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DIREITOS HUMANOS

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DIREITOS HUMANOS
TEORIA GERAL DOS DIREITOS HUMANOS:
a) Diferenciar as terminologias: 
Direitos humanos: direitos que estão na ordem jurídica internacional. Ex.: Direitos previstos na ONU.
Direitos fundamentais: direitos que estão na ordem jurídica interna/doméstica. Ex.: Brasil.
- Caracterizados por: Espaço e tempo: Ex.: Brasil e constituição de 1988 elencados os direitos no artigo 5º - respectivamente. 
b) Conceito de Direitos Humanos:
Direitos fundamentais de todos os cidadãos, garante liberdade, igualdade, fraternidade, etc. Conjunto mínimo de direitos necessário para assegurar uma vida do ser humano baseada na liberdade e na dignidade.
ONU conceitua Direitos Humanos como: garantias jurídicas universais que protegem indivíduos e grupos contra ações ou omissões dos governos que atentem contra a dignidade humana.
CUIDADO!! Em regra serão em face dos governos, do poder estatal para garantir a dignidade da pessoa humana, contra ações e omissões. 
c) Fundamento dos Direitos Humanos:
O fundamento é a garantia da dignidade da pessoa humana. 
d) Fundamentação (o porque existe os direitos humanos):
Jusnaturalismo: Direitos naturais do homem. Não são concedidos pelo Direito Positivo, pois são anteriores ao Estado.
Positivistas: são aqueles positivados na ordem jurídica estatal, concedidos pelo Estado.
Teoria moralistas: são valores morais da coletividade humana. Ex.: Igualdade, liberdade.
As 3 correntes principais para a fundamentação dos Direitos Humanos.
e) Características ou Princípios: 
UNIVERSALIDADE: são direitos universais, para todos sem discriminação. 
Universalidade X Relativismo: Duas correntes, pois alguns entendem que os Direitos Humanos são universais, porem de outro lado entendem que são relativos porque devem observar as questões culturais/religiosas. 
Posicionamento da Segunda Conferência da ONU em Viena (1993): “Embora particularidades nacionais e regionais devam ser levadas em consideração, assim como diversos contextos históricos, culturais e religiosos, é DEVER dos Estados promover e proteger todos os direitos humanos e liberdades fundamentais, sejam quais forem seus sistemas políticos, econômicos e culturais. 
CUIDADO!!! A OAB diz que é um FORTE universalismo, e um FRACO relativismo. 
Declaração Universal dos Direitos Humanos: (1948)
Artigo 1º: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”
Artigo 2°: “Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autônomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.”
INDIVISIBILIDADE: pressupõe a compreensão integral dos Direitos Humanos, não podendo dissociar os direitos civis e políticos dos Direitos econômicos, sociais e culturais.
Direitos civis e políticos X Direitos econômicos, sociais e culturais: Historicamente houve uma divisão. 
- Direitos Civis: vida, liberdade, propriedade.
- Direitos Políticos: votar e ser votado. 
- Direitos Econômicos: direitos trabalhistas.
- Direitos Sociais: saúde educação, moradia, etc. (Art. 6º da CF).
- Direitos Culturais: manifestações artísticas e culturais. 
IMPORTANTE!! Assim, a ONU vem e afirma que os Direitos Humanos são universais e indivisíveis. Não há como fracionar, porque é um núcleo único, é uma compreensão integral. 
INTERDEPENDENCIA: É quando os Direitos Civis e Políticos DEPENDEM dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. No mesmo sentido os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais DEPENDEM dos Direitos Civis e Políticos. Ou seja, um depende do outro.
Ex.: Sabe-se que o direito à vida é um direito civil, mas do que adianta conceder direito a vida, se não for concedido direito a saúde, sabendo que direito a saúde é um direito social. Assim conclui-se que um depende do outro. 
Ex.²: Direito a liberdade de expressão (dto civil), se não conferir direito a educação (dto social).
Declaração e Programa de Ação de Viena (1993): “Todos os direitos humanos são universais, indivisíveis, interdependentes e inter-relacionados. A comunidade internacional deve tratar os direitos humanos de forma global, justa e equitativa, em pé de igualdade e com a mesma ênfase.”
HISTORICIDADE: Direitos Humanos são direitos históricos. Não nascem todos em um único momento, eles vão nascendo de forma gradual, conforme o tempo. Ex.: Há 50 anos atrás não tínhamos igualdade de gênero entre homens e mulheres. 
VEDAÇÃO (PROIBIÇÃO) AO RETORCESSO: Efeito Cliquet: impede que direitos consagrados, sejam flexibilizados ou reduzidos para atender direitos pontuais. 
INDISPONIBILIDADE: Não há como abrir mão dos Direitos Humanos (irrenunciabilidade – não pode ser renunciado). Não se pode fazer dos Direitos Humanos o que bem quiser, pois o mesmo tem eficácia objetiva. 
Ex.: Eu aceito trabalhar como escrava porque eu amo ele. – Não pode.
INALIENABILIDADE: Impossibilidade de transacionar ou comercializar Direito Humanos, pois não possuem conteúdo econômico. São inegociáveis. 
IMPRESCRITIBILIDADE: Mesmo com o decurso do tempo, os Direitos Humanos são exigíveis a qualquer momento. O fato da pessoa não exerce-lo por algum período, não ocorre prescrição.
f) Teoria das Gerações (dimensões) de Direitos Humanos:
Direitos humanos de:
1ª dimensão/geração: Direitos Civis e Políticos. Tem como valor a liberdade. São Direitos negativos, pois havia a imposição do não fazer.
2ª dimensão/geração: Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Tem como valor a igualdade. São Direitos positivos (prestações). Ex.: saúde e educação precisam de prestações $, para existir. 
3ª dimensão/geração: Direitos Difusos (Direitos ao meio ambiente, consumidor, etc). Tem como valor a fraternidade/solidariedade. Surgem pós segunda guerra mundial.
Geração: sucessão da 1ª para a 2ª para a 3ª. Traz a ideia de que uma substitui a outra. 3ª
2ª
1ª
 
 
Dimensão: Aqui não há substituição, pois traz a ideia que a 1ª é integrada pela 2ª que é integrada pela 3ª. A Doutrina usa a expressão dimensão.
 PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO
Diretos Humanos saem do domínio do Estado, e vão para todo o planeta. Surge a partir da 2ª guerra mundial, quando se cria a ONU – Sistema Global. 
1. Três precedentes que a Doutrina relaciona: quando a pessoa humana começa a ser protegida no âmbito internacional. 
Direito internacional Humanitário (Séc. XIX): procura proteger as pessoas que estão nos conflitos armados, independente de lado. Chama-se de CRUZ VERMELHA. Ex.: Uma guerra no Iraque. 
Liga ou Sociedade das Nações (1919): Criada após a 1ª guerra mundial, desse modo depois da guerra se fez necessário uma entidade que garantisse a paz mundial e os direitos humanos. A liga das nações é um precedente porque concedeu o “Passaporte Nansen”.
 A liga das nações fez a proteção dos refugiados, criaram documentos para os refugiados que estavam andando no país sem documento, chamado de “Passaporte Nansen”, o qual permitia que os refugiados pudessem ir de um lugar para o outro, fugindo dos regimes que estavam sendo adotados. 
Organização Internacional do Trabalho (OIT - 1919)
2. Como se dá o processo de internacionalização: Com a criação da ONU.
a) Plano histórico: O término da 2ª guerra mundial.
b) Plano político-institucional: A criação da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1945, através da Carta de São Francisco. 
Carta de São Francisco:
Artigo 1º: “Os propósitos das Nações unidas são: §3º - Conseguiruma cooperação internacional para resolver os problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural ou humanitário, e para promover e estimular o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião.”
**Se perguntar na prova que a ONU tem como um dos objetivos o estimulo dos Direitos Humanos, está correto.**
c) Plano jurídico e marco fundamental: A Declaração Universal dos Direitos Humanos, pois se fez necessário um documento específico para prever os direitos. 
CARTA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS
A Carta Internacional são três documentos: (constituem a base da ONU).
- Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948).
- Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (1966).
- Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966).
Declaração Universal dos Direitos Humanos:
Adotada e proclamada pela Resolução 217 da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948 (Paris). Teve 48 votos favoráveis e 8 abstenções. 
Quanto ao conteúdo: no total é composto por 30 artigos.
Art. 3 a 21 são dtos Civis e Políticos;
Art. 22 a 27 são dtos Econômicos, Sociais e Culturais.
PERGUNTA: A Declaração Universal dos Direitos Humanos contemplou os direitos de 3ª dimensão? NÃO, está errado, porque a declaração contemplou os direitos de 1ª e 2ª dimensão. Pois os direitos de 3ª dimensão só foram contemplados depois da 2ª guerra mundial, haja vista, que a declaração foi antes.
Obs.: a Declaração não impõe, assim para dar força jurídica a declaração foi editada por 2 pactos internacionais para dar efetividade a declaração universal, sendo esses: Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos: 
O pacto é de 1966, mas somente foi incorporado pelo Brasil em 1992, por meio de um Decreto Presidencial 592. Pois em 1966 o Brasil estava em pleno regime militar, e não tinha liberdades civis por exemplo. 
Protege: Direito a vida, liberdade de expressão, igualdade etc. 
Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais:
Também só foi incorporado no Brasil em 1992, pelo mesmo motivo do Pacto de Direitos Civis e Políticos. 
DICA!!! Toda vez que na prova falar sobre esses direitos, você tem que lembrar de uma clausula de progressiva realização dos Direitos Humanos econômicos, sociais e culturais. Ou seja, os direitos nascem de forma progressiva. 
Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais:
Artigo 2º: “Cada Estado Parte do presente Pacto compromete-se a adotar medidas, tanto por esforço próprio como pela assistência e cooperação internacionais, principalmente nos planos econômico e técnico, até o máximo de seus recursos disponíveis (dinheiro), que visem a assegurar, PROGRESSIVAMENTE, por todos os meios apropriados, o pleno exercício dos direitos reconhecidos no presente Pacto, incluindo, em particular, a adoção de medidas legislativas.”
CONSTITUIÇÃO E DIREITOS HUMANOS
Art. 1º: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana (FUNDAMENTO DOS DIREITOS HUMANOS).
Art. 4º: A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
II - prevalência dos direitos humanos (quando o Brasil se relaciona com outros Estado, deve prevalecer os Direitos Humanos).
1. Incorporação dos Tratados e Convenções de Direitos Humanos no Brasil:
Formação de um tratado ou convenção são realizadas em quatro etapas: 
Celebração do tratado ou convenção pelo Presidente da República: Presidente concorda ou não.
Aprovação pelo Congresso Nacional: Câmara e Senado;
Ratificação (confirmação) do tratado ou convenção internacional pelo Presidente da República: Uma vez que o presidente ratifica está valendo no âmbito internacional, porem internamente ainda não, pois ainda falta a promulgação por meio do Decreto.
Promulgação pelo Presidente da República: Por meio de um Decreto presidencial.
Com qual status esse Decreto entra?
	TRATADO
	STATUS
	DISPOSIÇÃO LEGAL
	Tratado aprovado com quórum de Emenda Constitucional 
	Equivalente as Emendas Constitucionais. 
	Art. 5º §3º da CF. 
	Tratado anterior a Emenda Constitucional 45/2004
	Status supralegal 
	Julgado RE 349.703 (STF)
	Tratados de outras temáticas (comum)
	Status de Lei Ordinária
	Julgado RE 80.004 (STF)
a) Tratado aprovado com quórum de Emenda Constitucional: §3º foi instituído com a Emenda de 45, pois antes não havia aprovação no Congresso Nacional.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
§3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
IMPORTANTE!!! ÚNICA CONVENÇÃO que foi recepcionada de acordo com o §3º do art. 5º da CF, foi: Convenção Internacional sobre os direitos da pessoa com deficiência e seu protocolo facultativo. 
b) Tratado anterior a Emenda Constitucional 45/2004: os tratados que foram recepcionados antes da EC 45, possuem status supralegal, ou seja, estão abaixo da Constituição mas acima da Legislação (código civil, penal, etc).
 
c) Tratados de outras temáticas (comum): se não for de Direitos Humanos, terão status de Lei ordinária. 
2. Controle de Convencionalidade: É a verificação de compatibilidade das leis internas com os tratados e convenções internacionais de Direitos Humanos. Pode ser:
Internacional: Órgãos internacionais que regulam o controle. Quando uma corte internacional verifica se a lei brasileira é compatível com determinado tratado internacional. Ex.: Corte Interamericana verifica se o Pacto de São José da Costa Rica é compatível com determinada Lei brasileira.
Nacional: Exercido pelo Poder Judiciário. Ex.: Verificou que o Pacto é incompatível com o desacato do Código Penal.
3. Incidente de deslocamento de competência (IDC): Quando há grave violação de Direitos Humanos se torna possível tirar da esfera estadual, e manda-lo para esfera federal. Ex.: Quando o Estado não está conseguindo prosseguir com o inquérito ou processo, por falta de recursos materiais. 
Art. 109 da CF. Aos juízes federais compete processar e julgar:
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.
Aula 02
SISTEMA INTERAMERICANO DE DIREITOS HUMANOS 
Tema mais cobrado na OAB.
Sistema da OEA (organização dos Estado Americanos)
Sistema Regional 
1. Criação:
a) Carta da OEA: carta constitutiva 
b) Tratado americano sobre soluções pacificas: “Pacto de Bogotá”, quando já um conflito entre os países que compõem a OEA deverá ser resolvido por meio de uma solução pacifica. Ex.: Brasil teve um conflito com a Argentina, assim tentarão solucionar pacificamente. 
c) Declaração americana dos Direitos e Deveres do Homem (1948): É uma declaração de direitos humanos, antecede 6 meses da Declaração Universal. 
Não tem força jurídica, pois é uma declaração apenas. Assim se fez necessário que tivessem um documento especifico para as Américas, chamado de Convenção Humana dos Direitos Humanos. 
A Convenção Humana dos Direitos Humanos, é chamadono Brasil de Pacto de São Jose da Costa Rica, sendo este um GRANDE DOCUMENTO, que tem muita influência em todo o Brasil. 
Convenção Humana dos Direitos Humanos – PACTO DE SÃO JOSÉ DA COSTA RICA:
IMPORTANTE!! O Pacto de São José C. R. é de 1969, porém o Brasil colocou em vigência por meio de uma Carta de Adesão pelo Decreto 678 de 1992. Haja vista que o Brasil estava vivendo um Regime Militar, assim só com a redemocratização que o Brasil fez a adesão ao Pacto de São José C. R. – Status Supralegal conforme julgado do STF e STJ.
1. Dois protocolos adicionais/complementos:
- Protocolo de São Salvador (1988): Versa sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Ex.: saúde, educação, meio ambiente, etc. 
Concluído em 1988, e o Brasil incorporou em 1999. 
LEMBRAR da Clausula de progressiva realização dos Direitos Humanos eco/soc/cult.: Até o máximo dos seus recursos $, devem implementar progressivamente os direitos eco/soc/cult. 
Protocolo de São Salvador:
Art. 1º: Os Estados Partes neste Protocolo Adicional à Convenção Americana sobre Direitos Humanos comprometem‑se a adotar as medidas necessárias, tanto de ordem interna como por meio da cooperação entre os Estados, especialmente econômica e técnica, até o máximo dos recursos disponíveis e levando em conta seu grau de desenvolvimento, a fim de conseguir, progressivamente e de acordo com a legislação interna, a plena efetividade dos direitos reconhecidos neste Protocolo.
- Protocolo referente a abolição da pena de morte: Quem assina se compromete a abolir a pena de morte. Em regra: a pena de morte é vedada no Brasil. Exceção: Só pode ocorrer a pena de morte em uma única situação, em casos de guerra para crimes sumamente graves. 
Convenção Americana sobre DH: (Pacto de São José da C. R.)
Artigo 4. Direito à vida
 1. Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente.
 2. Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser imposta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal competente e em conformidade com lei que estabeleça tal pena, promulgada antes de haver o delito sido cometido. Tampouco se estenderá sua aplicação a delitos aos quais não se aplique atualmente.
 3. Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido. 
 4. Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada por delitos políticos, nem por delitos comuns conexos com delitos políticos.
 5. Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no momento da perpetração do delito, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a mulher em estado de gravidez.
6. Toda pessoa condenada à morte tem direito a solicitar anistia, indulto ou comutação da pena, os quais podem ser concedidos em todos os casos. Não se pode executar a pena de morte enquanto o pedido estiver pendente de decisão ante a autoridade competente.
Art. 1º: Os Estados-Partes neste Protocolo não aplicarão em seu território a pena de morte a nenhuma pessoa submetida a sua jurisdição. (Caso do Brasil)
Art. 2º: 1. Não será admitida reserva alguma a este Protocolo. Entretanto, no momento de ratificação ou adesão, os Estados-Partes neste instrumento poderão declarar que se reservam o direito de aplicar a pena de morte em tempo de guerra, de acordo com o Direito Internacional, por delitos sumamente graves de caráter militar. 
2. O Estado-Parte que formular essa reserva deverá comunicar ao Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos, no momento da ratificação ou adesão, as disposições pertinentes de sua legislação nacional aplicáveis em tempo de guerra a que se refere o parágrafo anterior.
3. Esse Estado-Parte notificará o Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos de todo início ou fim de um estado de guerra aplicável ao seu território
2. Quanto ao Conteúdo: 
- Direitos Civis e Políticos: Direito a personalidade jurídica, propriedade, votar e ser votado, etc. (Art. 5º da CF). Ex.: Não ser torturado. 
Convenção Americana sobre Direitos Humanos:
Art. 1º. Os Estados-Partes nesta Convenção comprometem-se a respeitar os direitos e liberdades nela reconhecidos e a garantir seu livre e pleno exercício a toda pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição, sem discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social.
3. Suspensão dos Direitos:
PERGUNTA: Será que é possível suspender os Direitos consignados no Pacto de São José da C. R.? SIM, em caso de guerra, de perigo público ou de outra emergência que ameace a independência ou segurança do Estado Parte.
Contudo existe um núcleo de direitos que não admitem a suspensão mesmo nessas situações. 
Suspensão de garantias (Art. 27):
1. Em caso de guerra, de perigo público, ou de outra emergência que ameace a independência ou segurança do Estado Parte, este poderá adotar disposições que, na medida e pelo tempo estritamente limitados às exigências da situação, suspendam as obrigações contraídas em virtude desta Convenção, desde que tais disposições não sejam incompatíveis com as demais obrigações que lhe impõe o Direito Internacional e não encerrem discriminação alguma fundada em motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião ou origem social.
2. A disposição precedente não autoriza a suspensão dos direitos determinados seguintes artigos: 3 (Direito ao reconhecimento da personalidade jurídica); 4 (Direito à vida); 5 (Direito à integridade pessoal); 6 (Proibição da escravidão e servidão); 9 (Princípio da legalidade e da retroatividade); 12 (Liberdade de consciência e de religião); 17 (Proteção da família); 18 (Direito ao nome); 19 (Direitos da criança); 20 (Direito à nacionalidade) e 23 (Direitos políticos), nem das garantias indispensáveis para a proteção de tais direitos.
4. Denuncia: Um Estado pode sair do Pacto de São José da C. R., e denunciar. 
Ex.: Caso da Venezuela, que saiu e denunciou o Pacto. Assim a Venezuela deve mediante aviso prévio de 1 ano notificar o secretario da OEA, no em hipotético a Venezuela notificou em 10 de setembro de 2011, assim sabe-se que para produzir efeitos só após 1 ano depois (10 de setembro de 2012). Até produzir efeitos, ou seja, dar 1 ano o Estado responde pelas eventuais violações. 
Art. 78:
1. Os Estados Partes poderão denunciar esta Convenção depois de expirado um prazo de cinco anos, a partir da data da entrada em vigor da mesma e mediante aviso prévio de um ano, notificando o Secretário-Geral da Organização, o qual deve informar as outras Partes.
 2. Tal denúncia não terá o efeito de desligar o Estado Parte interessado das obrigações contidas nesta Convenção, no que diz respeito a qualquer ato que, podendo constituir violação dessas obrigações, houver sido cometido por ele anteriormente à data na qual a denúncia produzir efeito.
5. Órgãos Responsáveis pela Proteção da Convenção Americana sobre Direitos Humanos: (ponto mais suscitado na OAB).
a) COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS: Recebe as denúncias e investiga, para ver se é procedente ou não. Ex.: O MP no dto penal. 
 Linhas de atuação da Comissão: 
Sistema de petições/comunicações individuais: Composta por 7 representantes/comissários. Papel da comissão é proteger o papel dos DH nas Américas. Porem sempre surgem denúncias dos direitos que estão elencados no Pacto de S.J., Tendo em vista, que a Comissão tem papel de fiscalizar, ela recebe petições individuais com uma queixa sobre determinado Estado por alguma violação. 
PERGUNTA: Quem pode peticionar, ou seja, quem tem legitimidade para fazer uma queixa sobre determinado Estado? Qualquer pessoa, grupo de pessoas, ou ainda entidade não governamental desde que reconhecida por 1 ou mais Estados-Partes.
Comissão Interamericana de Direitos Humanos:
 Art. 44: Qualquer pessoa ou grupo de pessoas,ou entidade não-governamental legalmente reconhecida em um ou mais Estados membros da Organização, pode apresentar à Comissão petições que contenham denúncias ou queixas de violação desta Convenção por um Estado Parte. 
Requisitos necessário para petição seja aceita:
 
1- Esgotamento da jurisdição interna: Em regra: não pode substituir/pular o poder judiciário brasileiro, pois ele irá fazer a análise, precisará esgotar a jurisdição interna, dando-se através do Transito em Julgado, assim uma vez havendo o TJ terá um prazo de 6 meses para apresentar a petição contendo a queixa/denuncia para a Comissão Interamericana. 
2- Que a petição seja apresentada dentro de prazo de 6 meses, a partir da notificação da decisão definitiva: Após o Transito em Julgado.
3- Que a matéria da petição/comunicação não esteja pendente de analise em outra instancia/outro processo internacional;
4- Requisitos formais: nome, nacionalidade, profissão, etc.
CUIDADO!! Há exceções em relação aos requisitos para propositura da petição, sendo possível flexibilizar o requisito 1 e 2. Nas seguintes hipóteses: 
- Não existir na legislação interna o devido processo legal; (não é o caso do Brasil)
- Não permitir o acesso aos recursos da jurisdição interna ou impedir de esgota-los;
- Demora injustificada na decisão sobre os recursos. 
Monitoramento das situações dos Direitos Humanos nos Estado da OEA.
Atuação em áreas temáticas prioritárias. (Ex.: indígenas)
b) CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS: Órgão jurisdicional do sistema, vai julgar demandas contra os Estados.
Função: 
Jurisdicional: julga determinado conflito.
Função consultiva: corte interpreta duvidas apresentadas por um Estado. Ex.: Brasil pergunta qual a interpretação de tal dispositivo, assim cabe a Corte a função consultiva, de tirar dúvidas. 
Obs.: O Brasil reconheceu a competência da Corte por prazo indeterminado e para todos os casos, MAS sob reserva de reciprocidade e apenas a fatos posteriores a 10 de dezembro de 1998 (ou seja o que ocorreu antes disso, a Corte não pode julgar).
Legitimidade para acionar a Corte:
Estado-Parte e a Comissão Interamericana. 
Convenção Interamericana:
Art. 61: 1. Somente os Estados Partes e a Comissão têm direito de submeter caso à decisão da Corte
CUIDADO!! Jus standi X Locus Standi:
- Jus standi: É quando a pessoa pode acionar diretamente a corte internacional, o que não é o caso da Corte Interamericana, pois somente pode ser acionada por Estado-Parte e a Comissao Interamericana. 
- Locus Standi: É quando o caso é aberto em meu nome pela Comissão, dessa maneira, se eu sou a vítima ou representante da vítima, aí sim posso me manifestar. 
Regulamento da Corte Interamericana de DH:
“As vítimas ou as supostas vítimas ou seus representantes poderão apresentar de forma autônoma o seu escrito de petições, argumentos e provas e continuarão atuando dessa forma durante todo o processo.”
Sentença da Corte:
Definitiva e Inapelável
Não precisa de homologação, é só encaminha-la. 
Art. 67. A sentença da Corte será definitiva e inapelável.
Obs.: Se houver alguma divergência sobre o sentido ou alcance da sentença, o Estado-Parte deverá notificar a Corte, para que, interprete no prazo de 90 dias da notificação. 
Quanto ao conteúdo:
Assegurar direito ou liberdade que foram violados.
Reparação das consequências 
Pagamento de indenização a parte lesada
Art. 63: 1. “Quando decidir que houve violação de um direito ou liberdade protegidos nesta Convenção, a Corte determinará que se assegure ao prejudicado o gozo de seu direito ou liberdade violados. Determinará também, se isso for procedente, que sejam reparadas as consequências da medida ou situação que haja configurado a violação desses direitos, bem como o pagamento de indenização justa a parte lesada.”
6. Medida Provisória no Sistema Interamericano de Direitos Humanos: É uma das tutelas de urgência do sistema interamericano. Toda vez que há uma situação de extrema gravidade e urgência, a corte emite uma medida provisório para proteção das pessoas. 
Ex.: Determinado local, onde as pessoas estão em extrema gravidade e urgência, assim estabelece uma medida provisória para proteger as mesmas (presídios).
a) Quem emite: Corte interamericana. 
b) Quem requer:
Quando o caso está na Corte será a própria corte. 
Quando o caso não está na Corte, será a Comissão Interamericana
c) Requisitos: 
Extrema gravidade
Situação de urgência
Para evitar danos irreparáveis para as pessoas 
Art. 63: 2. “Em casos de extrema gravidade e urgência, e quando se fizer necessário evitar danos irreparáveis as pessoas, a corte, nos assuntos de que estiver conhecendo, poderá tomar as medidas provisórias que considerar pertinentes. Se, se tratar de assuntos que ainda não estiverem submetidos ao seu conhecimento, poderá atuar a pedido da comissão.”
CONVENÇÕES INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS
a) Convenção Internacional sobre os direitos das pessoas com deficiência e o protocolo facultativo (2007):
- Brasil incorporou em 2009 pelo Decreto nº 6.949/2009 (Art. 5º §3º da CF – status de Emenda Constitucional) e Lei.146/2015 (Estatuto da pessoa com deficiência).
Propósito: 
O propósito é promover, proteger e assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua dignidade inerente. 
Pessoas com deficiência: 
“Pessoas com deficiência são aquelas que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.”
Estatuto da pessoa com deficiência:
Art. 2º: Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. 
Discriminação por motivo de deficiência: 
Segundo a Convenção: “Discriminação por motivo de deficiência significa qualquer diferenciação, exclusão ou restrição baseada em deficiência, com o proposito ou efeito de impedir ou impossibilitar o reconhecimento, o desfrute ou o exercício, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais nos âmbitos político, econômico, social, cultural, civil ou qualquer outro. Abrange todas as formas de discriminação, inclusive a recusa de adaptação razoável.” 
Estatuto da pessoa com deficiência:
Art. 4º: Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.
§1º Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas.
Adaptação razoável: Ex.: um prédio antigo que não possui rampas de acessibilidade, assim deverá providenciar, visto que é necessário para garantir a igualdade. 
“Adaptação razoável significa as modificações e os ajustes necessários e adequados que não acarretem ônus desproporcional ou indevido, quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar que as pessoas com deficiência possam gozar ou exercer, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos humanos e liberdades fundamentais.”
Estatuto da pessoa com deficiência:
Art. 4º, VI: - adaptações razoáveis: adaptações, modificações e ajustes necessários e adequados que não acarretem ônus desproporcional e indevido, quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar que a pessoa com deficiência possa gozar ou exercer, em igualdade de condições e oportunidades com asdemais pessoas, todos os direitos e liberdades fundamentais;
Desenho universal: Um desenho para todos, para não precisar fazer modificações e adaptações a cada caso. Ex.: Um novo prédio, deverá ser feito comtemplando tudo o que for necessário para as pessoas com deficiência, bem como, para outros casos.
Desenho universal significa a concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados, na maior medida possível, por todas as pessoas, sem necessidades de adaptação ou projeto especifico. O “desenho universal” não excluirá as ajudas técnicas para grupos específicos de pessoas com deficiência, quando necessárias.
Estatuto da pessoa com deficiência:
Art. 3º, II - desenho universal: concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva;
III - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social; (Ex.: um aplicativo no celular).
Acessibilidade: Ex.: acessibilidade não se restringe apenas em rampas em prédios, mas também por exemplo, um cardápio em braile, ou então, em escolas, hospitais, etc.
Art. 9: 1. A fim de possibilitar as pessoas com deficiência a viver de forma independente e participar plenamente de todos os aspectos da vida, os Estados-Partes tomarão as medidas apropriadas para assegurar as pessoas com deficiência o acesso, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, ao meio físico, ao transporte, a informação e a comunicação, inclusive aos sistemas e tecnologias da informação e comunicação, bem como a outros serviços e instalações abertos ao público ou de uso público, tanto na zona urbana como na rural. Essas medidas, que incluirão a identificação e a eliminação de obstáculos e barreiras a acessibilidade, serão aplicadas, entre outros, a:
a) Edifícios, rodovias, meios de transporte e outras instalações internas e externas, inclusive escolas, residências, instalações medicas e local de trabalho. 
b) informações, comunicações e outros serviços, inclusive serviços eletrônicos e serviços de emergência.
b) Convenção sobre Eliminação de todas as formas de Discriminação Racial:
Discriminação racial:
Art. I: 1. Nesta Convenção, a expressão “discriminação racial” significará qualquer distinção, exclusão restrição ou preferência baseadas em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tem por objetivo ou efeito anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício num mesmo plano, (em igualdade de condição), de direitos humanos e liberdades fundamentais no domínio político econômico, social, cultural ou em qualquer outro domínio de vida pública.
Medidas Afirmativas: é possível adoção de medidas afirmativas. Ex.: Cota racial para vaga em faculdade. 
Artigo I: “Não serão consideradas discriminação racial as medidas especiais tomadas com o único objetivo de assegurar progresso adequado de certos grupos raciais ou étnicos ou de indivíduos que necessitem de proteção que possa ser necessária para proporcionar a tais grupos ou indivíduos igual gozo ou exercício de direitos humanos e liberdades fundamentais, contanto que tais medidas não conduzam, em consequência, à manutenção de direitos separados para diferentes grupos raciais e não prossigam após terem sido alcançados os seus objetivos.”
Segregação Racial: Proibido. Segregação racial é uma política que objetiva separar e/ou isolar no seio de uma sociedade as minorias raciais ou um grupo étnico específico. Na segregação racial os indivíduos ficam restritos a uma região delimitada, ou são criadas barreiras de comunicação social 
Artigo III: Os Estados Partes especialmente condenam a segregação racial e o apartheid e comprometem-se a proibir e a eliminar nos territórios sob sua jurisdição todas as práticas dessa natureza.
Obs.: No Brasil o crime de racismo é crime inafiançável e imprescritível, sujeito a pena de reclusão. 
c) Convenção contra a Tortura e outro tratamento ou penas cruéis, desumanos ou degradantes:
Declaração Universal dos DH:
Art. 5º: ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.
Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos:
Art. 7º: Ninguém poderá ser submetido à tortura, nem a penas ou tratamento cruéis, desumanos ou degradantes. Será proibido sobretudo, submeter uma pessoa, sem seu livre consentimento, a experiências médicas ou cientificas.
Definição de Tortura: 
Art. 1º: “1. Para os fins desta Convenção, o termo "tortura" designa qualquer ato pelo qual uma violenta dor ou sofrimento, físico ou mental, é infligido intencionalmente a uma pessoa, com o fim de se obter dela ou de uma terceira pessoa informações ou confissão; de puní-la por um ato que ela ou uma terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido; de intimidar ou coagir ela ou uma terceira pessoa; ou por qualquer razão baseada em discriminação de qualquer espécie, quando tal dor ou sofrimento é imposto por um funcionário público ou por outra pessoa atuando no exercício de funções públicas, ou ainda por instigação dele ou com o seu consentimento ou aquiescência. Não se considerará como tortura as dores ou sofrimentos que sejam consequência, inerentes ou decorrentes de sanções legítimas.”
CUIDADO!!!! Para a CONVENÇÃO a tortura é praticada por: funcionário público, ou pessoa que está no exercício de função pública, ou concordância dos mesmos. JÁ NA LEI BRASILEIRA é praticada por qualquer pessoa. 
Inderrogável: Em nenhuma situação o Estado-parte pode atuar com tortura. Nem mesmo como cumprimento de ordens.
Convenção contra Tortura:
Artigo 2º: 1. Cada Estado Parte tomará medidas legislativas, administrativas, judiciais ou de outra natureza com o intuito de impedir atos de tortura no território sob a sua jurisdição.
2. Nenhuma circunstância excepcional, como ameaça ou estado de guerra, instabilidade política interna ou qualquer outra emergência pública, poderá ser invocada como justificativa para a tortura.
3. Uma ordem de um funcionário superior ou de uma autoridade pública não poderá ser invocada como justificativa para a tortura.
Extradição: Não poderá devolver cidadão para Estado que sabe-se que pratica tortura. 
Artigo 3º: 1. Nenhum Estado Parte expulsará, devolverá ou extraditará uma pessoa para outro Estado quando houver fundados motivos para se acreditar que, nele, ela poderá ser torturada.
2. Com vistas a se determinar a existência de tais motivos, as autoridades competentes levarão em conta todas as considerações pertinentes, inclusive, quando for o caso, a existência, no Estado em questão, de um quadro de graves, maciças e sistemáticas violações dos direitos humanos.
Não se admite a prova obtida mediante tortura: Salvo em face do próprio torturador.
Artigo 15º: Cada Estado Parte assegurará que nenhuma declaração comprovadamente obtida sob tortura possa ser admitida como prova em qualquer processo, exceto contra uma pessoa acusada de tortura como prova de que tal declaração foi dada

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