Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 1 Sumário DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ ........................................................................................................... 2 DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA ..................................................................................................................................................................... 2 ARREPENDIMENTO EFICAZ ..................................................................................................................................................................... 2 DIFERENÇA ENTRE TENTATIVA, DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ ....................................................................................... 3 ARREPENDIMENTO POSTERIOR .................................................................................................................................................. 4 CRIME IMPOSSÍVEL..................................................................................................................................................................... 5 INEFICÁCIA ABSOLUTA DO MEIO .............................................................................................................................................................. 5 IMPROPRIEDADE ABSOLUTA DO OBJETO.................................................................................................................................................... 6 TABELA DAS TENTATIVAS ........................................................................................................................................................... 6 EXERCÍCIOS ................................................................................................................................................................................. 8 GABARITO .................................................................................................................................................................................. 8 AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 2 Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz “Art. 15 – O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.” A desistência voluntária e o arrependimento eficaz são espécies de tentativa abandonada ou qualificada. Tais espécies são chamadas assim, porque o agente dá início à execução do delito, mas desiste de consumá-lo, abandonando-o ou impedindo que ele chegue a se consumar. Diferentemente da tentativa propriamente dita, que não se consuma por circunstâncias alheias à sua vontade, nestas formas, o crime não se consuma por vontade do agente. Desistência voluntária A desistência voluntária é a primeira espécie de tentativa abandonada ou qualificada, presente na primeira parte do Art. 15: “O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução (...) só responde pelos atos já praticados.” Consiste em uma atitude negativa por parte do agente, isto é, em uma desistência à execução do crime, quando lhe sobrava (durante a execução), objetivamente, margem de atuação. Então, o agente só responderá pelos atos praticados, desde que o resultado naturalístico não ocorra. Arrependimento eficaz O arrependimento eficaz é a segunda espécie de tentativa abandonada ou qualificada, presente na segunda parte do Art. 15: “O agente que, voluntariamente, (...) impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.” Consiste em uma atitude positiva por parte do agente, isto é, buscando retroceder na atividade delituosa, desenvolve uma nova conduta visando a reparar o dano causado ao bem jurídico, depois de terminada a execução, evitando o resultado naturalístico (evita a consumação do delito). Em ambos os casos, o agente responde só pelos atos já praticados, ou seja, no caso do crime de homicídio, por exemplo, responderá ele pelo crime da lesão corporal, ou simplesmente pelos atos já praticados. Há dois detalhes a ser lembrados: o ato deve ser voluntário (não é necessário que seja espontâneo) e o resultado não pode ocorrer. AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 3 Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz “Art. 15 – O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.” A desistência voluntária e o arrependimento eficaz são espécies de tentativa abandonada ou qualificada. Tais espécies são chamadas assim, porque o agente dá início à execução do delito, mas desiste de consumá-lo, abandonando-o ou impedindo que ele chegue a se consumar. Diferentemente da tentativa propriamente dita, que não se consuma por circunstâncias alheias à sua vontade, nestas formas, o crime não se consuma por vontade do agente. Desistência voluntária A desistência voluntária é a primeira espécie de tentativa abandonada ou qualificada, presente na primeira parte do Art. 15: “O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução (...) só responde pelos atos já praticados.” Consiste em uma atitude negativa por parte do agente, isto é, em uma desistência à execução do crime, quando lhe sobrava (durante a execução), objetivamente, margem de atuação. Então, o agente só responderá pelos atos praticados, desde que o resultado naturalístico não ocorra. Arrependimento eficaz O arrependimento eficaz é a segunda espécie de tentativa abandonada ou qualificada, presente na segunda parte do Art. 15: “O agente que, voluntariamente, (...) impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.” Consiste em uma atitude positiva por parte do agente, isto é, buscando retroceder na atividade delituosa, desenvolve uma nova conduta visando a reparar o dano causado ao bem jurídico, depois de terminada a execução, evitando o resultado naturalístico (evita a consumação do delito). Em ambos os casos, o agente responde só pelos atos já praticados, ou seja, no caso do crime de homicídio, por exemplo, responderá ele pelo crime da lesão corporal, ou simplesmente pelos atos já praticados. Há dois detalhes a ser lembrados: o ato deve ser voluntário (não é necessário que seja espontâneo) e o resultado não pode ocorrer. Diferença entre tentativa, desistência voluntária e arrependimento eficaz TENTATIVA DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA ARREPENDIMENTO EFICAZ Art. 14, II, CP Art. 15, 1ª parte, CP Art. 15, 2ª parte, CP Tentativa (conatus, original) Tentativa abandonada ou qualificada Tentativa abandonada ou qualificada Motivos externos Motivos internos Motivos internos Não consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente Não consumação por circunstâncias inerentes à vontade do agente Não consumação por circunstâncias inerentes à vontade do agente Durante ou após a execução Durante a execução Após a execução ########## Ação negativa Ação positiva ########## Ato voluntário Ato voluntário e eficaz Antecipação da figura típica Desclassificaçãoda figura típica Desclassificação da figura típica Pune-se o crime consumado com diminuição de pena de 1/3 a 2/3 Pune-se pelos atos já praticados Pune-se pelos atos já praticados Questões comentadas 1. (CESPE) Configura-se a desistência voluntária ainda que não tenha partido espontaneamente do agente a ideia de abandonar o propósito criminoso, com o resultado de deixar de prosseguir na execução do crime. Gabarito: Certo. Comentário: A desistência voluntária é uma espécie de tentativa abandonada ou qualificada, prevista no Art. 15, 1ª parte, do CP; exige voluntariedade, contudo não precisa de espontaneidade. Basta que o desejo de desistir tenha partido do próprio agente (a ação negativa), mesmo que a motivação tenha advindo externamente. Mesmo que tenha a denominação de tentativa abandonada ou qualificada, em nada tem a ver com a tentativa (conatus, original) do Art. 14, inc. II, do CP. 2. (CESPE) O agente que tenha desistido voluntariamente de prosseguir na execução ou, mesmo depois de tê-la esgotado, atue no sentido de evitar a produção do resultado, não poderá ser beneficiado com os institutos da desistência voluntária e do arrependimento eficaz, caso o resultado venha a ocorrer. AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 4 Gabarito: Certo. Comentário: O Art. 15, do Código Penal trata da desistência voluntária e do arrependimento eficaz, os quais só geram efeitos se a consumação do crime não ocorrer. Assim, mesmo que um indivíduo, após os disparos, resolva socorrer a vítima, responderá pelo crime de homicídio consumado caso ela morra. Contudo, exige-se a voluntariedade em socorrer e também que a morte não seja consumada, então o autor responderá pelos atos já praticados, ou seja, por lesão corporal. Arrependimento Posterior “Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.” O arrependimento posterior é uma causa geral de diminuição de pena, de natureza obrigatória, prevista no Art. 16 do Código Penal. Em regra, somente é possível ser aplicado em crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa. É necessária a restituição integral da coisa ou a reparação integral do dano, por ato voluntário, até o recebimento da denúncia ou queixa. O objetivo é estimular a reparação do crime nos danos patrimoniais cometidos sem violência ou grave ameaça. São requisitos para que possa o agente se beneficiar do instituto do arrependimento posterior: Reparação do dano: deve ser integral. Basicamente, importa na obrigação de indenizar ou de satisfazer o pagamento dos prejuízos decorrentes da prática do crime. Restituição da coisa: deve ser integral. Segundo De Plácido e Silva, “restituir é devolver, dar de volta, ou recolocar a coisa em mãos de seu legítimo proprietário ou em poder de quem licitamente deve estar. Conduz o sentido de restabelecer, pelo que a coisa restituída deve voltar nas mesmas condições ou no mesmo estado, em que antes se mostrava ou apresentava.” Tanto a reparação do dano quanto a restituição da coisa devem ser praticadas voluntariamente pelo agente, ainda que não haja espontaneidade. Ou seja, o agente pode, por interesse, reparar ou restituir a vítima, visando à diminuição da sua pena, podendo ser feito pelo advogado do criminoso. É causa de diminuição de pena que se estende a todos os agentes, mesmo que somente um tenha efetivamente reparado integralmente o dano, a todos se estenderá. Questão comentada AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 5 Gabarito: Certo. Comentário: O Art. 15, do Código Penal trata da desistência voluntária e do arrependimento eficaz, os quais só geram efeitos se a consumação do crime não ocorrer. Assim, mesmo que um indivíduo, após os disparos, resolva socorrer a vítima, responderá pelo crime de homicídio consumado caso ela morra. Contudo, exige-se a voluntariedade em socorrer e também que a morte não seja consumada, então o autor responderá pelos atos já praticados, ou seja, por lesão corporal. Arrependimento Posterior “Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.” O arrependimento posterior é uma causa geral de diminuição de pena, de natureza obrigatória, prevista no Art. 16 do Código Penal. Em regra, somente é possível ser aplicado em crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa. É necessária a restituição integral da coisa ou a reparação integral do dano, por ato voluntário, até o recebimento da denúncia ou queixa. O objetivo é estimular a reparação do crime nos danos patrimoniais cometidos sem violência ou grave ameaça. São requisitos para que possa o agente se beneficiar do instituto do arrependimento posterior: Reparação do dano: deve ser integral. Basicamente, importa na obrigação de indenizar ou de satisfazer o pagamento dos prejuízos decorrentes da prática do crime. Restituição da coisa: deve ser integral. Segundo De Plácido e Silva, “restituir é devolver, dar de volta, ou recolocar a coisa em mãos de seu legítimo proprietário ou em poder de quem licitamente deve estar. Conduz o sentido de restabelecer, pelo que a coisa restituída deve voltar nas mesmas condições ou no mesmo estado, em que antes se mostrava ou apresentava.” Tanto a reparação do dano quanto a restituição da coisa devem ser praticadas voluntariamente pelo agente, ainda que não haja espontaneidade. Ou seja, o agente pode, por interesse, reparar ou restituir a vítima, visando à diminuição da sua pena, podendo ser feito pelo advogado do criminoso. É causa de diminuição de pena que se estende a todos os agentes, mesmo que somente um tenha efetivamente reparado integralmente o dano, a todos se estenderá. Questão comentada 3. (CESPE) Denomina-se arrependimento eficaz a reparação do dano ou a restituição voluntária da coisa antes do recebimento da denúncia, o que possibilita a redução da pena, em se tratando de crimes contra o patrimônio. Gabarito: Errado. Comentário: Em nada tem a ver o arrependimento eficaz tratado no Art. 15, CP, com o arrependimento posterior tratado no Art. 16, CP. A questão fala do Art. 16 (arrependimento posterior) em que, reparado o dano e restituída a coisa até o recebimento da denúncia ou da queixa por ato voluntário do agente, a pena do autor do crime é diminuída. Ou seja, o Art. 16 trata de tema de redução de pena. Já o Art. 15 traz uma norma que opera a desclassificação da figura típica, deixando o autor responder somente pelos atos já praticados. No mais, o Art. 15 está sempre antes da consumação, e o Art. 16, depois da consumação. 4. (CESPE) O arrependimento posterior só pode ser aplicado se o crime tiver sido cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa, se houver reparação do dano ou restituição do objeto material antes do recebimento da denúncia ou da queixa e se o ato do agente for voluntário. Gabarito: Correto. Comentário: O arrependimento posterior está previsto no Art. 16 do Código Penal e é causa de diminuição de pena, assimestá previsto: “Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.” Crime Impossível “Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.” Também chamado de tentativa inidônea, inadequada, impossível ou quase crime. É aquele que jamais poderia ser consumado em razão da ineficácia absoluta do meio empregado ou pela impropriedade absoluta do objeto. Teoria adotada pelo Código Penal: teoria objetiva temperada ou intermediária. Caso a ineficácia do meio ou do objeto sejam relativas, pune-se a tentativa! Ineficácia absoluta do meio A ineficácia absoluta do meio se caracteriza quando o instrumento utilizado não permite que o delito possa ser consumado. Exemplos: Usar uma arma de brinquedo que atira água para tentar matar alguém afogado. Tentar envenenar alguém com sal. “A”, com intenção de envenenar “B”, coloca sal na comida deste, pensando ser arsênico. AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 6 Impropriedade absoluta do objeto A impropriedade absoluta do objeto se caracteriza quando a pessoa ou a coisa sobre as quais recai a conduta são absolutamente inidôneas para a produção de algum resultado lesivo. Exemplo: Matar quem já está morto. “A”, com intenção de matar “B”, enquanto este estava dormindo, efetua vários disparos. Contudo, “B” já estava morto devido ao veneno administrado por “C” horas atrás. Questões comentadas 5. (CESPE) Configura crime impossível a tentativa de subtrair bens de estabelecimento comercial que tem sistema de monitoramento eletrônico por câmeras que possibilitam completa observação da movimentação do agente por agentes de segurança privada. Gabarito: Errado. Comentário: A existência de um eficiente sistema de segurança não basta para que eventual tentativa de furto em estabelecimento comercial seja considerada crime impossível – o que excluiria a possibilidade de punição. A decisão é da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ). 6. (ALFACON) Considera-se crime impossível, também chamado de quase crime, a ineficácia relativa do meio e também a impropriedade relativa do objeto material. Gabarito: Errado. Comentário: Para caracterizar crime impossível, é necessário que a ineficácia do meio e a impropriedade do objeto sejam ABSOLUTAS, caso contrário, configura-se crime. O crime impossível está tipificado no Art. 17 do Código Penal, o qual descreve que: “Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.” TABELA DAS TENTATIVAS 1. TENTATIVA BRANCA OU INCRUENTA: Não acerta o alvo. 2. TENTATIVA VERMELHA OU CRUENTA: Atinge o alvo. 3. TENTATIVA PERFEITA, ACABADA OU CRIME FALHO: Esgota todos os meios executórios à sua disposição. 4. TENTATIVA IMPERFEITA OU INACABADA: Não utiliza todos os meios executórios à sua disposição. 5. TENTATIVA ABANDONADA OU QUALIFICADA: Desistência voluntária e arrependimento eficaz. AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 7 Impropriedade absoluta do objeto A impropriedade absoluta do objeto se caracteriza quando a pessoa ou a coisa sobre as quais recai a conduta são absolutamente inidôneas para a produção de algum resultado lesivo. Exemplo: Matar quem já está morto. “A”, com intenção de matar “B”, enquanto este estava dormindo, efetua vários disparos. Contudo, “B” já estava morto devido ao veneno administrado por “C” horas atrás. Questões comentadas 5. (CESPE) Configura crime impossível a tentativa de subtrair bens de estabelecimento comercial que tem sistema de monitoramento eletrônico por câmeras que possibilitam completa observação da movimentação do agente por agentes de segurança privada. Gabarito: Errado. Comentário: A existência de um eficiente sistema de segurança não basta para que eventual tentativa de furto em estabelecimento comercial seja considerada crime impossível – o que excluiria a possibilidade de punição. A decisão é da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ). 6. (ALFACON) Considera-se crime impossível, também chamado de quase crime, a ineficácia relativa do meio e também a impropriedade relativa do objeto material. Gabarito: Errado. Comentário: Para caracterizar crime impossível, é necessário que a ineficácia do meio e a impropriedade do objeto sejam ABSOLUTAS, caso contrário, configura-se crime. O crime impossível está tipificado no Art. 17 do Código Penal, o qual descreve que: “Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.” TABELA DAS TENTATIVAS 1. TENTATIVA BRANCA OU INCRUENTA: Não acerta o alvo. 2. TENTATIVA VERMELHA OU CRUENTA: Atinge o alvo. 3. TENTATIVA PERFEITA, ACABADA OU CRIME FALHO: Esgota todos os meios executórios à sua disposição. 4. TENTATIVA IMPERFEITA OU INACABADA: Não utiliza todos os meios executórios à sua disposição. 5. TENTATIVA ABANDONADA OU QUALIFICADA: Desistência voluntária e arrependimento eficaz. 6. TENTATIVA INIDÔNEA, INADEQUADA, IMPOSSÍVEL OU QUASE CRIME: Crime impossível. AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 8 EXERCÍCIOS 1. A desistência da tentativa inacabada deve ser entendida como arrependimento eficaz. 2. A desistência voluntária caracteriza-se quando um agente tinha condições de realizar e consumar um crime, mas desiste durante a execução, ou seja, ele realiza uma ação positiva. 3. Para que fiquem caracterizados o arrependimento eficaz ou a desistência, a atitude do agente deve ser espontânea, ou seja, natural, sincera e verdadeira. 4. Para a configuração do arrependimento posterior, o agente deve agir espontaneamente, e a reparação do dano ou a restituição do bem devem ser integrais. 5. Considere que José, com intenção de matar, tenha desferido dois tiros certeiros de arma de fogo em direção a Carlos, que estava deitado. Carlos, por sua vez, tinha ingerido veneno para se suicidar. Após a autópsia, foi constatado que a morte da vítima foi provocada pelo veneno e, quando o disparo foi feito, Carlos já estava morto. Nesta situação, será imputado a José o resultado morte. GABARITO 1. ERRADO 2. ERRADO 3. ERRADO 4. ERRADO 5. ERRADO
Compartilhar