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: Hipertensão, dislipidemia, diabetes, obesidade e tabaco. DISLIPIDEMIAS • Alterações metabólicas lipídicas decorrentes de distúrbios em qualquer fase do metabolismo lipídico, que ocasionam repercussão nos níveis séricos das lipoproteínas. • Podem causar distúrbios no fluxo sanguíneo. • Um dos principais determinantes da ocorrência de doenças cardiovasculares (DCV) = aterosclerose, IAM, AVC. O termo dislipidemia, ao invés de hiperlipemia, é atualmente empregado em função de que a redução e não o aumento da fração HDL-colesterol também determina ou facilita o estabelecimento de aterosclerose. Aumento do Colesterol (≥160mg/dL). Aumento do TG ou hipertrigliceridemia isolada (≥150mg/dL). Aumento do Colesterol e TG ou hiperlipidemia mista Diminuição da HDL-C isoladamente ou em associação a alterações do LDL-C e/ou dos TG. CLASSIFICAÇÃO FENOTÍPICA DE FREDRICKSON (OMS) Tipo I - Presença de Quilomicrons falta da atividade da lipase lipoproteica devido (não formação) ou devido a não formação da apo C-II. Importante hipertrigliceridemia exógena com TG superiores a 1500mg/dl. Tipo II - Hipercolesterolemia, devido ausência total ou parcial dos receptores LDL ou defeitos genéticos causando sua disfunção. IIa - Exclusivamente hipercolesterolemia CT > 240 mg/dl. IIb - Hipercolesterolemia associada a hipertrigliceridemia, ambas com valores entre 250 e 500 mg/dl. Tipo III- Elevações simultâneas e proporcionais (1:1) do CT e TG - >300mg/dL, devido alteração da apo E com incapacidade de metabolização da IDL. Tipo IV- Hipertrigliceridemia isolada,>300mg/dL. Defeito não totalmente conhecido podendo ser poligênico. Maior síntese de VLDL acompanhada ou não de incapacidade de sua metabolização. Tipo V- Hipertrigliceridemia, valores >1500mg por dL e aumento CT. Ocorre aumento do TG exógeno e endógeno. Ocorre sempre redução da atividade da lipase lipoproteica e aumento de síntese de VLDL. Dislipidemia Primária (Origem genética) • Hipercolesterolemia familiar (Col total e LDL) • Dislipidemia Familiar Combinada (alternância perfil lipídico) • Hipercolesterolemia Poligênica (Col Total e LDL) • Hipertrigliceridemia Familiar (TG, Glicemia e Ác. Úrico) • Síndrome da quilomicronemia (TG devido a Quilomícrons) • Disbetalipoproteinemia familiar (colesterol e TG devido a IDL). Dislipidemia Secundária • Hipotireoidismo • Diabetes Mellitus • Síndrome Nefrótica • Insuficiência Renal Crônica • Obesidade • Alcoolismo • Icterícia Obstrutiva • Altas doses de diuréticos • Betabloqueadores • Corticosteróides • Anabolizantes Hipercolesterolemia familiar primária (Origem genética) • Ocorre independente de outros problemas de saúde ou estilo de vida (genética). • Síntese defeituosa de apoproteínas, ausência ou defeito nos receptores, metabolização de colesterol nas células. Hipercolesterolemia Segundária • Associada a outros problemas de saúde e a comportamento. • Obesidade com alta ingestão calórica e diabetes mellitus. • Dietas hipercalóricas: aumentam a síntese de VLDL e a conversão em LDL. • Dietas ricas em TG e gorduras saturadas aumentam a síntese de colesterol e suprimem a dos receptores de LDL. • DM: distúrbios metabólicos provocam elevação das lipoproteínas. Hipercolesterolemia branda • Colesterol total 200-239 mg/dl e LDL 130 a 159 mg/dl. • Risco de DAC a curto prazo (5 a 10 anos) – 1,5 vezes. • A longo prazo (30 a 40 anos) – 3 a 4 vezes. • Fatores causadores: dietas ricas em colesterol, ácidos graxos saturados e trans, aumento do peso corporal com o envelhecimento, envelhecimento, fatores genéticos e perda de estrógeno na pós- menopausa. • Avaliar as concentrações de lipídeos e lipoproteínas séricas Tratamento: controle de peso terapia de reposição de estrógeno terapia não medicamentosa drogas redutoras de colesterol modificações na dieta Hipercolesterolemia moderada Colesterol total 240 a 300 mg/dl e LDL entre 160 a 219 mg/dl aumentam o risco de DAC. As causas são mesmas da leve além de alguns padrões de met. de LDL: maior formação de LDL, menor remoção de LDL e enriquecimento de partículas de LDL com éster de colesterol. Hipercolesterolemia Grave Colesterol LDL 220 mg/dl. Redução na atividade dos receptores de LDL, produção excessiva de lipoproteínas pelo fígado e enriquecimento da partículas de LDL pelo fígado. Quilomicronemia Hiperlipoproteinemia tipo I: quilomícrons aumentados e VLDL normal.Mutação no gene da LPL que reduz sua ação. Deficiência de apolipoproteína cII: apo-CII ativa LPL. Hiperlipoproteinemia tipo V: altas concentrações séricas de quilomícrons e VLDL devido a um retardo na lipólise e superprodução de partículas de VLDL pelo fígado. Hipercolesterolemia Branda a moderada • Branda: 150 – 199mg/dl e Moderada: 200 -500 mg;dl. • Aumento da produção hepática de VLDL devido à obesidade, inatividade física e alta ingestão de carboidratos. • Resistência à insulina aumenta a produção de apo- CIII, que inibe atividade da LPL que prejudica a lipólise. Dislipidemia aterogênica 4 componentes hipercolesterolemia branda, hipertrigliceridemia branda a moderada, pequenas partículas de LDL densas e; baixo HDL. Causas Obesidade, dietas ricas em ácidos graxos saturados e trans, inatividade física, envelhecimento e genética. Pequenas partículas de LDL densas • Aumento dos TGL séricos. • Éster de colesterol da LDL são trocados por TGL em excesso da VLDL. • Ação da LPL nos TGL da LDL formam pequenas LDL. • Aumento da ação da enzima triacilglicerol lipase hepática (HTGL) que degrada TGL e fosfolipídeo da LDL no fígado. Baixo HDL colesterol • Obesidade,sedentarismo, envelhecimento, genética, fumo e dieta rica em carboidrato e pobre em gordura insaturada. • Atividade reduzida da LPL e aumentada da CEPT. Colesterol Artérias: aterosclerose Pele: xantelasmas, xantomas tuberosos, xantomas palmares Tendões: xantomas tendinosos Triglicérides Fígado: hepatomegalia/ esteatose Baço: esplenomegalia Pele: xantomas eruptivos O perfil lipídico é definido pelas determinações bioquímicas do CT, HDLcolesterol (HDL-C), TG e LDL-colesterol (LDL-C) • O LDL-C pode ser calculado pela equação de Friedewald : (LDL-C = CT - HDL-C - TG/5), onde TG/5 representa o colesterol ligado à VLDL ou diretamente mensurado no plasma. Resinas que se ligam aos ácidos biliares (colestiramina e colestipol) - sequestram colesterol no intestino. Niacina e seus congêneres (ác. Nicotínico) – bloqueia a síntese e liberação de VLDL pelo fígado (diminuição do IDL e LDL e aumento do HDL) > Pode piorar a resistência à insulina no DM. • Inibidores da HMG-Coa redutase (estatinas: atorvastatina, cerivastatina, fluvastatina, lovastatina, provastatina e sinvastatina). • Agentes do ácido fíbrico (clofibrato e genfibrozila) – reduzem a síntese de VLDL a partir dos quilomícrons e estimulam a lipólise intravascular de VLDL e IDL. Ativam os receptores nucleares. Aumenta a oxidação de ác. Graxos no fígado. Os efeitos colaterais mais graves como hepatite, miosite e rabdomiólise são observados raramente. É recomendado a dosagem dos níveis basais de creatinofosfoquinase (CK) e de transaminases (especialmente de ALT) e a repetição na primeira reavaliação ou a cada aumento de dose.
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