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AULA 05 - O Ambiente nas Organizações

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�1
AULA 05
O AMBIENTE NAS ORGANIZAÇÕES
1. INTRODUÇÃO
A empresa vista como organismo vivo é um agrupamento humano em interação, que ao se relacionar 
entre si e com o meio externo, por meio de sua estruturação interna de poder, faz uma construção social da 
realidade, que lhe propicia a sobrevivência como unidade, segundo os mesmos princípios pelos quais são 
preservadas dentro do mundo organizacional.
Essa identidade tem como principal elemento de influência, o ambiente externo, que atua, muitas vezes, 
de forma contingencial às atividades de uma organização. Este ambiente externo é composto de forças e agentes 
controláveis e não controláveis que tem impacto nos mercados e na estratégia empresarial da organização. Pode 
ser distinguido em termos de microambiente e macroambiente organizacional.
Fonte:http://estacaoadm.blogspot.com/2015/03/ambiente-organizacional.html
Através de uma análise microambiental verificamos que os agentes do ambiente imediato afetam a sua 
capacidade de atender a seus mercados, sendo entendida pelo seu conjunto que envolve entidades e relações 
que estão próximas a ela. O contexto macroambiental tem uma maior amplitude, pois as forças societárias que 
afetam todos os agentes no meio ambiente da empresa são vistas pelo fator econômico, demográfico, físico-
ecológico, tecnológico, político-legal e sociocultural. Elas operam em um sentido macro, pois são consideradas 
variáveis incontroláveis, que a organização deve monitorar e com as quais vai interagir.
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UnB)
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDADE E GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS (FACE)
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO (ADM)�
DISCIPLINA CÓDIGO CRÉDITOS TURMA PERÍODO PROFESSOR
ANÁLISE ORGANIZACIONAL, SISTEMAS E MÉTODOS 202380 04 E 2019/1 MARCOS ALBERTO DANTAS
�2
As características próprias de cada setor (industrial, comercial e de serviços) fazem com que a interação 
entre os seus agentes ambientais seja intrínseca ao setor focalizado e que, portanto, as estratégias genéricas das 
empresas que formam os diversos setores da economia reflitam essas peculiaridades.
2. O AMBIENTE DE UMA ORGANIZAÇÃO
O ambiente organizacional, segundo Daft (2014) pode ser considerado como tudo o que existe fora dos 1
limites da organização e com potencial para afetar a organização como um todo ou parte dela. Dessa forma ele é 
compreendido pela análise de seu domínio nos seus setores externos. O domínio de uma organização é o campo 
de ação ambiental escolhido. É o território que uma organização demarca para si com respeito a produtos, 
serviços e mercados compreendidos. Domínio define o nicho da organização e também aqueles setores externos 
com os quais a organização irá interagir para atingir suas metas.
O ambiente compreende vários setores ou subdivisões que contêm elementos semelhantes que podem 
ser analisados para cada organização: indústria, matérias-primas, recursos humanos, recursos financeiros, 
mercado, tecnologia, condições econômicas, setor governamental, sociocultural e internacional. Nesse sentido, 
podemos destacar dois tipos de ambiente:
a) Ambiente Geral - O ambiente geral engloba os setores que podem não ter um impacto direto nas operações 
do dia a dia de uma empresa, mas que a influenciarão de maneira indireta. Com frequência ele inclui os 
setores governamental e sociocultural, as condições econômicas, tecnologia e setores de recursos 
financeiros. Esses setores acabam afetando todas as organizações.
b) Ambiente de Tarefas - O ambiente de tarefas inclui setores com os quais a organização interage diretamente 
e que têm um efeito direto na capacidade da organização de alcançar suas metas. O ambiente de tarefas 
normalmente inclui a indústria, matérias-primas, setores de mercado e, talvez, os recursos humanos e setores 
internacionais.
3. DIMENSÕES AMBIENTAIS
Algumas dimensões ambientais básicas, consideradas por Hall (2004) , são importantes para o 2
desenvolvimento organizacional por descreverem como elas se desenvolvem tecnologicamente, legalmente, 
politicamente, economicamente, demograficamente, ecologicamente e culturalmente. 
a) Variáveis Tecnológicas - Condições tecnológicas representam para as organizações novas ideias que 
entram em circulação e tornam-se parte do ambiente, à medida que deixam de ser propriedade privada de 
um indivíduo ou de uma organização específica.
b) Variáveis Legais - Para as organizações, as condições legais formam uma parte do entorno da organização. 
Se por um lado existem organizações que operam fora da lei, por outro lado existe àquelas que não possuem 
nenhum envolvimento com os dispositivos legais de segurança, higiene etc. 
c) Variáveis Políticas - Algumas organizações são diretamente afetadas pelo processo político, porque sua 
hierarquia pode ser modificada drasticamente por resultados eleitorais. Todas as unidades do governo estão 
sujeitas a essa possibilidade após cada eleição, pois os altos dirigentes são substituídos segundo o 
julgamento de uma nova administração.
 
d) Variáveis Econômicas - Uma variável ambiental amplamente desenvolvida pelas organizações é o estado 
de economia na qual ela opera. A mera disponibilidade de recursos financeiros constitui uma das principais 
 DAFT. Richard. Organizações: Teorias e projetos. 11 ed. São Paulo: Thomson Learning (Pioneira), 2014.1
 HALL, Richard H. Organizações: estruturas, processos e resultados. São Paulo: Pearson/Prentice Hall, 2004.2
�3
condições ambientais para o nascimento das organizações. Condições econômicas em alteração atuam 
como limitadores importantes, pois são excelentes indicadores das prioridades. 
e) Variáveis Demográficas - As distribuições demográficas no interior de uma organização geram 
consequências importantes para uma grande variedade de temas relevantes sob o ponto de vista 
organizacional, como desempenho, inovação e adaptabilidade. 
e) Variáveis Ecológicas - Uma situação ecológica em torno de uma organização está relacionada ao cenário 
demográfico, pois o número de organizações nas quais mantém contatos e relacionamentos e o ambiente na 
qual se localiza, são considerados componentes do sistema ecológico social da organização.
f) Variáveis Culturais - O relacionamento entre cultura e organização não é uma via de mão única. As 
organizações tentam moldar os valores culturais por meios de suas iniciativas de relações públicas. As 
mudanças de valores podem preceder ou acompanhar as mudanças, bem como as alterações no gosto dos 
consumidores.
Fonte: http://admsrcj.blogspot.com/2011/04/ambiente-organizacional.html
4. O AMBIENTE E SUA FORMAÇÃO
A formação organizacional (nascimento ou fundação) é descrito sob uma perspectiva do modelo 
populacional. Para tanto é feito uma reavaliação histórica a fim de considerar as condições necessárias para o 
surgimento das organizações ambientais, basicamente como novas formas de interação social.
Diante de várias tarefas assumidas pelas organizações, há de existir uma maior conscientização dos 
meios alternativos para realizá-las, que precisam ser encaradas como resultado do custo-benefício atrativo. As 
pessoas envolvidas nessas tarefas precisam ter recursos, legitimidade e capacidade suficiente para que a nova 
organização seja implantada. Esses recursos precisam ser traduzidos em poder, a fim de suplantar as resistências 
do sistema antigo.
A formação de um novo ambiente organizacional não acontece aleatoriamente, mas deve permitir que 
surjam novas organizações e novas formas organizacionais e para tanto criam-se condições de sobrevivência que 
�4
permitem aos gestores organizacionais o “risco da novidade”, conforme descreve Stinchcombe (1965) apud Hall 3
(2004) . São as condições ambientais que facilitam o aprendizado de novos papéis sem que haja um modelo 4
próximo. Elas incentivam o contato pessoal e permitem que os recursos sejam distribuídosmais facilmente ao 
longo do tempo. 
4.1 INCERTEZA AMBIENTAL
A Incerteza significa que os tomadores de decisão não possuem informação suficiente sobre os fatores 
ambientais e que têm dificuldade para prever as mudanças externas. Daft (2014) destaca que a incerteza 5
aumenta o risco de falha para respostas organizacionais e torna difícil calcular custos e probabilidades associados 
a alternativas de decisão.
Embora os setores do ambiente geral – como condições econômicas, tendências sociais ou mudanças 
tecnológicas – possam criar incerteza para as organizações, determinar a incerteza ambiental de uma 
organização normalmente significa focar os setores do ambiente de tarefas, como com quantos elementos a 
organização lida com regularidade, com a rapidez que esses diversos elementos mudam e assim por diante. Para 
avaliar a incerteza, cada setor do ambiente de tarefas da organização pode ser analisado de acordo com suas 
dimensões, tais como estabilidade, instabilidade e grau de complexidade.
a) Condições ambientais básicas
As condições ambientais são variáveis com características de um certo grau de formação suficiente para o 
seu desenvolvimento. Uma característica importante que condiciona o ambiente é o nível de escolaridade da 
população. A presença de conhecimentos básicos aumenta a probabilidade de que cada uma das variáveis 
intermediárias esteja suficientemente presente para que ocorra o desenvolvimento organizacional.
Além da variável fundamental da educação, outros fatores são determinantes para as condições que 
permitem a formação do ambiente organizacional, tal como a urbanização. Nesse aspecto, Hall (2004) observa 
que o ritmo de urbanização deve ser suficientemente lento para permitir que os migrantes de outras áreas 
aprendam e desenvolvam as rotinas do ambiente organizacional. O desenvolvimento da vida urbana envolve lidar 
com situações específicas do ambiente na qual deve auxiliar o desenvolvimento organizacional e proporcionar, 
desse modo, mais alternativas.
Hall (2004) ainda destaca outras condições, tais como a presença da economia monetária, que facilita a 
formação de mercados livres; a política social, para provocar a recomposição de grupos de interesses 
constituídos nos sistemas de poder; e o nível de densidade organizacional, onde aqueles que possuem maior 
amplitude de alternativas disponíveis terão maiores oportunidades em adquirir experiências. 
b) Tecnologia e forma organizacional
Diante das tecnologias disponíveis no período de sua formação, as organizações fixam limites na forma 
organizacional que ela possa assumir. Elas podem ser concretizadas eficientemente com as formas 
organizacionais socialmente possíveis ou que tendem a ser possíveis, porém permanecendo relativamente estável 
na sua estrutura básica.
A ênfase na tecnologia deverá proporcionar mudanças graduais, tanto na formação de novas 
organizações quanto nas novas formas organizacionais, visto que o ambiente, por ocasião da formação 
organizacional, assume condições de origem e que pode ser simplificada ao longo do tempo. As condições em 
torno das origens de uma organização persistem em seu impacto sobre a própria organização, onde são 
confrontadas constantemente com as condições ambientais existentes. 
 STINCHCOMBE, Arthur L. Organizations and social structure. In Handbook of organizations. Ed. James G. March. 3
Chicago, Rand McNally, 1965 apud HALL, Richard H. Organizações: estruturas, processos e resultados. São Paulo: Pearson/
Prentice Hall, 2004.
 HALL, Richard H. Organizações: estruturas, processos e resultados. São Paulo: Pearson/Prentice Hall, 2004.4
 DAFT. Richard. Organizações: Teorias e projetos. 11 ed. São Paulo: Thomson Learning (Pioneira), 2014.5
�5
4. GESTÃO AMBIENTAL
A gestão ambiental é utilizada para denominar a gestão empresarial que se origina para evitar problemas 
com ambiente no meio em que vive. Segundo Dias; Zavaglia; Cassar (2008) , a gestão ambiental tem por objetivo 6
conseguir que os efeitos causados pelo ambiente não ultrapassem a capacidade de carga do meio onde se 
encontra a organização.
Em função da cultura ambiental predominante nas empresas, a maior parte dos esforços tecnológicos e 
financeiros são aplicados ao Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e ligados à aplicação de técnicas corretivas, 
que visam alcançar o desenvolvimento sustentável. É necessário que as medidas corretivas sejam substituídas 
por políticas preventivas que atuam sobre a origem dos problemas. 
O gestor ambiental deve ter uma postura de atuação responsável aplicável à qualquer empresas:
✓ Assumir o gerenciamento ambiental como expressão de alta prioridade empresarial;
✓ Promover, em todos os níveis hierárquicos, o senso de responsabilidade individual com relação ao meio 
ambiente, segurança e saúde ocupacional;
✓ Ouvir e responder às preocupações da comunidade;
✓ Colaborar com órgãos governamentais e não governamentais na preservação e aperfeiçoamento de leis; 
✓ Promover a pesquisa e o desenvolvimento de novos projetos ambientais;
✓ Avaliar previamente o impacto ambiental de novas atividades e seus efeitos na sociedade;
✓ Orientar clientes, consumidores, fornecedores, transportadores, distribuidores e o público em geral; e 
✓ Promover princípios e práticas de atuação responsável, compartilhando experiências e oferecendo assistência 
a outras empresas.
5. TEORIAS AMBIENTAIS
O surgimento da Teoria Ambiental deveu-se aos questionamentos feitos às organizações que utilizam a 
variável de adaptação ao ambiente construída sobre as bases conceituais da Teoria da Contingência. A Teoria 
Ambiental baseia-se em outras três teorias:
a) Teoria da Ecologia Populacional - Essa abordagem estuda como diferentes espécies de organização 
tornam-se mais populosas e frequentes em um dado momento em certo tipo de ambiente, entrando 
posteriormente em declínio. Variações nas espécies da organização, bem como suas características 
analisadas a partir do ambiente, constituem o foco principal desse tipo de análise.
b) Teoria das Configurações Estruturais - Baseado nos estudos de Henry Mintzberg , essa teoria reforça o 7
caráter ativo dos sistemas organizacionais na construção de seu ambiente de negócio, negando uma postura 
passiva em face do ambiente ao qual deveriam se adaptar. O ambiente não é visto como uma variável a priori, 
mas como resultado de uma construção sociopolítica.
c) Teoria da Dependência de Recursos - As organizações procuram controlar seus recursos de modo que as 
incertezas geradas pelo seu setor, mais especificamente pelo seu meio ambiente imediato de atuação, seja de 
forma ativa. Com base nisso, as organizações fazem acordos e alianças estratégicas com outras 
organizações, influenciando mudanças de seu setor e formando um sistema político, isto é, um “meio 
ambiente negociado”.
 DIAS, Reinaldo; ZAVAGLIA; Tércia; CASSAR, Maurício. Introdução à administração: da competitividade à sustentabilidade. 6
2 ed. Campinas, SP: Editora Alínea, 2008.
 MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes: estruturas em cinco configurações. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2006.7
�6
5. A PERCEPÇÃO DO AMBIENTE
Se considerássemos o ambiente como algo distante da organização, todas as pessoas poderiam 
facilmente observar e identificá-las, porém o ambiente penetra na organização sob a forma de informação e, como 
toda informação, está sujeito a problemas de comunicação e tomada de decisões que forem identificadas.
Uma organização seleciona os aspectos do ambiente com as quais lidará e essa seleção será afetada 
pelos processos de seleção de outras organizações com as quais estará em contato. Dessa maneira, as 
organizações agem como construindo ou inventando seus ambientes, seja pelo alcance do seu domínio ou pelo 
próprio ambiente que é reivindicado ou selecionado pelas organizações que exercem impactos sobre suas 
operações. Essas reivindicações podemser limitadas de domínio associadas à sua estabilidade ou amplas com 
capacidade de inovação tecnológica na expansão do seu domínio. 
A teoria organizacional tem ressaltado a importância da incerteza percebida no ambiente. Torna-se 
importante enfatizar que o ambiente percebido é, muitas vezes, carregado de incertezas. Essa incerteza 
confronta-se com um conjunto de regras e procedimentos adotado pela organização. Portanto, o ambiente possui 
elementos de certeza e de incertezas, pois, mesmo quando o ambiente é certo, não existe a garantia de que será 
percebido como tal.
Do mesmo modo que as percepções dos indivíduos, as da organização são moldadas por suas 
experiências, em que por mais realistas que sejam as pessoas, irá existir constantes comparações entre as 
diversas organizações e seus respectivos ambientes. 
A) O AMBIENTE INTERNO
O ambiente interno é o nível de ambiente da organização que está dentro da organização e normalmente 
tem implicação imediata e específica na administração da organização.

A análise interna tem por finalidade colocar em evidência as deficiências e qualidades da empresa que 
está sendo analisada, ou seja, os pontos fortes e fracos da empresa deverão ser determinados diante da sua atual 
posição produto-mercado. Essa análise deve tomar como perspectiva para comparação as outras empresas do 
seu setor de atuação, sejam elas concorrentes diretas ou apenas concorrentes potenciais.

Para o estabelecimento dos pontos fortes, fracos e neutros da companhia, o executivo deverá analisar 
uma série de aspectos importantes do ambiente interno, tais como:
✓ Aspectos organizacionais: rede de comunicação; estrutura da organização; registro dos sucessos; 
hierarquia de objetivos; política, procedimentos e regras e habilidades da equipe administrativa.
✓ Aspectos do pessoal: relações trabalhistas; práticas de recrutamento; programas de treinamento; sistema 
de avaliação de desempenho; sistema de incentivos; rotatividade e absenteísmo.
✓ Aspectos de marketing: segmentação do mercado; estratégia do produto, preço, promoção e distribuição.
✓ Aspectos de produção: Layout das instalações da fábrica; pesquisa e desenvolvimento; uso de tecnologia; 
aquisição de matéria-prima; controle de estoques e uso de subcontratação.
✓ Aspectos financeiros: liquidez; lucratividade; atividades e oportunidades de investimentos.

A análise do ambiente interno ou autoanálise requer muita isenção de ânimo e imparcialidade no 
julgamento, pois qualquer tentativa de encobrir fraquezas ou desempenhos insatisfatórios poderá comprometer 
toda a estratégia futura. A avaliação pode ser conduzida por pessoas da própria organização envolvidas com o 
planejamento estratégico, ou através de consultores externos. O importante é incorporar o exercício de 
autoanálise à rotina operacional para que ele funcione efetivamente como uma ferramenta de administração 
estratégica.
B) O AMBIENTE EXTERNO
A análise do ambiente externo permite a uma organização identificar oportunidades, ameaças e questões 
estratégicas que poderão afetar seus fatores-chaves de sucesso. Uma vez identificadas as forças ambientais que 
afetarão o desempenho de uma empresa como um todo, ficará mais fácil a tarefa de minimizar o impacto e 
�7
direcionar os esforços para os resultados. Esta análise tem por finalidade estudar a relação existente entre a 
empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a sua posição atual quanto à sua 
posição desejada no futuro.

As oportunidades podem ser do tipo:
✓ Evolutiva: as oportunidades de evolução são proporcionadas à empresa através da formação e 
consolidação gradativa de condições e circunstâncias que tenderão a concretizar uma vantagem definida e 
concreta.
✓ Sinérgicas: as oportunidades sinérgicas proporcionam situações complementares e adicionais para a 
empresa. Normalmente, provocam modificações na estrutura organizacional e exigem novo setor de 
conhecimento.
✓ Inovativas: as oportunidades de inovação normalmente modificam as características econômicas 
fundamentais e a capacidade da empresa; requerem grande esforço, recursos de primeira classe e 
dispêndios em pesquisa e desenvolvimento.

Uma oportunidade devidamente usufruída pode proporcionar um aumento dos lucros da empresa, 
enquanto uma ameaça não administrada pode acarretar diminuição nos lucros previstos, ou mesmo prejuízos para 
a organização.
As ameaças classificam-se em:
✓ Naturais: são as incorporadas à natureza da empresa.
✓ Aceitáveis: são as que a empresa permite aceitar, sendo importante analisar até que ponto a situação é 
aceitável.
✓ Inaceitáveis: são as que a companhia não se permite aceitar devido a sua incapacidade em explorar uma 
situação de êxito quando esta ameaça existir.

Uma forma de se realizar uma análise de riscos e oportunidades é simplesmente classificar os fatores 
ambientais examinados em termos de níveis ambientais, riscos e oportunidades potenciais. Então, a 
administração deve resumir as implicações para a futura diretriz organizacional que surgir. 

A análise de cenários externos é uma tarefa tão importante que deve ser rotineira, ou seja, deve estar 
incorporada ao dia-a-dia das empresas que pretendem administrar estrategicamente o seu negócio.

As forças ambientais tornam-se incontroláveis quando elas não são previstas com certa antecedência. Portanto, é 
preciso conviver com as turbulências, sabendo neutralizar seu impacto. 

Uma empresa não deve se opor ao impacto de uma força contrária, em vez disso deve procurar absorver 
com a maior naturalidade possível. Isto significa em termos empresariais transformar problemas em oportunidades 
de negócio.

8. O IMPACTO DO AMBIENTE SOBRE A ORGANIZAÇÃO
As organizações variam em sua vulnerabilidade às pressões ambientais e quanto mais uma organização 
for dependente de seu ambiente, mais vulnerável se tornará. É sabido que uma organização que possui grandes 
recursos financeiros, menos vulnerável ela será às flutuações econômicas das que as organizações que não tem 
reservas.
Quando uma organização é vulnerável, ela reage ao ambiente de forma mais “endurecida” e, 
consequentemente sofrerá mais pressão do ambiente em que se insere. Sob pressão, as organizações tendem a 
se articular mais com o ambiente e desenvolver inovações que podem ser benéficas a longo prazo, porém correm 
mais riscos de fracasso, caso uma inovação não venha a ser bem sucedida.
Toda organização depende, em certo grau, de seu ambiente e cada uma se adapta às estratégias internas 
para lidar com as pressões percebidas. O posicionamento específico que uma organização assume deriva das 
escolhas feitas através das tomadas de decisão, que, muitas vezes, é político no sentido das diferentes opções 
apoiadas por grupos diferentes.
�8
A opção que for apoiada pelos grupos políticos da empresa segue procedimentos no âmbito da estrutura 
em consequência do poder dos indivíduos ou grupos que as apoiam. A constatação é que as pressões ambientais 
limitam o processo em seguir a opção que os segmentos poderosos da organização tradicionalmente escolheram.
Uma das estratégias que as organizações desenvolvem para lidar com seus ambientes, é a tentativa de 
moldar o próprio ambiente. Nessa condição, a organização tentam a ganhar e manter o poder sobre condições 
ambientais de importância estratégicas para elas.
As organizações competem entre si para obter vantagens tecnológicas, políticas, econômicas, legais e de 
outra natureza. Isso ocorre em dimensões ambientais que se sobrepõem, pois, uma vantagem política pode 
contribuir para uma vantagem econômica, e vice-versa. Os ambientes organizacionais estão, portanto, sujeitos à 
manipulação real, tentada, e talvez não intencional, pelas organizações em seu interior.
9. COMPORTAMENTO DO AMBIENTE
Assim como ocorre na natureza, as organizações precisam de ajuste com o ambiente,que pode ser 
estável e uniforme ou complexo e dinâmico. O comportamento do ambiente varia em função da velocidade da 
mudança em variáveis como tecnologia, economia, concorrência e demandas dos clientes, entre muitas outras. 
Para lidar com a mudança do ambiente, as organizações usam dois atributos de sua estrutura: diferenciação e 
integração (LAWRENCE; LORSCH, 1973 apud MAXIMIANO 2011 ).8 9
A Diferenciação significa o grau de detalhamento da divisão do trabalho. Quanto mais dividido o trabalho, 
maior o número de unidades ou departamentos e maior a diferenciação. A diferenciação básica encontrada em 
muitas empresas é representada pela estrutura funcional: departamentos ou unidades de marketing, produção e 
administração/finanças. 
Quanto mais diferentes, dinâmicos e complexos os ambientes com os quais a organização lida (por 
exemplo, clientes de diversas faixas de renda, operações em muitos países ou concorrência intensa em diferentes 
mercados), maior deve ser a diferenciação na estrutura organizacional – isso significa que a especialização dentro 
da empresa varia com a complexidade do ambiente. As empresas que interagem com ambientes estáveis e 
simples, por outro lado, não precisam de muita diferenciação.
A Integração: significa a colaboração entre departamentos, para alcançar a unidade de esforço 
necessária para a realização dos objetivos organizacionais. Para se integrar, as organizações utilizam os 
gerentes, a comunicação, as equipes de gerenciamento de processos e as estruturas de projetos. 
A eficácia de uma organização depende, em primeiro lugar, de alcançar a diferenciação exigida pelo 
ambiente, e, em segundo lugar, de integrar-se para interagir com o ambiente total. Quanto mais diferenciada a 
empresa, mais necessária é a integração, mas, ao mesmo tempo, mais difícil.
10. CLIMA ORGANIZACIONAL
 O Clima Organizacional dentro de uma empresa não é algo simples de ser analisado, porque ele se 
apresenta difuso, nebuloso e sem contornos bem definidos, dificilmente se mostrando claro aos olhos dos 
administradores que procuram avaliá-lo e entendê-lo. Até por isso, pouca coisa existe sobre o assunto na literatura 
administrativa ou de Recursos Humanos. 
Existe uma idéia em comum no entendimento sobre o clima organizacional e está ligado diretamente à 
maneira como o administrador percebe a organização com a sua cultura, suas normas, seus usos e costumes, 
como ele interpreta tudo isso e como ele reage, positiva ou negativamente, a essa interpretação. 
Avaliar a percepção do clima organizacional, buscando melhorá-lo, tem sido uma preocupação das 
organizações, conforme destaca Johann (et al.) 2015 . O clima passa a ser essencial para a produtividade da 10
organização, na medida em que ele interfere diretamente na satisfação, no engajamento e na criatividade dos 
 LAWRENCE, Paul R.; LORSCH, Jay W. As empresas e o ambiente. Petrópolis: Vozes, 1973.8
 MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à Administração. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2011.9
 JOHANN, Sílvio Luiz; OLIVEIRA, Alexandre Alberto Leide de; BECKERT, Mara; MOREIRA, Vera Susana Lassance. Gestão 10
da mudança e cultura organizacional. Rio de Janeiro: FGV, 2015.
�9
empregados. Luz (2003:12) , corrobora afirmando que o clima organizacional é o reflexo do grau de satisfação 11
dos funcionários em um dado momento da empresa. 
Dessa forma o que se sabe é que o clima organizacional não pode ser “criado” pela organização, no 
sentido literal de se produzir alguma coisa num determinado momento, mas é algo que já existe, vivo e atuante, 
dentro dela, resultante, principalmente, de fatores internos, das decisões tomadas e da maneira como o pessoal é 
administrado pelos seus chefes, e atinge o colaborador, diretamente, no que diz respeito à percepção que ele tem 
da empresa, induzindo-o a determinado comportamento. 
Também não podemos esquecer que, sendo a organização um verdadeiro universo de diferentes 
interesses, consequência de posturas pessoais e profissionais diferenciadas, modo de vida diversificado, maneira 
diferente de encarar o mundo, não existirá uma só empresa em que todas as pessoas que dela participem tenham 
conceitos e valores uniformes. Não é correto acreditar que todos, dentro da organização, frente às suas políticas, 
normas e costumes, interpretem e reajam da mesma maneira, tenham os mesmos valores e a mesma intensidade 
de aceitação ou rejeição sobre os mesmos aspectos ou acontecimentos da vida profissional e pessoal. 
Podemos então afirmar que dentro de uma mesma organização há diferentes climas organizacionais num 
mesmo momento, causados pelos mesmos acontecimentos, mas com efeitos diferentes nos diversos públicos 
internos, causando sensações positivas para uns e negativas para outros. 
Então, não é possível se falar da existência de apenas um clima organizacional único e uniforme; o clima 
irá variar de acordo com a situação psicológica e o estágio motivacional em que se encontra cada colaborador e a 
maneira como ele interpreta o contexto da empresa, através das informações recebidas ou percebidas no 
ambiente interno. 
10.1 TIPOS DE CLIMA ORGANIZACIONAL
Diante das inúmeras possibilidades de desenvolvimento de um clima organizacional, podemos destacar 
algumas que surgem dentro de uma equipe de trabalho:
➜ Clima de Intimidade: é aquele que favorece a integração dos grupos aumentando as relações amistosas, 
satisfazendo, principalmente as suas necessidades sociais;
➜ Clima de Espírito de Equipe: ocorre quando os membros da organização sentem que as suas necessidades 
sociais são atendidas, e ao mesmo tempo, gozam de sentimento de tarefa cumprida;
➜ Clima com ênfase na Produção: os integrantes sentem seu comportamento administrativo ser estreitamente 
supervisionados e a administração é direcionada ao seu objetivo principal;
➜ Clima Burocrático: é um clima com uma atmosfera fechada e formal, onde há uma predominância de regras, 
regulamentos e procedimentos;
➜ Clima de Cordialidade: ocorre um sentimento geral de camaradagem, havendo maior ênfase no que quer 
cada pessoa e cada grupo de trabalho;
➜ Clima de Tolerância: deriva para um comportamento organizacional onde os erros são tratados como forma 
de apoio e aprendizagem, sem a preocupação punitiva de colocar a culpa em alguém.
O clima organizacional retrata o grau de satisfação das pessoas nos ambientes de trabalho e pode apontar 
sua predisposição para apoiar a implantação e manutenção de novas filosofias gerenciais.
O clima organizacional está diretamente relacionado com a cultura das organizações, pois as modificações 
culturais geram expectativas, às vezes, insatisfação e insegurança, criando climas organizacionais que produzem 
uma redução de capacidade de trabalho. Ele também pode ser afetado por fatores externos às organizações: uma 
queda do poder aquisitivo, modificações políticas, rivalidades esportivas etc.
 LUZ, Ricardo. Gestão do clima organizacional. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003.11
�10
10.2 DETERMINANTES DE CLIMA ORGANIZACIONAL
a) Determinantes Controláveis: 
✓ Visão, estratégia e objetivos da organização - A estratégia da organização pode ter um impacto profundo 
no seu clima e pode influenciar a maneira como os colaboradores se sentem a respeito de oportunidades de 
realizações, prêmios, barreiras ao sucesso e fontes de satisfação. 
✓ Práticas e normas de liderança - Estudos sobre liderança, em geral, mostram que o determinante mais 
importante sobre o clima organizacional é o comportamento do dia a dia dos líderes da organização. 
✓ Sistemas organizacionais - Os aspectos formais da organização, incluindo a hierarquia, engenharia das 
funções e tarefas, os sistemas de premiação e remuneração, as normas, regras e procedimentos, e o 
posicionamento físico das pessoas dentro da organização são chamados de “sistemas organizacionais”, e 
influenciam o ambiente de trabalho e criamfortes incentivos ou fortes barreiras no comportamento do 
colaborador.
b) Determinantes não-controláveis:
✓ Ambiente externo - Fatores como regulamentação pelo governo, condições econômicas, forças 
competitivas na indústria, mudanças de tecnologia e atualizações tecnológicas criam pressões nas empresas 
e em seus líderes e gerentes.
✓ Forças dirigentes históricas - As expectativas e percepções sobre reconhecimento e premiação, castigo e 
consequências, no futuro são influenciadas pelas memórias e percepções daquilo que já aconteceu na 
organização. 
10.3 FATORES QUE AFETAM O CLIMA ORGANIZACIONAL
A organização está inserida num determinado ambiente, no qual ocorrem diversos fatores que podem ser 
percebidos ou não pelos indivíduos que a integram, e que por sua vez exercem influência no seu desempenho no 
trabalho. Para Dias (2013) são diversos os fatores que incidem no clima organizacional e envolvem aspectos 12
físicos, familiares, sociais, educacionais, de formação, econômicos ou conjunturais que envolvem cada indivíduo 
na sua vida cotidiana, influenciando sua percepção do clima na empresa. Os diversos aspectos que influenciam o 
clima organizacional podem levar o indivíduo a uma percepção que tanto pode ser positiva quanto negativa.
✓ Fatores Psicológicos - Motivação; Nível de satisfação; Estabilidade funcional; Segurança no emprego.
✓ Fatores Físicos - Disposição do espaço; Tamanho; Iluminação; Ruído; Temperatura.
✓ Fatores Sociais - O papel do fundador; A liderança nos níveis hierárquicos; Família dominante; Relações 
interpessoais; Proporção entre trabalhos manuais e intelectuais; Tomada de decisões.
✓ Fatores de Comunicação - Natureza e importância; Canais de comunicação; Novas tecnologias.
✓ Fatores Econômicos - Remuneração; Incentivos financeiros; Segurança econômica.
 Dias, Reinaldo Cultura organizacional: construção, consolidação e mudanças. São Paulo: Atlas, 2013.12

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