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Pavimentação de Rodovias

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
DANILO BERNARDES LOURENÇO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO TÉCNICO SOBRE PAVIMENTAÇÃO EM RODOVIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assis/SP 
Maio, 2017 
DANILO BERNARDES LOURENÇO 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO TÉCNICO SOBRE PAVIMENTAÇÃO EM RODOVIAS 
 
 
 
 
 
 
Relatório apresentado ao curso de 
Engenharia Civil da Universidade Paulista, 
Campus de Assis/SP, com a finalidade de 
adquirir horas em Atividades Complementa-
res. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assis/SP 
Maio, 2017 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 4 
2. PAVIMENTAÇÃO ................................................................................... 4 
3. DEFINIÇÃO, CONCEITOS E TIPOS DE PAVIMENTOS ......................... 5 
3.1.1. Pavimento Flexível ................................................................................ 5 
3.1.2. Pavimento Rígido .................................................................................. 6 
3.1.3. Pavimento Semirrígido .......................................................................... 7 
3.2. Materiais .................................................................................................... 8 
3.3. Camadas ................................................................................................. 11 
3.3.1. Regularização do subleito .................................................................. 12 
3.3.2. Reforço do subleito ............................................................................. 12 
3.3.3. Sub-base .............................................................................................. 13 
3.3.4. Base ...................................................................................................... 13 
3.3.5. Revestimento ....................................................................................... 14 
3.4. Serviços .................................................................................................. 14 
3.4.1. Pintura de ligação ................................................................................ 14 
3.4.2. Imprimação .......................................................................................... 15 
3.4.3. Fresagem ............................................................................................. 15 
3.4.4. Dosagem .............................................................................................. 15 
4. CONCLUSÃO ....................................................................................... 16 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................... 17 
ANEXOS ......................................................................................................... 18 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A pavimentação é de importância muito significativa para a população, em um 
mundo globalizado é impossível não necessitar de vias pavimentadas para se loco-
mover. Obviamente que em alguns locais nem sempre há uma pavimentação ade-
quada, ou nem mesmo qualquer pavimentação, mas é importante que se entenda 
que um projeto de um pavimento bem estruturado e bem executado pode trazer be-
nefícios não só para motoristas e sim para a população como um todo. 
Muitos acidentes acontecem devido a uma má pavimentação, muitas vezes 
os motoristas não têm como escapar das falhas das vias por elas estarem espalha-
das pelo trajeto todo, mas isso não é uma questão impossível de se solucionar. An-
tes da execução de qualquer obra é necessário o seu planejamento para que o pro-
jeto seja realizado de forma adequada para o local. Mas além do projeto para cons-
truir o pavimento, após o uso a manutenção do pavimento é necessária para que se 
possa evitar uma grande obra para reconstruir o pavimento prematuramente. 
Os custos de uma obra de pavimentação podem ser bastante elevados, po-
rém se forem feitos corretamente respeitando os parâmetros do projeto e etapas da 
construção haverá uma economia com futuros danos devido à má qualidade das 
vias, tanto para os usuários como para o governo. 
 
2. PAVIMENTAÇÃO 
 
Pavimentar uma via de circulação de veículos é obra civil que enseja, antes 
de tudo, a melhoria operacional para o tráfego, na medida em que é criada uma su-
perfície mais regular (garantia de melhor conforto no deslocamento do veículo), uma 
superfície mais aderente (garantia de mais segurança em condições de pista úmida 
de molhada), uma superfície menos ruidosa diante da ação dinâmica dos pneumáti-
cos (garantia de melhor conforto ambiental em vias urbanas rurais), seja qual for a 
medida física adotada (BALBO, 2007). 
“Sem estradas adequadas não apenas continuaremos a ser uma região fora 
do espectro das nações desenvolvidas, como também continuaremos a ser um País 
que não oferece acesso adequado de bens para sua população. Não nos ufanemos, 
portanto, de nossa infraestrutura rodoviária, ainda bastante arcaica, que demonstra 
5 
 
baixa tecnologia a serviço, reflexo de nosso atraso como sociedade moderna” (BAL-
BO, 2007). 
 
3. DEFINIÇÃO, CONCEITOS E TIPOS DE PAVIMENTOS 
 
Pavimento é toda a estrutura existente nas ruas onde as pessoas se locomo-
vem, seja de carro, ônibus, caminhão, bicicleta ou a pé. Em todos os locais de loco-
moção de pessoas e veículos haverá esforço vertical realizado pelo peso dos mes-
mos denominados de solicitação, em alguns locais mais e outros locais quase des-
prezíveis, e essa solicitação será repassada para o pavimento que por sua vez deve-
rá resistir e redistribuir esses esforços para a sua estrutura independente de sua in-
tensidade. Além do esforço vertical, o pavimento deverá resistir aos esforços hori-
zontais existentes no pavimento. Para isso, um estudo do solo e das solicitações 
deverá ser realizado para que o projeto e a obra de pavimentação resistam a todas 
essas solicitações e tenha uma maior durabilidade, afetando diretamente a socieda-
de, que além de ter um maior conforto na sua locomoção também ficará sujeita a 
menos acidentes de transito devido à má qualidade das vias e seus pavimentos. 
A diferença essencial entre os tipos de pavimentos é basicamente como eles 
irão distribuir a carga recebida pelo volume do trafego para o subleito daquela estru-
tura. 
 
3.1.1. Pavimento Flexível 
 
O pavimento flexível pode ser definido como uma estrutura em camadas 
composta por uma fina camada de revestimento asfáltico, que, em função do tráfego 
e do terreno natural, denominado de subleito, pode ainda conter as camadas de ba-
se, sub-base e reforço do subleito. 
É a pavimentação realizada essencialmente com material asfáltico na camada 
de revestimento, e por isso, pode ter sua resistência muito variável, visto que depen-
dendo da espessura dessa camada a resistência pode aumentar ou diminuir. 
Segundo Balbo (2007), é o pavimento no qual a absorção de esforços dá-se 
de forma dividida entre várias camadas, encontrando-se as tensões verticais em 
camadas inferiores, concentradas em região próxima da área de aplicação da carga. 
6 
 
Segundo o Manual de Pavimentação do DNIT, pavimento flexível é aquele em 
que todas as camadas sofrem deformação elástica significativa sob o carregamento 
aplicado e, portanto, a carga se distribui em parcelas aproximadamente equivalentes 
entre as camadas. 
 
 
Figura 1- Estrutura de um pavimento flexível 
Fonte: http://www.sptsondagens.com.br/servicos?servico=dimensionamento 
 
3.1.2. Pavimento Rígido 
 
É o revestimento
realizado com cimento Portland e por ser bastante resisten-
te, pode apresentar ou não uma camada de sub-base entre o revestimento e o sub-
leito, pois vai depender da qualidade do material do subleito. 
Segundo Balbo (2007), é o pavimento no qual uma camada, absorvendo 
grande parcela de esforços horizontais solicitantes, acaba por gerar pressões verti-
cais aliviadas e bem distribuídas sobre as camadas inferiores. 
Segundo o Manual de Pavimentação do DNIT do ano de 2006, pavimento rí-
gido é aquele em que o revestimento tem elevada rigidez em relação às camadas 
inferiores e, portanto, absorve praticamente todas as tensões provenientes do carre-
gamento aplicado. 
7 
 
 
Figura 2 - Estrutura de pavimento rígido 
Fonte: http://www.sptsondagens.com.br/servicos?servico=dimensionamento 
 
3.1.3. Pavimento Semirrígido 
 
Ainda temos o pavimento semirrígido que é um tipo de revestimento interme-
diário, entre o flexível e o rígido. 
Segundo Balbo (2007), é composto por um revestimento asfáltico com base 
ou sub-base em material tratado com cimento de elevada rigidez, excluídos quais-
quer tipos de concreto. 
Segundo o Manual de Pavimentação do DNIT do ano de 2006, pavimento 
semirrígido caracteriza-se por uma base cimentada por algum aglutinante com pro-
priedades cimentícias. 
 
 
Figura 3 - Estrutura de pavimento semirrígido 
 Fonte: http://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-pavimento-semi-rigido.html 
 
 
 
8 
 
3.2. Materiais 
 
Os materiais utilizados na pavimentação podem variar conforme o tipo de pa-
vimento ou tipo de camadas necessárias em cada obra. 
Os materiais utilizados para a base, sub-base e reforço do subleito são classi-
ficados segundo sua natureza e comportamento. Existem muitos tipos de materiais 
utilizados nesse tipo de obra, a seguir serão apresentados os mais comuns. 
 
 Brita Graduada Simples: é um material bem graduado com diâmetro nominal 
máximo de 38mm, porém é mais usual com diâmetros nominais menores, 
mais possui poucos finos passantes na peneira #200. Geralmente apresenta 
índice de suporte Califórnia (CBR) maior que 60% e expansão nula ou muito 
baixa. A distribuição do material deverá ser realizada preferencialmente com 
vibro acabadora e ser compactada logo após o espalhamento do material na 
pista (ODA, 2016). 
 
 
Figura 4 - Brita graduada simples 
Fonte: http://www.fontelimpa.com/produto-detalhe/brita-graduada-simples-bgs 
 
 Macadame Hidráulico: é composto por agregado graúdo, agregado miúdo e 
água. Foi um material muito utilizado antigamente, antes do aparecimento da 
BGS, ainda é utilizado em locais que não apresentam usinas de BGS. Primei-
ramente o agregado graúdo é distribuído na pista, devendo ser compactado. 
Após a realização dessa etapa, deverá ser adicionado o agregado miúdo que 
irá se localizar nos vazios existentes entre os agregados graúdos. Por fim, pa-
ra preencher qualquer outro vazio são adicionados os agregados finos e a 
9 
 
água que irão se alojar nos vazios e formar uma estrutura firme da camada 
(ODA, 2016). 
 
Figura 5 - Macadame hidráulico 
Fonte: http://ptdocz.com/doc/1227322/sub-base--base--revestimento-
econstru%C3%A7%C3%A3o-de-pavimentos 
 
 Macadame Seco: é similar ao macadame hidráulico, porém a diferença é que 
nesse caso não há presença de água para realizar o preenchimento dos vazi-
os na camada. (ODA, 2016). 
 
 
Figura 6 - Macadame seco 
Fonte: ODA, 2016. 
 
 Solo Agregado: composto por agregados, solo e água. Esses materiais po-
dem ser misturados em usinas e são aplicados diretamente no solo e com-
pactados posteriormente por rolo liso ou pé de carneiro (ODA, 2016). 
 
 
10 
 
 
Figura 7 - Solo agregado 
Fonte: ODA, 2016. 
 
 Rachão: o rachão é um material mais bruto e utilizado em camadas onde há a 
necessidade de aumentar a resistência, basicamente são pedregulhos de 
grandes dimensões que são aplicados no solo sem que sejam compactados. 
Normalmente utilizado para reforço do subleito ou sub-base. 
 
 
Figura 8 – Rachão 
Fonte: http://www.arealbozza.com.br/produto/18/rachao 
 
Os materiais para a camada de revestimento variam de acordo com o tipo de 
pavimento: flexível, rígido ou semirrígido. E para isso pode-se utilizar os seguintes 
materiais: 
 
 Asfalto: bastante utilizado em pavimentação, pode ser apresentado em 3 ti-
pos: cimentos asfálticos, asfaltos diluídos e emulsões asfálticas. 
o Cimento Asfáltico (CAP): segundo a definição de (PINTO E PINTO, 
2015) o cimento asfáltico é o asfalto obtido especialmente para apre-
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sentar características adequadas para o uso na construção de pavi-
mentos, podendo ser resultado de destilação de petróleo em refinarias 
ou do asfalto natural encontrado em jazidas. 
 
o Asfalto diluído (AD): segundo a definição de (PINTO E PINTO, 2015) o 
asfalto diluído ou cut-backs são diluições de cimentos asfálticos em 
solventes derivados do petróleo de volatilidade adequada, quando há 
necessidade de eliminar o aquecimento do CAP ou utilizar um aqueci-
mento moderado. 
 
o Emulsões asfálticas (EAP): segundo a definição de (PINTO E PINTO, 
2015) emulsão asfáltica de petróleo é uma dispersão coloidal de uma 
fase asfáltica em uma fase aquosa (direta) ou, então, de uma fase 
aquosa dispersa em uma fase asfáltica (inversa), com a ajuda de um 
agente emulsificante. É obtida pela combinação de água com asfalto 
aquecido, em um meio intensamente agitado e na presença dos emul-
sificantes, cujo objetivo é oferecer certa estabilidade ao conjunto, favo-
recer a dispersão e revestir os glóbulos de betume de uma película 
protetora, mantendo-os em suspensão. 
 
 Cimento: em pavimentos rígidos será utilizado o cimento Portland como base 
para a produção dos elementos da camada de revestimento. Segundo a 
NORMA DNIT 059/2004 – ES, o cimento Portland poderá ser de qualquer ti-
po, desde que satisfaça as exigências especificas da DNER-EM036, para o 
cimento a ser empregado. 
 
A seguir serão apresentadas as camadas da estrutura do pavimento. 
 
3.3. Camadas 
 
A estrutura do pavimento é composta de algumas camadas que serão cons-
truídas após a terraplenagem do local, acima do subleito e vão variar conforme a 
solicitação do trafego no local. Toda a estrutura do pavimento está acima do subleito 
12 
 
que funciona como a fundação do sistema que irá receber os esforços absorvidos 
pelo pavimento. Acima desse subleito basicamente a estrutura do pavimento é cons-
tituído de uma regularização do subleito, um reforço de subleito, caso haja necessi-
dade, uma sub-base acima desse reforço de subleito, seguido de uma base e por fim 
um revestimento. 
Quanto ao subleito, os esforços impostos sobre sua superfície serão aliviados 
em sua profundidade (normalmente se dispersam no primeiro metro). Deve-se, por-
tanto, ter maior preocupação com seus estratos superiores, onde os esforços solici-
tantes atuam com maior magnitude. O subleito será constituído de material natural 
consolidado e compactado, por exemplo, nos cortes do corpo estradal, ou por um 
material transportado e compactado, no caso dos aterros. Eventualmente, será tam-
bém aterro sobre corte de características medíocres de subleito (BALBO, 2007). A 
camada de melhoria e preparo do subleito deve apresentar as seguintes característi-
cas, segundo a INSTRUÇÃO DE PROJETO, do Departamento de Estradas de Ro-
dagem. 
 
3.3.1. Regularização do subleito 
 
A regularização não constitui propriamente uma camada de pavimento, sen-
do, a rigor, uma operação que pode ser reduzida em corte do leito implantado ou em 
sobreposição a
este, de camada com espessura variável (Manual de Pavimentação 
– DNIT, 2006). 
A regularização deve dar à superfície as características geométricas — incli-
nação transversal — do pavimento acabado. Nos trechos em tangente, duas rampas 
opostas de 2% de inclinação — 3 a 4%, em regiões de alta precipitação pluviométri-
ca — e, nas curvas, uma rampa com inclinação da superelevação (SENÇO, 2007). 
 
3.3.2. Reforço do subleito 
 
Não é sempre necessário, e vai depender do solo do subleito e do esforço so-
licitado do pavimento. 
É uma camada de espessura constante, construída, se necessário, acima da 
regularização, com características tecnológicas superiores às da regularização e 
13 
 
inferiores às da camada imediatamente superior, ou seja, a sub-base. Devido ao 
nome de reforço do subleito, essa camada é, às vezes, associada à fundação. No 
entanto, essa associação é meramente formal, pois o reforço do subleito é parte 
constituinte especificamente do pavimento e tem funções de complemento da sub-
base que, por sua vez, tem funções de complemento da base. Assim, o reforço do 
subleito também resiste e distribui esforços verticais, não tendo as características de 
absorver definitivamente esses esforços, o que é característica específica do sublei-
to (SENÇO, 2007). 
O emprego de camada de reforço de subleito não é obrigatório, pois espessu-
ras maiores de camadas superiores poderiam, em tese, aliviar as pressões sobre um 
subleito medíocre. Contudo, procura-se utilizá-lo em tais circunstancias por razões 
econômicas, pois subleito de resistência baixa exigiriam, para alguns tipos de pavi-
mentos (especialmente aos flexíveis), do ponto de vista de projeto, camadas mais 
espessas de base e sub-base. Logicamente, o reforço de subleito por sua vez resis-
tirá a solicitações de maior ordem de grandeza, respondendo parcialmente pelas 
funções do subleito e exigindo menores espessuras de base e sub-base sobre si, 
sendo em geral menos custoso o emprego de solos de reforço, em vez de maiores 
espessuras de camadas granulares ou cimentadas quaisquer que sejam (BALBO, 
2007). 
 
3.3.3. Sub-base 
 
É a camada complementar à base, quando, por circunstâncias técnicas e 
econômicas, não for aconselhável construir a base diretamente sobre a regulariza-
ção ou reforço do subleito. Segundo a regra geral — com exceção dos pavimentos 
de estrutura invertida - o material constituinte da sub-base deverá ter características 
tecnológicas superiores às do material de reforço; por sua vez, o material da base 
deverá ser de melhor qualidade que o material da sub-base (BALBO, 2007). 
 
3.3.4. Base 
 
É a camada mais importante da estrutura do pavimente, pois fica localizada 
logo abaixo do revestimento do pavimento, seja rígido, semirrígido ou flexível, pois 
14 
 
será responsável pelo suporte estrutural do pavimento tendo que dissipar as cargas 
para as próximas camadas, reduzindo sua intensidade. Caso a qualidade da base 
não seja boa será muito provável que aconteça algum dano a esse pavimento. 
É a camada destinada a resistir aos esforços verticais oriundos do tráfego e 
distribuí-los. Na verdade, o pavimento pode ser considerado composto de base e 
revestimento, sendo que a base poderá ou não ser complementada pela sub-base e 
pelo reforço do subleito (SENÇO, 2007). 
 
3.3.5. Revestimento 
 
O revestimento do pavimento é a última camada existente na estrutura. Ela irá 
receber diretamente a ação do tráfego e será diretamente ligada a qualidade do sub-
leito. Dependendo da resistência do subleito, a espessura será mais espessa ou 
não. Logicamente, o revestimento deverá ser de boa qualidade para além de resistir 
aos esforços solicitantes do tráfego, também proporcionar um bom rolamento da pis-
ta, fornecendo maior conforto ao usuário. O revestimento é a camada que apresenta 
o material com o maior custo da estrutura, então deverá ter sua espessura respeita-
da para que não haja a redução da resistência daquele pavimento. 
Vale ressaltar que a espessura da camada de revestimento, independente-
mente do tipo de pavimento, vai estar diretamente ligada a qualidade do subleito, 
visto que quanto melhor a qualidade do subleito, menor a necessidade de grandes 
espessuras para o revestimento e as outras camadas da estrutura do pavimento. 
É a camada, tanto quanto possível impermeável, que recebe diretamente a 
ação do tráfego e destinada a melhorar a superfície de rolamento quanto às condi-
ções de conforto e segurança, além de resistir ao desgaste, ou seja, aumentando a 
durabilidade da estrutura (SENÇO, 2007). 
 
3.4. Serviços 
 
3.4.1. Pintura de ligação 
 
Segundo definição, pintura de ligação consiste na aplicação de ligante asfálti-
co do tipo RR-1C sobre superfície de base ou revestimento asfáltico anteriormente à 
15 
 
execução de uma camada asfáltica, objetivando promover condições de aderência 
entre está e o revestimento a ser executado. 
Na norma citada anteriormente também são descritas as diretrizes para a rea-
lização do processo da pintura de ligação, inclusive os equipamentos necessários. 
 
3.4.2. Imprimação 
 
Segundo definição do, imprimação consiste na aplicação de asfalto diluído do 
tipo CM-30 ou emulsão asfáltica do tipo EAI sobre superfície da base concluída, an-
tes da execução do revestimento asfáltico, objetivando conferir coesão superficial, 
impermeabilização e permitir condições de aderência entre está e o revestimento a 
ser executado. 
Na norma citada anteriormente também são descritas as diretrizes para a rea-
lização do processo de imprimação, inclusive os equipamentos necessários. 
 
3.4.3. Fresagem 
 
Não é necessária em todas as obras de pavimentação, somente quando há 
um pavimento pré-existente e se faz necessário fresar a pista para construção de 
uma nova camada ou de um pavimento novo. 
Segundo definição, é a operação em que é realizado o corte ou desbaste de 
uma ou mais camada(s) do pavimento asfáltico, por processo mecânico a frio. 
Na norma citada anteriormente também são descritas as diretrizes para a rea-
lização do processo de fresagem a frio, inclusive os equipamentos necessários. 
 
3.4.4. Dosagem 
 
Na dosagem de uma mistura asfáltica, o conhecimento dos materiais, através 
da sua caracterização e avaliação, é fundamental para que se possa determinar a 
combinação de materiais (agregado e material asfáltico) e obter uma mistura que 
garanta um bom desempenho do pavimento. Muitos insucessos ocorrem em função 
de uma dosagem inadequada, em decorrência da falta de conhecimento das carac-
terísticas dos materiais e das propriedades das misturas. 
16 
 
A dosagem irá determinar a proporção de cada material que será colocado 
nas camadas, de modo que resulte em uma estrutura de pavimento com boa resis-
tência e bom desempenho. As dosagens, tanto de mistura asfáltica, quanto o de ma-
teriais, possuem métodos específicos. 
 
4. CONCLUSÃO 
 
Pavimentar uma via de circulação é, portanto, uma obra civil que enseja antes de 
tudo, a melhoria operacional para o tráfego, na medida em que é criada uma super-
fície mais regular (garantia de melhor conforto no deslocamento do veículo), mais 
aderente (garantia de segurança em condições climáticas adversas) e uma superfí-
cie menos ruidosa diante da ação dinâmica dos pneumáticos (garantia de melhor 
conforto ambiental), seja qual for a melhoria física oferecida (Balbo, 2007). 
Conforme já explicitado anteriormente, as estruturas do pavimento têm a função 
principal de suportar os esforços oriundos de cargas e de ações climáticas, sem que 
apresentem processos de deterioração de modo prematuro. Assim, o desempenho
adequado do conjunto de camadas e do subleito relaciona-se à capacidade de su-
porte e à durabilidade compatível com o padrão da obra e as especificidades do trá-
fego, bem como o conforto ao rolamento e a segurança dos usuários (Bernucci t. al., 
2006). 
No entanto, como toda estrutura, o pavimento também está sujeito a deforma-
ções decorrentes de diversos fatores tais como tempo de uso, uso inadequado, erros 
de execução ou até mesmo erros de projeto (concepção e dimensionamento). 
A grande malha de pavimentos sejam eles rígidos ou flexíveis constituem-se, in-
discutivelmente, como o principal fator que possibilita a movimentação de aeronaves 
e, consequentemente, o transporte aéreo. É de responsabilidade da administração 
aeroportuária a manutenção da segurança e a qualidade dessa grande malha de 
pavimentos aeroportuários, estabelecendo prioridades para as obras de manutenção 
e modernização de pátios e pistas e atenuando patologias decorrentes da intensa 
utilização desses pavimentos. 
 
 
 
17 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
AASHTO T19-09. Standard Method of Test for Bulk Density ("Unit Weight") and 
Voids in Aggregate. American Association of State Highway and Transportation Offi-
cials, AASHTO T 19M, Washington, D.C., 2002. 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – Terminologia e Classificação 
de Pavimentação – NBR 7207, 1982. 
BALBO, J. T. Pavimentação Asfáltica: materiais, projetos e restauração. São Paulo: 
Oficina de Textos, 2007. 
BERNUCCI, L. B., MOTTA, L. M. G., CERATTI, J. A. P., SOARES, J. B. Pavimenta-
ção Asfáltica – Formação Básica para Engenheiros, Rio de Janeiro, PETROBRÁS: 
ADEBA, 2006. 
CUNHA, M. B. Avaliação do Método de Bailey de seleção granulométrica de agrega-
dos para misturas asfálticas. Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo - 
EESC, São Carlos, SP, 2004. 
ODA, Sandra. Notas de aula de Pavimentação A, cursada na Universidade Federal 
do Rio de Janeiro no segundo semestre de 2016. 
PINTO, S; PINTO, I. E. Pavimentação Asfáltica: Conceitos Fundamentais sobre Ma-
teriais e Revestimentos Asfálticos. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015. 
SENÇO, W. de. Manual de Técnicas de Projetos Rodoviários. 1. ed. São Paulo: Pini, 
2007. 
SENÇO, Wlastermiler de. Manual de Técnicas de Pavimentação: volume 1. 2. ed. 
São Paulo, Pini, 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
ANEXOS 
 
 
Foto 01 - Camadas de pavimento na rodovia. 
 
 
 
Foto 02 – Pavimentação asfáltica. 
 
19 
 
 
Foto 03 - Camadas de pavimento na rodovia. 
 
 
 
Foto 04 – Pavimentação asfáltica.

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