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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS CURSO: ENGENHARIA DE MATERIAIS DISCIPLINA – Laboratório de Química Básica – 1º Período, 1º Sem. Professora: Priscila Pereira Silva Daniel Araújo Graziele Silote Rafael Passos 12 de junho de 2015 REAÇÃO REDOX ESPONTANEIDADE DE REAÇÃO - PILHA DE DANIEL - ELETRODEPOSIÇÃO Belo Horizonte 1º Semestre de 2015 1 OBJETIVOS Os objetivos da presente prática são de observar alterações que indiquem a ocorrência de reações redox, montagem de uma pilha de Daniel e cobreamento de uma chave de zinco por meio de eletrodeposição. 2 MATERIAIS E REAGENTES Solução de Sulfato de cobre II; Solução de Nitrato férrico; Solução de Cloreto de mercúrio II; Solução de Nitrato de chumbo II; Solução de Nitrato de zinco; Plaquinhas de Ferro; Plaquinhas de Alumínio; Plaquinhas de Zinco; Plaquinhas de Cobre; Plaquinha de Chumbo; Solução de sulfato de zinco 1 mol/L; Solução de sulfato de cobre II 1 mol/L; 01 Lâmina de zinco; 01 Lâmina de cobre; 1 Chave de Zinco; Placa de Cobre; 03 Fios condutores com Garras de Jacaré. 2.1 VIDRARIAS E EQUIPAMENTOS 01 Ponte Salina (Pedaço de Fio de Cobre); 01 Multímetro; 02 Béqueres de 200 mL; 01 Béqueres de 1000 mL; Fonte de Energia; 3 MÉTODOS 3.1 PREVISÃO DE OCORRENCIA DE REAÇÃO Recebeu-se diversas placas metálicas para o experimento ser feito. As placas eram feitas de: Ferro, Cobre, Zinco, Chumbo e Alumínio. Lixa-se todas as placas. Adiciona-se os reagentes: Sulfato de cobre II ,Nitrato férrico, Cloreto de mercúrio II , Nitrato de chumbo II e Nitrato de zinco às respectivas placas. Observa-se os resultados. 3.2 MONTAGEM DE PILHA DE DANIEL Colocou-se a lâmina de zinco na solução de zinco e a lâmina de cobre na solução de cobre II. Prendeu-se as garras nas duas placas conectando-as ao multímetro. Analisou-se o valor medido pelo Multímetro. Adicionou-se a ponte salina, e observou-se as diferenças nos valores lidos no Multímetro. 3.3 COBREAMENTO DE UMA CHAVE POR ELETRODEPOSIÇÃO Adicionou-se certo volume de solução de Sulfato de Cobre II à um béquer de 1000,0 mL. Introduziu-se uma placa de Cobre conectando a essa dois fios condutores, sendo um conectado à fonte de energia e o outro conectados a chave a ser cobreada. Introduziu-se a chave a ser cobreada no mesmo béquer com Solução de Sulfato de Cobre II, essa conectada a placa de cobre contida . Ligou-se a fonte de energia colocando o sistema para funcionar e aguardou alguns minutos ate que a formação de uma fina película de cobre fosse perceptível. 4 MONTAGEM 4.1 PREVISÃO DE OCORRENCIA DE REAÇÃO Figura 1: Reação entre Alumínio e Mercúrio com formação de Amálgama. [2] 4.2 MONTAGEM DE PILHA DE DANIEL Figura 2:.Montagem de uma Pilha de Daniel [3] 4.3 COBREAMENTO DE UMA CHAVE POR ELETRODEPOSIÇÃO Figura 3: Célula de Eletrodeposição. [4] 5 RESULTADOS 5.1 PREVISÃO DE OCORRENCIA DE REAÇÃO Situação Lâmina Solução Mudança observada 1 Ferro Sulfato de cobre II incolor cor de cobre 2 Cobre Nitrato férrico amarelo incolor 3 Cobre Cloreto de mercúrio II incolor cinza 4 Zinco Nitrato de chumbo II incolor preto 5 Chumbo Nitrato de zinco solução permaneceu incolor 6 Alumínio Sulfato de cobre II “cresceu bolor" Equações que se processam em cada situação Potencial (E0) Fe0 Fe2+ + 2e- 1 Cu2+ + 2e- Cu0 E0 oxid. = + 0,440 V E0 red. = + 0,337 V ddp = + 0,777 V Fe2+ Fe3+ + e- 2 Cu+ + e- Cu0 E0 oxid. = - 0,771 V E0 red. = + 0,520 V ddp = - 0,251 V Cu0 Cu+ + e- 3 Hg22+ + 2e- 2 Hg E0 oxid. = - 0,520 V E0 red. = + 0,792 V ddp = + 0,272 V Zn0 → Zn2+ + 2e- 4 Pb2+ + 2e- Pb0 E0 oxid. = + 0,763 V E0 red. = - 0,126 V ddp = + 0,637 V Pb0 Pb2+ + 2e- 5 Zn2+ + 2e- Zn0 E0 oxid. = + 0,126 V E0 red. = - 0,763 V ddp = - 0, 637 V Al0 → Al3+ + 3e- 6 Cu2+ + 2e- Cu0 E0 oxid. = + 1,660 V E0 red.= + 0,337 V ddp = + 1,997 V 2Hg Hg22+ + 2e- 7 Cu2++ 2e- Cu0 E0 oxid. = - 0,792 V E0 red. = + 0,337 V ddp = - 0,455 V Pode-se observar que as reações 2, 5 e 7 não ocorrem de maneira espontânea, já que os potenciais encontrados não são positivos. 5.2 MONTAGEM DE PILHA DE DANIEL Ao montar o circuito da pilha de Daniel, observou-se que antes de ligarmos a ponte de salina nos dois béqueres, não havia potencial gerado na pilha. Mas quando se conectou a ponte de salina nos dois béqueres observou-se que houve tensão gerada e que a reação química ocorreu, gerando uma tensão de 1,0 volts. 5.3 COBREAMENTO DE UMA CHAVE POR ELETRODEPOSIÇÃO Após cerca de 10 minutos, foi observado que a chave sofreu alteração na coloração com formação de uma fina película de coloração rosa. 6 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Na prática de previsão das reações pode-se observar que em apenas uma das reações ocorria a formação de um “bolor”, nas demais reações houve apenas mudança de cor ou nada aconteceu. Pesquisando sobre os potenciais de cada reação, pode-se também determinar que algumas das reações não eram espontâneas, ou seja, tinham um DDP negativo. Na montagem da pilha de Daniel, Considerando o valor teórico observado a partir da tabela de potencial de oxidação de 1.10 volts, o valor obtido pela prática resolve em um erro percentual de 10%. Sendo que o multímetro utilizado não estava em boas condições apresentando mau contato, o que pode ter interferido negativamente no resultado. Na prática de eletrodeposição por eletrólise, observou-se a formação de uma fina película rosa, indicando que ocorreu a eletrólise desejada e que a película rosa se trata de cobre metálico, uma vez que a coloração obtida indica a formação de Cu0 por se tratar de uma coloração específica do cobre metálico. Nessa reação, a corrente elétrica introduzida ao sistema faz com que a placa de cobre se torne o polo negativo do sistema de onde migram os elétrons. Esses elétrons são transferidos pelos fios condutores em direção ao polo positivo, nesse caso a chave de zinco. Ao se depositarem sobre a chave aumenta a concentração de elétrons na superfície da chave, sendo que esses elétrons atraem as espécies Cu2+ contidos na solução reduzindo-os a Cu0 sendo esse depositado sobre toda a superfície da chave. Quanto maior o tempo de exposição da chave ao sistema, mais aderente e mais uniforme será a película. Essa película não é facilmente removível rendo necessária a utilização de técnicas abrasivas para retirá-la. 7 CONCLUSÃO A prática de previsão das reações permitiu aos experimentadores aprofundar os conhecimentos sobre a espontaneidade de reações em placas metálicas. Assim como houve a possibilidade de perceber que algumas reações não ocorriam. O experimento da pilha de Daniel permitiu uma melhor compreensão de como se gerar eletricidade através de reações de oxi-redução, através da energia liberada de uma reação química, para a transformação de energia elétrica. No experimento de eletrodeposição, observamos que é possível induzir uma reação de redox a acontecer caso exista uma fonte de energia, sendo possível obter um material puro esse depositados sobre a superfície domaterial que vai receber a eletrodeposição. Essa técnica pode ser utilizada para eletrodeposição de diversas substâncias em peças de diversos materiais, inclusive não metálicos, sendo esse processo muito utilizado na prevenção de processo de corrosão, uniformidade de peça além de ser utilizada para customização de peças, como por exemplo, semi-joias. A partir dessa prática então, foi possível entender a importância das reações de redox no nosso cotidiano e como e para o que são utilizadas, ressaltando que essa técnica pode também ser usada para purificação de uma substância, nesse caso por exemplo, caso conseguíssemos remover a película formada, obteríamos cobre metálico livre de impurezas. De maneira geral, todas as práticas ocorreram de maneira satisfatória, não sendo observados erros que interferissem no rendimento da prática. REFERÊNCIAS [1] FILHO, J. C; Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, Departamento de Química, Guia de Laboratório para cursos de Engenharia. Belo Horizonte, revisão 2013, p. 22 – 25 [2] Disponível em: http://falaquimica.com/wp-content/uploads/2014/09/reaction-gifs-mercury-vs-aluminum.gif Acesso em 18/06/2015 [3] Disponível em: http://www.eecis.udel.edu/~portnoi/academic/academic-files/daniellcell.html Acesso em 18/06/2015 [4] Disponível em: http://www.alunosonline.com.br/quimica/galvanoplastia.html. Acesso em 18/06/2015
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