oportunidade da criação e extinção de seus cargos e serviços, bem como dispor sobre o plano de carreira de seus membros. Promotor Natural Independência Funcional Inamovibilidade Imparcialidade Evitar o Promotor de Exceção CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br Esta autonomia, no entanto não é tão ampla quanto os Poderes independentes do Estado, possuindo em alguns casos certa ingerência do Executivo, conforme dispõe no art. 128, § 5º da CF. Art. 128 § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público. A Constituição diz que a iniciativa é facultada aos Procuradores Gerais, pois em regra é uma inciativa que se daria pelo Presidente da República (ou Governador, no caso dos MPE). Art. 61 §1º, II, d - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que disponham sobre organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. Embora a Constituição traga a hipótese de iniciativa privativa do chefe do Executivo, nesse caso ela é concorrente, pois como vimos, a iniciativa de tais estatutos é facultada aos respectivos procuradores-gerais. Estatutos dos MPs (Leis Complementares Organizatórias) Competência concorrente entre o chefe do Executivo respectivo e o Procurador Geral respectivo. Dispor sobre plano de carreira, remuneração, criação e extinção de cargos e serviços Iniciativa privativa do Ministério Público, através do Procurador Geral. 4.5. Orçamento do Ministério Público § 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. § 4º - Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º. § 5º - Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. § 6º - Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. O Poder Executivo é o Poder responsável por compilar todas as propostas orçamentárias, independentemente de qual Poder seja essa proposta. Isso porque no Brasil, nós temos um orçamento “misto”: o Poder Executivo compila as propostas e elabora o projeto de lei orçamentária e o Poder Legislativo delibera e aprova tal orçamento. O Ministério Público deve enviar a proposta ao Poder Executivo para fins de compilação, observando que tal proposta esteja dentro das diretrizes estabelecidas na LDO (A lei que estabelece diretrizes do orçamento, servindo de base para a elaboração do orçamento anual). Se a proposta for enviada fora dos limites da LDO, caberá ao Executivo (de ofício) promover os ajustes necessários para fins de adequação. Após aprovado o orçamento, quando houver a “execução orçamentária”, o Poder Executivo irá entregar os recursos mensalmente, até o dia 20 de cada mês, em duodécimos (1/12 dos recursos por mês). 4.6. Organização do Ministério Público Art. 128. O Ministério Público abrange: I - o Ministério Público da União, que compreende: a) o Ministério Público Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério Público Militar; d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; II - os Ministérios Públicos dos Estados. O Ministério Público Eleitoral e o Ministério Público junto aos tribunais de contas não compõem o MPU ou os MPEs, uma vez que o primeiro não possui quadro de pessoal próprio e o segundo, apesar de seus membros MPE MPU Ministério Público Ministério Público •Ministério Público Federal •Ministério Público do Trabalho •Ministério Público Militar •Ministério Público do DF/TF •Ministério Público dos Estados CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br desfrutarem dos mesmos direitos e garantias dos demais membros do MP, está estruturalmente ligado aos respectivos tribunais de contas, que são responsáveis inclusive pela instituição de sua lei orgânica. O MPU tempor chefe o procurador-geral da República (PGR), nomeado pelo presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. A destituição do PGR antes do término do seu mandato e por iniciativa do presidente da República deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. Os MPEs e o MPDFT formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu procurador geral, que será nomeado pelo chefe do Poder Executivo (governador de estado, no caso do MPE, e presidente da República, no caso do MPDFT, uma vez que este faz parte do MPU) para mandato de dois anos, permitida uma recondução. Os procuradores-gerais nos estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo (Assembleia legislativa, no caso do MPE, e Senado Federal, no caso do MPDFT). PGR PGJ dos Estados e do DF Nomeação Nomeado pelo Presidente (PR) dentre integrantes da carreira, maiores de 35 anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado. Os MPEs e o MPDFT formarão lista tríplice, dentre integrantes da carreira, para escolha de seu procurador-geral, que será nomeado pelo chefe do Poder Executivo (governador para os MPEs e PR para o MPDFT). Mandato Mandato de dois anos, permitidas inúmeras reconduções. Mandato de dois anos, permitida uma única recondução. Destituição A destituição do PGR, por iniciativa do PR, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado. Os PGJs poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta das assembleias legislativas (no caso dos estados) ou do Senado Federal (no caso do MPDFT). CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br 4.6.1. Procurador Geral da República (PGR) § 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. § 2º - A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. PGR Função O PGR é o chefe do MPU. Nomeação A nomeação será feita pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal. Idade Maior de 35 anos Mandato 2 anos, permitida a recondução. Trata-se de exceção à regra, para o PGR a recondução pode ocorrer várias vezes Destituição Por iniciativa do Presidente da República. Deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. 4.6.2. Procurador Geral dos Estados (PGJ) e do DF e Territórios § 3º - Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. § 4º - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva. PGJs Nomeação Os MPEs e o MPDFT formarão lista tríplice, dentre integrantes da carreira, para escolha de seu procurador-geral, que será •O MPDFT é um dos ramos do MPU. Sendo um órgão federal, a nomeação e a destituição do seu PGJ serão feitas pelo presidente da República e pelo Senado Federal, e não pelo governador e pela Câmara Legislativa do DF. ATENÇÃO CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br nomeado pelo chefe do Poder Executivo (governador para os MPEs e PR para o MPDFT). Mandato 2 anos, permitida uma única recondução. Destituição Por deliberação da maioria absoluta das assembleias legislativas (no caso dos estados) ou do Senado Federal (no caso do MPDFT). 4.7. Estatuto do Ministério Público § 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros: I - as seguintes garantias: a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; A inamovibilidade, que garante que, via de regra, os membros do Ministério Público somente possam ser removidos a pedido e nunca ex oficio. Entretanto, existem duas exceções. • Remoção por interesse público, por deliberação da maioria absoluta do órgão colegiado competente do MP, assegurada ampla defesa. • Sanção administrativa, aplicada pelo Conselho Nacional do Ministério Público, assegurada ampla defesa. •A lei complementar foi a lei escolhida para estabelecer diversos casos de “organização e estatutos” na Constituição Federal. ATENÇÃO Vitaliciedade 2 anos CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; II - as seguintes vedações: a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; b) exercer a advocacia; c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; e) exercer atividade político-partidária; f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. § 6º - Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V. Trata-se da Quarentena, da mesma forma que os juízes, será vedado exercer a advocacia na mesma jurisdição antes de decorridos 3 anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. Art. 95, parágrafo único, V - é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. Remoção Regra: a pedido Exceção: ex officio Interesse público Sanção administrativa Atividade político- partidária Vedação absoluta Não podem se filiar a partido político Exceção: exonerado e aposentado CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br 4.8. Julgamento de Membros do Ministério Público É oportuno que lembremos aqui uma regra que surge da reunião das disposições do art. 96, III e 108, I, “a” da Constituição Federal,sobre o julgamento de membros do Ministério Público Julgamento dos Membros do MP Regra Membros do MP Estadual julgados pelo TJ Membros do MP da União julgados pelo TRF. Exceção Se os membros do MP da União oficiarem perante os tribunais serão julgados pelo STJ. O membro do MP trabalha diariamente junto ao Poder Judiciário, é uma função essencial à justiça, logo, ele não pode ser julgado por aqueles juízes que estão com ele diariamente, será julgado pela autoridade imediatamente superior. No caso dos membros do MP da União, eles são julgados em regra pelo Tribunal Regional Federal. A não ser que sejam membros do MP que exerçam sua profissão oficiando perante os tribunais, quando, neste caso, serão julgados pelo STJ. Vedado exercer a advocacia Após aposentadoria ou exoneração Durante 3 anos, na mesma jurisdição do cargo Julgamento dos membro do MP União Regra: TRF Exceção: STJ Estadual TJ CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br Ressalvam-se do julgamento do TRF aqueles crimes sujeitos à jurisdição eleitoral. Isto é, aquela regra da especificidade, a justiça especial acaba prevalecendo sobre a comum. 4.9. Funções Institucionais do Ministério Público Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; O MP é o titular exclusivo dessa ação. Além disso, não é necessário que haja investigação policial anterior à propositura da ação penal pública, ou seja, o MP pode propor a referida ação mesmo sem ter havido investigação policial, desde que tenha as provas de autoria e materialidade. II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; Diferentemente do inciso I, a Constituição não estabeleceu como uma competência privativa. Desta forma, somente a ação penal pública é privativa do MP. A ação civil pública, embora seja de sua competência, poderá ainda ser impetrada por outras entidades, para que se proteja o patrimônio público e social, o meio ambiente ou outros interesses difusos e coletivos. •Caso haja inércia ou desídia do Ministério Público, o particular pode propor a ação penal privada subsidiária da pública ATENÇÃO Ação Penal Ação Penal Pública (Exclusiva do MP) Inércia Ação Penal Privada Subisidiária da Pública (particular) CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; Esta “representação para fins de intervenção” é um caso bem particular, onde o Procurador Geral da República poderá ingressar com uma ação direta de inconstitucionalidade no STF pedindo a decretação de uma intervenção federal em algum dos Estados da Federação. Se o STF prover o pedido, ele determinará que o Presidente da República intervenha em tal Estado. V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; Segundo o art. 232 da Constituição, o MP deve intervir em todos os atos dos processos do quais os índios sejam parte. VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. As funções institucionais do art. 129 da CF não é um rol taxativo, pois, no inciso IX, dispõe que cabe ao MP exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. Estas funções acima, que lhe são vedadas, são funções dos Advogados da União e dos Procuradores dos Estados e do DF, e não do MP, que é na verdade o fiscal da lei, e não advogado. § 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei. Vedado ao MP Representação Judicial de entidades públicas Consultoria Jurídica de entidades públicas CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br § 2º - As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. § 3º - O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. § 4º - Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. § 5º - A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. 4.10. Ministério Público junto ao Tribunal de Contas Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura. 4.11. Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) À semelhança do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o CNMP foi criado pela EC n.º 45/04. Possui o claro objetivo de controlar a atuação administrativa e financeira do Ministério Público, além de fiscalizar o cumprimento dos deveres funcionais de seus membros. Ingresso no MP Concurso Público de provas e títulos, paraticipação da OAB Bacharelado em Direito Mínimo de 3 anos de atividade jurídica Observância da ordenm de classificação nas nomeações •STF: o Ministério Público junto aos Tribunais de Contas é instituição distinta do Ministério Público. JURISPRUDÊNCIA CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br O CNMP é composto por quatorze membros nomeados pelo presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo: I - o Procurador-Geral da República, que o preside; II - quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras; III - três membros do Ministério Público dos Estados; IV - dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro peloSuperior Tribunal de Justiça; V - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VI - dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. § 1º - Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos Ministérios Públicos, na forma da lei. Características do CNMP Nomeação • Pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. Mandato • 2 anos, admitida uma recondução. Composição • 14 membros Composição (14 membros) PGR • Quem preside o CNMP 4 membro do MPU: • Assegurada a representação de cada uma de suas carreiras (MPF, MPT, MPM, MPDFT); • Serão indicados pelos respectivos MP ‘s. • Dentre esses 1 será escolhido corregedor nacional 3 membros do MPE 2 juízes • O STF indica um deles e o STJ indica outro. 2 advogados • Indicados pelo Conselho Federal da OAB. 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada • A Câmara indica um deles e o Senado indica outro CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br 4.11.1. Competência do CNMP § 2º - Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe: I - zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas; III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; IV - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano; V - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI. 4.11.2. Corregedor Nacional § 3º - O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes: I - receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares; II - exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; III - requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério Público. CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br 4.11.3. Conselho Federal da OAB § 4º - O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao Conselho. 4.11.4. Ouvidoria § 5º - Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público. 1032 - (CESPE/Oficial de Inteligência - ABIN/2010) Ao MP incumbe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis e a observância dos princípios institucionais da unidade, indivisibilidade e independência funcional, previstos na CF. Comentários: Exatamente de acordo com o caput do art. 127, combinado com seu §1º. Gabarito da Questão: CORRETO. 1033 - (CESPE/Analista Adm.- MPU/2010) O princípio do promotor natural decorre da independência funcional e da garantia da inamovibilidade dos membros da instituição. Comentários: O princípio do promotor natural é entendido como desdobramento do Juiz natural, mas é referente ao processo, e não à sentença. São todas as disposições que garantem que não haja processo de exceção na justiça brasileira. Gabarito da Questão: CORRETO. Corregedor Nacional Eleição secreta Escolhido dentre os membros do MP que integram o CNMP Vedada recondução CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br 1034 - (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo ele propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos. Comentários: Trata-se da disposição sobre a autonomia funcional e administrativa do MP que pode ser encontrada com o teor do enunciado, no art. 127 §2º da Constituição. Gabarito da Questão: CORRETO. 1035 - (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) O Ministério Público abrange o Ministério Público da União e os ministérios públicos estaduais e do DF e territórios. Comentários: Literalidade: Ministério Público = a MPU + MPE. O MPDFT (Distrito Federal e Territórios) está compreendido pelo MPU (CF, art. 128, I). Gabarito da Questão: ERRADO. 1036 - (CESPE/MPU/TÉCNICO/CONHECIMENTOS BÁSICOS/2013) O procurador-geral de justiça do Distrito Federal (DF) poderá ser destituído antes do término do seu mandato, mediante representação do governador do DF e deliberação da maioria absoluta da Câmara Legislativa do DF. Comentários: Cabe à União (e não ao Distrito Federal) organizar e manter o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (CF, art. 21, XIII). Ademais, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios constitui um dos ramos do Ministério Público da União (CF, art. 128, I, “d”). Diante dessa realidade, a lei de organização do MPU dispõe que o procurador- geral de justiça do Distrito Federal poderá ser destituído, antes do término do mandato, por deliberação da maioria absoluta do Senado Federal, mediante representação do Presidente da República (LC 75/1993, art. 156, § 2º). Gabarito da Questão: ERRADO. 1037 - (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) O Ministério Público do Trabalho integra o Ministério Público da União. Comentários: Segundo a Constituição em seu art. 128, o Ministério Público da União compreende: a) o Ministério Público Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério Público Militar; d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Gabarito da Questão: CORRETO. 1038 - (CESPE/AJAJ - STM/2011) Um promotor de justiça estadual que praticar um crime comum será processado e julgado por juiz de direito de uma das varas criminais do estado. CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br Comentários: Os membros do Ministério Público Estadual possuem prerrogativa de foro para julgamento perante o Tribunal de Justiça (CF, art. 96, III). Gabarito da Questão: ERRADO. 1039 - (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Ao TJRJ compete julgar os juízes do respectivo estado, bem como os seus membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, inclusive os crimes eleitorais. Comentários: A Constituição estabelece no seu art. 96, III, que compete aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, porém fica ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. A justiça eleitoral é uma justiça especializada que irá sempre atrair para si a competência para julgar crimes cometidos durante eleições. Gabarito da Questão: ERRADO. 1040 - (CESPE/TRT-17ª/2009) No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF estabeleceu que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à justiça, à qual compete representar a União, judicial e extrajudicialmente. Comentários: Quem representa a União, judicial e extrajudicialmente, é a advocacia geral da União e não o Ministério Público (CF, art. 131). Inclusive a Constituição estabelece no art. 129, IX, que é vedado aos membros do MP a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. Gabarito da Questão: ERRADO. 1041 - (CESPE/MPU/TÉCNICO/CONHECIMENTOS BÁSICOS/2013) A CF autoriza o MPU a exercer a representação judicial da Fundação Nacional do Índio em casos excepcionais e relacionados à defesa dos direitos das populações indígenas. Comentários: A Constituição Federal veda explicitamente ao Ministério Público o exercício de representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas (art. 129, IX). Gabarito da Questão: ERRADO. 1042 - (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Conforme posicionamento do STF, será constitucional norma estadual que atribuir o exercício das funções dos membros do MP especial no tribunal de contas do estado aos membros do MP estadual. Comentários: CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br Tal norma é inconstitucional, pois no entendimento do STF o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas é um órgão especial, sui generis, que não se confunde com o Ministério Público. Gabarito da Questão: ERRADO. 1043 - (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O Conselho Nacional do Ministério Público deve ser presidido por seu conselheiro mais antigo. Comentários: O presidente do CNMP é o Procurador-Geral da República (CF, art. 130-A, I). Gabarito da Questão: ERRADO. 1044 - (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O Conselho Nacional do Ministério Público é composto de quatorze membros, entre os quais cinco membros dos MPs dos estados, cada um representando uma região da Federação. Comentários: Realmente o CNMP compõe-se de 14 membros, porém são apenas 3 membros dos MPE´s (CF, art. 130-A, III). Gabarito da Questão: ERRADO. 1045 - (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O Conselho Nacional do Ministério Público deve ser presidido por seu conselheiro mais antigo. Comentários: O presidente do CNMP é o Procurador-Geral da República (CF, art. 130-A, I). Gabarito da Questão: ERRADO. 1046 - (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O Conselho Nacional do Ministério Público não tem poderes para determinar a remoção de membro do MP. Comentários: As competências do CNMP estão taxadas no art. 130-A §2º da Constituição. Entre muitas outras funções, podemos encontrar no inciso III a função de determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, sendo que, nestes casos é assegurada ampla defesa. Gabarito da Questão: ERRADO. 1047 - (ESAF/CGU/2006) São princípios institucionais do Ministério Público, previstos no texto constitucional, a unidade, a indivisibilidade, a autonomia decisória e a independência funcional. Comentários: Não se inclui neste rol a autonomia decisória (CF, art. 127 §1º). Gabarito da Questão: ERRADO. CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br 1048 - (ESAF/MPU/2004) O princípio da independência funcional significa, entre outras considerações, que cada membro e cada órgão do Ministério Público gozam de independência para exercer suas funções em face dos outros membros e órgãos da mesma instituição. Comentários: O pronunciamento processual de um membro feito anteriormente não vinculará a atuação do outro. Gabarito da Questão: CORRETO. 1049 - (ESAF/MPU/2004) Pelo princípio da unidade, todo e qualquer membro do Ministério Público pode exercer quaisquer das atribuições previstas na legislação constitucional e infraconstitucional. Comentários: Isto seria relacionado com o princípio da indivisibilidade. Gabarito da Questão: ERRADO. 1050 - (ESAF/PGFN/2007) O princípio do promotor natural decorre explicitamente do princípio institucional da indivisibilidade. Comentários: O promotor natural é um princípio implícito que decorre do princípio do Juiz Natural e da Inamovibilidade dos membros do MP, impedindo que haja processo de exceção. Gabarito da Questão: ERRADO. 1051 - (ESAF/Advogado-IRB/2006) Em razão de sua autonomia financeira e administrativa, durante a execução orçamentária do exercício, o Ministério Público poderá, justificadamente, assumir obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, desde que já esteja em tramitação no Congresso Nacional pedido de abertura de crédito suplementar ou especial. Comentários: Segundo o art. 127 § 6º, durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na LDO, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. Gabarito da Questão: ERRADO. 1052 - (ESAF/AFC-CGU/2008) Assinale a única opção incorreta relativa ao Ministério Público. a) A Constituição Federal confere explicitamente apenas ao Ministério Público a incumbência de defender o regime democrático. CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br b) O Ministério Público possui a faculdade de propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, a política remuneratória e os planos de carreira. c) O Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios pode ser destituído por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva. d) O Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios é nomeado pelo respectivo governador, que o escolhe de lista tríplice elaborada pelos integrantes da carreira. e) Além das previstas na Constituição, o Ministério Público pode exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, mas lhe é vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. Comentários: Letra A - A banca considerou a letra como correta, ignorando o título V da Constituição que se denomina: Da Defesa doEstado e Das Instituições Democráticas. Mas, realmente, o MP é o único taxado pela CF como defensor do regime democrático (CF, art. 127). Letra B - Correto. Segundo o art. 127, § 2º, ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira. Letra C - Correto. Literalidade do art. 128 §4º. Letra D - Errado. Realmente o Procurador Geral do Estado é nomeado pelo governador de Estado, mas o PGDFT pelo Presidente da República, já que cabe à União manter o MPDFT. Letra E - Correto. As Funções Institucionais do Ministério Público trazidas pelo art. 129 da CF, não estão em um rol taxativo, pois a CF estabelece, no inciso IX, que cabe ao MP exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada: • A representação judicial; e • A consultoria jurídica de entidades públicas. Gabarito da Questão: LETRA D. 1053 - (ESAF/CGU/2006) É vedado ao membro do Ministério Público exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública. Comentários: Realmente a regra é de ser vedado exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, mas a constituição também ressalva uma de magistério (CF, 129 §5º, II, d). Gabarito da Questão: ERRADO. CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br 1054 - (ESAF/CGU/2006) O membro do Ministério Público adquire vitaliciedade após dois anos de exercício e só poderá perder o cargo por decisão transitada em julgado do Conselho Nacional do Ministério Público, assegurada a ampla defesa. Comentários: Essa perda ocorre somente por sentença judicial transitada em julgado (CF, 128 §5º, I, a). Gabarito da Questão: ERRADO. 1055 - (ESAF/CGU/2006) É garantia do membro do Ministério Público, a inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, por voto de dois terços de seus membros, assegurada ampla defesa. Comentários: O voto é da maioria absoluta e não de 2/3 dos membros. (CF, art.128 §5º, I, b). Gabarito da Questão: ERRADO. 1056 - (ESAF/CGU/2006) O impedimento para o exercício da advocacia junto ao juízo ou tribunal no qual atuava, antes de decorrido três anos de seu afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração não se aplica ao membro do Ministério Público. Comentários: Segundo o art.128 § 6º da Constituição, aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V, que é justamente a regra da advocacia para os magistrados. Gabarito da Questão: ERRADO. 1057 - (ESAF/Advogado-IRB/2006) Os membros do Conselho Nacional do Ministério Público são nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, sem possibilidade de recondução. Comentários: Errado. Pelo art. 130-A da Constituição, é admitida apenas uma recondução. Organizando então: • Nomeação: pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal; • Mandato: 2 anos, admitida uma recondução; Gabarito da Questão: ERRADO. 1058 - (CESPE/TECNICO JUDICIARIO - TJDFT/2015) O Ministério Público detém legitimidade para postular, em juízo, direitos individuais homogêneos CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br quando estes se enquadrem como subespécie de direitos coletivos indisponíveis e desde que haja relevância social. Comentários: Através de decisões da SBDI-1, o entendimento de que o Ministério Público do Trabalho detém legitimidade para tutelar direitos e interesses individuais homogêneos, sejam eles indisponíveis ou disponíveis, ante o interesse geral da sociedade na proteção dos direitos fundamentais sociais (art. 127 da CF) e na adequação da matriz jurídica à massividade dos danos e pretensões característicos da sociedade contemporânea, de modo a garantir aos jurisdicionados o amplo acesso ao Poder Judiciário (art. 5º, XXXV, da CF), bem como a celeridade (art. 5º, LXXVIII, da CF), a economicidade, a racionalidade, a uniformidade e a efetividade da atuação jurisdicional no deslinde dos conflitos de massa. Precedentes da SBDI-1. Recurso de revista conhecido e provido. Gabarito da Questão: CORRETO. 1059 - (FCC/TECNICO JUDICIARIO – TRE - AP/2015) O Ministério Público da União compreende, além do Ministério Público Federal, a) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios e tem por chefe o Promotor de Justiça. b) os Ministérios Públicos dos Estados, e tem por chefe o Procurador-Geral da República. c) o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Militar, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, e tem por chefe o Procurador-Geral da República. d) o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Militar, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, e tem por chefe o Promotor de Justiça. e) os Ministérios Públicos dos Estados, e tem por chefe o Promotor de Justiça. Comentários: CF.88 Art. 128. O Ministério Público abrange: I - o Ministério Público da União, que compreende: a) o Ministério Público Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério Público Militar; d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; § 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. Gabarito da Questão: LETRA C. CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br 1060 - (FCC/ANALISTA JUDICIARIO – TRE - AP/2015) Afonso tem 39 anos e é Subprocurador Geral da República. Nesse caso, Afonso a) não poderá ser nomeado Procurador-Geral da República, pois já exerce cargo para o qual foi nomeado após aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de até dois anos. b) poderá ser nomeado Procurador-Geral da República, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos integrantes da carreira, para mandato de quatro anos, permitida a recondução c) não poderá ser nomeado Procurador-Geral da República, pois a idade mínima para tal nomeação é 40 anos. d) poderá ser nomeado Procurador-Geral da República, após a aprovação de seu nome por votação em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, para mandato de até quatro anos. e) poderá ser nomeado Procurador-Geral da República, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. Comentários: CF.88 Art. 128 § 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. Gabarito da Questão: LETRA E. 1061- (CESPE/AUDITOR – TCE - RN/2015) No que se refere à organização dos poderes, ao controle de constitucionalidade e às funções essenciais à justiça, julgue o item a seguir, considerando entendimentos dos tribunais superiores. Aos membros do Ministério Público junto a tribunal de contas estadual aplicam- se os mesmos direitos, vedações e formas de investidura dos promotores de justiça, uma vez que estão vinculados, em termos administrativos, ao respectivo Ministério Público estadual. Comentários: Na verdade eles são vinculados ao próprio TC, integrando-o, não havendo vinculo com o Ministério Público Os Procuradores das Cortes de Contas são ligados administrativamente a elas, sem qualquer vínculo com o Ministério Público comum. (STF ADI 3.315) CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura Gabarito da Questão: ERRADO. 1062 - (FCC/PROCURADOR DE CONTAS – TCE - CE/2015) No que se refere às funções essenciais à Justiça, a) o Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida uma ou mais reconduções. b) a destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria de dois terços do Senado Federal. c) os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma única recondução. d) os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios não poderão ser destituídos por deliberação do Poder Legislativo respectivo. e) leis da União e dos Estados, cuja iniciativa é reservada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público. Comentários: a) Errado CF.88 Art.128 § 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. b) Errado CF.88 Art.128 § 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. c) Correto CF.88 Art.128 § 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. d) Errado CF.88 Art.128 § 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva. e) Errado CF.88 Art.128 § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros: Gabarito da Questão: LETRA C. 1063 - (CESPE/MEC /2015) Julgue o item que se segue, relativos ao Poder Judiciário e às funções essenciais à justiça. A autonomia administrativa é garantida constitucionalmente ao Ministério Público e à defensoria pública, mas não à advocacia pública. Comentários: CF.88 Art. 127, § 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento. CF.88 Art. 134, § 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º . Gabarito da Questão: CORRETO. 1064 - (FCC/AUDITOR – TCE - AM/2015) Considere as seguintes afirmações acerca da disciplina constitucional das funções essenciais à Justiça: I. São funções essenciais à Justiça aquelas exercidas por Ministério Público, advocacia, órgãos de Advocacia Pública e Defensoria Pública. II. São princípios institucionais tanto do Ministério Público como da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional, cabendo a CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br ambos elaborar a respectiva proposta orçamentária, dentro dos limites estabelecidos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias. III. Aos membros do Ministério Público, tanto da União quanto dos Estados, é assegurada a vitaliciedade após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado, ao passo que aos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal é assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado da corregedoria respectiva. IV. Aos membros do Ministério Público e das Defensorias Públicas é vedado o exercício da advocacia em qualquer hipótese. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) III e IV. c) I, II e III. d) II e IV. e) I, III e IV. Comentários: I. CORRETO: O capítulo IV da CF denominado "Das funções essenciais à justiça" elenca 4 Seções: Do Ministério Público; Da Advocacia Pública; Da Advocacia; Da Defensoria Pública. II. CORRETO: Quanto ao MP: Art. 127, § 1º São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. Quanto às Defensorias: Art. 134, § 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. § 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal. § 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional (...). III. CORRETO: Quanto aos membros do MP: Art. 128, § 5º, I, a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; Quanto aos procuradores: Art. 132. Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigoé assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias. CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br IV. ERRADO: Art 134, § 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. Gabarito da Questão: LETRA C. 1065 - (FCC/ANALISTA DO CNMP - CNMP/2015) Nos termos da Constituição da República, são vedados tanto aos magistrados quanto aos membros do Ministério Público: a) exercício de atividade político-partidária; e participação em sociedade comercial. b) exercício da advocacia, antes de decorridos dois anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração; e participação em sociedade comercial. c) exercício de atividade político-partidária; e exercício da advocacia, antes de decorridos dois anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. d) participação em sociedade comercial; recebimento, a qualquer título ou pretexto, de auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas. e) recebimento, a qualquer título ou pretexto, de custas processuais; e exercício de atividade político-partidária. Comentários: Juízes Art. 95 Parágrafo único. Aos juízes é vedado: I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; III - dedicar-se à atividade político-partidária. IV receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração Ministério Público Art. 128 II - as seguintes vedações: a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br b) exercer a advocacia; c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; e) exercer atividade político-partidária; f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. § 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V. Erro das demais A) participar de sociedade comercial só para os membros do MP B) Decorridos 3 anos C) Decorridos 3 anos D) participar de sociedade comercial só para os membros do MP Gabarito da Questão: LETRA E. 1066 - (FCC/ANALISTA DO CNMP - CNMP/2015) Em relação a Termo de Ajustamento de Conduta celebrado por Ministério Público estadual, como resultado de inquérito civil que tenha por objeto a apuração de conduta de particular nociva ao meio ambiente, o Conselho Nacional do Ministério Público, a) não terá competência para apreciar sua legalidade, de modo a desconstitui-lo ou revê-lo, sob pena de ofensa à Constituição da República. b) terá competência para apreciar sua legalidade, de ofício ou mediante provocação, de modo a desconstitui-lo ou revê-lo. c) terá competência para apreciar sua legalidade, de ofício ou mediante provocação, fixando prazo para que se adotem as providências necessárias ao cumprimento da lei. d) terá competência para apreciar sua legalidade, de ofício ou mediante provocação, sem prejuízo da competência do órgão correicional do Ministério Público estadual. e) não terá competência para apreciar sua legalidade, por se tratar de ato administrativo de Ministério Público estadual, e não da União. Comentários: O controle pelo CNMP não se estende às atribuições dos membros do MP da mesma forma que o CNJ não pode anular/revisar decisões judiciais. Art. 130-A, § 2º, da CR. Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros. Ainda, conforme entendimento do STF em a Constituição e o Supremo: "Conselho Nacional do Ministério Público. Anulação de ato do Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Espírito Santo em termo de ajustamento de conduta. Atividade-fim do Ministério Público estadual. Interferência na CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br autonomia administrativa e na independência funcional do Conselho Superior do Ministério Público no Espírito Santo. Mandado de segurança concedido.” (MS 28.028, rel. min. Cármen Lúcia, julgamento em 30-10-2012, Segunda Turma, DJE de 7-6-2013.). Gabarito da Questão: LETRA A. CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br 5.1. Advocacia Geral da União A advocacia pública realiza a representação do Estado, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, dentre outras funções, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. O Advogado-Geral da União é nomeado livremente pelo presidente da República, sem necessidade de aprovação do Senado Federal. Aos advogados públicos será assegura a estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho. Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. A AGU representa a União como um todo, englobando os seus órgãos e todos os poderes. Essa representação pode ser feita tanto judicialmente, ou seja, perante o Poder Judiciário, quanto extrajudicialmente perante os órgãos públicos. Além dessa representação, AGU exerce a atividade de consultoria e assessoramento jurídico para o Poder Executivo. Diferentemente da representação que exerce a atividade para todos os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). § 1º - A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada. § 2º - O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á mediante concurso público de provas e títulos. A organização e funcionamento da Advocacia-Geral da União é regulada por Lei Complementar e o ingresso na carreira é feito por concurso público de provas e títulos. Representação Judicial e Extrajudicial União como um todo, englobando os órgãos e os Poderes. Consultoria e Assessoria Somente o Poder Executivo Federal CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêacontato@coacharea.com.br Além disso, a AGU é chefiada pelo Advogado-Geral da União, cargo de livre nomeação e exoneração pelo Presidente da República e que possui status de Ministro de Estado. Dessa forma, o Presidente da República pode escolher qualquer um que preencha esses requisitos, não sendo necessário que a referida autoridade seja escolhida dentre os membros da Advocacia–Geral da União. Por fim, o Advogado-Geral da União é julgado nos crimes comuns pelo Supremo Tribunal Federal e nos crimes de responsabilidade pelo Senado Federal. Julgamento do Advogado-Geral da União Crimes comuns STF Crimes de Responsabilidade Senado Federal 5.2. Dívida Ativa Tributária e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional § 3º - Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei. A AGU é a representante da União tanto judicialmente quanto extrajudicialmente. Contudo existe uma exceção na qual caberá a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional representar a União. Trata-se da execução de dívida ativa tributária. A Dívida Ativa da União é composta por todos os créditos da União, sejam eles de natureza tributária ou não tributária, regularmente inscritos pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, depois de esgotado o prazo fixado para pagamento, pela lei ou por decisão proferida em processo regular. Assim, a Constituição estabelece que a PGFN represente a União na dívida ativa tributária. AGUMaior de 35 anos Notável saber jurídico e reputação ilibada Livre nomeação e exoneração pelo Presidente Cidadão Status de Ministro de Estado CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br 5.3. Procuradores do Estado e do DF Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas. Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal tem assegurado a estabilidade. Não é vitaliciedade, como os juízes e membros do MP. 5.4. Advogado Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. Representação Judicial e Extrajudicial de execução de dívida tributária da União PGFN Procurador do Estado e do DF Concurso Público de provas e títulos, com participação da OAB Estabilidade depoisde 3 anos Representação Judicial e Consultoria das Unidades Federadas CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br As pessoas não podem atuar diretamente perante o Poder Judiciário, uma vez que o advogado inscrito na OAB é o único que possui a capacidade postulatória (capacidade de agir em juízo). Apesar disso, existem algumas exceções, onde as pessoas podem atuar perante o Poder Judiciário sem a representação de um advogado. O advogado é inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei, assim, essa inviolabilidade não é absoluta. Além disso, os advogados podem ter acesso a provas já documentadas em autos de inquéritos policiais, inclusive os que tramitam em sigilo. 5.5. Defensoria Pública A defensoria pública exerce a orientação jurídica e defesa dos necessitados. Lei complementar da União disporá sobre a DPU e a Defensoria Pública do DF e Territórios, além de dispor sobre normas gerais das defensorias Capacidade postulatória Regra: com advogado Exceção: sem advogado Habeas Corpus Revisão Criminal Justiça do Trabalho Juizados Especiais Cíveis •Ao contrário dos Juizados Especiais Cívei, é necessário o advogado nos Juizados Especiais Criminais. ATENÇÃO •Súmula Vinculante nº 14 (STF): É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. JURISPRUDÊNCIA CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br públicas estaduais, devendo assegurar aos seus integrantes a garantia da inamovibilidade, porém vedando o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV.) A Defensoria Pública é o órgão que presta assistência jurídica integral e gratuita, pelo Estado, a quem dela necessitar. § 1º - Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. § 2º - Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. § 3º - Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal. A Constituição estabelece que lei complementar organize a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreva normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. Os defensores públicos são remunerados por subsídio. Defensoria Pública Orientação Jurídica e Defesa dos Necessitados Inamovibilidade Vedado o exercício da Advocacia Concurso Público de provas e títulos CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 10 Prof. Daniel Arêa contato@coacharea.com.br 5.6. Renumeração dos Membros das Carreiras da Advocacia Pública e Defensoria Pública Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo serão remunerados na forma do art. 39, § 4º. 5.7. Participação da OAB em Concursos e Exercício da Advocacia Participação da OAB nos concursos Exercício da Advocacia Defensoria Pública Não Defensoria Pública Vedado Advogado da União Não Ministério Público Vedado Procuradores do Estado e do DF Sim Advogados Público Não é vedado pela CF, mas a lei pode vedar. Como exemplo de advogados público temos os advogados da União que não podem advogar por força da Lei Complementar 73/93. Já os Procuradores do DF podem, uma vez que não há vedação na lei. 1067 -
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