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CITOLOGIA MAMARIA

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CITOLOGIA MAMÁRIA
Ma. Maria Helena Rodrigues Mesquita Brito
Ana Karolynne Leal Cordeiro Lopes
Gedaias de Andrade Silva
Glaydiane Alves de Sousa
Ivis Vinícius de Oliveira Martins
Pedro Henrique
Yasmim Alves Rodrigues 
Cerca de 59.700 novos casos em 2018 em mulheres;
No Brasil, em 2018, é o tipo mais comum de câncer entre as mulheres;
Atinge a proporção de 1:100 casos em homens e mulheres;
Os fatores de risco: Histórico familiar, idade, menstruação precoce, menopausa tardia, reposição hormonal, ausência de gravidez, obesidade.
CÂNCER DE MAMA
ANATOMIA DA MAMA
Conjunto de glândulas cujos ductos desembocam na papila mamária;
Cada mama é um conjunto de 15 a 25 glândulas do tipo túbulo alveolar;
A estrutura mamária varia com sexo, idade e condições fisiológicas do individuo.
ANATOMIA DA MAMA
1 - Parede Torácica
2 - Músculos peitorais
3 - Lobo mamário
4 - Mamilo
5 - Aréola
6 - Ductos lactíferos
7 - Tecido adiposo
8 - Pele
ANATOMIA DA MAMA
Malignas e Pré-malignas;
Acomete 50% a 90% das mulheres;
Aumento de proliferação celular.
TÉCNICAS DE OBTENÇÃO DA AMOSTRA DA MAMA
DESCARGA PAPILAR
Fatores associados:
Ectasia dos ductos (acúmulo de líquidos);
Distúrbios hormonais;
Carcinoma dos ductos. 
X Quando deve ser utilizada?
TÉCNICAS DE OBTENÇÃO DA AMOSTRA DA MAMA
DESCARGA PAPILAR
Caráter inflamatório;
Processos malignos: aspecto leitoso, seroso, sanguinolento e purulento
Características normais:
 Escassez celular
 Macrófagos
 Leucócitos 
 Hemácias
TÉCNICAS DE OBTENÇÃO DA AMOSTRA DA MAMA
 PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (PAAF) 
Vantagens:
Triagem no tratamento de nódulos; 
Diagnóstico rápido e preciso; 
Distingue alterações císticas de tumores;
Reavaliação do órgão após terapêutica; 
Análises complementares 
(imunocitoquímica, citometria de DNA, 
testes moleculares).
TÉCNICAS DE COLORAÇÃO 
 Técnica de Papanicolau:
Variedade de corar inúmeras estruturas citoplasmáticas e nucleares.
Outros corantes:
May-Grunwald- Giemsa (MGG);
Romanovisky,;
Diff-Quik. 
FIGURA – Esquema do principal método de coloração pelo Papanicolau após a fixação do material a ser analisado. Fonte: Informativo técnico de procedimentos de coloração DOLES 
CITOMORFOLOGIA
ALTERAÇÕES BENIGNAS DA MAMA
COMPONENTES NORMAIS DE UM ASPIRADO MAMÁRIO
Células epiteliais ductais;
Células apócrinas;
Células espumosas ou esponjosas;
Células mioepiteliais;
Fragmentos de tecido estromal.
CÉLULAS EPITELIAIS DUCTAIS 
Células coesas de forma cubóide;
Pouco citoplasma cianofílico ou basofílicos;
Núcleos uniformes, formato esféricos ou ovais.
Figura - Grande folheto de células epiteliais ductais com núcleos ovais, observar a coesividade entre as células. Fonte: MCKEE, G.T., 2001.
CÉLULAS APÓCRINAS
Formato pleomórfico, citoplasma abundante e granular;
Apresentar-se rosáceo ou vermelho;
Núcleo volumoso, nucléolos eosinofílicos dispostos em leçóis
Figura - Pequeno agrupamento de células apócrinas, pode-se notar a presença da granulação rosácea no citoplasma e a presença dos macronucléolos. Fonte: MCKEE, G.T. 2001. 
CÉLULAS ESPUMOSAS OU ESPONJOSAS
Macrófagos com citoplasma delicado, vacuolizado;
Núcleo excêntrico e irregular;
Processo de defesa e remoção de produtos degradados.
Figura – Células espumosas (macrófagos) em uma punção da mama, note a intensa vacuolização do citoplasma. Fonte: CIBAS, Edmund S.; DUCATMAN, Barbara S. (2010. 537 p.).
CÉLULAS MIOEPITELIAIS
Marcador de benignidade;
Pequenos núcleos hipercromáticos e fusiformes;
citoplasma pouco visível;
Núcleos levemente alongados com escassez citoplasmática.
 
 desnudos bipolares .
Figura – Agrupamento coeso de células ductais, acima das células ductais podemos encontrar núcleos menos excêntricos, porém mais condensados estes núcleos são das células mioepiteliais. Fonte: MCKEE, G.T. Citopatologia. São Paulo:Artes Médicas, 2001.
FRAGMENTOS DE TECIDO ESTROMAL
Pequenos núcleos de células vistos por entre a grande quantidade de fibras protéicas;
Tecido adiposo (adipócitos, lipócitos);
Núcleos deslocados para a periferia;
Citoplasma claro com um grande vacúolo.
Figura – A, Fragmento de estroma com numerosas células fusiformes, B, pequeno fragmento de tecido adiposo. Fonte: MCKEE, G.T. (2001)
ALTERAÇÃO FIBROCÍSTICA
Modificação funcional da mama que se caracteriza pela formação de vários cistos tornando a mama um pouco mais rígida;
Não se sabe ao certo o que leva a formação destes cistos, influencias hormonal podem estar ligadas.
Infiltrado inflamatório;
Celularidade moderada; 
Presença de células apócrinas; 
Pequenos agrupamentos de células epiteliais. 
Figura 9 - Neste esquema mostramos na parte superior direita uma grande quantidade de células ductais coesas ao lado esquerdo no canto superior a metaplasia apócrina (células apócrinas) e na parte inferior presença de leucócitos, todos estes componentes estão presentes nas alterações fibrocísticas. Fonte: TAFURI, L. S, 2005
DOENÇAS PROLIFERATIVAS DA MAMA 
Duas lesões proliferativas:
 
Lesão proliferativa sem atipia 
 hiperplasia ductal – (usual) 
 Lesão proliferativa com atipia 
 hiperplasia ductal atípica ou (ADH)
Agrupamentos de células ductais com pequena sobreposição nuclear; 
 Cromatina fina e regularmente distribuída; 
 Presença de núcleos desnudos bipolares (marcador de benignidade). 
Figura - Neste esquema mostramos na parte superior direita uma grande quantidade de células ductais coesas ao lado esquerdo no canto superior a metaplasia apócrina (células apócrinas) e na parte inferior presença de leucócitos, todos estes componentes estão presentes nas alterações fibrocísticas. Fonte: TAFURI, L. S, 2005
DOENÇAS PROLIFERATIVAS DA MAMA 
Grandes agrupamentos de células ductais com intensa sobreposição nuclear; 
Espaços celulares irregulares; 
Cromatina nuclear de aspecto grosseiro com presença de nucléolo pró-eminente; 
Presença de células atípicas isoladas. 
Figura – grupo de células ductais com sobreposição, existem uma discreta alteração no tamanho entre os núcleos de cada células (atipia) com variação também na coloração dos núcleos. Fonte: FROST, Andra R. et al. (1997, p.22). 
FIBROADENOMA (FA)
Crescimento desorganizado
 – Elevação hormonal
Crescimento lento
 (+ de 3 cm)
Figura – Foto em maior aumento mostrando a esquerda as células ductais e a direita o tecido estromal, na seta negra podemos observar um núcleo desnudo bipolar, uma importante característica que determina benignidade. Fonte: BIBBO, Marluce; WILBUR, David C, (2010. 1105 p).
Figura – grupo de células ductais com sobreposição, existem uma discreta alteração no tamanho entre os núcleos de cada células (atipia) com variação também na coloração dos núcleos. Fonte: FROST, Andra R. et al. (1997, p.22). 
Células ductais com presença de mioepiteliais;
Ramificações na forma de projeções;
Presença de núcleos desnudos bipolares; 
Presença de fragmentos estromais; 
Rara presença de células espumosas e apócrinas.
TUMOR FILÓDES (TF) 
Fragmentos estromais;
Nódulo móvel e pode variar de tamanho;
Crescimento rápido;
Cistossarcoma.
Figura – presença maciça de um fragmento estromal no centro da imagem e na parte inferior um pequeno fragmento de tecido epitelial intacto. Observe a semelhança com o Fibroadenoma, os mesmo componentes celulares, porém a presença maior do tecido fibroso caracteriza esta alteração. Fonte: KRISHNAMURTHY, Savitri et al. (2005, p.342). 
Figura – nesta ilustração mostramos uma grande quantidade de um fragmento estromal, componente mais abundante no tumor Filódes. Fonte: KRISHNAMURTHY, Savitri et al. (2005, p.342). 
Componentes estromais; 
Mitoses atípicas
Células atípicas ductais; 
Células fusiformes. 
PAPILOMA (LESÃO PAPILAR) 
Neoplasia benigna dos ductos lactíferossubareolar;
Variação maligna denominada de carcinoma papilar;
Secreção sanguinolenta e serosa 
DIFERENÇAS ENTRE NEOPLASIA PAPILAR BENIGNA E MALIGNA
 Benigna - agrupamentos tridimensionais de papilas com lençóis de células mioepiteliais; 
 Maligna - agrupamentos de células em túbulos com ausência ou escassez de células mioepiteliais; 
 Células atípicas estão presentes em ambas, porém na maligna há presença de células isolada atípica por fora das papilas; 
Presença de sangue, leucócitos e células espumosas com ausência de células metaplásicas apócrinas; 
PAPILOMA (LESÃO PAPILAR) 
Figura – agrupamento tridimensional de uma papila com células ductais com ausência de células mioepiteliais note que há certa alteração nos núcleos, porém esta imagem favorece mais ao Papiloma excluindo malignidade pela ausência das células isoladas atípicas. Fonte: MICHAEL, Claire W.; BUSCHMANN, Bruce (2002, p.92). 
Figura – nesta micrografia mostramos um pequeno grupo isolado de células ductais que estão isoladas de um agrupamento de papilas com certa atipia nos núcleos. Fonte: MICHAEL, Claire W.; BUSCHMANN, Bruce (2002, p.92). 
ASPECTOS CITOMORFOLÓGICOS DOS CARCINOMAS DA MAMA 
Alta celularidade;
Células isoladas atípicas;
Volume celular e tamanho do núcleo ;
Hipercromasia, discariose; 
Macronucléolos eosinofílicos; 
Necrose tecidual;
Ausência de células mioepiteliais.
Fatores associados:
Multiparidade e idade avançada no nascimento do primeiro filho;
Uso prolongado de contraceptivos orais;
Histórico familiar de doenças da mama.
CARCINOMA DUCTAL
Agrupamentos pouco coesos com células atípicas isoladas, formado cachos tridimensionais em agrupamentos sinciciais ou padrão acinar; 
Núcleo excêntrico, hipercromático, irregulares, cromatina fina ou grosseira, e variação do tamanho do núcleo; 
Células inflamatórias, sangue e detritos celulares.
Figura – grande grupo de células ductais (hipercelularidade) na parte inferior mostramos um grupo de células com aumento do volume dos núcleos e com hipercromasia e nucléolos proeminentes. Fonte: LU, Di et al. (2002 p.294). 
Figura – aumento do volume dos núcleos, inetnsa hipercromasia, e principalmente células que estão dispersas dos agrupamentos de células ductais (perda da coesividade), nucléolos demarcados e o fundo necrótico. Fonte: MENDRINOS, Savvas et al. (2005, p.178). 
CARCINOMA LOBULAR
Hipocelularidade; 
Células malignas pequenas, isoladas ou dispostas em cordões; 
Presença de vacúolo citoplasmático com muco;
Núcleos variam de hipocromáticos a hipercromáticos, com cromatina fina e granular com discreta irregularidade da membrana nuclear; 
Figura – Grupo hipocelular de células epiteliais monomórficas em fila indiana‖ com alterações núcleo-citoplasmáticas e com presença de muco secreção, alteração bem característica do carcinoma lobular. Fonte: FECHNE, Roberte. (1971, p.274). 
Figura – Células epiteliais com produção de muco secreção, note o padrão monomórfico das células. Fontes: MENET, E.; BECETTE, V., BRIFFOD, M. (2008, p.111). 
CARCINOMA MUCINOSO
É composto essencialmente de células uniformes de tamanhos conservados que flutuam sobre um muco extracelular abundante. 
Fundo da mucinoso (mucoso) verde-púrpura pelo Papanicolaou e vermelho-violeta pelo Romanovisky e Diff-Quik; 
Ausência de alterações nucleares; 
Presença de pequenos vacúolos citoplasmáticos.
Figura – Neste campo podemos ver de grupos de células ductais (seta negra) e uma grande massa de muco (seta vermelha) que toma boa parte do campo, esta característica melhor define o carcinoma mucinoso. Fonte: Lam WW, Chu WC, Tse GM, et al ( 2006, p.6). 
CARCINOMA MEDULAR
Quadro inflamatório e hemorrágico podendo gerar cistos.
Hipocelular; 
Células isoladas ou em pequenos aglomerados com citoplasma abundante; 
Núcleos vesiculares com presença de macronucléolos proeminentes e irregulares; 
Presença de figuras de mitose; 
Muitos linfócitos e plasmócitos.
Figura – Neste campo podemos ver alguns linfócitos em vários estágios maturativos que invadiram a mama, esta presença de linfócitos caracteriza o tumor medular. Fonte: CIBAS, Edmund S.; DUCATMAN, Barbara S( 2010. 537p). 
CARCINOMA APÓCRINO
Alta celularidade; 
Podem formar grandes agrupamentos celulares ou estarem isolados;
 
Núcleos discarióticos com grandes irregularidades nos limites nucleares; 
Nucléolos proeminentes e eosinofílicos; 
Fundo necrótico pode estar presente;
Núcleo em cometa.
Figura – grupo hipercelular de células apócrinas, note os nucléolos eosinofílicos com intensa variação do volume dos núcleos. Fonte: Duggan MA, Young GK, Hwang WS. (1988, p.62).
EXAME CLÍNICO E DETECÇÃO 
DE LESÃO PALPÁVEL 
CIBAS, Edmund S.; DUCATMAN, Barbara S.. Cytology: Diagnostic Principles and Clinical Correlates. 3. ed. Philadelphia: Elsevier, 2010. 537 p. 
MCKEE, G.T. Citopatologia. São Paulo:Artes Médicas, 2001.
TAFURI, Luciene Simões de Assis; GOBBI, Helenice. Hiperplasias epiteliais em espécimes de mamoplastia redutora estética bilateral e mamoplastia redutora contralateral a câncer de mama. Jornal Brasileiro de Medicina Laboratorial, Belo Horizonte, v. 41, n. 2, p.135-141, 20 abr. 2005.
FROST, Andra R. et al. Can Nonproliferative Breast Disease and Proliferative Breast Disease Without Atypia Be Distinguished by Fine-Needle Aspiration Cytology? Cancer Cytopathology, Washington, v. 81, n. 1, p.22-28, 25 fev. 1997.
KANHOUSH, Rima et al. ‗Atypical‘ and ‗Suspicious‘ Diagnoses in Breast Aspiration Cytology. Cancer Cytopathology, Miami, v. 102, n. 3, p.164-167, 25 jun. 2004.
CALADO, Sandra Simon; LIMA, Maria do Carmo Carvalho de Abreu e. Estudo Morfológico dos Fibroadenomas: Uma análise aomparativa entre grupos etários. Jornal Brasileiro de Medicina Laboratorial, Recife, v. 40, n. 6, p.411-419, 20 dez. 2004.
TOBIAS, Pedro. Revisão e Análise Crítica de Fibroadenoma da Mama. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Botucatu, v. 21, n. 6, p.359-360, 20 fev. 1999.
KRISHNAMURTHY, Savitri et al. Distinction of Phyllodes Tumor from Fibroadenoma: A Reappraisal of an Old Problem. Cancer Cytopathology, Houston, v. 90, n. 6, p.342-349, 25 dez. 2005. 
DAWSON, Andrea E. et al. Breast Carcinoma Detection in Women Age 35 Years and Younger: Mammography and Diagnosis by Fine-Needle Aspiration Cytology. Cancer Cytopathology, Rochester, v. 84, n. 3, p.163-168, 25 jun. 1998. 
DAWSON, Andrea E. et al. Breast Carcinoma Detection in Women Age 35 Years and Younger: Mammography and Diagnosis by Fine-Needle Aspiration Cytology. Cancer Cytopathology, Cleveland, v. 84, n. 3, p.163-168, 25 jun. 1998.

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