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A LÍNGUA BRASILEIRA

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A LÍNGUA BRASILEIRA
Monteiro Lobato
Assim como o português saiu do latim, 
(se interromper o texto por aqui, fica sem sentido, por isto deve ser concluído a ideia)
pela corrupção desta língua, o brasileiro está saindo do português. O processo formador é o mesmo: corrupção da língua mãe. A Cândida ingenuidade dos gramáticos chama corromper ao que os biologistas chamam evoluir.
(Introdução da ideologia de Monteiro Lobato, uma ideia a ser argumentada)
Aceitemos o labéu, e corrompamos de cabeça erguida o idioma luso, na certeza de estarmos a elaborar obra magnífica. 
(argumentação: comparando o idioma luso, ma certeza de estar-se elaborando uma obra magnífica)
Novo ambiente, nova gente, novas coisas, novas necessidades de expressão: nova língua.
(argumento: coisas novas, onde tudo é novo, a língua também será)
É risível o esforço do carranca, curto de ideias e incompreensivo que deb’atera contra esse fenômeno natural, e tenta paralisar a nossa elaboração linguística em nome dum respeito supersticioso pelos velhos tabus portugueses... que corromperam o latim.
(argumento: é ridículo e sem fruto o esforço dos que, apegados ao passado, tentam dificultar um fenômeno natural. Os portugueses também coromperam o latim.)
A nova língua, filha da lusa, nasceu no dia em que Cabral aportou ao Brasil.
(argumento: A nova língua nasceu no dia em que Cabral pisou no Brasil)
Não há documentos, mas é provável que o primeiro brasileirismo surgisse exatamente no dia 22 de abril de 1500. E, desde então, não se passou dia sem que a língua do reino não fosse na Colônia infiltrada de vocábulos novos, de formação local, ou modificada na significação dos antigos.
(Conclusão, onde o autor julga que consegue convencer quem o lê.
Neste gênero dissertativo, Monteiro Lobato procura convencer sobre a revolução linguística. Expõe a ideia principal, sua ideologia, posteriormente os argumentos e uma conclusão final. Procura com clareza, coerência e objetividade demonstrar que está com a razão. Raciocinando os fatos, o exame crítico para levar o convencimento ao leitor.
Este texto escrito há alguns anos, é muito usado para diversos estudos, pois retrata um fato que estava ocorrendo em uma determinada época: a influência do latim na língua brasileira, que posteriormente viria a iniciar o evolucionismo linguístico. Foi escolhido por mim para este trabalho, pois se trata de uma dissertação curta e completa, que tem introdução, desenvolvimento e conclusão. Além do que pela dissertação se procura convencer o leitor de um determinado assunto. E também é um texto histórico-atual, pois até hoje se vislumbra alterações na língua mãe.
REFERÊNCIA:
MIGUEL, Jorge. Curso de Redação. Editora HARBRA, São Paulo-SP: 1987.

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