Sistema ABO e RH

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Fisiologia 
 
 
 
 
SISTEMA ABO E RH 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sumário 
 
 
Introdução.........................................................................................................................2 
Objetivos............................................................................................................................2 
 
1. Sistema ABO...............................................................................................................2 
 1.1. Antígenos e anticorpos..........................................................................................3 
 1.2. Doadores e receptores...........................................................................................3 
2. Fator Rh......................................................................................................................4 
 
Exercícios...........................................................................................................................5 
 
Gabarito.............................................................................................................................6 
 
Resumo..............................................................................................................................6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Introdução 
Na apostila sobre Funções e propriedades do sangue, vimos que o sangue é 
um tecido conjuntivo composto pelos elementos figurados – as células; e também 
pela matriz extracelular líquida – o plasma. Tanto nas hemácias quanto no plasma 
encontram-se substâncias responsáveis por determinar o tipo sanguíneo. Quais são e 
como agem é o que estudaremos agora. 
Objetivos 
● Caracterizar o Sistema ABO. 
● Caracterizar o Fator Rh. 
1. Sistema ABO 
Em meados do século XX, o imunologista austríaco Karl Landsteiner observou 
que em determinadas transfusões o sangue era incompatível de um paciente a outro. 
Em alguns indivíduos o organismo não reconhecia o sangue transfundido, havendo 
uma reação de aglutinação, ou seja, a formação de um aglomerado de hemácias, 
enquanto em outros, nada ocorria. Concluiu então que o sangue não era igual em 
todas as pessoas e foi assim descoberto o primeiro e mais importante sistema de 
grupo sanguíneo: o ABO. 
Observe a figura abaixo (Figura 1). Em um teste para determinar o tipo 
sanguíneo é colocado um soro, por exemplo, anti-A, em uma gota de sangue. Se 
houver reação, com todas as hemácias se agrupando, sabemos que o sangue é do tipo 
A. Se reagir também com o anti-B, sabemos que é do tipo AB. Se não reagir com ambos 
os soros, sabemos que é do tipo O. O mesmo princípio vale para o fator Rh, que 
veremos mais adiante. 
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Imagem de teste de hemoaglutinação in vitro. 
 
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1.1. Antígenos e anticorpos 
A aglutinação das hemácias que ocorre no sangue ao entrar em contato com 
um tipo sanguíneo diferente deve-se a uma substância presente na membrana 
plasmática da hemácia do sangue transfundido: o aglutinogênio. Este é, portanto, um 
antígeno – ou seja, um corpo estranho que ativa o sistema de defesa ao reagir com a 
aglutinina, anticorpo presente no plasma do sangue receptor, específico para cada 
tipo sanguíneo (Figura 2). 
 
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Esquema representando os tipos sanguíneos com seus respectivos antígenos e anticorpos. 
 
1.2. Doadores e receptores 
Com a reação de aglutinação formam-se coágulos que obstruem a circulação 
de pequenos vasos até comprometer o sistema cardiovascular como um todo, o que 
se não for tratado pode levar a óbito. Por isso, é extremamente importante 
conhecermos nosso tipo sanguíneo. 
Devido a presença de aglutininas e aglutinogênios, os tipos sanguíneos só 
podem doar e receber de tipos iguais. As exceções são o tipo AB, chamado de receptor 
universal, pois não apresenta nenhuma aglutinina (anticorpo) no plasma. E o tipo O, 
chamado doador universal, pois não apresenta nenhum aglutinogênio (antígeno) nas 
hemácias (Figura 3). 
 
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Esquema representando a compatibilidade sanguínea. 
2. Fator Rh 
Um outro antígeno presente nas hemácias é o fator Rh, também descoberto 
por Landsteiner. Ele não causa uma reação imediata, mas provoca uma sensibilização 
do sistema imunitário que, em uma posterior transfusão, reagirá com os anticorpos 
desenvolvidos. 
Uma situação mais grave é a chamada eritroblastose fetal. No caso de uma 
criança ter herdado o fator Rh do pai, porém a mãe não o apresentar, no momento do 
seu nascimento ocorre a mistura do seu sangue, contendo o aglutinogênio, com o 
sangue da mãe, que será sensibilizado, criando anticorpos. Em uma segunda gravidez, 
em que o feto também apresente o fator Rh, os anticorpos reagirão, provocando a 
doença hemolítica do recém-nascido (Figura 4). 
 
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Esquema representando o processo da eritroblastose fetal. 
 
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Exercícios 
1. (Vunesp) A transfusão de sangue do tipo B para uma pessoa do grupo A resultaria 
em: 
a) reação de anticorpos anti–B do receptor com os glóbulos vermelhos do 
doador. 
b) reação dos antígenos B do receptor com os anticorpos anti – B do doador. 
c) formação de anticorpos anti–A e anti–B pelo receptor. 
d) nenhuma reação, porque A é receptor universal. 
 
 
2. (UNIMONTES - adaptado) A técnica usualmente empregada para a determinação 
dos grupos sanguíneos é a prova de aglutinação, feita em lâminas ou em tubos, 
com soros contendo anticorpos de especificidade conhecida. O tipo sanguíneo é 
determinado pela observação da ocorrência ou não da reação de aglutinação. A 
figura abaixo representa o resultado do exame feito em uma mulher casada com 
um homem do sangue tipo O, Fator Rh negativo. Analise-a. 
 
Considerando a figura, os dados apresentados e o assunto relacionado a eles, existe a 
possibilidade de o segundo filho do casal vir a desenvolver a doença hemolítica do 
recém-nascido? 
 
3. (Enem/2017 – 2ª aplicação) Uma mulher deu à luz o seu primeiro filho e, após o 
parto, os médicos testaram o sangue da criança para a determinação de seu grupo 
sanguíneo. O sangue da criança era do tipo O+. Imediatamente, a equipe médica 
aplicou na mãe uma solução contendo anticorpos anti-Rh, uma vez que ela tinha 
o tipo sanguíneo O-. 
 
Qual a função dessa solução de anticorpos? 
 
a) Modificar o fator Rh do próximo filho. 
b) Destruir as células sanguíneas do bebê. 
c) Formar uma memória imunológica na mãe. 
d) Neutralizar os anticorpos produzidos pela mãe. 
e) Promover a alteração do tipo sanguíneo materno. 
 
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 Gabarito 
1. a) Os anticorpos anti–B do sangue A iriam reagir contra os aglutinogênios do 
sangue B, resultando na aglutinação dos glóbulos vermelhos do sangue do doador. 
 
2. No caso, não se trata do caso de eritroblastose fetal, pois a mãe apresenta o fator 
Rh, e não o pai. Dessa forma, não haverá sensibilização. 
 
3. b) Os anticorpos anti-Rh aplicados na mãe destruirão as células sanguíneas Rh+ do 
bebê que chegaram à circulação materna, sem que o sistema imunológico da mãe 
seja ativado e produza anticorpos anti-Rh. 
 
Resumo 
Nesta apostila, vimos que o ser humano apresenta quatro tipos sanguíneos – 
o chamado Sistema ABO. Se em uma transfusão o indivíduo receber um sangue 
incompatível, por apresentar um tipo sanguíneo diferente do seu, ocorrerá 
aglutinação das hemácias, ou seja, formação de um coágulo 
Esse processo se deve a presença de aglutinogênios (antígenos) nas hemácias 
transfundidas que ativam o sistema de defesa do organismo ao reagir com as 
aglutininas (anticorpos) presentesno plasma do sangue receptor. O sangue do tipo 
AB não possui aglutininas, é, portanto, receptor universal. O sangue do tipo O, por sua 
vez, não apresenta aglutinogênios, sendo doador universal. Já os tipos sanguíneos A 
e B só podem doar e receber daqueles iguais a eles ou que são universais. 
O fator Rh é um outro tipo de aglutinogênio presente nas hemácias, que induz 
a produção de anticorpos em caso de transfusões em que o doador é Rh+, porém o 
receptor é Rh-. Ocorre sensibilização também durante o parto quando a mãe não 
possui o fator Rh, mas o primeiro filho herdou tal característica do pai – o que no 
segundo filho Rh+ ocasionará a eritroblastose fetal, pois os anticorpos produzidos 
pelo organismo materno reagirão ao sangue fetal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências bibliográficas 
Guyton & Hall. Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier, 11ª Edição.2006. 
Referências imagéticas 
Figuras 1 e 2: Wikipedia − 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tipagem_sangu%C3%ADnea#/media/File:ABO_sangre_tipo.svg − 
Acessado em: 21/11/2018 às 09h47 
 
Figura 3: Wikipedia − 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_sangu%C3%ADneo#/media/File:Blood_Compatibility.svg− 
Acessado em: 21/11/2018 às 09h47 
 
Figura 3: Wikimedia − https://commons.wikimedia.org/wiki/File:1910_Erythroblastosis_Fetalis.jpg − 
Acessado em: 21/11/2018 às 09h47