Trabalho em grupo 7º Semestre PEDAGOGIA

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CENTRO DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS E SOCIAIS APLICADAS
Pedagogia
gABRIELA sANTOS DE sOUZA 
mARIA APARECIDA CURVELO MOTA AGUILAR
MARIANA ROCHA SILVA
TATIANE CURVELO MOTA MENDES 
TELMA PLÁCIDA DE ALMEIDA GUIMARÃES 
a bncc, a interdisciplinaridade
 e o plano de trabalho docente
Teixeira de Freitas
2019
gABRIELA sANTOS DE sOUZA 
mARIA APARECIDA CURVELO MOTA AGUILAR
MARIANA ROCHA SILVA
TATIANE CURVELO MOTA MENDES 
TELMA PLÁCIDA DE ALMEIDA GUIMARÃES 
a bncc, a interdisciplinaridade
 e o plano de trabalho docente
Trabalho de pedagogia apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral das disciplinas de ensino de Matemática, ensino de Língua Portuguesa, ensino de História e Geografia, ensino de Educação Física Escolar e Psicomotricidade, Seminário Interdisciplinar: Tópicos Especiais I, Estágio Curricular Obrigatório II – anos iniciais do Ensino Fundamental.
Professores: Mariana Passos Dias, Andressa Aparecida Lopes, Heloísa Gomes Bezerra, Natalia Germano Gejão Diaz, Eloise Werle de Almeida, Natália da Silva Bugança, Mari Clair Moro Nascimento, Natália Gomes dos Santos.
 
Teixeira de Freitas
2019
1 INTRODUÇÃO
De acordo com Freire (1996); Paviani (2005); Fazenda (2005; 2008); Flickinger (2010), a interdisciplinaridade é tida como uma possibilidade de quebrar a rigidez dos compartimentos em que se encontram isoladas as disciplinas dos currículos escolares. Ou seja, como uma perspectiva de trabalho pedagógico que promove o diálogo de saberes, a conversa entre as diversas áreas do conhecimento e seus conteúdos, o entrelaçamento entre os diversos fios que tecem o currículo escolar, de modo a fortalecer, qualificar e contextualizar o processo de aprendizagem dos discentes em seus respectivos níveis de ensino. Complementa-se: 
O conceito de interdisciplinaridade fica mais claro quando se considera o fato trivial de que todo conhecimento mantém um diálogo permanente com outros conhecimentos, que pode ser de questionamento, de confirmação, de complementação, de negação, de ampliação, de iluminação de aspectos não distinguidos (BRASIL, 2000, p.75).
	A educação como objeto de estudo, além da interdisciplinaridade, necessita também ser pesquisada minuciosamente; a leitura, a averiguação dos textos e documentos como as Diretrizes Curriculares e a Base Nacional Comum Curricular são de fundamental importância para os educadores em formação e para aqueles que já atuam nessa área, a fim de que estes possam ampliar e avaliar sua prática. Portanto, nosso objetivo com este trabalho é analisar como a interdisciplinaridade e os documentos legais e pedagógicos atuam; além de como o professor pode utilizar esses processos nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, sempre inovando e reconstruindo o plano do trabalho docente em sala de aula. 
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 INTERDISCIPLINARIDADE E O PAPEL DO PROFESSOR MEDIADOR
Toda disciplina tem seu valor, sua importância. A ideia de interliga-las não dilui as disciplinas em particular, mas traz como objeto de conhecimento uma linha de investigação e também de pesquisa onde possa trazer o avanço da escola e do conhecimento de uma forma mais ampla, não apenas formando o aluno através de um olhar mais fechado apenas para uma disciplina, mas ligando conhecimentos docentes e não só formando alunos-cidadãos, mas também os levando para uma linha de raciocínio, capazes de filtrar informações, resolver problemas e capazes de pensar em uma determinada formação futura.
O Concentrar esforços e sair da sua área de conhecimento, da sua especialização para buscar agregar outros conhecimentos para dentro de uma proposta mais viável à solução de problemas em que a sociedade tanto questiona. 
Se as disciplinas deixassem de ser tornadas como campos independentes e passassem a se relacionar mutuamente de acordo com as preocupações atuais de nossa sociedade, teríamos uma solução viável para o problema da parcialidade e hierarquização dos conhecimentos. (MORENO, 1998, p. 33)
Desta forma, a escola tem seu papel importante, pois é nela que se agrega a responsabilidade de mudanças e é dentro dela que se forma cidadãos para enfrentar o mundo. 
Com os desafios propostos pela sociedade do século XXI, a instituição escolar vem desempenhando vários e novos papéis neste campo de constante mutação, o professor passa por transformações emergenciais haja vista, que neste contexto ele é o responsável pela formação de alunos, que devem ser capazes de refletir sobre si e sobre suas ações, no sentido de intervirem na realidade que está posta. Além desses desafios o professor precisa estar preparado para possibilitar a criação de novos caminhos para a construção de saberes, tendo em vista que os alunos hoje fazem parte da geração que está em contato com novas tecnologias e fontes de acesso ao conhecimento. Portanto é preciso investir em práticas pedagógicas inovadoras que preparem os alunos para o verdadeiro exercício da cidadania, para atender às exigências da sociedade que clama por um ensino de qualidade.
Corroborando com essa visão Nóvoa, (1992) afirma que a 
Formação do professor deve estimular o desenvolvimento da visão crítica e reflexiva, que lhes forneça os meios de aprimoramento do pensamento e das práticas autônomas e facilite a dinâmica do investimento na auto formação participada, isto é, em formação construída não somente em processos solitários, mas com base na participação colegiada. (NÓVOA, 1992, p. 23)
Dentro das novas abordagens, a BNCC defende a interdisciplinaridade como ato importante para um melhor aproveitamento por parte dos alunos, pois assim a criança conhece um determinado assunto sendo contemplado por diversas perspectivas. O documento norteia e incentiva o trabalho pedagógico multidisciplinar o que reflete a sociedade atual onde o conhecimento ocorre das mais variadas formas e onde o indivíduo deve ser valorizado e reconhecido em suas particularidades. Portanto, torna-se necessário formar professores que desenvolvam a capacidade de refletirem sobre sua prática, observem as práticas de seus pares, assumam o trabalho colaborativo como caminho possível para mudanças em suas práticas com o objetivo de construção de uma educação de qualidade e tenham como meta a busca pela profissionalização docente.
2.2 PLANO DE TRABALHO DOCENTE
Escola: Centro Educacional Castelo Forte
Docente: Gabriela
Série: 2º Ano Ensino Fundamental – Anos Inicias 
Disciplinas: Língua Portuguesa, Matemática, Matemática e Educação Física.
Conteúdos: 
- Planetas;
- Números Ordinais;
- Produção Textual;
- Agilidade. 
Objetivos: 
- Apresentar os principais astros que vemos ao olhar para o céu: estrelas, planetas e satélites; 
- Explorar esses astros dentro do contexto do Sistema Solar;
- Ordenar os planetas utilizando o sistema de numeração ordinal;
- Produzir pequenos textos sobre o tema. Participar dos jogos ao ar livre. 
Procedimentos metodológicos: 
- Apresentar um globo terrestre para as crianças perguntando quem já viajou para um lugar bem longe e solicitar que indique no globo o lugar para onde viajaram; 
- Pedir que falem sobre o que podemos observar ao olharmos para o céu durante a noite;
- Explicar que alguns astros podem ser observados sem o uso de equipamentos específicos e que existem instrumentos que auxiliam a observação de objetos e planetas que não enxergamos da terra;
- Em seguida, apresentar um infográfico do Sistema Solar enfatizando a ordem em que estes estão inseridos;
- Escutar as crianças sobre o que elas conhecem como: os astros, planetas e satélites. Trazer para discussão os nomes de filmes, desenhos ou personagens de ação que façam parte dessa temática valorizando o universo dos alunos como campo de aprendizagem; 
- Realizar a leiturade pequenos textos sobre cada planeta para promover a curiosidade e instigar a imaginação das crianças sobre o assunto, a medida em que as leituras forem acontecendo, esclarecer que quatro planetas do sistema solar apresentam anéis: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno; 
- Explicar que os anéis de Saturno são grandes o bastante para serem facilmente vistos e que esses anéis são formados predominantemente por poeira e pedaços de rocha;
- Apresentar o vídeo sobre as principais características dos planetas; 
- Formar grupos de 3 a 4 crianças. Sortear nomes de planetas e solicitar que escrevam e ilustrem os planetas sorteados;
- Comentar que a produção textual será um texto descritivo;
- No pátio, e ainda em grupos, as crianças deverão organizar os planetas (bolas de isopor) no cartaz do Sistema Solar e em seguida classifica-los de utilizando o sistema de numeração ordinal. Para isso, deverão correr e procurar os planetas na piscina de bolinhas e leva-los até o cartaz;
Recursos didáticos: Livro do aluno, globo terrestre, infográfico do Sistema Solar, textos informativos sobre os planetas, projetor, notebook, piscina inflável, bolinhas coloridas, bolinhas de isopor representando os planetas, cartaz Sistema Solar. 
Avaliação: 
- Participação na roda de conversa e jogo;
- Observação no momento da leitura;
- Correção dos textos produzidos em grupo;
- Verificação do uso do sistema de numeração ordinal;
- Observação do ritmo e agilidade das crianças durante a atividade de movimento.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da realização dos debates estabelecidos no decorrer desse trabalho é possível afirmar que as propostas abordadas pelas BNCC e demais documentos, colocam o aluno no centro do seu processo de aprendizagem. Além disso, a interdisciplinaridade deve ser fazer presente no dia a dia em sala de aula, contribuindo assim, para uma nova condução do trabalho docente, o que resulta na construção da prática onde o professor é mediador e provocador para um bom desenvolvimento dos estudantes em uma realidade onde o conhecimento acontece nos campos de experiência e tem como objetivo desenvolvimento de inúmeras habilidades.
Para isso, são de suma importância o estudo crítico, investigativo e questionador dos documentos norteadores, para assim, existir um plano de trabalho docente inovador e eficaz. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais Brasília, DF.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2016. Disponível em: < http:// basenacionalcomum.mec.gov.br, >. Acesso em: maio. 2019. 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Fundamentos Pedagógicos e Estrutura geral da BNCC. Brasília, DF, 2017. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=56621-bnccapresentacao-fundamentos-pedagogicos-estruturapdf&category_slug=janeiro-2017-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: maio. 2019. 
FLICKINGER, Hans-Georg. A caminho de uma pedagogia hermenêutica. Campinas, SP: Autores Associados, 2010.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo. Paz e Terra, 1996. 
PAVIANI, Jayme. Interdisciplinaridade: conceito e distinções. Porto Alegre: Edições Pyr, 2005.
MORENO, Monteserrat. Temas Transversais: Um ensino voltado para o futuro. In: BUSQUETS, Maria Dolores et. Al. Temas transversais em educação – Bases para uma formação Geral. São Paulo, SP: Ática, 1998.
NÓVOA, Antonio. Os professores e as histórias de sua vida. In: NÓVOA, Antonio. (Org.). Vidas de professores. Porto: Porto Editora,1992.