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TEXTO: As medidas de enfrentamento à exploração do trabalho infantil no Brasil: As forças de luta.
AUTORA: Soraya Franzoni Conde
A discursão de Conde perpassa pelas politicas públicas, legislação, politicas de transferência de renda e escolarização, todos no âmbito do enfrentamento da exploração do trabalho infantil.
A autora ressalta que a discursão acerca do trabalho infantil é profunda e recorrente, engloba inúmeras questões, tais como: exploração humana, emergência do modo capitalista de produção, desajustes sociais, dentre outros.
As medidas elencadas no texto estão contidas na escola, nas politicas e na legislação, tendo a tarefa de erradicar o trabalho infantil sem transformar as bases da sociedade capitalista. Destaca ainda, que a legislação brasileira é considerada uma das mais avançadas no mundo, no âmbito do trabalho infantil, pois, esta regulamentada na Constituição Federal, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 
A primeira legislação brasileira da República Velha já estava inserida a questão do trabalho infantil. A autora traz que de acordo com Aguiar (2004) e Pilotti e Rizzini (1995), os primeiros indícios de resoluções legais aparecem em 1891, quando foi aprovado o Decreto n. 1. 313, que determina a fiscalização de todos os estabelecimentos industriais da Capital Federal e define a idade mínima de 12 anos para o inicio do trabalho nas indústrias. Ainda, deixando acordado que a criança poderia trabalhar no regime de aprendiz, desde que não oferecesse riscos à vida. No entanto, a questão ainda não se soluciona por completo, com o decorrer dos anos os problemas persistem em aparecer. 
 Em 1919, foi criada a Organização Internacional do Trabalho (OIT), no Brasil sanciona convenções para regulamentação do trabalho infantil, entre as quais se destacam a convenção 05/1919, que estabelece a idade mínima de 14 anos para o trabalho na indústria – e a convenção 06/1919, proibindo o trabalho noturno de menores na indústria.
Em decorrência das pressões politicas internacionais e da ineficácia das regulamentações implantadas, em 1927 foi promulgado o Código de Menores que limitou em 6 horas de trabalho diário com 1 hora para descanso, ainda, proibiu atividades insalubres para menores de 18 anos.
No entanto, em 1943 foi criada a primeira Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), redefinindo a idade mínima para 14 anos; e, no ano de 1988, a Constituição Federal manteve essa idade.
Em 1990 foi consolidado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), estabelecendo que o trabalho infantil nos tramite de aprendiz seja entre 14 e 16 anos. No entanto, no ano de 1998, a ementa constitucional n. 20 altera a idade mínima para 16 anos e permite o trabalho aprendiz entre 14 e 16 anos. Em seguida, são ratificadas as convenções da OIT, n. 138 e n. 182.
No entanto, a autora destaca que o problema do trabalho infantil não se dissipa, uma vez que com a permissão legal para a contratação da mão-de-obra aprendiz, e os incentivos fiscais que as empresas recebem ao contrata-los (ex: descontos em impostos), tornam algo vantajoso, visto que empregando aprendizes as empresas gastam menos e recebem mais descontos, uma prática típica de um país capitalista, onde se visa apenas o lucro que a ação proporciona. 
Para tentar solucionar o problema, desde 1996 o Brasil desenvolve programas de transferência de renda, entre os quais destaca:
- O Programa de Erradicação do Trabalho (PETI): criado como parte das politicas públicas desenvolvidas no âmbito dos países pertencentes a OIT para atender crianças de 5 a 15 anos no contra turno escolar, ofertando uma bolsa-auxilio. As bolsas são destinadas a famílias com renda per capita de cerca de 120 reais, e, em situação de trabalho infantil.
Analisando a eficácia do programa, a autora constatou que os usuários não deixaram de trabalhar, mas diminuiu em duas ou três horas a jornada semanal. Desta forma, foi constatado que as crianças que só trabalhavam passam também a frequentar a escola. No entanto, o programa não atinge o objetivo de solucionar o problema do trabalho infantil, pois eles acabam buscando atividades informais como forma de complemento de renda.
De acordo com estudos levantados pela autora, as politicas de transferência de renda, a legislação e a obrigatoriedade de escolarização não são suficientes para erradicar a questão do trabalho infantil. Desta forma, é relevante e recorrente o discursão entre os assistentes sociais, sociólogos, psicólogos, educadores e promotores de justiça; mantendo um diálogo aberto, com o intuito de traçar estratégias de enfrentamento. 
Conde destaca como estratégia a implantação da escola em período integral, visto que manteria a criança no ambiente escolar durante todo o dia, evitando o crescimento do trabalho infantil. Ainda, destaca que a implantação da escola em tempo integral atenderia as demandas das famílias, que deixariam seus filhos em um ambiente seguro, e, também combateria problemas educacionais (evasão e repetência).
Visto que de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostras Domiciliares (PNAD, 2006), mostram que 5,1 milhões de crianças e adolescentes (entre 5 e 18 anos) ainda trabalham no Brasil, o que representa 11,5% da população da faixa etária correspondente. 
Ainda, o IBGE (2006) mostra que entre as crianças e adolescentes na faixa etária entre 5 e 13 anos atinge a taxa de 57% . Nesta mesma faixa etária, as atividades para o próprio consumo atingem 21%, enquanto 15,1% ocupam trabalhos domésticos e 6,8% trabalham por conta própria. Já na faixa etária entre 14 e 15 anos, predominam os trabalhadores não remunerados atingindo 41,5%, enquanto empregados e trabalhadores domésticos chegam a 41,3%, seguindo de trabalhadores para o próprio consumo, 10%, e trabalhadores por conta própria, 7%.
Ainda, a autora destaca que a frequência escolar ou a creche se faz de acordo com o crescimento do rendimento mensal domiciliar per capita. Visto que dados mostram que para crianças e adolescentes de 0 a 17 anos de idade, com rendimento domiciliar per capita menos de ¼ do salario mínimo, a taxa de frequência a escola ou a creche é de 69%, para aqueles com rendimento per capita de 2 salários mínimos ou mais, a taxa de frequência atinge 86%.
Através dos dados apresentados, a autora conclui que a frequência escolar não é o suficiente para erradicar o trabalho infantil e nem a oferta de bolsa-auxilio seria a solução. Visto que as políticas públicas não estão acima da esfera produtiva do país, pois, o Brasil é inerente ao capital. Neste sentido, as politicas do estado garantem e protegem a mais-valia. Neste sentido, as politicas do estado garantem e protegem a mais-valia, Neste sentido, as politicas do estado garantem e protegem a mais-valia, Neste sentido, as politicas do estado garantem e protegem a mais-valia, Neste sentido, as politicas do estado garantem e protegem a mais-valia, Neste sentido, as politicas do estado garantem e protegem a mais-valia, Neste sentido, as politicas do estado garantem e protegem a mais-valia, Neste sentido, as politicas do estado garantem e protegem a mais-valia, Neste sentido, as politicas do estado garantem e protegem a mais-valia, Neste sentido, as politicas do estado garantem e protegem a mais-valia, Neste sentido, as politicas do estado garantem e protegem a mais-valia, Neste sentido, as politicas do estado garantem e protegem a mais-valia, Neste sentido, as politicas do estado garantem e protegem a mais-valia, Neste sentido, as politicas do estado garantem e protegem a mais-valia, Embora sejam importantes, as políticas públicas precisam atuar criando estratégias de enfrentamento do trabalho infantil.

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