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MEC / UFRGS / IPH / DHH 22/03/04 IPH01-107 - MECÂNICA DOS FLUÍDOS LISTA DE EXERCÍCIOS IX - EQUAÇÕES DE NAVIER-STOKES Profa Nara M. Luzzi Rosauro Soluções simplificadas das equações de Navier-Stokes 1) Um fluído viscoso e incompressível escoa entre duas placas planas verticais conforme mostra a figura 1. Assuma que o escoamento é laminar, permanente e uniforme. a) determine, usando as equações de Navier-Stokes, uma expressão para o gradiente de pressões na direção do escoamento. Expresse dp/dy como uma função da vazão por unidade de largura (q). b) diga qual seria a vazão se dp/dy = 0 ? Resp: a) dp/dy = -[γ +(3 q µ / 2 h3 )]; b) q = - 2h3 γ / (3 µ) 2) Na instalação da figura 2, a esteira móvel tem uma velocidade periférica U. Sendo o peso a única força de campo que atua no escoamento, determine a vazão (q) em função: da espessura de fluído entre a esteira móvel e o plano inclinado (e), da diferença de altura entre a entrada e a saída (h) e do comprimento total (L). Resp: 3e L h 12 e 2 Uq µ γ − = 3) Uma esteira larga movendo-se com velocidade vertical, passa através de um recipiente que contém um líquido viscoso (figura 3). Devido às forças viscosas a esteira "pega" uma lâmina de fluído de espessura h. A gravidade tende a drenar o fluído para baixo. Use as equações de Navier-Stokes para determinar uma expressão para a velocidade média da lâmina de fluído à medida que ela é arrastada para cima pela esteira. Assuma que o escoamento é laminar, permanente e uniforme. Resp: V = Vo - (γ h2 / 3 µ) Solução: 1) Neste problema temos apenas a componente em y da velocidade e esta é uma função apenas de x para escoamento plenamente desenvolvido. Assim, temos: u = w = 0 v = v (x) Para que haja escoamento devemos ter um gradiente de pressão na direção y, ou seja, devemos ter 0 y p ≠ ∂ ∂ . As equações de Navier-Stokes ficam: 2 2 y zz xx x v y pg0:yem 0gquejá0 z p z pg0:zem 0gquejá0 x p x pg0:xem ∂ ∂µ+ ∂ ∂ −ρ= == ∂ ∂ ⇒ ∂ ∂ −ρ= == ∂ ∂ ⇒ ∂ ∂ −ρ= (1.1) a) Substituindo gy = -g em (1), e sendo v = v(y) : dy dp1 dx vd 2 2 µ + µ γ = (1.2) 2 2 Integrando uma primeira vez temos: 1Cxdy dp1 x dx dv + µ + µ γ = (1.3) Sabendo que τ = 0 em x = 0 e já que dy dvµ=τ , temos que C1 = 0. Integrando uma segunda vez temos: 2 22 Cx dy dp 2 1 x 2 v + µ + µ γ = (1.4) Sendo v = 0 em x = h , temos: 2 22 Ch dy dp 2 1h 2 0 + µ + µ γ = , donde: γ+ µ −= dy dp 2 hC 2 2 Substituindo C2 em (4) temos: ( )22 hx dy dp 2 1 v − γ+ µ = A vazão por unidade de largura é: − γ+ µ == ∫ ∫∫ + − + − + − h h h h 22h h dxhdxx dy dp 2 1dxvq ou − γ+ µ = 33 h2h 3 2 dy dp 2 1q donde temos: γ+ µ −= dy dp 3 h2q 3 donde tiramos que: γ−µ−= 3h2 q3 dy dp ou: µ +γ−= 3h2 q3 dy dp Para dp / dy = 0 temos um escoamento devido apenas à gravidade e dado por: µ γ −= 3 h2q 3 2) Neste caso temos: u = u (y) v = w = 0 e 0 x p = ∂ ∂ A equação de Navier-Stokes em y fica: �cos� y p y pg!0 y −=∂ ∂ ⇒ ∂ ∂ −= A equação de Navier-Stokes em x fica: L hg�senggonde y u�g!0 x2 2 x −=−=∂ ∂ += (2.1) De (1) temos: ou dy ud��sen�0 2 2 +−= L h � � dy ud 2 2 = (2.2) Integrando (2) vem: 1CyL h � � dy du + = e integrando novamente: 21 2 CyCy L h �2 � u ++ = (2.3) Introduzindo em (3) as condições de contorno: em y = 0, u = 0 em y = e, u = U obtemos: C2 = 0 e −= L h �2 � e UC1 (2.4) Donde, o perfil de velocidades é dado por: 4 4 ye L h �2 � e Uy L h �2 � u 2 −+ = (2.5) A vazão por unidade de largura é: e 0 2e 0 2 e 0 e 0 3 2 y e L h �2 �y e2 U 3 y L h �2 �dxuq −+ == ∫ o que nos leva a: 3e L h �12 � e 2 Uq −= 3) Neste caso temos: v = v (x) u = w = 0 e também: 0 z p y p x p = ∂ ∂ = ∂ ∂ = ∂ ∂ A equação de Navier-Stokes em y fica: 2 2 y x v�g!0 ∂ ∂ += sendo gy = -g temos: � � dx vd 2 2 = (3.1) Integrando uma vez: 1Cx� � dx dv += (3.2) Podemos considerar que τ = 0 em x = h ( interface fluido/ar), o que nos leva a: h� �C0Ch� ��2 11 −=⇒= += (3.3) Integrando outra vez: o 2 Vxh� � x�2 � v + −= A vazão por unidade de largura é: :dondedxVxh� � x�2 �dxvq h 0 h 0 o 2∫ ∫ + − == :dondexV 2 xh� � 3 x �2 �q h0o h 0 2h 0 3 +−= � h� 3 1hVq 3 o −= A velocidade média fica, portanto: �3 h�V h qV 2 o −== 6 6 Figura 1 Figura 2 Figura 3
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