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Níveis de Prevenção em Saúde

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SUS: PROBLEMA 5 – FECHAMENTO 1 12 de abril de 2019 
 
 Camila Cordeiro 
 
Objetivo 1: Explicar os níveis de prevenção de 
Leavell e Clark. 
 
De acordo com Leavell & Clark, podemos divi-
dir os níveis da seguinte forma: 
 Prevenção primária: 1º e 2º níveis de prevenção. 
Função de manter a saúde, prevenindo a 
ocorrência de agravos à saúde/fase patológica. 
 Prevenção secundária: 3º e 4º níveis de 
prevenção. Corresponde ao período patológico, 
com doença progredindo em fase subclínica ou de 
evolução clinicamente aparente. Visa a 
“prevenção da evolução” do processo patológico 
no organismo, na tentativa de curar, fazer 
regredir ou prevenir reincidências, complicações, 
sequelas e óbito. 
 Prevenção terciária: 5º nível de prevenção. Final 
do processo (estacionária). Visa desenvolver a 
capacidade residual do indivíduo, cujo potencial 
funcional foi reduzido após ter sido afetado pela 
doença (ex: poliomielite) ou por sequelas de um 
episódio agudo de uma afecção crônica (ex: após 
um AVC), de modo a contribuir para que o 
indivíduo leve uma vida útil e produtiva. 
 
PREVENÇÃO PRIMÁRIA 
 
 
 
1°NÍVEL 
Promoção em 
Saúde 
 
 Engloba as ações destinadas a manter o bem-
estar, sem visar a nenhuma doença em par-
ticular, isto é, se referem às medidas “inespe-
cíficas”, ditas “gerais” ou “amplas”, “universais”, 
recomendadas a todas as pessoas. 
 
 Exemplos: educação sanitária, alimentação e 
nutrição adequadas, condições apropriadas de 
habitação, emprego e lazer, condições para a 
satisfação das necessidades básicas do 
indivíduo,etc 
 
 
 
 
 
 
2°NÍVEL 
Proteção 
Específica 
 
 Inclui ações para impedir o aparecimento de 
determinada afecção ou de um grupo de 
doenças afins. São medidas específicas, apro-
priadas para lidar com cada dano à saúde, 
podendo ser seletivas (somente para subgrupos 
da população, de acordo com risco de adoecer, 
ex: vacinação antirrábica para veterinários) ou 
individualizadas (aplicadas somente na presença 
de uma condição que coloca o indivíduo em alto 
risco para o desenvolvimento futuro da doença). 
 
 Exemplos: vacinação, exame pré-natal, qui-
mioprofilaxia, fluoretação da água, eliminação 
de exposição a agentes carcinogênicos, proteção 
contra riscos ocupacionais, etc. 
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA 
 
 
 
3°NÍVEL 
Diagnóstico 
precoce 
 
 Trata-se de identificar o processo patológico 
no seu início, antes do aparecimento dos sinto-
mas. Assim pode-se instituir o tratamento ime-
diato, e há mais chances de debelar o proces-
so. 
 
Exemplos: Rastreamento, exame periódico de 
saúde, procura de casos entre contatos, auto-
exame, intervenções médicas ou cirúrgicas 
precoces, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
4°NÍVEL 
Limitação do 
dano 
 
 Consiste em identificar a doença, limitar a 
extensão das respectivas lesões e retardar o 
aparecimento de complicações, se não for pos-
sível evitá-la por completo. Em relação ao nível 
anterior, trata-se apenas de reconhecimento 
mais tardio do agravo à saúde. A afecção já 
ultrapassou o limiar clínico, havendo, portanto, 
sinais e sintomas denunciadores da sua pre-
sença. 
 
 Exemplos: acesso facilitado a serviços de 
saúde, tratamento médico ou cirúrgico ade-
quados, hospitalização em função das neces-
sidades, uso de aspirina em pacientes com IAM 
para prevenir um segundo infarto, uso de 
anticoagulantes na trombose venosa profunda, 
para diminuir o risco de embolia pulmonar. 
 
PREVENÇÃO TERCIÁRIA 
 
 
 
 
 
5°NÍVEL 
Reabilitação 
 
 A ideia central consiste em atenuar a inva-
lidez e promover o ajustamento do paciente a 
condições irremediáveis, o que estende o con-
ceito de prevenção ao campo da reabilitação. É, 
mais do que outro, um trabalho em equipe des-
tinado a prover suporte físico, mental e social, 
que favoreça a reintegração da pessoa na fa-
mília, no trabalho e na sociedade. 
 
 
 Exemplos: Terapia ocupacional, treinamento 
do deficiente, melhores condições de trabalho 
para o deficiente, educação do público para 
aceitação do deficiente, prótese e órteses. 
 
Posteriormente, em 1995, foi realizada a 
Conferência da Organização Mundial de Médicos 
de Família (WONCA), em que Marc Jamoulle 
propôs o conceito de prevenção quaternária. 
 
SUS: PROBLEMA 5 – FECHAMENTO 1 12 de abril de 2019 
 
 Camila Cordeiro 
 
Objetivo 2: Caracterizar a Promoção de 
Saúde. 
A promoção da saúde, como uma das 
estratégias de produção de saúde, ou seja, como 
um modo de pensar e de operar articulado às 
demais políticas e tecnologias desenvolvidas no 
sistema de saúde brasileiro, contribui na 
construção de ações que possibilitam responder 
às necessidades sociais em saúde. No SUS, a 
estratégia de promoção da saúde é retomada 
como uma possibilidade de enfocar os aspectos 
que determinam o processo saúde-adoecimento 
em nosso País – como, por exemplo: violência, 
desemprego, subemprego, falta de saneamento 
básico, habitação inadequada e/ou ausente, 
dificuldade de acesso à educação, fome, 
urbanização desordenada, qualidade do ar e da 
água ameaçada e deteriorada; e potencializam 
formas mais amplas de intervir em saúde. 
Entende-se, portanto, que a promoção da 
saúde é uma estratégia de articulação transversal 
na qual se confere visibilidade aos fatores que 
colocam a saúde da população em risco e às 
diferenças entre necessidades, territórios e 
culturas presentes no nosso País, visando à 
criação de mecanismos que reduzam as situações 
de vulnerabilidade, defendam radicalmente a 
equidade e incorporem a participação e o 
controle sociais na gestão das políticas públicas. 
O Ministério da Saúde, em setembro de 
2005, definiu a Agenda de Compromisso pela 
Saúde que agrega três eixos: O Pacto em Defesa 
do Sistema Único de Saúde (SUS), o Pacto em 
Defesa da Vida e o Pacto de Gestão. Destaca-se 
aqui o Pacto pela Vida que constitui um conjunto 
de compromissos sanitários que deverão se tornar 
prioridades inequívocas dos três entes 
federativos, com definição das responsabilidades 
de cada um. Entre as macroprioridades do Pacto 
em Defesa da Vida, possui especial relevância o 
aprimoramento do acesso e da qualidade dos 
serviços prestados no SUS, com a ênfase no 
fortalecimento e na qualificação estratégica da 
Saúde da Família; a promoção, informação e 
educação em saúde com ênfase na promoção de 
atividade física, na promoção de hábitos 
saudáveis de alimentação e vida, controle do 
tabagismo; controle do uso abusivo de bebida 
alcoólica; e cuidados especiais voltados ao 
processo de envelhecimento. 
 
 
 
 
Informe/Relatório Lalonde (1974): 
Questiona o papel exclusivo da medicina na 
resolução dos problemas de saúde “nova saúde 
pública”. Ao identificar os campos em que a saúde 
poderia ser promovida, lançou o conceito de 
Promoção da Saúde e influenciou a nova 
perspectiva de que mudanças no estilo de vida e 
no ambiente como um todo seriam necessárias 
para melhorar a condição de saúde das pessoas. 
Propôs 5 estratégias para abordar os problemas 
do campo da saúde: promoção da saúde, 
regulação, eficiência da assistência médica, 
pesquisa e fixação de objetivos. 
 
Saúde para Todos no Ano 2000 (1977): 
Sugeriu ampla agenda com mudanças 
socioeconômicas afim de alcançar saúde para 
todos: eliminação do medo de guerra, 
oportunidades iguais para todos, satisfação de 
necessidades básicas (ex: alimento, renda, 
educação, água segura e saneamento), vontade 
política e apoio público. 
 
Declaração de Alma-Ata (1978): 
Fruto da I Conferência Internacional sobre 
Cuidados Primários de Saúde, com grande 
repercussão nos sistemas de saúde do mundo. É 
um marco histórico e expressou a necessidade de 
ação urgente de todos os governos, para proteger 
e promover a saúdede todos os povos do mundo. 
Também modificou prioridades do setor saúde, 
enfatizando a promoção de saúde e prevenção de 
doenças em lugar de serviços clínicos e curativos, 
contribuindo para a melhor qualidade da vida e 
para a paz mundial. 
 
Projeto Cidades Saudáveis (1884): 
Congresso Canadense de Saúde Pública, 
denominado “Para além da assistência à saúde”: 
Ampliação do uso do termo Promoção da Saúde, 
relacionado com autonomia e emancipação. 
 
Carta de Ottawa (1986): 
 Instituída na I Conferência Internacional de 
Promoção as Saúde. Propõe o fim do modelo 
biomédico e transformações profundas na 
organização e financiamento dos sistemas de 
saúde, assim como nas práticas e na formação dos 
Histórico 
SUS: PROBLEMA 5 – FECHAMENTO 1 12 de abril de 2019 
 
 Camila Cordeiro 
 
profissionais. Propôs também cinco campos 
centrais de ação: 
 Criando ambientes que apoiam escolhas 
saudáveis; 
 Construindo políticas públicas em saúde; 
 Fortalecendo ação comunitária; 
 Desenvolvendo habilidades pessoais; 
 Reorientando serviços de saúde. 
 
II Conferência de Promoção de Saúde: 
É a Declaração de Adelaide. Identificou 
quatro áreas prioritárias para promover ações 
imediatas em políticas públicas saudáveis: 
 apoio à saúde da mulher; 
 alimentação e nutrição; 
 tabaco e álcool; 
 criação de ambientes favoráveis. 
 
III Conferência Internacional de Promoção da 
Saúde (Sundsval, 1991); 
 
IV Conferência Internacional de Promoção da 
Saúde (Jacarta, 1997); 
 
V Conferência Internacional de Promoção da 
Saúde (México, 2000); 
 
VI Conferência Global de Promoção da Saúde 
(Bancoc, 2005). 
 
Se analisarmos o histórico do conceito de 
Promoção da saúde e, principalmente, as cartas e 
declarações resultantes das conferências 
internacionais sobre o tema, notaremos a 
tendência à adoção de uma visão holística da 
saúde e ao entendimento da determinação social 
do processo saúde-doença e à compreensão da 
equidade social como objetivos a serem atingidos. 
Assim, a intersetorialidade, a participação social 
para o fortalecimento da ação comunitária e a 
sustentabilidade são considerados como 
princípios ao se definirem estratégias de ação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS MODERNOS DA PROMOÇÃO EM SAÚDE 
 
 
Concepção 
holística e 
multicausalidade 
do processo 
saúde-doença 
 
As ações devem ser dirigidas às causas 
primárias dos problemas e não somente 
as suas manifestações concretas. Ex: 
fomento à saúde física/mental/ social/ 
espiritual, enfatizando a determinação 
social, econômica e ambiental, uma vez 
que os níveis de saúde da população 
estão diretamente relacionados à 
qualidade e à quantidade de recursos 
disponibilizados a cada membro da 
sociedade, para a sua subsistência. 
 
 
 
 
 
 Equidade 
 
 
 
Acesso universal à saúde, com justiça 
social. Para isso, é necessário: a) a análise 
dos territórios onde as pessoas habitam; b) 
a detecção de grupos em situação de 
exclusão; c) a implementação de políticas 
públicas que façam uma discriminação 
positiva desses grupos. Isso implica na 
criação de oportunidades para que todos 
tenham saúde, e que as necessidades são 
diferenciadas, uma vez que sofrem inter-
ferência dos determinantes de saúde na 
população (renda, habitação, educação 
etc.). 
 
 
 
 
 
Intersetorialidade 
 
 
 
Articula saberes e experiências no 
planejamento, execução e avaliação de 
ações para alcançar efeito sinérgico em 
situações complexas. O desafio colocado 
para a concretização da intersetorialidade 
é o modelo tradicional de fragmentação e 
desarticulação das ações. É necessária uma 
mudança radical das práticas e da cultura 
organizacional das administrações, 
pressupondo a superação da fragmentação 
na gestão das políticas públicas. 
 
 
 
Participação 
Social 
 
 
 
 
Diz respeito ao envolvimento dos cidadãos 
no planejamento, execução e avaliação dos 
projetos. Para que essa participação seja 
qualificada, torna-se necessário o 
empoderamento coletivo, para 
que a população se torne capaz de exercer 
controle sobre os determinantes da saúde. 
 
 
Sustentabilidade 
 
 
A promoção da saúde demanda processos 
de transformação coletivos, com impactos 
a médio e longo prazos. Almeja-se 
iniciativas de acordo com os princípios do 
desenvolvimento sustentável. 
 
 
Princípios 
SUS: PROBLEMA 5 – FECHAMENTO 1 12 de abril de 2019 
 
 Camila Cordeiro 
 
 
 
 
Entre seus objetivos gerais e específicos, a 
Promoção de Saúde visa: 
1. Promover a qualidade de vida e reduzir 
vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos 
seus determinantes e condicionantes – modos de 
viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, 
educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços 
essenciais. 
2. Incorporar e implementar ações de 
promoção da saúde, com ênfase na atenção 
básica; 
3. Ampliar a autonomia e a co-respon-
sabilidade de sujeitos e coletividades, inclusive o 
poder público, no cuidado integral à saúde e 
minimizar e/ou extinguir as desigualdades de toda 
e qualquer ordem (étnica, racial, social, regional, 
de gênero, de orientação/opção sexual, entre 
outras); 
4. Promover o entendimento da concepção 
ampliada de saúde, entre os trabalhadores de 
saúde, tanto das atividades-meio, como os da 
atividades-fim; 
5. Contribuir para o aumento da resolu-
bilidade do Sistema, garantindo qualidade, 
eficácia, eficiência e segurança das ações de 
promoção da saúde; 
6. Estimular alternativas inovadoras e social-
mente inclusivas/ contributivas no âmbito das 
ações de promoção da saúde; 
7. Valorizar e otimizar o uso dos espaços 
públicos de convivência e de produção de saúde 
para o desenvolvimento das ações de promoção 
da saúde; 
8. Favorecer a preservação do meio ambien-
te e a promoção de ambientes mais seguros e 
saudáveis; 
9. Contribuir para elaboração e imple-
mentação de políticas públicas integradas que 
visem à melhoria da qualidade de vida no 
planejamento de espaços urbanos e rurais; 
10. Ampliar os processos de integra-
ção baseados na cooperação, solidariedade e 
gestão democrática; 
11. Prevenir fatores determinantes 
e/ou condicionantes de doenças e agravos à 
saúde; 
12. Estimular a adoção de modos de 
viver não-violentos e o desenvolvimento de uma 
cultura de paz no País; 
13. Valorizar e ampliar a cooperação 
do setor Saúde com outras áreas de governos, 
setores e atores sociais para a gestão de políticas 
públicas e a criação e/ou o fortalecimento de 
iniciativas que signifiquem redução das situações 
de desigualdade. 
 
 
 
 
Tanto as ações individuais quanto as coletivas 
devem buscar a integralidade, entendida em suas 
três dimensões: 
1. Vertical, que busca atender a todas as 
necessidades de saúde do indivíduo (desde a 
promoção da saúde até a reabilitação), entendido 
em toda a sua complexidade biopsicosocial e 
espiritual; 
2. Horizontal, que busca a integração de 
ações e serviços de atenção à saúde ao longo do 
tempo, para garantir a condição de saúde das 
pessoas; 
3. Intersetorial, que reconhece os setores 
extra-saúde (educação, segurança etc.) como 
fundamentais para a promoção da saúde 
(NARVAI, 2008), como veremos com mais 
detalhes na seção específica sobre a promoção da 
saúde. 
 
Divulgação e implementação da Política 
Nacional de Promoção da Saúde: 
 I – Promover seminários internos no 
Ministério da Saúde destinados à divulgação da 
PNPS, com adoção de seu caráter transversal; 
 II – Convocar uma mobilização nacional de 
sensibilização para o desenvolvimento das ações 
de promoção da saúde, com estímulo à adesão de 
estados e municípios; 
III – Discutir nos espaços de formação e 
educação permanente deprofissionais de saúde a 
proposta da PNPS e estimular a inclusão do tema 
nas grades curriculares; e 
IV – Avaliar o processo de implantação da 
PNPS em fóruns de composição tripartite. 
 
Alimentação saudável: 
I – Promover ações relativas à alimentação 
saudável visando à promoção da saúde e à 
Ações 
Objetivos 
SUS: PROBLEMA 5 – FECHAMENTO 1 12 de abril de 2019 
 
 Camila Cordeiro 
 
segurança alimentar e nutricional, contribuindo 
com as ações e metas de redução da pobreza, a 
inclusão social e o cumprimento do direito 
humano à alimentação adequada; 
II – Promover articulação intra e intersetorial 
por meio do reforço à implementação das 
diretrizes da Política Nacional de Alimentação e 
Nutrição e da Estratégia Global: 
a) com a formulação, implementação de 
políticas públicas que garantam o acesso à 
alimentação saudável, considerando as 
especificidades culturais, regionais e locais; 
b) mobilização de instituições públicas, 
privadas e de setores da sociedade civil 
organizada visando ratificar a 
implementação de ações de combate à 
fome e de aumento do acesso ao alimento 
saudável pelas comunidades e pelos grupos 
populacionais mais pobres; 
c) Facilitação do crédito e do 
financiamento da agricultura familiar, para 
incorporar ações de fomento à produção de 
frutas, legumes e verduras visando ao 
aumento da oferta e ao consequente 
aumento do consumo destes alimentos no 
país, de forma segura e sustentável, 
associado às ações de geração de renda; 
d) firmar agenda/pacto/compromisso 
social com diferentes setores (Poder 
Legislativo, setor produtivo, órgãos 
governamentais e não-governamentais, 
organismos internacionais, setor de 
comunicação e outros), definindo os 
compromissos e as responsabilidades 
sociais de cada setor, com o objetivo de 
favorecer/garantir hábitos alimentares mais 
saudáveis na população, possibilitando a 
redução e o controle das taxas das doenças 
crônicas não transmissíveis no Brasil; 
e) articulação e mobilização dos setores 
público e privado para a adoção de 
ambientes que favoreçam a alimentação 
saudável, o que inclui: espaços propícios à 
amamentação pelas nutrizes trabalhadoras, 
oferta de refeições saudáveis nos locais de 
trabalho, nas escolas e para as populações 
institucionalizadas; 
f) articulação e mobilização intersetorial 
para a proposição e elaboração de medidas 
regulatórias que visem promover a 
alimentação saudável e reduzir o risco do 
doenças crônicas não transmissíveis, com 
especial ênfase para a regulamentação da 
propaganda e publicidade de alimentos. 
III – Disseminar a cultura da alimentação 
saudável em consonância com os atributos e 
princípios do Guia Alimentar da População 
Brasileira: 
a) divulgação ampla do Guia; 
b) produção e distribuição de material 
educativo (Guia Alimentar da População 
Brasileira, 10 Passos para uma Alimentação 
Saudável para Diabéticos e Hipertensos, 
Cadernos de Atenção Básica sobre 
Prevenção e Tratamento da Obesidade e 
Orientações para a Alimentação Saudável 
dos Idosos); 
c) desenvolvimento de campanhas na 
grande mídia para orientar e sensibilizar a 
população sobre os benefícios de uma 
alimentação saudável; 
d) estimular ações que promovam 
escolhas alimentares saudáveis por parte 
dos beneficiários dos programas de 
transferência de renda; 
e) estimular ações de empoderamento 
do consumidor para o entendimento e uso 
prático da rotulagem geral e nutricional dos 
alimentos; 
f) distribuição de material educativo e 
desenvolvimento de campanhas na grande 
mídia para orientar a população sobre os 
benefícios da amamentação; 
g) incentivo para a implantação de 
bancos de leite humano nos serviços de 
saúde; 
h) educação permanente dos trabalha-
dores de saúde no sentido de orientar as 
gestantes HIV positivo quanto às especifi-
cidades da amamentação (utilização de 
banco de leite humano e de fórmula 
infantil). 
IV – Desenvolver ações para a promoção da 
alimentação saudável no ambiente escolar: 
a) fortalecimento das parcerias com a 
SGTES, Anvisa/MS, MEC e FNDE/MEC para 
promover a alimentação saudável nas 
escolas; 
b) divulgação de iniciativas que 
favoreçam o acesso à alimentação saudável 
nas escolas públicas e privadas; 
SUS: PROBLEMA 5 – FECHAMENTO 1 12 de abril de 2019 
 
 Camila Cordeiro 
 
c) implementação de ações de 
promoção da alimentação saudável no 
ambiente escolar; 
d) produção e distribuição do material 
sobre alimentação saudável para inserção 
de forma transversal no conteúdo 
programático das escolas em parceria com 
as secretarias estaduais e municipais de 
saúde e educação; 
e) lançamento do guia “10 Passos da 
Alimentação Saudável na Escola”; 
f) sensibilização e mobilização dos 
gestores públicos de saúde/educação, e as 
respectivas instâncias de controle social 
para a implementação das ações de 
promoção da alimentação saudável no 
ambiente escolar, com a adoção dos dez 
passos; 
g) produção e distribuição de vídeos e 
materiais instrucionais sobre a promoção 
da alimentação saudável nas escolas. 
V – Implementar as ações de vigilância 
alimentar e nutricional para a prevenção e 
controle dos agravos e doenças decorrentes da 
má alimentação: 
a) implementação do Sisvan como 
sistema nacional obrigatório vinculado às 
transferências de recursos do PAB; 
b) envio de informações referentes ao 
Sisvan para o Relatório de Análise de 
Doenças Não Transmissíveis e Violências; 
c) realização de inquéritos populacionais 
para o monitoramento do consumo 
alimentar e do estado nutricional da 
população brasileira, a cada cinco anos, de 
acordo com a Política Nacional de 
Alimentação e Nutrição; 
d) prevenção das carências nutricionais 
por deficiência de micronutrientes 
(suplementação universal de ferro 
medicamentoso para gestantes e crianças e 
administração de megadoses de vitamina A 
para puerperais e crianças em áreas 
endêmicas); 
e) realização de inquéritos de fatores de 
risco para as DCNT da população em geral a 
cada cinco anos e para escolares a cada dois 
anos, conforme previsto na Agenda 
Nacional de Vigilância de Doenças e 
Agravos Não Transmissíveis, do Ministério 
da Saúde; 
f) monitoramento do teor de sódio dos 
produtos processados, em parceria com a 
Anvisa e os órgãos da vigilância sanitária em 
estados e municípios; 
g) fortalecimento dos mecanismos de 
regulamentação, controle e redução do uso 
de substâncias agrotóxicas e de outros 
modos de contaminação dos alimentos. 
VI – Reorientação dos serviços de saúde com 
ênfase na atenção básica: 
a) mobilização e capacitação dos 
profissionais de saúde da atenção básica 
para a promoção da alimentação saudável 
nas visitas domiciliares, atividades de grupo 
e nos atendimentos individuais; 
b) incorporação do componente alimen-
tar no Sistema de Vigilância Alimentar e 
Nutricional de forma a permitir o 
diagnóstico e o desenvolvimento de ações 
para a promoção da alimentação saudável; 
c) reforço da implantação do Sisvan 
como instrumento de avaliação e de 
subsídio para o planejamento de ações que 
promovam a segurança alimentar e 
nutricional em nível local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prática corporal/atividade física: 
 I – Ações na rede básica de saúde e na 
comunidade: 
a) mapear e apoiar as ações de práticas 
corporais/atividade física existentes nos 
serviços de atenção básica e na Estratégia 
de Saúde da Família, e inserir naqueles em 
que não há ações; 
b) ofertar práticas corporais/atividade 
física como caminhadas, prescrição de 
exercícios, práticas lúdicas, esportivas e de 
lazer, na rede básica de saúde, voltadas 
tanto para a comunidade como um todo 
quanto para grupos vulneráveis; 
c) capacitar os trabalhadores de saúde 
em conteúdosde promoção à saúde e 
Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – 
SISVAN: É um sistema de informação que visa 
descrever e predizer de maneira contínua, 
tendências das condições de nutrição e 
alimentação de uma população, e seus fatores 
determinantes, com fins ao planejamento e 
avaliação dos efeitos de políticas, programas e 
intervenções. 
SUS: PROBLEMA 5 – FECHAMENTO 1 12 de abril de 2019 
 
 Camila Cordeiro 
 
práticas corporais/atividade física na lógica 
da educação permanente, incluindo a Ava-
liação como parte do processo; 
d) estimular a inclusão de pessoas com 
deficiências em projetos de práticas corpo-
raisatividades físicas; 
e) pactuar com os gestores do SUS e 
outros setores nos três níveis de gestão a 
importância de ações voltadas para melho-
rias ambientais com o objetivo de aumentar 
os níveis populacionais de atividade física; 
f) constituir mecanismos de sustenta-
bilidade e continuidade das ações do “Prati-
que Saúde no SUS” (área física ade-quada e 
equipamentos, equipe capacitada, articu-
lação com a rede de atenção); 
g) incentivar articulações intersetoriais 
para a melhoria das condições dos espaços 
públicos para a realização de práticas 
corporais/atividades físicas (urbanização 
dos espaços públicos; criação de ciclovias e 
pistas de caminhadas; segurança, outros). 
II – Ações de aconselhamento/divulgação: 
a) organizar os serviços de saúde de 
forma a desenvolver ações de aconse-
lhamento junto à população, sobre os 
benefícios de estilos de vida saudáveis; e 
b) desenvolver campanhas de divul-
gação, estimulando modos de viver saudá-
veis e objetivando reduzir fatores de risco 
para doenças não transmissíveis. 
III – Ações de intersetorialidade e mobili-
zação de parceiros: 
a) pactuar com os gestores do SUS e 
outros setores nos três níveis de gestão a 
importância de desenvolver ações voltadas 
para estilos de vida saudáveis, mobilizando 
recursos existentes; 
b) estimular a formação de redes horizo-
ntais de troca de experiências entre muni-
cípios; 
c) estimular a inserção e o fortaleci-
mento de ações já existentes no campo das 
práticas corporais em saúde na comuni-
dade; 
d) resgatar as práticas corporais/ 
atividades físicas de forma regular nas esco-
las, universidades e demais espaços públi-
cos; 
e) articular parcerias estimulando práti-
cas corporais e atividade física no ambiente 
de trabalho. 
IV – Ações de monitoramento e avaliação: 
a) desenvolver estudos e formular meto-
dologias capazes de produzir evidências e 
comprovar a efetividade de estratégias de 
práticas corporais/atividades físicas no 
controle e na prevenção das doenças 
crônicas não transmissíveis; 
b) estimular a articulação com institui-
ções de ensino e pesquisa para monito-
ramento e avaliação das ações no campo 
das práticas corporais/atividade física; 
c) consolidar a Pesquisa de Saúde dos 
Escolares (SVS/MS) como forma de monito-
ramento de práticas corporais/ atividade 
física de adolescentes. 
 
Prevenção e controle do tabagismo: 
 I – Sistematizar ações educativas e mobilizar 
ações legislativas e econômicas, de forma a criar 
um contexto que: 
a) reduza a aceitação social do taba-
gismo; 
b) reduza os estímulos para que os 
jovens comecem a fumar e os que dificul-
tam os fumantes a deixarem de fumar; 
c) proteja a população dos riscos da 
exposição à poluição tabagística ambiental; 
d) reduza o acesso aos derivados do 
tabaco; 
e) aumente o acesso dos fumantes ao 
apoio para cessação de fumar; 
f) controle e monitore todos os aspectos 
relacionados aos produtos de tabaco 
comercializados, desde seus conteúdos e 
emissões até as estratégias de 
comercialização e de divulgação de suas 
características para o consumidor. 
II – Realizar ações educativas de sensibi-
lização da população para a promoção de 
“comunidades livres de tabaco”, divulgando ações 
relacionadas ao tabagismo e seus diferentes 
aspectos: 
a) Dia a Mundial sem Tabaco (31 de 
maio); 
b) Dia Nacional de Combate ao Fumo (29 
de agosto); 
III – Fazer articulações com a mídia para 
divulgação de ações e de fatos que contribuam 
SUS: PROBLEMA 5 – FECHAMENTO 1 12 de abril de 2019 
 
 Camila Cordeiro 
 
para o controle do tabagismo em todo o território 
nacional; 
IV – Mobilizar e incentivar as ações contínuas 
por meio de canais comunitários (unidades de 
saúde, escolas e ambientes de trabalho) capazes 
de manter um fluxo contínuo de informações 
sobre o tabagismo, seus riscos para quem fuma e 
os riscos da poluição tabagística ambiental para 
todos que convivem com ela; 
V – Investir na promoção de ambientes de 
trabalho livres de tabaco: 
a) realizando ações educativas, norma-
tivas e organizacionais que visem estimular 
mudanças na cultura organizacional que 
levem à redução do tabagismo entre 
trabalhadores; 
b) atuando junto a profissionais da área 
de saúde ocupacional e outros atores-chave 
das organizações/instituições para a disse-
minação contínua de informações sobre os 
riscos do tabagismo e do tabagismo 
passivo, a implementação de normas para 
restringir o fumo nas dependências dos 
ambientes de trabalho, a sinalização 
relativa às restrições ao consumo nas 
mesmas e a capacitação de profissionais de 
saúde ocupacional para apoiar a cessação 
de fumar de funcionários. 
VI – Articular com o MEC/secretarias 
estaduais e municipais de educação o estímulo à 
iniciativa de promoção da saúde no ambiente 
escolar; 
 VII – Aumentar o acesso do fumante aos 
métodos eficazes para cessação de fumar, e assim 
atender a uma crescente demanda de fumantes 
que buscam algum tipo de apoio para esse fim. 
 
Redução da morbimortalidade em decor-
rência do uso abusivo de álcool e outras 
drogas: 
I – Investimento em ações educativas e sensi-
bilizadoras para crianças e adolescentes quanto 
ao uso abusivo de álcool e suas consequências; 
II – Produzir e distribuir material educativo 
para orientar e sensibilizar a população sobre os 
malefícios do uso abusivo do álcool. 
III – Promover campanhas municipais em 
interação com as agências de trânsito no alerta 
quanto às consequências da “direção 
alcoolizada”; 
IV – Desenvolvimento de iniciativas de redu-
ção de danos pelo consumo de álcool e outras 
drogas que envolvam a coresponsabilização e 
autonomia da população; 
V – Investimento no aumento de infor-
mações veiculadas pela mídia quanto aos riscos e 
danos envolvidos na associação entre o uso 
abusivo de álcool e outras drogas e aciden-
tes/violências; 
VI – Apoio à restrição de acesso a bebidas 
alcoólicas de acordo com o perfil epidemiológico 
de dado território, protegendo segmentos vulne-
ráveis e priorizando situações de violência e danos 
sociais. 
 
Redução da morbimortalidade por acidentes 
de trânsito: 
I – Promoção de discussões intersetoriais que 
incorporem ações educativas à grade curricular de 
todos os níveis de formação; 
II – Articulação de agendas e instrumentos de 
planejamento, programação e avaliação, dos 
setores diretamente relacionados ao problema; 
III – Apoio às campanhas de divulgação em 
massa dos dados referentes às mortes e sequelas 
provocadas por acidentes de trânsito. 
 
Prevenção da violência e estímulo à cultura 
de paz: 
I – Ampliação e fortalecimento da Rede 
Nacional de Prevenção da Violência e Promoção 
da Saúde; 
II – Investimento na sensibilização e 
capacitação dos gestores e profissionais de saúde 
na identificação e encaminhamento adequado de 
situações de violência intrafamiliar e sexual; 
III – Estímulo à articulação intersetorial que 
envolva a redução e o controle de situações de 
abuso, exploração e turismo sexual; 
IV – Implementação da ficha de notificação 
de violênciainterpessoal; 
V – Incentivo ao desenvolvimento de Planos 
Estaduais e Municipais de Prevenção da Violência; 
VI – Monitoramento e avaliação do 
desenvolvimento dos Planos Estaduais e 
Municipais de Prevenção da Violência mediante a 
realização de coleta, sistematização, análise e 
disseminação de informações; 
VII – Implantação de Serviços Sentinela, que 
serão responsáveis pela notificação dos casos de 
violências. 
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Promoção do desenvolvimento sustentável: 
I – Apoio aos diversos centros colaboradores 
existentes no País que desenvolvem iniciativas 
promotoras do desenvolvimento sustentável; 
II – Apoio à elaboração de planos de ação 
estaduais e locais, incorporados aos Planos 
Diretores das Cidades; 
III – Fortalecimento de instâncias decisórias 
intersetoriais com o objetivo de formular políticas 
públicas integradas voltadas ao desenvolvimento 
sustentável; 
IV – Apoio ao envolvimento da esfera não-
governamental (empresas, escolas, igrejas e 
associações várias) no desenvolvimento de 
políticas públicas de promoção da saúde, em 
especial no que se refere ao movimento por 
ambientes saudáveis; 
V – Reorientação das práticas de saúde de 
modo a permitir a interação saúde, meio 
ambiente e desenvolvimento sustentável; 
VI – Estímulo à produção de conhecimento e 
desenvolvimento de capacidades em 
desenvolvimento sustentável; 
VII – Promoção do uso de metodologias de 
reconhecimento do território, em todas as suas 
dimensões – demográfica, epidemiológica, 
administrativa, política, tecnológica, social e 
cultural, como instrumento de organização dos 
serviços de saúde. 
 
Diferenças principais entre promoção da saúde 
e prevenção de doenças 
Categoria Promoção da 
saúde 
Prevenção de 
doenças 
Conceito de 
saúde 
Positivo, 
multidimencional 
Ausência de doença 
Modelo de 
intervenção 
Participativo, 
intersetorial 
Profissional da saúde 
Alvo Polulação e 
ambiente 
Grupo de alto risco 
 
 
Objetivo 3: Discutir a importância da 
Prevenção Quaternária 
 
As ações em saúde, tanto preventivas quanto 
curativas, têm sido consideradas, em algumas 
situações, excessivas e agressivas, tornando-se 
também um fator de risco para a enfermidade e a 
doença. Por essa razão, em 1995, Jamoulle e 
Roland propuseram o conceito de Prevenção 
Quaternária (Prevenção da Iatrogenia), aceito 
pelo Comitê Internacional da Organização 
Mundial dos Médicos de Família (WONCA) em 
1999. Esse novo nível de prevenção pressupõe 
ações clínicas centradas na pessoa, e pautadas na 
epidemiologia clínica e na saúde baseada em 
evidências, visando melhorar a qualidade da 
prática em saúde, bem como a racionalidade 
econômica. Portanto, as ações devem ser cultural 
e cientificamente aceitáveis, necessárias e justifi-
cadas, prezando pelo máximo de qualidade da 
atenção com o mínimo de quantidade e inter-
venção possível. 
Outro objetivo da prevenção quaternária é 
construir a autonomia dos usuários e pacientes 
por meio de informações necessárias e suficientes 
para poderem tomar suas próprias decisões, sem 
falsas expectativas, conhecendo as vantagens e os 
inconvenientes dos métodos diagnósticos, 
preventivos ou terapêuticos propostos. Em suma, 
consiste na construção da autonomia dos sujeitos 
e na detecção de indivíduos em risco de 
sobretratamento ou excesso de prevenção, para 
protegê-los de intervenções profissionais inapro-
priadas e sugerir-lhes alternativas eticamente 
aceitáveis. 
Se comparada com os outros tipos de 
prevenção, ela ocupa uma posição diferenciada. 
Um espaço onde a doença no paradigma anato-
moclínico não existe, mas a pessoa apresenta 
sintomas e sente-se doente. O diagrama abaixo 
adaptado de Marc Jamoulle nos ajuda a com-
preender esse conceito: 
 
 
SUS: PROBLEMA 5 – FECHAMENTO 1 12 de abril de 2019 
 
 Camila Cordeiro 
 
Referências 
 
1. Reorganização dos sistemas de saúde, 
Marcelo Marcos Piva Demarzo. Disponível 
em www.unasus.unifesp.br; 
 
2. Política Nacional de Promoção da Saúde / 
Ministério da Saúde, Secretaria de 
Vigilância em Saúde, Secretaria de 
Atenção à Saúde. – 3. ed. – Brasília : 
Ministério da Saúde, 2010.

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