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Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 2 
 
Introdução 
 
O estudo da luminotécnica se faz cada vez mais necessário na época atual, pois a 
tecnologia avança a passos largos e a cada ano que passa temos: lâmpadas menores e 
cada vez mais eficientes, formatos diferenciados e modelos que estão obsoletos, 
políticas de banimento de alguns modelos de lâmpadas e incentivos às mais 
econômicas, luminárias com alto rendimento, novas tecnologias como os LEDs e 
OLEDs, enfim, uma grande quantidade de informação e que para o seu perfeito 
entendimento, se faz necessário ter conhecimento prévio dos conceitos básicos em 
luminotecnia, fenômenos físicos, grandezas fotométricas, etc... 
 
Nosso objetivo com este material é introduzir o leitor neste cenário de forma simples, 
fácil, inteligível e servir de base para o avanço nos demais cursos específicos em 
iluminação. Este é foco desse nosso trabalho e não temos a intenção de aqui esgotar o 
assunto, pelo contrário, é apenas o pontapé inicial. 
 
Mantenha seu e-mail atualizado conosco e toda colaboração é benvinda. 
 
 
 
 
 
Muita luz a todos. 
 
 
 
Alexandre Rautemberg 
 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 3 
 
Capítulo 1 – Luz e Cor 
 
1.1 - História e Evolução 
 
Quando falamos em luz, algo que nos vem à mente de uma forma mais imediata é a 
velha e conhecida lâmpada. Neste momento não fazemos juízo do tipo, forma ou 
tecnologia. Apenas lembramo-nos de uma fonte artificial de iluminação. Isto é bem 
comum, pois nossa relação com a luz artificial vem de longa data. 
 
Uma das mais antigas preocupações do Homem foi conseguir um meio para suprimir a 
ausência de luz natural. Assim, desde os primórdios, diversos métodos foram 
utilizados. O fogo, inicialmente pela queima de madeira e carvão, e mais tarde pelo 
uso de lampiões à óleo ou gás, até à descoberta da eletricidade como meio de 
produção de energia luminosa. Esta importante descoberta aconteceu por volta de 
1800, quando é inventada a lâmpada a arco voltaico por Humphry Davy. Apesar de 
fornecer uma luz muito mais brilhante que os outros métodos, era de difícil instalação 
e suscetível a causar incêndios. Quase que em simultâneo, em 21 de outubro de 1879, 
Tomas Edison nos EUA produzia um novo tipo de lâmpada. A lâmpada elétrica de 
filamento ou lâmpada incandescente. Após ter tentado vários materiais para o 
filamento, Tomas Edison descobriu um filamento de carbono, economicamente viável, 
que durava mais de 1200 horas em funcionamento. Anos mais tarde Ferenc Hanaman, 
na Hungria, registra a patente dos filamentos de tungstênio, que além de uma luz de 
qualidade superior, tinha um tempo de vida superior ao do carbono. Rapidamente, as 
lâmpadas incandescentes se espalham pelo mundo. Outros tipos de lâmpadas foram 
desenvolvidos, de forma que, permitindo manter a mesma qualidade da iluminação, 
fossem atingidos elevados fluxos luminosos, tempo de vida útil maiores e somente nos 
anos 30, começa a fabricação das lâmpadas de descarga de baixa pressão que eram 
mais eficientes, econômicas e que emitiam menos calor. 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 4 
 
 
Lâmpada Incandescente Edison – Info Escola Thomas Edison – Info Escola 
 
A descoberta dos LEDs (Light Emiting Diodes), que hoje estão no topo da tecnologia da 
iluminação moderna, data de 1907 (Electrical World Magazine, Vol 49) pelo 
pesquisador H.J. Round da observação do um fenômeno da eletroluminescência e 
somente em 1962 surgiram os primeiros LEDs de 5mm que foram largamente 
utilizados para indicar Ligado / Desligado em equipamentos eletrônicos. No início dos 
anos 90, os LEDs começaram a ser utilizados em iluminação e a cada ano vem se 
firmando como luz “de verdade”. 
 
A pesquisa por fontes de luz mais eficientes e novas fontes de luz, como o OLED, não 
param. Ao longo dos anos, várias empresas e profissionais de diversos países dedicam 
seu tempo ao estudo de meios alternativos de produção e utilização eficiente de 
energia elétrica. As pesquisas buscam por fontes luminosas de baixo consumo e o 
máximo de eficiência, objetivando maior economia de energia. O estudo destas novas 
tecnologias e de sua aplicabilidade para a iluminação artificial é extremamente 
relevante, pois em todo o mundo, são crescentes as preocupações com aspectos 
ecológicos devido à maior demanda por geração de energia e sua escassez. 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 5 
 
1.2 – O que é a LUZ? 
 
A luz é uma radiação eletromagnética na faixa de comprimentos de onda que o olho 
humano é capaz de perceber. Esta faixa de radiação das ondas eletromagnéticas 
detectada pelo nosso olho situa-se entre 380 nm e 780 nm (1nm = 1 nanômetro = 1 
milionésimo de milímetro). O espectro eletromagnético visível está limitado, em um 
extremo pelas radiações infravermelhas (de maior comprimento de onda) e no outro, 
pelas radiações ultravioletas (de menor comprimento de onda). 
 
 
 
Espectro Visível – Filipa Pias Blog 
 
Para cada cor, temos uma determinada frequência e comprimento de onda que a 
distingue das demais, por exemplo: a luz vermelha que é uma luz de menor freqüência 
e consequentemente menor energia. Já o violeta é uma luz de maior frequência e nos 
submete a maior energia. 
 
A relação entre comprimento de onda (λ) e freqüência (f) é inversamente 
proporcional, onde o comprimento da onda é dado pela divisão da velocidade da onda 
(c) = 3×108m/s sobre a frequência da onda. 
 
λ = c/f 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 6 
 
Abaixo segue uma tabela que ilustra bem cada faixa de frequência e comprimento de 
onda para as faixas de luz visíveis. 
 
 
 
Diferentemente das ondas sonoras, que são vibrações mecânicas do ar, as radiações 
eletromagnéticas não necessitam da existência de um meio material para a sua 
propagação. A luz do Sol, por exemplo, quando chega até nós, passa por regiões onde 
não existe matéria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 7 
 
1.3 – O Olho Humano 
 
O olho é o órgão do corpo que nos permite captar imagens do ambiente. É nele que se 
inicia o processo chamado visão, processo esse que, no caso do ser humano, é 
responsável por mais de 90% das informações que somos capazes de recolher. 
 
A capacidade de ver depende das ações de várias estruturas dentro e ao redor do 
globo ocular. A figura abaixo ilustra muitas das componentes essenciais do sistema 
óptico humano. 
 
 
 
Anatomia de um olho humano 
 
 
Quando se olha para um objeto, são refletidos raios de luz desse objeto para a córnea, 
lugar onde se inicia o “milagre” da visão. 
 
Os raios de luz são refratados e focados pela córnea, cristalino e vítreo. A função do 
cristalino é fazer com que esses raios sejam focados de forma nítida sobre a retina. A 
imagem daí resultante apresenta-se invertida na retina. Ao atingi-la, os raios de luz são 
convertidos em impulsos eléctricos que, através do nervo óptico, são transmitidos para 
o cérebro, onde a imagem é interpretada pelo córtex cerebral. 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg– LD Education – Junho 2018. 8 
 
 
Focagem de um objeto 
 
Pode estabelecer-se uma analogia entre um olho e uma câmara fotográfica da 
seguinte forma: uma máquina fotográfica precisa de uma lente e de um filme para 
produzir uma imagem. De igual modo, o globo ocular precisa de uma lente (córnea, 
cristalino e vítreo) para refratar, ou focar a luz sobre o filme (retina). Se qualquer um 
ou vários destes componentes não estiverem a funcionar corretamente, resulta uma 
imagem de má qualidade. Na nossa câmara, a retina representa o filme. 
 
Os meios refringentes 
Os meios refringentes são constituídos pela córnea, humor aquoso, cristalino e humor 
vítreo. Estes formam o aparelho dióptrico do olho que corresponde a uma lente 
convexa, de 23 mm de foco. A principal função deste sistema é fazer convergir sobre a 
retina os raios de luz focados. 
 
A córnea e a esclera 
A córnea e a esclera consistem em tecidos duros, de proteção, que compõem a capa 
exterior do globo ocular. A esclera é a parte branca do olho, tem consistência de couro 
suave. A córnea não contém nenhum vaso de sangue, é relativamente desidratada e, 
por consequência, é transparente. Situada na frente do olho, na sua parte colorida, 
assemelha-se ao vidro de um relógio de pulso e permite que raios de luz entrem no 
globo ocular através da pupila. Nesse globo, a esclera ocupa 85% e a córnea 
aproximadamente 15%. 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 9 
 
A íris 
A íris é o tecido que se vê por de trás da córnea e pode ter várias colorações (olhos 
azuis, castanhos, etc.). No meio da íris existe uma abertura circular, a pupila. É através 
da pupila que os raios de luz atingem a retina. A pupila varia de tamanho consoante a 
luminosidade do ambiente ficando muito pequena quando há muita luz. 
 
O cristalino 
O cristalino situa-se diretamente atrás da íris, estando ligado ao corpo ciliar através de 
fibras. É uma estrutura flexível com o tamanho e a forma de uma aspirina. Tal como a 
córnea, o cristalino é transparente, uma vez que não contém nenhum vaso de sangue 
e é relativamente desidratado. Os músculos do corpo ciliar efetuam ajustes constantes 
na forma do cristalino. Tais ajustes servem para que a imagem se mantenha nítida 
sobre a retina, sempre que se mude o foco de perto para longe. 
 
A córnea e o cristalino são nutridos e lubrificados por um fluido transparente e 
aguado, produzido continuamente pelo corpo ciliar, chamado humor aquoso. Este 
enche a área entre o cristalino e a córnea. 
 
O vítreo 
O vítreo é uma estrutura composta por aproximadamente 99% de água e 1% de 
colágeno e ácido hialurônico. O seu aspecto de gel e sua consistência são devidos às 
moléculas de colágeno de cadeias longas. Este gel não é vascularizado (não contém 
vasos sanguíneos), é transparente e representa dois terços do volume e peso do olho. 
Ele preenche o espaço entre o cristalino e a retina, espaço esse conhecido por câmara 
vítrea. Não tem elasticidade e é importante para manter a forma do olho, sendo 
fundamental que se mantenha transparente para que a imagem chegue em boas 
condições à retina. 
 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 10 
 
A retina 
A retina situa-se na camada mais interna do globo ocular. É uma camada celular 
transparente e delicada que varia em espessura desde aproximadamente 0,5 mm na 
retina periférica a 0,4 mm na zona posterior ao equador. Na região do pólo posterior 
(área da mácula) a retina tem aproximadamente 0,2 mm de espessura ao redor de 
uma área de 0,2 mm2. 
 
A retina sensorial consiste em dez estratos contendo três tipos de tecidos: neuronal, 
glial e vascular. A componente neuronal consiste das células fotoreceptoras. Aqui 
sinais luminosos são convertidos em impulsos nervosos. Estes impulsos são 
transmitidos pela camada de fibras nervosas que constituem o nervo óptico, ao longo 
das vias ópticas ao córtex visual, situado na parte posterior do cérebro. 
 
A camada dos fotorreceptores é composta por dois tipos de células, os bastonetes e os 
cones, sendo os primeiros mais numerosos, cerca de 120 milhões em cada olho. Estas 
células, que se distribuem principalmente pela periferia da retina, permitem-nos ver 
em condições de baixa luminosidade, dando-nos uma impressão vaga dos objetos (não 
nos permite distingui-los). O outro tipo de células são os cones, que povoam 
principalmente a região central da retina conhecida por mácula. Cada olho possui 
aproximadamente seis milhões destas células. Estas nos permite ver em condições de 
alta luminosidade, sendo responsáveis pela visualização de cores e pela acuidade 
visual, ou seja, são estas células que permitem a visão de detalhe dos objetos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 11 
 
1.4 – Luz e Cor 
 
Sabemos que decompondo a luz branca em um prisma de cristal, obtemos sete cores 
(vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta). 
 
 
Prisma – Decomposição da luz branca - Infografics 
 
Embora a luz branca seja composta por sete cores, não é necessário combinar todas 
estas cores para se obter novamente luz branca. Basta misturar as cores primárias da 
luz (vermelho, verde e azul) para obter esse efeito. As cores primárias da luz, 
misturadas em determinadas proporções, originam cores secundárias (magenta, ciano 
e amarelo). Da mistura de duas ou mais radiações primárias da luz, resulta uma nova 
radiação secundária. Este processo chama-se síntese aditiva, pois a radiação obtida 
resulta da soma das radiações iniciais. 
 
 
Síntese Aditiva - Philips 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 12 
 
Os objetos coloridos absorvem algumas radiações e refletem outras. A cor que vemos 
corresponde à parcela de cor da luz refletida por esse objeto. 
 
 
Superfície vermelha reflete a parcela vermelha da luz branca – Lighting Now 
 
Nos objetos multicoloridos cada cor reflete a sua parcela que há na luz branca que a 
ilumina, assim se uma lâmpada é pobre de vermelhos, veremos os vermelhos do 
objeto como marrom, cinza escuro ou até mesmo preto. Este fenômeno foi 
amplamente percebido em 2001 na crise de energia elétrica no Brasil, conhecido como 
Apagão. A busca enlouquecida por lâmpadas econômicas inundou o mercado de 
fluorescentes compactas extremamente azuladas e as pessoas as compravam para 
substituir as lâmpadas incandescentes. Conclusão: as pessoas ficavam pálidas, as cores 
quentes não tinham expressão e tudo parecia mais “triste”. 
 
 
Maçã iluminada – Lighting Now 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 13 
 
 Os filtros de cor utilizados em iluminação absorvem algumas radiações do espectro e 
deixam passar as radiações iguais a da sua cor, por exemplo: Filtro azul transmite a 
radiação azul e absorve as demais radiações. 
 
Os filtros de cores primárias (Vermelho, Verde e Azul) absorvem todas as radiações 
que compõe a luz branca, exceto a sua própria cor. Veja na ilustração abaixo a 
caracterização deste efeito. 
 
 
 
Filtros de cor – Vidrocor 
 
 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 14 
 
Os filtros de cores secundárias (Amarelo, Magenta e Ciano) absorvem apenas, uma 
única cor primária, precisamente a cor quenão é utilizada na obtenção dessa cor 
secundária. 
 
 
Síntese aditiva e absorções – Lighting Now 
 
 
A cor vermelha é uma cor primária. Um objeto vermelho iluminado por radiação 
branca refletirá a radiação vermelha e absorverá as radiações verde e azul. 
 
A luz amarela é obtida a partir da adição das cores verde e vermelha. Um objeto 
amarelo iluminado por radiação branca refletirá as cores verde e vermelha (cuja 
mistura dá amarelo) e absorverá radiação azul. 
 
A luz magenta é obtida a partir da adição das cores vermelha e azul. Um objeto 
magenta iluminado por radiação branca refletirá as cores vermelha e azul (cuja mistura 
dá magenta) e absorverá radiação verde. 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 15 
 
A luz ciano é obtida a partir da adição das cores azul e verde. Um objeto que ciano 
iluminado por radiação branca refletirá as cores verde e azul (cuja mistura dá ciano) e 
absorverá radiação vermelha. 
 
A radiação vermelha é complementar do ciano, porque um objeto ciano, absorve 
radiação vermelha e um objeto vermelho, absorve a radiação ciano (composta de azul 
e verde). 
 
Tabela de cor complementar 
Vermelho Ciano 
Verde Magenta 
Azul Amarelo 
Ciano Vermelho 
Magenta Verde 
Amarelo Azul 
 
Imagine o que acontece se iluminarmos um objeto com sua cor complementar? 
 
Se iluminarmos um uma maçã vermelha com uma luz ciano, a superfície vermelha da 
maçã vai absorver a radiação ciano e como não haverá nada a refletir, veremos a 
superfície da maçã enegrecida. 
 
O mesmo acontecerá se iluminarmos a maçã com somente com a luz verde ou azul. 
Como a superfície vermelha da maçã absorve as radiações verde e azul, teremos a 
sensação de estar vendo uma maçã preta. 
 
Pense no acontece se iluminarmos uma superfície amarela com uma luz ciano? 
 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 16 
 
Capítulo 2 – Conceitos Básicos em Iluminação 
 
2.1– Introdução 
 
Um sistema de iluminação deve ser adequado às tarefas a se realizar em determinado 
ambiente (interno ou externo), além de contribuir para o bem-estar físico e psicológico 
dos indivíduos. Estes sistemas devem ser projetados tendo em vista alguns parâmetros 
que definem uma iluminação de qualidade e adequada a cada atividade. Deste modo o 
projetista deve avaliar quais as tecnologias que, além de garantirem uma iluminação 
adequada, estejam alinhadas com os as metas de eficiência energética, fator 
fundamental nos dias de hoje. 
 
 
2.2– Grandezas e Unidades Luminotécnicas 
 
2.2.1 - Fluxo Luminoso (Φ): 
É a potência luminosa total emitida a cada segundo por uma fonte luminosa em todas 
as direções, sob a forma de luz. Sua unidade de medida é o lúmen (lm), representado 
pelo símbolo Ø. Podemos comparar o fluxo luminoso como um chuveiro “esférico” 
que joga água em todas as direções. Os raios de luz são os esguichos de água. 
 
 
Brondani 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 17 
 
2.2.2 - Nível de Iluminação ou Iluminância (E): 
É a quantidade de luz ou fluxo luminoso que atinge uma unidade de área de uma 
superfície por segundo. Podemos comparar com a quantidade de água que cai em uma 
superfície por segundo. A unidade de medida é o lux, representada pelo símbolo E. Um 
lux equivale a 1 lúmen por metro quadrado (lm/m2). 
 
 
Iluminância - OSRAM 
 
A equação que permite sua determinação é: E= Φ /A 
 
Onde 
E = Iluminância em lm/m² 
Φ = Fluxo luminoso em lm 
A = Área projetada em m² 
 
Os valores relativos à iluminância, com diferentes níveis de iluminação definidos por 
pesquisas foram tabelados e no Brasil são encontradas na norma NBR ISSO 8995-1 que 
segue a tendência das normas internacionais. 
 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 18 
 
2.2.3 - Intensidade Luminosa (I): 
É definida como a concentração de luz em uma direção específica, radiada por 
segundo. Ela é representada pelo símbolo I e a unidade de medida é a candela (cd). 
 
 
Brondani 
A intensidade luminosa (I) e o fluxo luminoso (Φ) são relacionados a um ângulo sólido. 
 
A equação que permite sua determinação é: Φ = ω. I 
 
Onde 
Φ = Fluxo luminoso em lm 
I = Intensidade luminosa em cd 
ω = Ângulo considerado em graus 
 
A intensidade luminosa (cd), emitida por uma fonte pontual, origina o fluxo luminoso 
(lúmen) e a iluminância (lux), que e função da área atingida (m2). Como a intensidade 
luminosa e o fluxo luminoso permanecem constantes, quanto maior a distância entre a 
fonte e a superfície iluminada, maior a área atingida e, portanto, menor a iluminância. 
Este fenômeno e conhecido como a Lei do Inverso do Quadrado da Distância. 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 19 
 
 
Lei do Inverso do Quadrado da Distância. Fonte: IES, 1993. 
 
Lembrando: E= Φ /A 
 
2.2.4 - Curva de Distribuição Luminosa – CDL (cd): 
A distribuição de luz realizada por uma fonte pode ser representada por uma 
superfície definida pela distribuição espacial dos valores da intensidade luminosa em 
cada direção. Uma representação espacial torna-se difícil de ser visualizada. Sendo 
assim, adotam-se projeções das superfícies fotométricas sobre um plano. As 
interseções das superfícies fotométricas com os planos formam as curvas fotométricas. 
Segundo a ABNT, uma curva fotométrica representa a variação da intensidade 
luminosa de uma fonte segundo um plano passando pelo centro, em função da 
direção. Outra maneira de representar por curvas uma superfície de igual intensidade 
luminosa é utilizando os diagramas de isocandelas. 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 20 
 
 
Curvas Fotométricas Horizontais e Verticais: (a) Plano Horizontal; (b) Diagrama Polar Luminoso Horizontal; (c) Plano Vertical; (d) 
Diagrama Polar Luminoso Vertical (Moreira, 1976 ). 
 
 
 
Curva Fotométrica Vertical de uma Lâmpada de Vapor de Mercúrio de Cor Corrigida de 250W ( Moreira, 1976 ). 
Mais um exemplo da curva de distribuição de Intensidades Luminosas no plano 
transversal e longitudinal para uma lâmpada fluorescente isolada (A) ou associada a 
um refletor (B). 
 
Para a uniformização dos valores das curvas, geralmente são referidas a 1000 lm. 
Nesse caso, é necessário multiplicar-se o valor encontrado na CDL pelo Fluxo Luminoso 
das lâmpadas em questão e dividir o resultado por 1000 lm. 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 21 
 
 
CDL - Catálogo comercial OSRAM (2010/2011) 
 
 
2.2.5 - Luminância (L): 
E importante notar que os raios luminosos não são visíveis. A sensação de 
luminosidade é decorrente da reflexão desses raios por uma superfície. Essa 
luminosidade visível é chamada de luminância. Sua unidade é a candela por metro 
quadrado (cd/m²). 
 
A luminância dependente do coeficiente de reflexão de cada superfície (ou 
refletância). Este coeficiente é encontrado em tabelas luminotécnicas e é uma função 
dos materiais e das cores. 
 
Iluminância e Luminância - Catálogo comercial OSRAM (2010/2011) 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 22 
 
A equaçãoque permite sua determinação é: L = I / A 
 
Onde 
L = Luminância em cd/m² 
I = Intensidade Luminosa em cd 
A = área projetada em m² 
 
Porém se a superfície for oblíqua ao observador a luminância é dada pela razão entre a 
intensidade luminosa emitida na direção de observação e a área da superfície 
aparente. Temos então a relação entre as duas superfícies SA = S . cos α. 
 
 
Gráfico - mspc 
 
 
A equação que permite sua determinação é: L = I / A . cos α 
 
Onde 
L = Luminância em cd/m² 
I = Intensidade Luminosa em cd 
A = Área projetada em m² 
α = Ângulo considerado em graus 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 23 
 
 
2.2.6 - Contraste 
Já definido qualitativamente, o contraste, sob o ponto de vista quantitativo se 
apresenta como a relação entre a luminância de um objeto e seu entorno. 
 
A equação que permite sua determinação é: C=Lo – Lf/ Lf 
 
Onde: 
Lo = Luminância do objeto 
Lf = Luminância do fundo 
 
 
2.2.7- Reflexão e Refração 
 
Quando a luz incide sobre uma superfície, ela pode ser Refletida, Refratada, 
Transmitida, Absorvida ou Refletir Internamente. 
 
Reflexão e refração são fenômenos muito comuns que estão relacionados à 
propagação da luz. Quando a luz está se propagando em um determinado meio e 
atinge uma superfície, como um bloco de vidro transparente, por exemplo, parte dessa 
luz retorna para o meio no qual estava se propagando. Este fato é chamado de 
reflexão da luz. Já a outra parte da luz que passa para o outro meio, é a refração da luz. 
Esses dois fenômenos ocorrem de forma simultânea, no entanto, pode acontecer de 
um prevalecer sobre o outro, mas isso depende da natureza dos meios que a luz esta 
incidindo e das condições de incidência. 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 24 
 
 
Reflexão e refração da Luz – Alunos on-line 
 
A reflexão pode ser definida de duas formas. Quando a superfície de incidência da luz é 
totalmente polida, o raio refletido é bem definido. Quando isso acontece dizemos que 
ocorreu reflexão especular. Por outro lado, se a superfície de incidência for irregular, 
cheia de imperfeições, os raios de luz não são bem refletidos e, dessa forma, ocorre o 
que chamamos de reflexão difusa. 
 
De maneira simples podemos dizer que a reflexão é o ato da luz ser refletida para o 
meio que estava se propagando. A reflexão luminosa é regida por duas leis que são: 
 
• Primeira Lei – O raio incidente, o raio refletido e a normal pertencem ao mesmo 
plano. 
 
• Segunda Lei – O ângulo de reflexão é igual ao ângulo de incidência, r = i. 
 
A refração da luz é responsável por uma série de fenômenos ópticos que acontecem 
no cotidiano, como por exemplo, o fato de a profundidade de uma piscina parecer 
menor do que realmente é. Esse fenômeno acontece em razão da diferença entre os 
meios de propagação. 
Podemos definir a refração como sendo o fenômeno que consiste na mudança de 
direção de propagação dos feixes de luz quando essa passa de um meio para outro. 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 25 
 
 
No ano de 1620, o matemático e astrônomo holandês Snell Descartes descobriu uma 
relação para calcular o ângulo de desvio dos raios solares. Essa relação leva o seu 
nome Lei de Snell e pode ser escrita da seguinte forma: n1senθ1 = n2senθ2 
 
Onde: 
n1 e n2 são os índices de refração; 
θ1 e θ2 são os ângulos de incidência e de refração. 
 
Exemplos de aplicação prática da utilização desses conceitos em iluminação: 
- Reflexão – princípio aplicado em refletores (maximizar e direcionar o fluxo luminoso) 
- Refração – princípio aplicado em lentes para convergir os raios luminosos 
- Absorção / Transmissão – princípio aplicado em filtros 
- Reflexão Interna – princípio aplicado em fibras óticas 
 
 
Exemplos – Lighting Now 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 26 
 
2.2.8 - Eficiência Luminosa 
É calculada pela divisão entre o fluxo luminoso emitido em lumens e a potência 
consumida pela lâmpada em Watts. A unidade de medida é o lúmen por Watt (lm/W). 
Quanto maior a eficiência luminosa de uma lâmpada, maior será a quantidade de luz 
emitida, consumindo a mesma energia. 
 
 
Feldman 
 
 
2.2.9 - Vida Útil: 
É definida como o tempo em horas, no qual cerca de 25% do fluxo luminoso das 
lâmpadas foi depreciado. 
 
 
2.2.10 - Vida Média: 
É definida como o tempo em horas, do qual 50% das lâmpadas de um grupo 
representativo, testadas sob condições controladas de operação, tiveram queima. 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 27 
 
2.2.11 - Depreciação do Fluxo Luminoso: 
Ao longo da vida útil da lâmpada é comum ocorrer uma diminuição do fluxo luminoso 
que sai da luminária, em razão da própria depreciação normal do fluxo da lâmpada e 
devido ao acúmulo de poeira sobre as superfícies da lâmpada e do refletor. Este fator 
deve ser considerado no cálculo do projeto de iluminação a fim de preservar a 
iluminância média (lux) projetada sobre o ambiente ao longo da vida útil da lâmpada. 
 
 
2.2.12 - Temperatura de Cor (K) 
E o termo usado para descrever a aparência da cor de uma fonte de luz, comparado a 
cor emitida pelo corpo negro radiador (corpo metálico que teoricamente irradia toda a 
energia que recebe). Este corpo negro muda de cor ao mudar de temperatura e uma 
relação entre temperatura em Kelvin e cor da luz emitida por ele, expressa a 
“temperatura de cor”. O branco do corpo metálico em alto grau de aquecimento, 
semelhante ao branco da luz do meio-dia, possui uma temperatura de 6500K. A luz 
amarela como de uma lâmpada incandescente está em torno de 2700K. As lampadas 
de aparência fria têm temperatura de cor em torno de 5.000K e as de aparência 
neutra, em torno de 4.000K. 
 
Color Temperature – Molecular Expressions 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 28 
 
É importante destacar que a cor da luz em nada interfere na Eficiência Energética da 
lâmpada, não sendo válida a impressão de que quanto mais clara, mais potente é a 
lâmpada. 
 
Convém ressaltar que, do ponto de vista psicológico, quando dizemos que um sistema 
de iluminação apresenta luz “quente” não significa que a luz apresenta uma maior 
temperatura de cor, mas sim que a luz apresenta uma tonalidade mais amarelada. Um 
exemplo deste tipo de iluminação é a utilizada em salas de estar, quartos ou locais 
onde se deseja tornar um ambiente mais aconchegante. Da mesma forma, quanto 
mais alta for a temperatura de cor, mais “fria” será a luz. Um exemplo deste tipo de 
iluminação é a utilizada em escritórios, cozinhas ou locais em que se deseja estimular 
ou realizar alguma atividade. Esta característica é muito importante de ser observada 
na escolha de uma lâmpada, pois dependendo do tipo de ambiente há uma 
temperatura de cor mais adequada para esta aplicação. 
 
 
2.2.13 - Índice de Reprodução de Cor (IRC): 
Um objeto ou uma superfície sob diferentes fontes de luz são percebidos de formas 
diferentes em relação a sua cor. Essa variação está relacionada com as diferentes 
capacidades das lâmpadas de reproduzirem diferentemente as cores dos objetos. O 
índice de reprodução de cor, que varia de 0 a 100, possui uma relação direta com areprodução de cores obtida com a luz natural. A luz artificial perfeita é aquela que mais 
se aproxima das características da luz natural (referência 100). 
 
A capacidade de a uma lâmpada reproduzir bem as cores (IRC) independe de sua 
temperatura de cor (K). Este aspecto está ligado à sua distribuição espectral da luz 
branca emitida. Existem lâmpadas com diferentes temperaturas de cor e que 
apresentam o mesmo IRC. Devemos utilizar lâmpadas com boa reprodução de cores 
(IRC acima de 80), pois esta característica é fundamental para o conforto e beleza do 
ambiente. 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 29 
 
 
IRC - Philips 
 
A distribuição espectral da lâmpada incandescente é o que chamamos de espectro 
contínuo e que mais se assemelha ao espectro da luz natural, tendo 100 de IRC e com 
isso uma reprodução de cor perfeita. 
 
A lâmpada CDM tem um IRC maior do que 80, o que é considerado bom, mas note que 
sua distribuição espectral não é contínua, o que prejudica a percepção perfeita das 
cores. 
 
Na lâmpada de vapor de sódio de baixa pressão, a distribuição espectral é o que 
chamamos de monocromático, havendo apenas a cor amarela na sua emissão. Como 
os objetos refletem a parcela de luz de sua mesma cor, não vemos as cores de forma 
real, a não ser o objeto amarelo. 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 30 
 
Capítulo 3 – Fontes de Luz 
 
3.1 – Introdução 
 
A luz natural, desde os primórdios, sempre foi a principal fonte de iluminação. Após a 
descoberta da eletricidade e a invenção da lâmpada por Thomas Edison, a iluminação 
artificial se tornou cada vez mais indissociável da arquitetura. Sem ela, por exemplo, 
não seria possível iluminar grandes edifícios com muitos pavimentos, onde a luz 
natural não consegue vencer a profundidade e iluminar ambientes interiores. 
 
A luz artificial também resolve o problema da descontinuidade de “fornecimento” da 
luz natural, permitindo a utilização das edificações no período da noite. Percebemos 
assim a importância de um projeto sinérgico entra a luz natural e a artificial para o 
bem-estar do homem, aumento da eficiência energética e a qualidade dos ambientes 
em uma edificação. 
 
O projetista precisa considerar a integração entre os dois tipos de fontes de luz e, para 
isso, é fundamental o conhecimento básico tanto da luz natural quanto dos tipos de 
equipamentos de iluminação artificial a serem utilizados na arquitetura. Cada 
componente desse sistema (lâmpadas, leds, luminárias, reatores, drivers, sistemas de 
controle, etc.) tem desempenho e qualidades diferentes, que dependem do tipo de 
tecnologia empregada na sua fabricação. A eficiência do sistema de iluminação 
artificial adotado no projeto depende do desempenho particular de todos os 
elementos envolvidos. 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 31 
 
3.2 – Fontes de Luz Artificial 
 
A primeira fonte de luz artificial que temos registro é o fogo. Depois vieram as 
lâmpadas incandescentes. Nesta evolução, que não pára, estamos vivendo a revolução 
dos LEDs e criamos este tópico (fontes de luz artificial) justamente para separar os 
LEDs das lâmpadas. Devemos explicar que, assim como existem lâmpadas de 
filamento, existem também lâmpadas de LEDs, ou seja, utilizam a tecnologia de LEDs 
para gerar a LUZ, portanto LED é uma fonte de luz e não uma lâmpada. 
 
 
3.2.1 – Tipos de Lâmpadas 
 
3.2.1.1 – Lâmpadas Incandescentes 
 
- Lâmpada Incandescente Comum 
As lâmpadas incandescentes comuns simbolizam uma das mais antigas e familiares 
fontes de luz artificial. Sua luz é gerada pelo aquecimento e consequente 
enrubescimento de um filamento de tungstênio quando uma corrente elétrica passa 
por ele. Este filamento se desgasta com o tempo e se rompe provocando a sua 
“queima” e o que diminui seu desgaste prematuro é um gás inerte ou vácuo no 
interior do bulbo de vidro. Estas lâmpadas têm temperatura de cor quente, de 
aproximadamente 2700K e cor amarelada. O índice de reprodução de cores chega bem 
próximo aos 100 e podem ser facilmente dimerizadas. A eficiência energética e 
baixíssima, pois apenas 10% da energia consumida se transformada em luz e o 
restante em calor. 
 
Por sua excelente reprodução de cores e baixo custo de aquisição, ainda é 
amplamente utilizada, principalmente em instalações residenciais, mas já existem 
campanhas e processos para sua extinção ou banimento devido a sua péssima 
eficiência energética. 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
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Lâmpada Cristal Lâmpada Leitosa Bolinha Lâmpada Refletora 
 
 
- Lâmpada Halógena 
Estas lâmpadas possuem gases halógenos no seu interior que, quando combinados 
com o filamento de tungstênio incandescente, promovem algumas vantagens, em 
comparação as incandescentes comuns: Luz mais brilhante, uniforme, maior eficiência 
energética que (entre 15 e 25 lm/W), vida útil mais longa (2000 a 4000 horas) e 
menores dimensões. 
 
A vida útil mais longa é conseguida pelo ciclo regenerativo do halogênio que deposita 
novamente sobre o filamento, as partículas de tungstênio que foram desprendidas 
pelo aquecimento. 
 
As primeiras gerações das lâmpadas halógenas tiveram sua aplicação mais restrita no 
uso em faróis de automóveis e projetores. Hoje pela enorme variedade de lâmpadas 
halógenas disponíveis no mercado suas aplicações são inúmeras. 
 
 
 
 
Halógena Palito Halógena Bi-pino AR 70 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 33 
 
 
 
 
 
Par 20 Cápsula Fosca e Cristal Par 38 
 
 
- Lâmpada Halógena Dicróica 
O termo “dicróico” vem do refletor, ou seja, a lâmpada halógena associada ao refletor 
dicróico, conhecida vulgarmente como “lâmpada dicróica”. Com as mesmas vantagens 
das halógenas normais, as dicróicas possuem um refletor multifacetado que transmite 
para trás da lâmpada, cerca de 60% da radiação infravermelha emitida (calor) e 
permite um foco de luz direcionado e mais “frio. Esta vantagem a tornou a “menina 
dos olhos” das iluminações de destaque (quadros, vitrines, objetos, etc.). Existem 
vários tipos de lâmpadas com refletores dicróicos e com característica completamente 
diferentes: soquetes, abertura de fachos, temperatura de cor, tensão de alimentação, 
etc. Todas podem ser dimerizadas, característica comum a tecnologia incandescente. 
 
 
 
 
 
 Lâmpada Dicróica MR 16 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 34 
 
3.2.1.2 – Lâmpadas de Descarga 
 
A luz de uma lâmpada de descarga não e produzida pelo aquecimento de um 
filamento, mas pela excitação de um gás (um vapor de metal ou uma mistura de 
diversos gases e vapores) dentro de um tubo de descarga. 
 
 
- Lâmpadas Fluorescentes 
As lâmpadas fluorescentes consistem de um bulbo cilíndrico de vidro, tendo em seu 
interior vapor de mercúrio ou argônio a baixa pressão e as paredes internas do tubo 
são recoberta por fósforo. Espirais de tungstênio, revestidas com uma substância 
emissora de elétrons, formam os eletrodos em cada uma das extremidades do tubo. 
Quando uma diferença de potencial elétrico é aplicada, os elétrons passam de um 
eletrodo para o outro, criando um fluxo decorrente denominado de arco voltaico ou 
descarga elétrica. Esses elétrons chocam-se com os átomos de argônio, os quais, por 
sua vez, emitem mais elétrons. Os elétrons chocam-se com os átomos do vapor de 
mercúrio e os energizam, causando a emissão de radiação ultravioleta (UV). Quando os 
raios ultravioletas atingem a camada fosforosa, que reveste a parede do tubo, ocorre a 
fluorescência, emitindo radiação eletromagnética na região do visível. 
 
 
Esquema de funcionamento das lâmpadas. Durão Jr. 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 35 
 
As lâmpadas fluorescentes dependem de um equipamento auxiliar para o seu 
funcionamento: Os reatores. 
 
Os reatores servem para limitar a corrente e adequar as tensões para o perfeito 
funcionamento das lâmpadas. Os tipos de reatores encontrados no mercado são: 
eletromagnéticos e eletrônicos. 
 
A correta aplicação dos reatores garante um melhor desempenho para os projetos 
elétrico e luminotécnico, contribuindo diretamente para a manutenção do fluxo 
luminoso e a vida útil da lâmpada. 
 
Nota: Para dimerizar uma lâmpada fluorescente é preciso que seu reator seja 
dimerizável. 
 
 
Tipos de Lâmpadas Fluorescentes 
Existe atualmente uma imensa gama de tipos de lâmpadas fluorescentes, desde 
tubulares, até compactas ou de formato circulares, podendo o projetista optar 
conforme suas necessidades e preferências. Vale dizer, que sempre ao se pensar em 
um projeto de iluminação, é mais que adequado consultar os catálogos atualizados dos 
diversos fabricantes de lâmpadas para obter informações sobre os últimos 
lançamentos e características como: Temperatura de cor, Potência, Fluxo Luminosa, 
Esquema de Ligação, Equipamentos Auxiliares, etc. 
 
 
Tubulares Circulares Compactas (reator integrado) Compactas (reator externo) 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 36 
 
- Lâmpada Vapor de Mercúrio 
Tem uma aparência branca azulada. A radiação de energia fica na região visível do 
espectro nos comprimentos de onda de amarelo, verde e azul. Quando se aplica 
fósforo na camada interna do bulbo consegue-se também o vermelho melhorando a 
reprodução de cores. Eficiência de 55 – 60 lm/W e IRC de 40 a 48. É utilizada em 
iluminação pública e industrial. 
 
 
- Lâmpada Vapor Metálico 
Similar em construção a lâmpada de mercúrio tendo, porém, um melhoramento 
substancial na sua eficiência (70 a 95 lm/W) e reprodução de cor (acima de 90). Além 
do reator, esta lâmpada necessita de uma tensão maior do que a fornecida pela rede 
para iniciar a descarga. Para isso utilizamos um equipamento auxiliar de partida: O 
ignitor. Utilizada na iluminação de estádios e ginásios de esporte, iluminação pública, 
estacionamentos, etc. 
 
A nova geração de lâmpadas de vapor metálico tem enorme aplicação para iluminação 
interna e externa, inclusive fachadas. Podem apresentar bulbo de vidro comum, de 
quartzo e cerâmico, com e sem filtragem de UV. Temperaturas de cor de 3000K e 
4.000K com vida útil entre 8 e 10 mil horas. 
 
 
- Lâmpada Vapor de Sódio 
Tem radiação quase monocromática, na faixa do amarelo (570), alta eficiência 
luminosa (200 lm/W) e longa vida. Muito utilizadas em vias públicas, estacionamentos 
e galpões onde a necessidade de reprodução de cores não é essencial. Aplicações: 
Iluminação pública e demais locais que priorizem a alta eficiência do sistema, uma vez 
que as lâmpadas de vapor de sódio são as mais eficientes do mercado. Apresentam 
qualidade de luz regular (IRC<25). 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 37 
 
- Lâmpada Mista 
A lâmpada de luz mista consiste em um bulbo preenchido com gás, revestido na 
parede interna com um fósforo, contendo um tubo de descarga ligado em série a um 
filamento de tungstênio. Não necessita de equipamento auxiliar para seu 
funcionamento, sua ligação é feita diretamente à rede e opera em 220 V. Possui IRC 61 
a IRC 63 conforme modelo, cor amarela e eficiência de até 22 lm/W. 
 
Aplicações: Iluminação de locais que necessitem de grande quantidade de luz, 
praticidade na instalação e baixo custo inicial, não se preocupando com a eficiência do 
sistema. 
 
 
Lâmpadas de Descarga 
 
 
 
3.2.1.3 – Lâmpadas de LEDs 
 
As lâmpadas de LEDs estão vindo com a promessa de substituir as lâmpadas 
convencionais e em muitos casos já fazem isso muito bem, porém quando falamos de 
potência a briga começa a ficar pesada. Uma coisa em que os LEDs são fantásticos é na 
sua eficiência (lm/W), mas quando comparamos com lâmpadas de alto fluxo luminoso, 
os LEDs até conseguem, mas a pergunta que não quer calar é: Com que custo? 
 
A comparação mais freqüente é a da lâmpada de LEDs com uma dicróica. Talvez seja 
porque as lâmpadas mais comuns em LEDs têm este formato e são focais também. 
Vamos analisar os dados de 3 lâmpadas da Philips. 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 38 
 
Modelo Facho Watts Tensão Cd K Cd/W IRC VU 
Dicróica 36F 50w 36º 50W 12Vac 1200 2900 24 100 2000 
Dicróica 36F 20w 36º 20W 12Vac 400 2900 20 100 2000 
Master Led 24º 4W 12Vac 550 2700 137,5 90 45000 
 
Pela tabela vemos que a lâmpada de LEDs, em intensidade luminosa comparada com 
uma dicróica de 20watts é superior, além de consumir 5 vezes menos energia e ter 
uma vida útil 22 vezes maior. Neste caso a substituição em retrofit é mais do que 
perfeita, mas quando comparamos com o usual, que é a dicróica de 50watts, a 
intensidade é mais do que 2 vezes menor. 
 
 
Dicróica Essential 20W Master Led 4W 
 
Podemos colocar então 2 lâmpadas de LEDs para fazer o serviço, certo? Pode ser uma 
ideia, mas nossa relação de investimento inicial sobe. 
 
Podemos ainda substituir a dicróica por outro modelo mais potente, certo? Perfeito, 
mas você vai perceber que uma maior potência em LEDs não cabe no mesmo formato 
de lâmpada dicróica e talvez você não tenha espaço físico suficiente. 
 
 
 
Dicróica Essential 50W MASTER LED Twist 7W 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 39 
 
Vale a pena ressaltar que a comparação somente pela intensidade luminosa não é 
correta, ou talvez justa, pois outros atributos e características imbatíveis nos LEDs não 
podem ser negligenciados: 
 
- Longa Vida Útil; 
- Alta Eficiência; 
- Ausência de Calor (influência direta no conforto e carga térmica do ar condicionado); 
- Ausência e UV; 
- Menor Consumo; 
- Menor Custo de Manutenção; 
- Apelos Sustentáveis. 
 
E quando estamos falando de projeto de iluminação com LEDs devemos tirar partido 
de tais características e benefícios funcionais. 
 
As lâmpadas convencionais ficam no teto e por isso precisam de grande potência para 
chegar ao plano de trabalho. Com muita potência, se tornam mais quentes e ai 
começamos a pensar que é mesmo prudente que elas estejam longe de nós, trazendo-
nos segurança. Com LEDs, estas fontes de luz poderiam se aproximar dos usuários, pois 
não oferecem o perigo do calor (se queimar na lâmpada) e estando mais próximas do 
plano de trabalho, oferecem melhores níveis de iluminamento resolvendo de imediato 
o problema de falta de potência. Talvez a deficiência dos LEDs seja culpa de nossas 
limitações quando de frente ao novo. Precisamos mudar estes paradigmas projetuais? 
 
Hoje os LEDs são mais eficientes que as lâmpadas incandescentese halógenas, porém 
menos eficientes que as fluorescentes e de descarga. A tendência e que daqui a 5 ou 
10 anos eles sejam mais eficientes do que qualquer outra fonte de luz artificial. 
 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 40 
 
 
 
AR 111 Led - Brilia PAR 20 Led - GE Parathom - Osram Master Led A55 - Philips 
 
 
 
UltraLed EA 55 - Golden PAR 30 Led - AG T5 Led - Guimar Vela Led - Ourolux 
 
 
 
Lamina Ceramics RGB LED - Avant MR16 Led - Ledmax G60 80 – LC Light 
 
 
 
 
JDR Power LED - FLC PAR 30 Led - Germany PAR 20 Led - Lumiled MR 11 Led -LLUM 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 41 
 
3.2.2 – LEDs 
 
Os LEDs são reconhecidos como precursores de uma nova era tecnológica na área de 
iluminação, graças a diversas vantagens que oferecem em relação às fontes de 
iluminação convencionais. Estes dispositivos representam uma ruptura na iluminação 
artificial tradicional, introduzindo novos paradigmas e possibilidades de iluminar. 
 
Os diodos emissores de luz - dispositivos conhecidos pela abreviatura em língua inglesa 
LEDs (Light Emiting Diodes) - são fontes luminosas para iluminação artificial. LEDs são 
semicondutores em estado sólido que convertem energia elétrica diretamente em luz. 
 
A obtenção da luz através de LEDs ocorre quando os mesmos são diretamente 
polarizados, permitindo a passagem de uma corrente elétrica. Os elétrons se movem 
através da junção PN do semicondutor e se recombinam com as lacunas (cargas 
positivas). Quando as duas cargas são recombinadas, a luz é emitida. 
 
 
Esquema de emissão de luz de um LED. 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 42 
 
Abaixo elencamos vários benefícios que a tecnologia de LEDs podem nos proporcionar: 
 
- Vida útil: atualmente os LEDs de boa qualidade têm especificação de 20.000h a 
50.000h com uma perda do fluxo luminoso de 30%, mesmo conceito empregado pelos 
fabricantes de lâmpadas tradicionais para definir a sua vida útil. 
 
- Alta eficiência: hoje os fabricantes de LEDs divulgam eficiências entre 25 a 65 lm/W e 
já temos divulgação de LEDs em teste com 90 lm/W. 
 
- Baixo consumo de energia: é inerente à tecnologia, pois os LEDs atuais consomem 
pouco, quando comparados às lâmpadas de mercado. Em instalações comerciais o 
projeto deve considerar a economia proporcionada pela menor emissão de calor ao 
ambiente o que resultará em menores gastos com refrigeração. 
 
- Ausência de radiações de infravermelho: radiações acima de 780nm são 
basicamente calor. Não há componentes de comprimento de onda da faixa do 
infravermelho nos LEDs, portanto a luz emitida por eles é "fria", não alterando as cores 
dos pigmentos dos objetos iluminados. 
 
- Ausência de radiações ultravioletas: radiações entre 250nm a 380nm são 
extremamente danosas. O LED branco é fabricado a partir de um chip com emissão 
azul recoberto com um fósforo amarelo. O comprimento de onda do LED azul é 
tipicamente de 472nm, portanto não há componentes na faixa de UV. 
 
- Alto índice de reprodução de cor: para os LEDs brancos com temperatura de cor de 
3000K, o índice está entre 85 a 90. Já nos LEDs brancos com temperatura de cor em 
torno de 5000K o índice é 70%. Infelizmente o fluxo luminoso nos LEDs de 3000K é 
menor que nos de 5000K devido a maior perda introduzida pela camada de fósforo 
amarelo. 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 43 
 
- Disponibilidade de temperaturas de cor de 2.700K a 8000K: isto é excelente, pois 
compatibiliza os LEDs com as temperaturas de coe usuais na indústria iluminação. 
 
- Cores saturadas: o LED emite luz diretamente do material que o compõe em um 
comprimento de onde específico e monocromático, portando tem maior saturação. 
 
- Dimerização: é possível, desde que a fonte de alimentação (driver) permita a 
dimerização, como nos reatores dimerizaveis de lâmpadas fluorescente. 
 
- Custos de manutenção reduzidos: sua vida útil é elevada, permitindo menores custos 
de reposição, mão de obra, paradas não programadas no serviço, etc. 
 
- Controle de cores: com LEDs em RGB, dimerizando cada um dos canais, obtem-se, 
por síntese aditiva, uma infinidade de novas cores. 
 
- Diversidade de ângulos de abertura de facho: permite aos especificadores escolher 
os efeitos desejados através do uso de lentes secundárias. 
 
- Pequenas dimensões: permite o design de luminárias menores que as tradicionais e 
introduz novos conceitos. 
 
- Aspectos ecológicos: não se utilizam mercúrio, chumbo e outros materiais 
considerados como potencialmente danosos ao meio ambiente. Infelizmente o 
processo de fabricação de LEDs ainda utiliza grandes quantidades de energia para a 
produção dos semicondutores, fato que é parcialmente compensado pela alta 
quantidade de chips produzida em relação à energia aplicada ao processo. Outro fator 
determinante é seu tamanho, reduzindo o impacto do descarte do produto na 
natureza. 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 44 
 
- São componentes bastante robustos: possibilita seu uso em ambientes em que 
outras fontes de luz necessitariam de proteção extra, como automóvel e aplicações 
outdoor. 
 
- Baixa tensão de operação: não chega a ser uma vantagem explícita pois na 
arquitetura se utiliza um acessório de conversão (fontes de alimentação ou 
transformadores) da corrente elétrica alternada da rede comercial, mas traz segurança 
quando os equipamentos são pensados para receber 12 Vca, como por exemplo em 
aplicações subaquáticas. 
 
- Acionamento instantâneo: não há a partida lenta de alguns produtos da iluminação 
tradicional que necessitam de alguns minutos para operar a 100%, como por exemplo, 
as lâmpadas de descarga (sódio e multi-vapores metálicos). 
 
Os LEDs são apontados frequentemente como o futuro da iluminação e neste ponto há 
um equívoco, pois já são uma realidade do mercado. Graças às suas características e 
benefícios, os LEDs não são apenas mais uma opção de fontes de luz. Eles trazem 
consigo novos conceitos, novas possibilidades de iluminar e uma mudança de 
paradigma, quando comparados às fontes de luz tradicionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 45 
 
3.3 – Descarte 
 
As preocupações com a sustentabilidade da na iluminação devem ir além da eficiência 
energética. Como vimos anteriormente, as lâmpadas de descarga utilizam metais que 
podem causar sérios danos ao homem e ao meio ambiente. Enquanto inteiras, mesmo 
que “queimadas” tais lâmpadas não oferecem riscos, mas quando quebradas podem 
gerar contaminação. Como acontece com as baterias e pilhas é necessária a separação 
e destinação adequadas das lâmpadas para evitar danos ambientais. O 
armazenamento, manejo, ruptura e reciclagem deverem ser extremamente 
controlados. 
 
As lâmpadas de LEDs estão sendo classificadas como descarte de eletrônicos, pois são 
basicamente componentes eletrônicos em sua composição. 
 
As compactas com reator incorporado também tem muita eletrônica, além do tubo 
fluorescente. 
 
Veja um vídeo que explica o processo de reciclagem de lâmpadas fluorescente pela 
empresa Apliquim Tecnologia Ambiental.http://www.youtube.com/watch?v=OPbM4k5Tvn4&feature=player_embedded 
 
 
Links de Empresas de reciclagem de Lâmpadas: 
 
http://www.apliquim.com.br 
http://www.megareciclagem.com.br 
http://www.hgmg.com.br 
http://wpaambiental.com.br 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 46 
 
Capítulo 4 – Luminárias 
 
As luminárias têm um papel extremamente importante em um sistema de iluminação, 
pois elas contribuem diretamente para uma distribuição eficiente da luz no ambiente e 
o conforto visual das pessoas. 
 
Os requisitos básicos de uma boa luminária são: 
 
- Proporcionar suporte e conexão elétrica das lâmpadas; 
- Controlar e distribuir a luz; 
- Ter um bom rendimento; 
- Manter a temperatura de operação da lâmpada dentro dos limites estabelecidos; 
- Facilitar a instalação e a conservação; 
 -Ser esteticamente agradável; 
- Evitar o desconforto luminoso (ofuscamento) 
-Proteger as lâmpadas e equipamentos auxiliares (Índice de Proteção – IP). 
 
Uma luminária eficiente otimiza o desempenho das lâmpadas. Ao avaliar uma 
luminária, a sua eficiência e suas características de emissão são de considerável 
importância. 
 
O rendimento é a divisão entre o fluxo luminoso irradiado pela luminária e o fluxo 
luminoso total da lâmpada. Caso a luminária não disponha de um refletor adequado 
para a lâmpada ou o refletor não seja de boa qualidade de reflexão, grande parte do 
fluxo luminoso da lâmpada não será refletida no ambiente e, consequentemente, 
haverá desperdício da luz e baixo rendimento luminoso. Uma luminária de alto 
rendimento luminoso possui refletor perfeitamente dimensionado para a lâmpada e 
excelente reflexão, o que proporciona um alto aproveitamento da luz e, 
consequentemente, permite reduzir o número de luminárias e lâmpadas em um 
projeto de iluminação de ambiente. 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 47 
 
Quando se avalia a distribuição da luz a partir da luminária, deve-se considerar como 
ela controla o brilho, assim como a proporção dos lumens da lâmpada que chegam ao 
plano de trabalho. 
 
A luminária pode modificar, controlar, distribuir e filtrar o fluxo luminoso emitido pelas 
lâmpadas, desviá-lo para certas direções (refletores) ou reduzir a quantidade de luz em 
certas direções para diminuir o ofuscamento (difusores). 
 
 
Exemplo de refletores e distribuição da luz – Imagem Internet 
 
A fotometria é um fator importantíssimo em uma luminária, pois sem ela fica 
praticamente impossível inseri-la tecnicamente em um projeto. Sem este dado o 
trabalho projetual é feito de forma empírica e os resultados podem não ser 
satisfatórios. 
 
Uma luminária que não tem sua curva fotométrica não pode ser considerada uma 
luminária técnica. Quando tratamos de luminárias decorativas, não podemos exigir 
que esse tipo de produto apresente desempenho ou performance adequados ou 
aferidos. 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 48 
 
A tabela a seguir apresenta a classificação proposta pela CIE (Commission 
Internacionale d'Eclairage) de luminárias para a iluminação geral, de acordo com o 
direcionamento do fluxo luminoso total para cima ou para baixo de um plano 
horizontal de referência. 
 
Classificação da 
Luminária 
Fluxo luminoso em relação ao plano horizontal (%) 
Para o teto Para o plano de trabalho 
Direta 0-10 90-100 
Semi-direta 10-40 60-90 
Indireta 90-100 0-10 
Semi-indireta 60-90 10-40 
Difusa 40-60 60-40 
 
 
 
 
Exemplo gráfico da classificação das luminárias - Osram 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 49 
 
Tabela de Grau de Proteção (IP) 
Trata-se do grau de proteção (IP), apresentado na norma NBR IEC 60529 - “Graus de 
proteção para invólucros de equipamentos elétricos (códigos IP)”. 
 
Tab. I - Graus de proteção contra a penetração de objetos sólidos 
estranhos indicados pelo primeiro numeral característico 
Numeral Descrição sucinta do grau de proteção 
0 Não protegido 
1 Protegido contra objetos sólidos de Ø 50 mm e maior 
2 Protegido contra objetos sólidos de Ø 12 mm e maior 
3 Protegido contra objetos sólidos de Ø 2,5 mm e maior 
4 Protegido contra objetos sólidos de Ø 1,0 mm e maior 
5 Protegido contra poeira 
6 Totalmente protegido contra poeira 
 
Tab. II - Graus de proteção contra a penetração de água 
indicados pelo segundo numeral característico 
Numeral Descrição sucinta do grau de proteção 
0 Não protegido 
1 Protegido contra gotas d'água caindo verticalmente 
2 Protegido contra de gotas d'água caindo verticalmente com invólucro inclinado até 15° 
3 Protegido contra aspersão d'água 
4 Protegido contra projeção d'água 
5 Protegido contra jatos d'água 
6 Protegido contra jatos potentes d'água 
7 Protegido contra efeitos de imersão temporária em água 
8 Protegido contra efeitos de imersão contínua em água 
 
Fonte: Revista Eletricidade Moderna (EM), julho, 2005 
 
IP65 
Indica que a luminária é hermética contra poeira (6) e resistente a jatos de água (5). 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 50 
 
Capítulo 5 – Controles de Iluminação 
 
5.1 – Introdução 
 
Desde a descoberta do fogo, o que o tornou verdadeiramente uma fonte de luz 
artificial foi mantê-lo sobre controle. Acender, diminuir e aumentar sua intensidade e 
apagá-lo passou a ser uma necessidade primordial. Comprando, acender e apagar são 
funções de nossos interruptores simples e diminuir ou aumentar a intensidade, é o que 
chamamos de dimerização. 
 
Controlar a iluminação vai além desta simples intervenção no fornecimento de energia 
para as lâmpadas. Controlar proporciona conforto, bem estar, segurança, promove a 
qualidade da luz, equaliza sua quantidade e reduz o consumo de energia. 
 
A tecnologia é uma forte aliada nesta tarefa e com sistemas de controles inteligentes, 
podemos programar ciclos de atividade mantendo acessas ou apagando a iluminação 
durante períodos pré-determinados, sentir a presença do indivíduo e controlar a 
iluminação, equalizar automaticamente a luz artificial em detrimento a luz natural que 
“invade” o ambiente, mantendo níveis de iluminamento adequados às tarefas 
programadas, enfim, sem controle é impossível pensar em iluminação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 51 
 
5.2 – Interruptores 
 
O interruptor é o equipamento mais simples e conhecido dos controles de iluminação. 
O acionamento, a rigor é manual e local, promovendo o ligar e desligar os circuitos. 
Seu princípio de funcionamento consiste em interromper o fornecimento de energia às 
lâmpadas “cortando” a fase de alimentação. 
 
 
Diagrama de instalação Interruptor Simples – Lighting Now 
 
Os interruptores podem ser Simples, Duplos, Triplos e por último os modulares que 
você pode configurar a quantidade de acionamentos que precisar. 
 
Os interruptores paralelos, mais conhecidos como “tri way”, são muito utilizados em 
escadas, salas e corredores, onde existe a necessidade de comandar o mesmo ponto 
de luz por dois interruptores distintos. 
 
 
Exemplo do uso de um Interruptor Paralelo – Elétrica.info 
 
 
Luminotécnica BásicaLuminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 52 
 
A seguir, apresentamos o diagrama elétrico da instalação de um interruptor paralelo. 
 
 
 
Diagrama de instalação Interruptor Paralelo – Lighting Now 
 
Quando existir a necessidade de comandar o mesmo ponto de luz por três 
interruptores distintos, utilizamos um interruptor intermediário, sistema conhecido 
como “four way”. 
 
 
Interruptor Paralelo com 1 intermediário – Pial Legrand 
 
O interruptor intermediário funciona como um “X” comutando 4 pontos da seguinte 
forma: 
 
Comutação do Interruptor Intermediário – Lighting Now 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 53 
 
A seguir, apresentamos o diagrama elétrico da instalação de um interruptor 
intermediário. 
 
 
 
Diagrama de instalação Interruptor Paralelo + Intermediário – Lighting Now 
 
Em ainda existindo a necessidade de comandar o mesmo ponto de luz por mais de três 
interruptores distintos, utilizamos interruptores intermediários ao longo do circuito. 
 
 
 
Interruptores Intermediários – Pial Legrand 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 54 
 
5.3 – Minuterias 
 
A minuteria é um dispositivo elétrico que, quando acionado, permite manter acesas as 
lâmpadas de um ambiente, por um período definido de tempo. 
 
 
Esse sistema pode ser instalado de forma coletiva, quando o seu 
acionamento, através de um pulsador, liga as luzes da escada de 
todos os andares, por exemplo, ou de forma individual, onde seu 
acionamento apenas acende somente o andar específico. Este 
segundo modelo do ponto de vista da economia de energia é mais 
racional, porém tem um custo inicial maior, pois precisamos de uma 
minuteria a cada pavimento. 
 
As minuterias ainda têm uma grande utilização, mas foram amplamente aplicadas na 
década de 80 quando surgiram como um forte diferencial no consumo de energia dos 
edifícios residenciais. 
 
 
5.4 – Sensores de Presença 
 
 
O termo sensor de presença é um tanto quanto mal empregado no 
mercado, pois o que se convenciona a chamar de “Sensor de 
Presença” nada mais é que um sensor de movimento. Se um 
indivíduo adentra a um ambiente com este tipo de sensor, a 
iluminação se acende e permanece acesa por um determinado 
tempo mínimo ou enquanto o sensor continue percebendo 
movimentação. Experimente ficar parado neste ambiente. Embora 
você esteja “presente”, a iluminação vai se apagar e só acenderá 
novamente se você se mexer. 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 55 
 
Basicamente existem dois tipos sensores no mercado e utilizam Infravermelho ou 
ultrassom para detectar os movimentos. 
 
Os sensores vieram substituindo em grande escala as minuterias, pois são 
infinitamente mais baratos quando pensamos em controlar de forma individual cada 
lance de escada, hall ou corredores e não necessitam de serem acionados para colocá-
los em funcionamento. 
 
Existem sensores verdadeiramente de presença que trabalham com sistemas térmicos, 
identificando a presença de um indivíduo pela sua temperatura corpórea, ativando e 
mantendo aceso a ambiente enquanto houver presença “térmica” no espaço. Estes 
sensores são bem mais caros devido à tecnologia que utilizam. 
 
 
5.5 – Células Fotoelétricas 
 
 
Este tipo de equipamento é muito utilizado em áreas externas para o 
acendimento da iluminação de uso comum em condomínios e em 
iluminação pública, sendo ativado pela de luz natural. Ao final do 
entardecer, pela falta de luz natural percebida por este sensor, o 
mesmo aciona a iluminação artificial para que o espaço em questão 
fique iluminado no período noturno e quando o dia amanhece, com 
a percepção da luz natural, desliga a iluminação. Normalmente estes 
equipamentos têm ajuste de intensidade para calibrar a quantidade 
de luz natural necessária para o seu arme e desarme. As fotocélulas 
são bem conhecidas, de fácil instalação e baixo custo. 
 
 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 56 
 
5.6 – Dimmers 
 
 
Dimmers são equipamentos que permitem variar a intensidade do 
fluxo luminoso de uma lâmpada ou conjunto de lâmpadas, de acordo 
com sua potência. Com o dimmer, podemos excursionar de 0 a 100% 
a intensidade da iluminação, ajustando-a para cada finalidade e com 
isso reduzindo o consumo de energia e aumentando a vida útil das 
lâmpadas. 
 
Nota 1: As lâmpadas incandescente ligadas diretamente à rede podem ser facilmente 
dimerizadas, mas cuidado com lâmpadas que utilizam equipamentos auxiliares como: 
reatores, transformadores ou drivers. Para dimerizar estes tipos de lâmpadas, os seus 
respectivos equipamentos auxiliares precisam der dimerizáveis. 
 
Nota 2: A rigor, lâmpadas fluorescente compactas não podem ser dimerizadas, pois o 
reator que está incorporado na sua base não é dimerizável. 
 
Nota 3: Dicróicas em 12 Vac utilizam transformadores eletromagnéticos ou eletrônicos 
para baixar a tensão da rede de 127 – 220Vac para os 12 volts necessários ao seu 
funcionamento. Para dimerizar este tipo de lâmpada utilize o transformador 
eletromagnético comum ou o transformador eletrônico dimerizável. 
 
 
5.7 – Controles Remotos 
 
 
Os controles remotos para iluminação funcionam com os outros 
controles que utilizamos nas TVs, DVDs, etc. Podemos acionar a 
iluminação sentados no sofá ou deitados na cama. Alguns modelos 
de mercado permitem a dimerização. 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 57 
 
Capítulo 6 – Automação na Iluminação 
 
6.1 – Introdução 
 
O que víamos nos desenhos animados dos “Jetsons” está cada vez mais presente em 
nosso dia-a-dia e por vezes já são tecnologias banais. A evolução tecnológica anda à 
passos largos e é interessante ver crianças que já “nascem” sabendo a operar um 
computador, ficarem intrigadas à frente de uma fita K7, máquina de escrever ou disco 
de vinil. Saudosismos à parte, a tecnologia sempre vem com objetivos otimizar, 
baratear, facilitar, etc... e a palavra de ordem nos dia de hoje é integrar. 
 
Como vimos no capítulo anterior, é impossível dissociar a iluminação dos seus 
controles por mais simples que o sejam. Imagine então controlar a iluminação de 
forma mais inteligente, onde podemos criar cenários para tarefas distintas ao toque de 
um botão ou ajustar a luminosidade do ambiente avaliando, dinamicamente, a luz 
natural que adentra ao espaço? A automação pode trazer estes anseios ao plano da 
realidade. 
 
Quando falamos em automação, neste caso mais especificamente automação 
residencial, estamos falando em controlar não somente a iluminação, mas também 
uma dezena de equipamentos de nosso cotidiano, porém de forma integrada. Além da 
luz, podemos controlar: Cortinas, Ar Condicionado, Aquecimento de Água, Áudio, 
Vídeo, Sistemas de Segurança, Abertura de Portas e Portões, Irrigação do Jardim, 
Piscina, enfim, quase tudo hoje em dia pode ser inserido na automação. 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 58 
 
6.2 – Histórico 
 
O conceito de automação residencial começou pela automação industrial bem 
difundida há mais tempo e por seu histórico de sucesso na robótica(montagem de 
automóveis, equipamentos eletrônicos, etc.) e gerenciamento de processos, pessoas e 
outros mais. As automatizações, com computadores e sistemas industriais, visam ter o 
mínimo de intervenção humana, principalmente em processo repetitivos e de risco, 
além de garantir um significativo aumento da produtividade, com a otimização de tais 
tarefas. Os sistemas de automação industrial são complexos, robustos, com um design 
“pobre” e custos elevados. Para sua aplicação em residências não seria necessária 
tanta complexidade ou dispositivos que controlassem processos tão pesados quanto 
na indústria, além disso, deveriam sem acessíveis e bonitinhos. 
 
Hoje temos sistemas de automação residencial, que não podemos descartar a robustez 
e complexidade, pois controlam e executam tarefas de extrema importância, como 
controle de acesso biométrico, simulação de presença, monitoria de ambientes, gestão 
do consumo de energia e água além de sistemas de segurança e tudo isso com acesso 
remoto pela internet. 
 
 
6.3 – Automação Residencial 
 
 
Casa automática, casa inteligente, domótica, entre outros, são termos utilizados para 
definir a Automação Residencial, cujo grande objetivo é trazer conforto, praticidade e 
bem estar. Se um sistema de automação não oferecer estas premissas ao usuário, em 
um curto espaço de tempo, o mesmo irá ser “abandonado”, pois se é para dificultar, 
não precisamos dele. Os componentes de uma automação devem unificar os controles 
e processos tornando tudo mais simples. 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 59 
 
Outro fator muito importante que é esperado com a adoção da automação é a 
economia. Economia está em: energia elétrica e tempo em tarefas que o usuário não 
mais fará, pois elas se tornaram automáticas. 
 
Não entraremos no mérito sobre cada tipo de sistema, estrutura, topologia ou 
infraestrutura necessária, pios cada fabricante ou marca vai por um partido 
tecnológico diferente. Uns são centralizados, outros módulos independentes, com ou 
sem fios, expansíveis ou não, enfim, uma gama enorme e preços para todos os bolsos, 
mas em regra geral, a automação residencial tem como função ajudar nas tarefas 
diárias que tomam muito tempo ou evitar preocupações do tipo: Deixei ou não o ar 
condicionado ligado? 
 
 
Home Automation Diagram – Adobe Cinema 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 60 
 
6.4 – Automação na Iluminação 
 
Os controles automatizados de iluminação proporcionam ao usuário ligar ou desligar 
as luzes de toda a residência a partir de um ponto na parede, por exemplo, ou definir 
diferentes configurações de acendimento (cenários) além de regular a intensidade de 
luz para determinado ambiente. Automatizar a iluminação pode trazer alguns 
benefícios, como: 
 
Economia: A economia de energia elétrica é uma preocupação necessária e como já 
vimos a dimerização de lâmpadas garante este objetivo, além de alongar a vida útil da 
mesma. Outra forma de economia é a monitoria de ambientes, garantindo que não há 
luzes acesas em locais sem atividade ou poder sair de casa coma certeza que todas as 
luzes foram desligadas. 
 
Segurança: Como sempre a segurança é fundamental e podemos tirar partido da 
automação, programando acendimento de áreas externas com a aproximação dos 
carros cadastrados e somente permitindo a abertura do portão de garagem se o 
controle remoto for habilitado depois do reconhecimento ótico da placa do carro, por 
exemplo. Ainda podemos programar o acendimento de iluminação de ambientes da 
residência, bem como alguns aparelhos (som e tv) simulando a presença e afastando 
intrusos. Alarmes podem estar conectados, fazendo chamadas telefônicas para os 
moradores ou até mesmo para a central de segurança ou policia. 
 
Conforto: Pode se criar cenas de iluminação para diversas ocasiões, como: festa, 
romance, jantar, ver tv, etc...ajustando as luzes de acordo com cada uma delas ao 
toque de um botão (ou IPAD). Imagine um ambiente com 10 circuitos e com 6 
configurações diferentes para cada atividades. Como ajustar todos estes pontos de 
iluminação de forma manual? Difícil e trabalhoso. 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 61 
 
Praticidade: Além dos cenários de iluminação serem chamados de forma prática, 
imagine poder desligar do seu quarto, a iluminação que você deixou acesa na sala? E 
se pudesse fazer isso do seu escritório? Alguns sistemas de automação também 
podem lhe avisar sobre lâmpadas queimadas e suas devidas posições. 
 
Valorização e Beleza: Com o controle luminotécnico pode se implantar diversos tipos 
de lâmpadas, proporcionando variadas efeitos, cores, destaque de objetos, acento de 
detalhes arquitetônicos, etc...proporcionando uma grande diversidade de percepções 
em um mesmo ambiente, por vezes mais intimista, outras mais festivos, enfim, a 
iluminação valorizando e diferenciando os seus projetos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 62 
 
Capítulo 7 – Métodos Básicos de Cálculo Luminotécnico 
 
7.1 – Método Ponto a Ponto 
 
É o método básico para o dimensionamento de iluminação. Baseia-se nos conceitos e 
leis básicas da luminotécnica. Parte-se da curva de distribuição de intensidade 
luminosa de uma fonte para determinar-se o iluminamento em diversos pontos do 
ambiente estudado. É um método mais empregado para a iluminação de exteriores ou 
para ajustes após o emprego de outros métodos. Considere uma fonte luminosa 
puntiforme iluminando um ambiente qualquer. Esta fonte irradia seu fluxo luminoso 
para várias direções. Como visto, pode-se determinar a intensidade luminosa dessa 
fonte em uma única direção. A Figura 6.1 retrata uma fonte puntiforme instalada em 
um ambiente no qual se encontra um objeto iluminado no ponto P. 
 
 
Figura 6.1 
 
A iluminância no ponto P obtida a partir da fonte luminosa mostrada na Figura 6.1 
pode ser calculada por: 
 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 63 
 
Onde: 
Ep = iluminância no ponto “P” derivada do fluxo luminoso da fonte luminosa [Lux] 
I(θ) = intensidade luminosa da fonte na direção do ângulo θ 
D = distância entre a fonte luminosa e o ponto P em consideração [m] 
 
Pode-se obter as iluminâncias horizontal (Eh) e vertical (Ev) nesse ponto P, utilizando-
se as relações fundamentais da luminotécnica e empregando a trigonometria em um 
triângulo retângulo. Assim, obtém-se: 
 
 
Exemplo: 
Consultando-se a luminária, cuja CDL está representada abaixo, e supondo-se que esta 
luminária esteja equipada com 2 lâmpadas fluorescentes LUMILUX® T5 HE Osram 
35W/840, qual será a Iluminância incidida num ponto a 30º de inclinação do eixo 
longitudinal da luminária, que se encontra a uma altura de 2m do plano do ponto? 
 
 
Osram 
 
Luminotécnica Básica 
 
 
 
Luminotécnica Básica por Alexandre Rautemberg – LD Education – Junho 2018. 64 
 
Solução 
A lâmpada tem 3300 lúmens de fluxo e a luminária contém 2 lâmpadas. 
 
Da CDL, lê-se que: I30° = 340 cd e como este valor refere-se a 1000 lm, tem-se que: 
I30º = 340cd/1000lm x (2 x 3300lm) = 2244 cd

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