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Resumo P1 Geo do Brasil

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Resumo Geo do Brasil 1
Domínios (Blocos): entidades geológicas ou geotectônicas.
Supracrustal: Mineral, rocha ou processo geológico desenvolvido sobre a crosta terrestre como as rochas sedimentares e vulcânicas, os processos exógenos de intemperismo e erosão
Flysch: a sedimentary deposit consisting of thin beds of shale or marl alternating with coarser strata such as sandstone or conglomerate.
*TTGs
*Greenstone
*Komatiítos
BIF
Três tipos principais de formações ferríferas são distinguidas:
Tipo Algoma: a formações ferríferas tais Algoma estão relacionados com processos de vulcanismo. Submarino, encontrando facies sulfetos mais perto da fonte emissora, e oxide facies mais uma entre as formações de ferro rochas são intercalados máfica e felsic, metagrauvacas vulcanoclástica e quadros-negros. 49 são normalmente encontrados em greenstone belts, ea maioria são de idade Arqueano. 50 Acredita-se que esses depósitos foram formados em arcos insulares 49
Tipo superior Lake. Estas formações são aqueles com maior poder e extensão 5 foram depositadas em plataformas, e são comumente encontrada associada a outras rochas, tais como dolomite, quartzito, arkose, conglomerados, folhelhos negros e, em menor medida, rochas vulcânicas. 51 Sua idade é de cerca de 2500-1800000000 anos. 5 Alguns cientistas acreditam que este tipo de formações de ferro são semelhantes aos depósitos sedimentares de hematita Sinus Meridiani e Aram Chaos on Mars. 52
Tipo Rapitan. Formações Ferro como este eles são os menos abundantes 53 filho do falecido Proterozóico idade (800-600 milhões de anos atrás), e estão associados a depósitos do tipo geleira. 5 Sua mineralogia é simples, sendo formado essencialmente por hematita e quartzo. 5
CRÁTON SÃO FRANCISCO – PORÇÃO MINEIRA_ SLIDE
Parte meridional
O embasamento é constituído por um substrato siálico metamórfico de médio a alto grau, consolidado a partir do Mesoarqueano (Complexos Metamórficos Campo Belo, Bonfim, Bação (o único que não é de alto grau) e Belo Horizonte), a qual se sobrepõe as sequências supracrustais de idade neoarqueana (Supergrupo Rio das Velhas) e paleoproterozóica (Supergrupo Minas).
Complexos Metamórficos de Campo Belo, Belo Horizonte e Bonfim são compostos por gnaisses contendo, subordinadamente, lentes de anfibolitos e restos deformação ferrífera bandada. Onde os gnaisses seriam os TTGs metamorfizados. As faixas greenstone estão representadas pelo Greenstone Belt Barbacena, separadas por granitóides intrusivos paleoproterozóicos.
O Supergrupo Minas (Dorr 1969) representa uma seqüência metassedimentar de idade paleoproterozóica constituída por filitos, xistos, quartzitos, dolomitos e itabiritos,assentada discordantemente sobre rochas do Supergrupo Rio das Velhas. 
Dentre seus grupos o de Itabira é o mais significativo em termos econômicos, contendo os minérios de ferro, localmente denominados itabiritos. O Grupo Itabira se divide em duas formações, da base pro topo: 
Fm. Cauê – onde se encontra o maior minério de ferro, BIF do tipo Lake Superior. Se encontra no sinclinal Moeda?
Fm. Gandarela – também contém BIF . Sinclinal Gandarela e evolução dela para dobra reclinada gerada no Transamazônico.
O Grupo Caraça apresenta, na base, a Fm Moeda (quartzitos, filitos e conglomerados auríferos-uraníferos).
As rochas do Supergrupo Minas foram sujeitas ao metamorfismo da fácies xisto verde atingindo a fácies anfibolito nas porções leste, sudeste e nordeste.
O Supergrupo Rio das Velhas pode ser subdivido em três grupos: Quebra Osso, Nova Lima (hospedam-se BIFs carbonáticos ricos em Au) e Maquiné. É uma colagem de terrenos. Esse SG passou por 4 fases deformacionais (2 no Arqueano, Transamazônica e Brasiliano).
Após a fase de deposição (quase 500 Ma.) de plataforma estável e rasa em margem passiva, durante a Orogenia Transamazônica (2,16 – 2,0 Ga), um cinturão colisional em forma de arco, denominado de Cinturão Mineiro (Teixeira et al. 2000), desenvolveu-se nas margens desta plataforma arqueana, formando plútons de granitóides, diques máficos e depósitos do tipo flysh.
Segundo Alkmim e Marshak (1998), o cinturão de cavalgamento/dobramentos (Cinturão Mineiro) foi criado em resposta a uma contração com vergência para NW, relacionada coma acresção de um arco de ilha e/ou terrenos exóticos nas margens leste e sudeste do Cráton do São Francisco. Neste evento, pode ter ocorrido o consumo de crosta oceânica e geração granitóides de origem mantélica seguido por intrusões de granitos crustais sin a pós-colisionais.
 A evolução da bacia Sabará ocorreu durante esta época, com proveniência da erosão dos depósitos arqueanos e paleoproterozóicos do Cinturão Mineiro.
Slide 56 – evolução tectônica do SG Minas
No modelo evolutivo para o desenvolvimento da junção entre a Serra do Curral anticlinal (D1) e o Moeda Sinclinal (D2) e o stress da orogenia Brasiliana (E-W) (D3), a superfície de interferência representa a base do BIF da Fm Cauê.
A parte sul do escudo minério é o resultado da superposição de três ciclos geodinâmicos: Jequié, Transamazônico e Brasiliano.
O ciclo Jequié (2,78 Ga a 2,56 Ga) consiste de três eventos tectônicos de natureza transpressional. O primeiro evento, do Neo-Arqueano Inferior, corresponde à orogenia Rio das Velhas desenvolvida em regime direcional transpressional N-S, dextral, acompanhado de magmatismo e metamorfismo do Grupo Nova Lima em condições de facies anfibolito. Os plútons importantes deste magmatismo são: Tonalito Samambaia, granodiorito Mateus Leme, Ibirité e Caeté e o Granito Brumadinho. A deposição do Grupo Maquiné e a colocação de enxame de diques máficos de orientação NW-SE de idade 2,66 Ga (Pinese 1997) ocorreram em regime direcional transpressional sinistral.
O ciclo Transamazônico é composto por dois eventos compressionais, cujas idades situam-se por volta de 2,25 Ga e 1,9 Ga. O primeiro possui vergência para S-SW e o segundo para NW. Naquele período, corpos plutônicos expressivos ascenderam à crosta ao longo de descontinuidades crustais como o Alto Maranhão, Ressaquinha, Tabuões, Ritápolis, Lavras,Itutinga e outros.
O efeito do ciclo Brasiliano neste segmento crustal está representado, principalmente, por um forte reequilíbrio isotópico no sistema K/Ar, proporcionado pela tectônica de falhas reversas, que ocasionam fatiamentos e soerguimentos de blocos do embasamento.
Evolução Tectônica do Sul do CSF
Fragmentos crustais com idades de até 3,2 Ga, serviram de embasamento para o Greenstone Belt Rio das Velhas (2,8 Ga - 2,7 Ga). Um evento tectônico de 2,7 Ga a 2,6 Ga, marcado por plutonismo intermediário nas rochas do SG Rio das Velhas, definiu a arquitetura clássica destes tipos de terrenos, com domos de embasamento circundados por quilhas de rochas supracrustais.
Posteriormente, entre 2,6 Ga e 2,4 Ga a região registra o estabelecimento de uma plataforma continental de uma bacia de margem passiva. Há cerca de 2,1 Ga na região do Quadrilátero Ferrifero se desenvolveu um cinturão de falhas e dobras, com vergência para noroeste, responsável por zonas de cisalhamento de escalas regionais. Este evento tectôniconão gerou foliação expressiva e teve seu início logo após a deposição dos sedimentos do Gr. Sabará, (flysh representada por turbiditos). Trata-se da Or. Transamazônica. O colapso orogenético da cadeia ocorreu há aproximadamente 2,095 Ga. O segundo evento de natureza compressional que afetou o QF data do Brasiliano, com o desenvolvimento de um cinturão de dobras e falhas com vergência para oeste. Tal evento regenerou e deformou estruturas pretéritas, reativando intensamente a borda leste do Quadrilátero Ferrifero durante o Neoproterozóico.
Depósito de Ouro controlados pelas estruturas no Cinturão Greenstone Rio das Velhas
Em escala regional controlados na diração NW e zonas de cisalhamento D2 com vergencia SW, falhas São Vicente e Raposo. Na escala de depósito estão confinados nos cavalgamentos de 2-3 ordem, relacionados a falhas transcorrentes e dobras. Nessa escala várias estruturas podem estar mineralizadas.A fase D4 se superimpôs a estas estruturas modificando por rotação/transposição ao redor do plano axial D4.
Além das ocorrências e depósitos auríferos, a anticlinal de Mariana hospeda ainda nas proximidades do depósito de Antônio Pereira um importante depósito de topázio imperial. O topázio imperial ocorre em veios quartzosos hospedados em dolomitos alterados (“borra de café”) da Formação Gandarela.
CRÁTON SÃO FRANCISCO – PORÇÃO BAIANA_ SLIDE
O Bloco do Paramirim, situado entre as duas províncias, provavelmente atuou como alto no interior da bacia. Em torno de 1.0 Ga, importante glaciação afetou a maior parte do Cráton. As geleiras se movimentaram de W para E na borda sudoeste do paleo-continente São Francisco e, de NE para SW na Prov. da Chapada Diamantina. A deglaciação resultou em importante subida do nível do mar que inundou a maior parte do Cráton implantou importantes plataformas carbonáticas – as bacias do Grupo Bambuí do Supergrupo São Francisco. Idades de 770-900 Ma são atribuídas aos sedimentos carbonáticos.No fim do Proterozóico, colisões nas margens do Cráton, as quais foram responsáveis pela formação das faixas Brasilianas referidos, causaram inversão da bacia do Espinhaço-São Francisco. A intensidade da deformação foi maior ao longo do eixo do rift, onde a litosfera havia sido afinada durante os episódios de subsidência anteriores
Na Bahia, diversas unidades podem ser definidas, as quais ocorrem em bandas imbricadas de direção geral N-S. As mais importantes são o Bloco Gavião, a seqüência vulcanossedimentar Contendas-Mirante e outras vizinhas, como Umburanas e Mundo Novo os antigos núcleos TTGs, o Complexo Jequié, o Cinturão Itabuna, o Cinturão Salvador-Curaçá, o Grupo Jacobina,o Complexo Mairi, o Núcleo Serrinha, além dos Greenstone Belts do Rio Itapicuru e Capim.
Bloco Gavião: A maioria das sequências vulcano-sedimentares deste Bloco foram greenstone belts, denominados de Contendas Mirante, Umburanas, Guajerú e Mundo Novo. Estes greenstones, da fácies xisto-verde, se formaram em bacias intracratônicas, na crosta antiga TTG. Posteriormente foram superpostos por komatiitos basais, basaltos toleiíticos com pillow-lavas, rochas piroclásticase sedimentos químico-exalativos com idade da ordem de 3,2 Ga (BIFs). Por fim, sedimentos detríticos retrabalhados dos Cinturões greenstone. A sequencia TTG veio com o fechamento dessas bacias intracratônicas. 
No Bloco Gavião ocorrem o Grupo Jacobina: gerado em foreland basin e formado por xistos,formações ferríferas bandadas, formações manganesíferas, quartzitos, conglomerados e intrusões máfico-ultramáficas, 2,1 Ga; e a Formação Areião composta de arcóseos e arenitos que também contêm zircões detríticos de 2,1 Ga
BLOCO Jequié: Embasamento de bacias intercratônicas tipo rift onde basaltos e andesitos basálticos, cherts, formações ferríferas bandadas, grafititos e kinzigitos se acumularam. As rochas do Bloco Jequié foram intensamente deformadas e re-equilibradas na fácies granulito, durante a colisão paleoproterozóica (Transamazônica).
Bloco Itabuna-Salvador-Curuça: contém importantes depósitos de minérios de cobre e de cromo.
A colisão paleoproterozóica ocorreu com movimento de quatro blocos no sentido NW-SE, identificado pela presença de falhas de empurrão e zonas transcorrentes tardias de cinemática sinistral. Durante as etapas iniciais desta colisão, rampas frontais, com tectônica tangencial resultaram na sobreposição tectônica do Bloco Itabuna-Salvador-Curaçá no Bloco Jequié e ambos no Bloco Gavião. Aprensentam dobras recumbentes com vergência para oeste coaxialmente redobradas. A alta P e T são explicadas como consequência da duplicação crustal resultado da superposição tectônica dos blocos. Na parte central do Orógeno Itabuna-Salvador-uraçá este metamorfismo alcançou a fácies granulito e, nas bordas, fácies anfibolito e xisto verde. 
Durante a fase de levantamento, rampas tectônicas associadas a thrusts, modificaram a zonação metamórfica original em função da colocação de megablocos de rochas granulíticas sobre rochas das fácies anfibolito e xisto-verde. Esta configuração estrutural com terrenos de mais alto grau posicionados sobre outros de mais baixo grau é também observada no SSE e SSW do Cráton. Nestas áreas, a sobreposição tectônica ou cavalgamento do Itabuna-Salvador-Curaçá no Bloco Jequié transformou as rochas deste último, da fácies anfibolito para a fácies granulito. Em continuação, todo este conjunto de rochas de alto grau foi colocado sobre o Bloco Gavião .
Diagramas PTs confirmam o metamofismo colisional, no sentido horário.
Conglomerado paleoproterozóico aurífero de Jacobina
O mais importante fica na Formação Serra do Córrego. Mascarenhas & Silva (1994) inferiram que o ouro da Formacão Serra do Córrego teria provindo do Greenstone Belt de Mundo Novo (Parte do Complexo Itapicuru). A quase ausência de minerais pesados, tais como magnetita e ilmenita, que normalmente deveriam estar associados ao ouro, como um dos principais argumentos em favor de uma origem hidrotermal epigenética endógena. Segundo essa hipótese, esses minerais detríticos de Fe (magnetita) e Fe-Ti (ilmenita) teriam sofrido sulfetação, gerando a pirita, que, localmente, atinge 30% da matriz do conglomerado aurífero.
Super Grupo Rio das Velhas = Greenstone
Grupo Bambuí = Super Grupo São Francisco?
Cráton São Francisco – Livro geo do brasil
Segundo a divisão de Souza et al. (2003)
1 - Parte Oriental: marcado por processos do Ciclo Transamazônico (Paleoproterozóico).
2 - Parte Central: unidades Mesoproterozóicas
3 - Parte Ocidental: unidades Neoproterozóicas
1 – Evolução geológica da parte Oriental
1.1 Arqueano
Paleoarqueano marcado pela formação de vários conjuntos litológicos. Essas unidades foram afetadas por um evento termotectôncio de 3,0-2,9 Ga. O Domínio Serrinha a nordeste da Bahia é composto por gnaisses, granitoides e TTGs alongados na direção N-S e tem idade mesoarqueana. Ciclo Jequié neoarqueano é interpretado como rifteamento com abertura de oceano seguida de uma etapa compressiva com subducção para oeste e formação de granitoides em arco magmático continental, culminando com colisão.
No Paleoproterozóico (Transamazônico) formaram-se os Greenstone do Rio itapicuru e Rio Capim, que são relacionados a bacias de retroarco. Uma porção das rochas dessa feição aparece na parte leste do Domínio Serrinha.
No Domínio Savador-Curaça, entre os Domínios Lençois e Serrinha, tem-se duas faixas de rochas de alto grau que abrigam corpo metamáficos-ultramáficos com jazidas de cobre e cromita. Curuça de 2,65 Ga e Jacuri 2.08
1.2 Paleoproterozóico (Transamazônico)
Regime distensivo posterior o Ciclo Jequié. Ciclo distensivo Transamazônico.
A etapa posterior compressiva gerou o Cinturão Orogênico Bahia Ocidental, que abrange todos os domínios do setor Oriental, exceto Serrinha. Ele é resultado da colisão dos blocos Gavião, Serrinha outro “Africano”.
CRÁTON SÃO FRANCISCO
	
Limites: faixas brasilianas Brasília, a sul e oeste, Rio Preto a noroeste, Riacho do Pontal e Sergipana, a norte e Araçuaí a sudeste.
As áreas de cobertura (Pré-cambriano e Fanerozóico) compreendem três grandes unidades morfotectônicas, a Bacia do São Francisco, o Aulacógeno do Paramirim e uma grande parte do Rifte Recôncavo-Tucano- Jatobá. Além destes, outros domínios de cobertura são as bacias neoproterozóicas de antepaís do Rio Pardo e da Faixa Sergipana.
Embasamento
Adquiriu estabilidade depois do evento Transamazônico (rochas e feições mais velhas que 1.8 Ga). Duas feições tectônicas foram caracterizadas no embasamento, são partes de um Orógeno Paleoprotrozóico e seu antepaís. A porção do cinturão que aflora é denominada Cinturão Mineiro.
Postula-se que o Cráton do São Francisco teve um ancestral por ele denominado de Cráton do Paramirim. Estabilizado após o Evento Jequié (2,9-2,7 Ga). O que restara do Cráton do Paramirim e das adições que adquirira no Evento Transamazônico, após a ação do Evento Brasiliano, viria aser Cráton do São Francisco.
Cinturão Mineiro
O Cinturão Mineiro fica restrito a uma pequena faixa ao sul do Quadrilátero Ferrífero, junto ao limite cratônico. Contudo, estende-se a denominação para toda a porção do embasamento exposto no sul do cráton que experimentou deformação no decorrer do Evento Transamazônico.
Abrangência:
Cinturão Mineiro engloba o Quadrilátero Ferrífero e os terrenosadjacentes a sudoeste. As suas extensões nordeste e sudoeste, fora do cráton, foram intensamente retrabalhadas durante o Evento Brasiliano e constituem o substrato das faixas Araçuaí e Brasília Sul, respectivamente.
O Cinturão Mineiro, tal como aqui entendido, envolve um complexo metamórfico basal, as supracrustais do Supergrupo Rio das Velhas, o Supergrupo Minas, o Grupo Itacolomi, além de um substancial volume de granitóides arqueanos e paleoproterozóicos.
O complexo metamórfico ocupa a maior parte da exposição do embasamento no sul do cráton e, nas áreas vizinhas ao Quadrilátero Ferrífero, é constituído por TTG’s.
O Supergrupo Rio das Velhas é composto por uma típica sucessão greenstone belt, que congrega metavulcânicas (komatiitos, basaltos, vulcanoclásticas) e metassedimentos, incluindo formações ferríferas, carbonatos e terrígenos. A idade de vulcânicas félsicas da base desta unidade é de 2,776 Ga. À exceção da geração mais jovem de granitóides, todos os componentes arqueanos que formam o substrato do Cinturão Mineiro foram deformados e metamorfisados no curso do Evento Rio da Velhas, que teve lugar entre 2,78 e 2,7 Ga.
Supergrupo Minas
A camada guia da unidade basal é o BIF do tipo lake superior.
Os traços estruturais dominantes do Cinturão Mineiro orientam-se na direção NE-SW e devem representar a manifestação do Evento Transamazônico na região que envolveria metamorfismo regional (média a alta P e T) e deformação com vergência geral para NW.
Grupo Jacobina: preenchimento da bacia Foreland.
Orógeno paleoproterozóico
O fragmento do orógeno paleoproterozóico preservado na porção norte do cráton envolve quatro componentes litotectônicos maiores: os blocos do Gavião, Jequié e Serrinha, bem como o Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá. Todos esses terrenos possuem idade Arqueana.
O Bloco do Gavião, que compreende o núcleo arqueano “intacto” do cráton e sua borda retrabalhada, engloba as rochas mais antigas do cráton (3,4 e 3, 2 Ga). Metamorfismo fácie Anfibolito.
O Bloco Jequié tem como formadores principais migmatitos de 3.0-2,9 Ga e granitóides de 2,8-2,7 Ga. Metassedimentos e vulcânicas básicas preencheram riftes sobre eles instalados. Metamrofismo fácie Granulito.
O Cinturão Itabuna-Salvador-Curuça tem sua origem em um arco magmático (TTGs) ele desenvolveu-se na virada do neoarqueano para o paleoproterózóico. Durante a convergência paleoproterozóica, todos os constituintes foram deformados e metamorfisados na fácies granulito. 
O Bloco Serrinha tem o embasamento formado por granitos e tonalitos cujas idades ficam entre 2,9 e 3,0 Ga. Metamorfisadas na fácies anfibolito, essas rochas são cobertas pelas seqüências greenstone belt paleoproterozóicas do Rio Itapicuru e Capim, cuja deposição deu-se em bacias de Foreland. Estes greenstone belts paleoproterozóicos diferem dos equivalentes arqueanos do Bloco do Gavião principalmente pela ausência de komatiitos nos primeiros.
Ao que tudo indica, os blocos Jequié, Serrinha e Itabuna-Salvador-Curaçá constituem terrenos participantes de uma história acrescionária do orógeno paleoproterozóico. Por volta de 2,0 Ga o bloco Gavião e Gabão colidiram para gera esse Orogeno Paleoproterozóico. Essa colisão teve caráter oblíquo e está registrada por empurrões e dobras vergentes para WNW, às quais se superimpõem estruturas de um regime transpressional sinistral.
Bacia do São Francisco
As unidades litoestratigráficas maiores aflorantes são: o Supergrupo Espinhaço de idade paleo/mesoproterozóica, o Supergrupo São Francisco de idade neoproterozóica, o Grupo Santa Fé de idade permo-carbonífera e os sedimentos cretácicos dos grupos Areado, Mata da Corda e Urucuia.
O Supergrupo São Francisco, a unidade de maior expressão areal na bacia, é composto pelos Grupos Macaúbas e Bambuí.
O grupo Macaúbas possui depósitos glaciais e marca uma tafrogênese regiona.
O Grupo Bambuí é composto por uma sucessão de rochas marinhas e marca o comportamento flexural da Foreland.
Arcabouço Estrutural
As unidades pré-Cambrianas foram atingidas pelas frentes orogênicas brasilianas. Formaram-se, ao longo dos seus limites, excetuando-se o sul, cinturões epidérmicos de antepaís, cuja vergência é centrípeta em relação ao cráton.
Caracterizam-se, desta forma, quatro compartimentos estruturais na bacia: i) um compartimento oeste (W), que corresponde à porção externa das faixas Brasília e Rio Preto; ii) um compartimento central (C) no qual os sedimentos do Supergrupo São Francisco encontram-se indeformados; iii) um compartimento leste (E), que corresponde à porção externa da Faixa Araçuaí.
Os cinturões de antepaís dos compartimentos W e E, tipicamente formados por uma associação de falhas de empurrão e dobras. Além disso, falhas transcorrentes sinistrais rotacionaram essas estruturas dando origem a uma grande complexidade de estruturas.
Outras importantes estruturas da bacia, a maioria nucleada no Neoproterozóico e reativada no Cretáceo são: I) o Alto de Sete Lagoas; II) o Arco do Alto Paranaíba; iii) o Arco do São Francisco; iv) o grande Baixo de Pirapora e v) o Alto de Januária.

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