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Resumo AP1-Políticas Públicas do Turismo

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Polıt́icas	Públicas	do	Turismo	–	AP1
Aula1:	Introdução	aos	conceitos	de	Estado
O	Estado	está	presente	desde	a	vida	cotidiana,	como	em	uma	coleta	do	lixo,	ou	até	em	um	campo
extenso,	como	a	polıt́ica	externa.	EƵ 	a	partir	dele	que	a	cidade	cresce	e	se	desenvolve,	ou,	ao	contrário,
estagna	e	desacelera.	
Estado:	conceitos	e	reϐlexões
Estado, 	 portanto, 	 remete 	 a 	 uma 	 instituição, 	 organizada 	 de 	 forma 	 polıt́ica, 	 social 	 e 	 jurı́dica,
ocupando	um	território	deϐinido.	A	ele	cabe	também	a	função	de	exercer,	na	deϐinição	weberiana, 	 	o
controle	social,	pois	detém	o	monopólio	legal	do	uso	da	força,	ou	da	coerção	sobre	o	social.	Em	outras
palavras,	para	Max	Weber,	o	Estado	moderno	irá	legitimar,	através	do	seu	aparato	jurıd́ico	institucional,	o
monopólio	sobre	um	território	bem	deϐinido,	através	da	violência	fı́sica	ou	coercitiva.	Além	disso,	a	sua
legitimidade 	 e ́ 	 garantida 	 pela 	 “autoridade 	 racional-legal” 	 com 	 base 	 em 	 regras 	 impessoais 	 que 	 irá
concentrar	o	poder	do	Estado	nas	elites.
Assim,	a	organização	das	relações	(poder),	através	de	procedimentos	técnicos	preestabelecidos
(instituições,	administração),	é	utilizada	para	a	prevenção	e	neutralização	dos	casos	de	conϐlito	e	tende	a
impor	sobre	os	demais	as	forças	dominadoras	daquela	estrutura	social.
Weber	-	aϐirma	que	o	poder	signiϐica	a	probabilidade	de	impor	a	própria	vontade	dentro	de	uma
relação	social,	ainda	que	contra	toda	resistência	e	qualquer	que	seja	o	fundamento	dessa	probabilidade.
Isto	signiϐica	que	um	grupo	consegue	manter,	mesmo	sem	a	vontade	dos	outros,	o	domı́nio	sobre	estes.
Segundo	a	tradição	realista	do	pensamento	polı́tico,	o	que	mantém	o	poder	é	a	força	e	a	violência.
A	polı́tica,	por	sua	vez,	pode	ser	reconhecida	como	a	forma	de	articulação	da	rede	intrincada	de
relações	conforme	a	lógica	do	poder	dominante.	Para	se	entender	perfeitamente	o	poder	polıt́ico,	seria
necessário	derivá-lo	de	sua	origem,	o	homem.
A	teoria	marxista,	por	sua	vez,	renovou	o	modo	de	compreender	a	polıt́ica,	pois	procurou	entendê-
la	dentro	e	a	partir	da	sociedade.	Antes	de	Karl	Marx,	a	polıt́ica	era	pensada	como	expressão	mais	elevada
da 	 vida 	 em 	 coletividade, 	 ou, 	 pelo 	menos, 	 como 	 condição 	 para 	 ultrapassar 	 o 	 estado 	 (primitivo) 	 de
natureza. 	 O 	 ϐilósofo 	 alemão 	 estudou 	 a 	 polıt́ica 	 pelo 	 ângulo 	 econômico. 	 Dizia 	 não 	 ser 	 possıv́el
compreender	a	origem	da	polı́tica	e	da	luta	de	classes	sem,	no	entanto,	analisar	a	estrutura	econômica
das	sociedades.
Freitas	-	O	conceito	de	Polıt́ica	refere-se	ao	que	é	coletivo,	ou	comum	a	todos,	mas	o	termo	tem
diversas 	 acepções, 	 ou 	 seja, 	 no 	 uso 	 cotidiano 	 e 	 pejorativo. 	 Polıt́ica, 	 como 	 substantivo 	 ou 	 adjetivo,
compreende	as	ações,	comportamentos,	manobras,	entendimentos	e	desentendimentos	dos	homens	(os
polıt́icos),	para	conquistar	o	poder.
	Na	conceituação	erudita,	segundo	Maquiavel,	a	Polıt́ica	seria	a	arte	de	conquistar,	manter,	exercer
o	poder,	o	governo.	Pode	signiϐicar,	também,	a	orientação	ou	a	atitude	de	um	governo	em	relação	a	certos
assuntos	e	problemas	de	interesse	publico	(polıt́icas	públicas).	Neste	sentido,	é	claro	que	o	Estado	está
presente	e	 é 	um	dos	principais	atores	no	processo	de	desenvolvimento	econômico	e	social, 	portanto
justiϐica-se	a	análise	acerca	da	sua	capacidade	de	desempenhar	o	referido	papel.
	EƵ 	na	formulação	de	polı́ticas	públicas	que	se	pode	traduzir	as	reais	intenções	e	aportes	do	Estado.
Assim,	é	indiscutıv́el	que	a	criação	do	Estado	moderno	é	um	tanto	distinto,	mas	ligado	à	sociedade	civil.
Daı	́se	desenvolve	o	ethos	(paradigma)	das	chamadas	polıt́icas	de	Estado.	O	termo	“polı́tica”	irá	ser	usado
para	indicar	a	atividade	–	ou	conjunto	de	atividades	–	que	tem	como	referência	o	Estado.	Erga	omnes	-
Expressão	latina	que	signiϐica	“que	tem	efeito	ou	vale	para	todos”,	em	referência	ao	ato	jurı́dico.	
Para	Weber,	o	Estado	exerce	a	função	de	controle	social,	pois	detém	o	monopólio	legal	do	uso	da
força, 	ou	da	coerção	sobre	o 	social. 	O 	Estado	moderno	se 	 legitima, 	através 	do	seu	aparato	 jurıd́ico-
institucional,	em	um	território,	por	intermédio	da	violência	fıśica	ou	coercitiva.	O	controle	é	legitimado
através	de	três	formas:	poder	legal-burocrático,	carismático	e	tradicional.

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