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Anticorpos Monoclonais no tratamento do câncer

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Anticorpos Monoclonais no Tratamento de Câncer
Os anticorpos monoclonais são anticorpos que conseguem identificar especificamente o epítopo de cada antígeno. Esses anticorpos podem ser produzidos em laboratório com o intuito de dirigir o tratamento a um antígeno específico. A produção de anticorpos monoclonais foi possibilitada pela tecnologia de hibridomas, que são células produtos da fusão de duas células com características genéticas distintas. A especificidade desses anticorpos se dá pelo fato de serem produzidos por um único clone de célula B fusionado a uma linhagem de mieloma, as células tumorais. Eles possuem a capacidade de produzir uma fonte contínua do mesmo anticorpo, que irá se replicar inúmeras vezes, para o mesmo antígeno.
O primeiro passo para a produção de anticorpos monoclonais é a imunização de um animal com o antígeno que irá induzir a produção dos anticorpos de interesse. Em seguida são retirados os linfócitos B do baço do animal, que produziram o anticorpo desejado. Após isso, é feita a fusão dos linfócitos com as células de mieloma. Essa fusão resulta no hibridoma, que apresenta características de cada célula utilizada: a reprodução indefinida do mieloma e a produção de anticorpos dos linfócitos B.
Os anticorpos monoclonais subdividem-se em três classes, os murinos, os quimerizados e os humanizados. Os murinos são os anticorpos provenientes de camundongos e são vistos pelo sistema imune como estranhos, o que leva a uma rápida eliminação. Para solucionar o problema da resposta imunológica causada pelos anticorpos murinos, foram gerados através da engenharia genética, anticorpos híbridos humano-camundongos. Estes foram chamados de anticorpos quimerizados, que contam com a região variável do anticorpo do camundongo com a região constante do anticorpo humano. Tais anticorpos ainda eram imunogênicos para os humanos. Portanto foram desenvolvidos os anticorpos humanizados, que contam apenas com uma pequena porção murina em sua composição.
	Hoje em dia, uma das principais aplicações dos anticorpos monoclonais é no tratamento do câncer. Além disso, também ser usados para direcionar e aumentar a eficácia de outros tratamentos, como a quimioterapia. O tratamento com anticorpos monoclonais está se tornando uma boa alternativa devido à suavidade dos seus efeitos adversos em comparação com a quimioterapia, que é um tratamento agressivo ao paciente. A quimioterapia ataca qualquer célula que se multiplica muito rapidamente no corpo, incluindo células saudáveis. A ação dos anticorpos monoclonais, por sua vez, é direcionada para um tipo de célula específica.
	Começaram a ser usados para o tratamento do câncer em 1997, com a aprovação do rituximabe para o tratamento de linfomas. Cada medicamento desenvolvido a partir de anticorpos monoclonais segue o mesmo padrão de nomenclatura: um prefixo; dois infixos, que identificam o alvo e a fonte ou a origem do anticorpo e o sufixo mabe, que identifica que o fármaco deriva de anticorpos monoclonais.

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