psicologia trabalho (1)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO-UNINTA
CURSO DE FARMÁCIA
PROJETO DE PESQUISA
MEDICALIZAÇÃO DO CORPO
ANTONIA SAYNA MARTINS
CRITIANE MARTINS MEDEIROS
ISABELLY PAIVA MARTINS
 LANNA KARINE SOARES DE PAULA
PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
PROF. ANA RAMYRES ANDRADE DE ARAUJO
O ALUNO DE ENSINO MÉDIO NÃO PROFISSIONALIZANTE E A PSSIBILIDADE DE ESTÁGIO
 Machado Novais
Matrícula 0021100-1
	
SOBRAL – CEARÁ
2019. 1
ANTÔNIA SÁYNA MARTINS RODRIGUES, CRISTIANE MARTINS MEDEIROS, ISABELLY PAIVA DE CARVALHO MARTINS, LANNA KARINE SOARES DE PAULA
Trabalho apresentado a disciplina de Psicologia a plica à saúde,
sob a orientação de conteúdo da
Professora Ana Ramyres Andrade de. Araújo.
SOBRAL – CEARÁ
2019.1
SUMÁRIO
	
	
	RESUMO........................................................................................
INTRODUÇÃO......................................................................................
	DESENVOLVIMENTO.........................................................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................
REFERÊCIAS...........................................................................................
	
	
	
	
	
Abstract
The present work seeks to make a parallel between the evolution of beauty standards and the increase of the irrational use of medicines as a form of standardization of the human body. In this context, a problem arises both related to public health, and to society as a whole, the medicalization of the body as a way to reach perfection for acceptance in society. The literature review in this work aims to show how the use of both anorexigenic and anabolic drugs can cause disorders to the physical and mental health of users, since they act at the level of the Central Nervous System. In this way, they can cause numerous side effects such as chemical dependence, mood swings and in more severe cases depression and suicide. Therefore, there is a need to provide a solution to the indiscriminate use of anabolics and anorectics, both through the awareness of the general population and health professionals.
Resumo
O presente trabalho busca fazer um paralelo entre a evolução dos padrões de beleza e o aumento do uso irracional de medicamentos como forma de padronização do corpo humano. Nesse contexto, surge um problema tanto relacionado à saúde pública, quanto á sociedade como um todo, a medicalização do corpo como forma de alcançar a perfeição para aceitação na sociedade. A revisão bibliográfica contida neste trabalho tem o intuito de mostrar como o uso de medicamentos tanto anorexígenos, quanto anabolizantes podem causar transtornos à saúde física e mental dos usuários, pois agem a nível de Sistema Nervoso Central. Dessa forma, podem causar inúmeros efeitos colaterais como dependência química, alterações de humor e em casos mais graves depressão e suicídio. Por conseguinte, observa-se a necessidade de viabilizar uma solução em relação ao uso indiscriminado dos anabolizantes e anorexígenos, tanto por meio da conscientização da população em geral, quanto pelos profissionais de saúde. 
Introdução 
Os padrões de belezas da sociedade têm mudado imensamente ao longo dos tempos. A busca da beleza tem feito parte da maioria das civilizações existentes no nosso planeta, apesar do conceito de beleza ser algo altamente subjetivo e cultural. Muitas soluções de beleza estranhas já fizeram parte da vida das mulheres para que pudessem se encaixar nos padrões da época. Nos tempos modernos, a indústria cultural valoriza o corpo esbelto e esguio, fazendo com que essa formulação seja aceita e difundida amplamente. O culto à juventude e ao corpo exige dos indivíduos autovigilância e adaptação, pois observa-se um aumento do uso de medicamentos para padronizar um corpo rapidamente num conceito de “perfeito”. Os medicamentos constituem-se em um símbolo, algo a ser adquirido/consumido para um fim maior: a saúde, a beleza, o bem-estar físico, mental e comportamental. Os anorexígenos, ou moderadores de apetite, podem ser considerados um exemplo de medicamento que simboliza a beleza, nesse caso um corpo magro, que são drogas de alto consumo no Brasil para o tratamento da obesidade. Segundo dados da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde14, o consumo brasileiro chega a 23,6 toneladas anuais, vale ressaltar que esse consumo é ainda mais desenfreado pelo sexo feminino. Além disso, outra prática muito comum na sociedade moderna brasileira é o uso de anabolizantes, que são hormônios sintéticos fabricados a partir do hormônio sexual masculino, testosterona. As pessoas que o utilizam podem ter aumento no tamanho dos músculos, força física e aumento da resistência. Há alguns anos essas drogas eram utilizadas somente para tratamento de algumas disfunções hormonais ou desgaste muscular. Hoje em dia são bastante conhecidas por atletas e fisiculturistas. As pessoas que fazem uso deste tipo de droga estão em busca de um corpo sarado, redução da gordura corporal e melhor desempenho nos esportes. Os anabolizantes podem ser encontrados nas formas de comprimidos, cápsulas ou injeções intramusculares. Esses medicamentos podem causar muitos transtornos na vida dos usuários, como dependência química, problemas hepáticos, transtornos de saúde mental e entre outros. Por meio do consumo irracional desses fármacos, sociedade torna-se, cada vez mais, dependente da utilização de medicamentos para conseguir a “cura” de determinada enfermidade, cuja existência, muitas vezes, é criada a partir de um processo complexo que envolve a “indústria médica” e seu arsenal farmacêutico que retira das condições de vida os determinantes do adoecer, fazendo com que este recaia sobre o indivíduo e seu corpo.
 DESENVOLVIMENTO
Anorexígenos
Anorexígenos ou moderadores de apetite são medicamentos à base de anfetamina, metanfetaminas e outras substâncias similares a elas. Esses compostos fazem parte do mesmo grupo de drogas como a cocaína, o crack e o crystal meth. Os remédios agem no sistema nervoso e no sistema cardiovascular.
 Com a finalidade de induzir a falta de apetite, ou seja, são os tão solicitados remédios para emagrecer. Dessa forma, a substância química envia uma mensagem para o cérebro “dizendo” que o organismo está saciado, o cérebro, por sua vez, envia uma mensagem de saciedade para o corpo. Na falta de uma alimentação adequada, o organismo passa a utilizar a energia (calorias) existente no corpo. 
Os anorexígenos são classificados como psicotrópicos. Por causarem dependência são vendidos sob controle especial. No Brasil a Portaria nº344 de 12 de maio de 1998, é o documento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária que aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Porém foi em 5 de setembro de 2007 que a Resolução RDC nº 58 dispôs sobre o aperfeiçoamento do controle e fiscalização de substâncias psicotrópicas anorexígenas.
Tipos de Anorexígenos
Fentermina, Dietilpropiona, Rimonabanto (não mais comercializado no Brasil por seus efeitos colaterais) Sibutramina, Benfluorex, Catina, Fenmetrazina. As mais ultilizadas no Brasil são a dietilpropiona (anfepramona), o fenproporex, fenfluramina, fenilpropanolamina e o manzidol.
Efeitos colaterais 
Seus efeitos colaterais dependem do organismo de quem usa e do tempo de uso, sendo os mais comuns: Dores de cabeça, Hipertensão arterial, Cefalia, Depressão nervosa, Irritabilidade, Insônia, Confusão intestinal, Tonturas, Agitação psicomotora, Aumento da ansiedade, Vômito, Hemorragia e Enjoo.
Contra Indicações 
Os anorexígenos são contra-indicados em pacientes com antecedentes psicóticos ou com transtornos de ansiedade, em epiléticos não tratados, na hipertensão arterial severa ou não tratada, em crianças com pouca idade, em idosos, em pacientescom história anterior de intolerância aos anorexígenos ou de abuso de drogas, na gravidez (ou suspeita), na lactação, hipertireoidismo, cardiopatias severas, porfirias e glaucoma.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
		Tendo em vista os agravos a saúde é necessário buscar viabilizar uma solução em relação ao uso indiscriminado dos anabolizantes e anorexígenos, com isso é necessário haver uma conscientização por parte população. Atualmente apesar de existirem leis que proíbem o acesso aos mesmos sem prescrição, os usuários continuam consumindo, ou seja, adquirindo as substâncias de forma irregular e colocando suas vidas em risco pelo simples motivo, a aparência física.
		Um agravante nesta situação são as poucas e superficiais informações disponibilizadas sobres as substâncias apresentadas e seus efeitos adversos, normalmente estas informações entram em conflito com a atual cultura, que gira em torno da estética. Os usuários destas substâncias deveriam analisar as informações divulgadas pela mídia, e não se deixarem manipular, entender que cada um tem o corpo que mais se adéqua, e isso está ligado diretamente ao seu estilo de vida, e o mais importante entender que mudar a aparência deve ser uma questão de saúde, que qualquer fator, assim como o sobrepeso, deve ser alterado quando gera problemas graves a saúde do indivíduo. Com essa cultura, outros casos em que a aparência física é atingida de forma negativa é quando fere a autoestima e a confiança da pessoa, porém isto só acontece devido a ditadura da beleza imposta pela nossa sociedade, sempre julgando e dizendo o é certo ou errado, definindo um padrão de beleza e induzindo a segui-lo. Enquanto a população não mudar essa visão, não há meios para evitar problemas com o uso destas drogas, pois sabemos que muitas vezes as substâncias são encontradas com facilidade no mercado negro, sem registro ou garantia de qualidade.
 		Portanto as informações sobre estas substâncias devem continuar sendo compartilhadas, sobretudo os efeitos colaterais do seu uso sem indicação e acompanhamento por profissional habilitado.
		Por considerar que valorização excessiva da aparência e a padronização da beleza acarreta inúmeros prejuízos a qualidade de vida do ser humanos, podemos dizer que a mudança necessária é imprescindível e começa quando a população passar a entender que a saúde vem sempre em primeiro lugar, que o uso de anabolizantes e anorexígenos somente devem ser administrado quando houver acompanhamento médico especializado e nunca por conta própria. Além disso os locais para aquisição destas substâncias, após serem prescritas, devem ser de origem confiáveis e seguirem as normas jurídicas para a sua venda, garantindo assim a qualidade, enfim, que essa irracionalidade pode levar a morte.