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Trabalho Botânica - Passifloraceae

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE 
RONDÔNIA - ​CAMPUS​ COLORADO DO OESTE 
ENGENHARIA AGRONÔMICA 
 
 
Carina Pires Oliveira 
 Daniele Jesus Venturim 
Ítallo Diego de Souza 
Katyany Oliveira Mota 
 
 
 
 
 
 
COLORADO DO OESTE 
2019 
 
INTRODUÇÃO 
A família da Passifloraceae é encontrada em diversos climas, mesmo sendo 
predominante do clima tropical, pode se desenvolver em regiões temperadas e 
regiões áridas, como é o caso do maracujá da Caatinga ​(Passiflora cincinnata), 
desenvolvido pela EMBRAPA (​Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária​) ​este 
cultivar é adaptado para áreas de clima semiárido, de pouca chuva. 
A Passifloraceae é dividida atualmente em duas tribos, a Paropsieae 
apresentando 6 gêneros, distribuídos na Europa, Ásia e África, já em maior 
quantidade a tribo Passifloraceae com um total de 14 gêneros. Na América do Sul 
são enconados 5 gêneros da tribo Passifloraceae, onde só no Brasil possui 2 
gêneros. 
O gênero Passiflora domina completamente esta família, com cerca de 400 
espécies, das quais 150 são indígenas do Brasil. Este compreende trepadeiras 
herbáceas ou lianas, podendo apresentar-se como ervas ou arbustos de hastes 
cilíndricas ou quadrangulares, angulosas, suberificadas, glabras ou pilosas. Das 
espécies brasileiras, acredita-se que mais de 60 produzem frutos que podem ser 
aproveitados direta ou indiretamente como alimentos. 
DESENVOLVIMENTO 
Dentro da família ​Passifloraceae existem espécies variadas, que se 
diferenciam com relação às suas características, algumas delas são do tipo 
trepadeiras, herbáceas e lenhosas, outras são subarbustivas, arbustivas ou árvores, 
sendo importante considerar também que as primeiras possuem gavinhas, que são 
estruturas que permitem elas se prenderem a objetos que sirvam de apoio para o 
crescimento e as outras não possuem pois não necessitam. 
Com relação às folhas dessa família elas são alternadas, podendo ser 
inteiras, compostas ou lobadas. Suas flores são completas e conhecidas como 
pentâmeras, ou seja, possuem 5 pétalas ou múltiplos de 5, são envolvidas por 
brácteas que são responsáveis por proteger a flor em desenvolvimento. Seus frutos 
são do tipo baga, variando no aspecto, cor e tamanho conforme a espécie. 
 
Apesar de possuir flor completa a ​passiflora é uma planta auto-incompatível, 
sendo assim necessita que haja polinização cruzada para que frutifique. Na 
polinização natural ​é mais eficiente quando realizada por mamangavas (​Xylocopa 
spp.​), já que as abelhas são muito pequenas e não conseguem alcançar os estigmas 
e as anteras ao coletarem o néctar. Os grãos de pólen possui uma viscosidade e 
peso que impedem que o vento realize a polinização. 
 Sendo necessário em alguns casos a realização da polinização artificial que 
consiste em passar os dedos nas anteras num movimento rápido, encostando-os 
também nos estigmas, que possuem viscosidade necessária para manter os grãos 
de pólen aderidos. 
O gênero Passiflora possui indivíduos dos mais variados tipos e 
características, como por exemplo, o ​Passiflora morifolia ​que apresenta um tamanho 
inferior e a coloração da casca azul. Outro exemplo seria o ​Passiflora caerulea que 
apresenta uma coloração alaranjada por fora, mas sua polpa é vermelha, esses são 
alguns de muitos exemplos. Porém para a comercialização apenas três tipos são 
usados: Passiflora edulis f. flavicarpa Deg (maracujá amarelo), Passiflora edulis 
Sims (maracujá roxo) e o Passiflora alata Dryand (maracujá doce). 
Atualmente o Brasil é o maior produtor de maracujá e também o maior 
consumidor desse produto, a exportação ainda é em pequena escala, pois o fruto é 
muito consumido no Brasil tanto in natura como principalmente para a produção de 
derivados. Segundo o IBGE em 2014 o Brasil produziu 823 mil toneladas do fruto, 
sendo que o Nordeste foi responsável por 75% dessa produção. Já na produção de 
2017 o Nordeste continuou sendo o maior produtor do país, mas houve uma queda 
na produção total, segundo a EMBRAPA foi produzida 554.598 mil toneladas, e os 
principais estados produtores para esse ano foi a Bahia, Ceará e Santa Catarina. 
O maracujá possui grande importância econômica por ser usado para 
diversas finalidades, como por exemplo, na culinária como ingrediente principal para 
diversas sobremesas, molhos para carnes entre outros, também possui importância 
farmacêutica por suas propriedades sedativas e tranquilizantes, e essas são só 
 
algumas das importâncias econômicas do maracujá, mas a principal é o uso da sua 
polpa para a produção de sucos industrializados. 
Para a produção do maracujá são necessários alguns cuidados, apesar de 
ser uma planta semi lenhosa ​o seu tronco não é suficientemente desenvolvido para 
sustentá-la, e os ramos necessitam de uma superfície onde possam se amparar 
para suportar o peso da massa vegetativa e da produção, e por isso ela precisa da 
espaldeira que irá dar a sustentação necessária guiando-a, também é necessário ​à 
poda da maneira correta para que os brotos sigam o fio da espaldeira criando uma 
espécie de “cortinas”. A irrigação também é de suma importância sendo necessário 
aproximadamente 20 litros de água por planta. 
Essa família possui algumas curiosidades como por exemplo na 
natureza apenas a mamangava poliniza as espécies dessa família, devido a 
características anteriormente citadas. O nome dado a uma das espécies dessa 
família o maracujá, é de origem Tupi, e significa “alimento que já vem na cuia”. 
CONCLUSÃO 
Apesar dessa família possuir cerca de 20 gêneros, suas espécies são bem 
semelhantes especialmente no que diz respeito a flor. A espécie mais popular no 
Brasil é o maracujá (​Passiflora edulis​), ​que é o maior produtor e também maior 
consumidor desse fruto, sendo concentrada maior parte dessa produção no 
nordeste, tendo em vista que essa planta se adapta bem a regiões tropicais. Seu 
consumo é nas mais diversas formas possíveis, in natura ou processado, pelas 
indústrias alimentícias, farmacêuticas, cosmética dentre outras. 
REFERÊNCIAS 
SILVA, M. M. ​Polinização. ​Agência Embrapa de Informação Tecnológica. Disponível 
em:<http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/territorio_mata_sul_pernambucan
a/arvore/CONT000gztrwiyw02wx7ha0aadhmpisscql1.html> Acesso em: 22 de junho 
de 2019.

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