Buscar

Metalogênese na Borda Oriental do Cráton Amazônico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

METALOGÊNESE DA BORDA ORIENTAL DO CRÁTON AMAZÔNICO 
Universidade Federal de Pelotas - UFPel 
Prof. Luiz Henrique Ronchi 
Uana Gemima Silva Lima 
 
 RESUMO 
 
A borda oriental do Cráton Amazônico localiza-se na porção norte da plataforma sul-
americana, contempla um conjunto de rochas pré-cambrianas, tectonicamente estáveis, 
que compõem uma das principais unidades geotectônicas. Trata-se de uma das maiores 
áreas cratônicas do mundo que abrange uma superfície de aproximadamente 4,3 x 106 
km² englobando parte das regiões Norte e Centro-Oeste do território brasileiro, é dividido 
por dois escudos definidos com Escudos Brasil-central e escudo Guianas, separados 
pela Bacias Paleozoicas do Solimões e Amazonas, as duas bacias são recobertas por 
sedimentos mesozoicos e cenozoicos. O Cráton Amazônico reunir-se no sudoeste do 
Escudo do Brasil Central, na parte leste do nordeste o Escudo das Guianas, e inclina 
para oeste estendendo pela Guiana Francesa, Suriname, Guiana e leste da Venezuela. 
Depósitos muito importantes que são de Au, Cr, Fe, Mn, U, Ni, Ti, Sn, Nb-Ta, e diamante 
a apresenta ainda potencial para Cu, Zn, EGP e torianita. Esses depósitos 
desenvolveram-se no período orogênico de evolução regional, e estendeu no tempo 
geológico desde o Arqueano até o Peleógeno. A mais importante província mineral 
Carajás é dividida em três domínios e dois deles são cinturões de cisalhamento 
retrabalham o núcleo granito-greenstone e incluem gnaisses de alto grau, sequências 
vulcanossedimentares e terrenos TTG. O Bloco Amapá tem relíquias de crosta ainda 
mais antiga, de 3,32 Ga. Os Domínio Jari são constituídos por uma assembleia de 
embasamento do tipo granulito-gnaisse-migmatito com protólitos arqueanos, enquanto 
o Domínio Carecuru é composto basicamente por rochas cálcio-alcalinas e sequências 
metavulcano-sedimentares, com evolução relacionada ao Evento Transamazônico. O 
Domínio Paru foi delimitado no interior do Domínio Carecuru, e é formado por gnaisses 
granulíticos com protólitos arqueanos, que hospedam plútons charnockíticos 
paleoproterozóicos, estes granitóides são intusivos pertence ao Grupo Serra Lombarda 
e foram gerados em ambientes de arco magmático juvenil. No domínio Santana do 
Araguaia é um evento magmático mais jovem onde ocorre corpos anorogênicos alcalina 
com características de granitos tipo-A relacionado ao evento magmatico 
intracontinental. A descoberta do ouro no Domínio Lourenço foi no final do século XIX 
quando cerca de três toneladas de ouro aluvionar foram extraídos e a garimpagem 
inteira permanecem até hoje. O depósito sedimentares de ferro não tem estudo 
desenvolvidos, então correlacionou com o Bloco Amapá e supuseram que os depósitos 
teriam se formado por volta de 2,26 Ga. A descoberta de alguns depósitos, por volta de 
1983, se deu por trabalhos de mapeamento geológico de semi-detalhe, geoquímica de 
solo e sondagem sobre alvos detectados uma década antes em levantamento regional. 
Em 1979 Cordani et al. propôs uma divisão do Cráton Amazônico em Provincias 
tectônicas-geocronológicas com base em dados radiométricos. Na última década tem 
estudados sobre a faixa orogênica da província Maroni-Itacaiúnas, acompanhados por 
geocronologia utilizando métodos resistente, levando a particularização de distintos 
domínios geológicos da província Transamazonas. Na evolução do Cráton Amazônico 
ocorreu a acresção crustal as suas idades no modelo vão ficando mais jovem na medida 
que vai para sudoeste nos mostra que foi extraído material do manto e colocando na 
crosta terrestre sendo assim teve o crescimento para sudoeste durante o Arqueano e o 
Paleloproterozóico. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O Cráton Amazônico é uma província geológica localizada na região amazônica da 
America do Sul ele ocupa uma grande parte central norte e leste do continente, a borda 
oriental do Cráton Amazônico forma uma faixa alongada de orientação submeridiana. A 
figura 01 mostra o centro leste do Pará que engloba a porção sudeste do Escudo Brasil 
Central, no Amapá e noroeste do Pará temos o Estudo das Guianas na parte leste e 
nordeste, e dobra para oeste estendendo-se pela Guiana Francesa, Suriname, Guiana 
e leste da Venezuela. Esta área corresponde com as províncias geológicas e 
geocronológicas Transamazônas, o Maroni-Itacaiunas é orogênico e paleoproterozóico 
que marca a conjunção entre blocos arqueanos durante o ciclo Transamazônico entre 
2,26 a 1,95 Ga e no período Paleoproterozóico, é representada por um faixa de 
movimentos orogênicos formados a partir de domínios tectônicos. No Brasil os recursos 
minerais da borda oriental do Cráton Amazônico teve sua concentração de depósitos no 
período orogênico de evolução regional e se estendeu no tempo geológico do Arqueano 
até o Peleógeno. O agrupamento dos recursos minerais são depósitos de ouro, cromo, 
ferro, manganês, níquel, titânio, diamante etc, ainda possui características de classe 
diferente de depósitos na evolução de diferentes domínios tectônicos. Carajás é a mais 
importante província mineral do Brasil com concentração de depósitos de Fe, Cu, Au, 
Mn, Ni etc; pode ser dividida em três domínios que são: Terrenos Granitos- Greenstone 
Rio maria, Cinturão de cisalhamento Itacaiúnas, Cinturão de cisalhamento pau D’arco . 
O Cráton Amazônico é composto principalmente por complexos granulíticos-
migmatíticos-gnáissicos, greenstone belts e granitoides, com padrões estruturais e 
assinaturas geoquímicas variáveis, que definem vários episódios evolucionários de 
acreção crustal juvenil em um contexto de subducção, seguido por retrabalhamento 
crustal (Teixeira et al. 1989, Vanderhaegue et al. 1998, Delor et al. 2003, Rosa-Costa et 
al. 2006, 2009). 
 
 
Figura-01-Subdivisão do Cráton Amazônico em província tectônicas-geocronologicas. 
Localização da Província Transamazônica (borda oriental do Cráton Amazonico) e de seus 
domínios tectônicos. Adaptado de Vasquez et al. (2008) a partir de Almeida et al. (1977) e 
Santos (2003) 
 
 
1.2 GEOLOGIA E EVOLUÇÃO DA BORDA ORIENTAL DO CRÁTON 
AMAZÔNICO 
 
A borda oriental do Cráton Amazônico se confunde com a Província Transamazonas 
(Santos 2003) corresponde aproximadamente à Província Maroni-Itacaiúnas, de 
Tassinari & Macambira (2004), se relacionam com domínios birrimianos são realçadas 
as similaridades entre s evolução paleoproterozóica do Cráton Amazônico e a do Cráton 
Oeste Africano que foi formado durante a orogênese Eburneana. Segundo os autores 
que a evolução mesoproterozóica do Cráton Amazônico assemelha-se do Escudo 
Laurentia-Báltica. 
Entre 1999 e 2000 Tassinari & Macambira sintetizaram a evolução do Cráton, 
considerava a existência de seis províncias geocronológicas principais para o Cráton 
que são; Província Amazônica Central com idade superior a 2,3 Ga; Província Maroni-
Itacaiúnas que é a faixa mais antiga paleoproterozóica apresenta idade entre 2,25-1,95 
Ga; Província Ventuari-Tapajós idade entre 2,0-1,8 Ga; Província Rio Negro-Juruena 
com idades entre 1,80-1,55 Ga; província Rondônia San-Ignácio com idade entre 1,55- 
1,30 Ga e a Província Sunsás com idade entre 1,30-1,10 Ga. 
O Cráton Amazônico teve os principais episódios de diferenciação manto crosta parte 
da província Maroni-Itacaiúnas e Rondônia-San Ignácio e toda a província Ventuari-
Tapajós e província Rio-Negro-Juruena demonstra um crescimento acresção crustal na 
sua formação onde envolveu adição de material juvenil durante o Arqueano e o 
Paleloproterozóico. Nas províncias Sunsás e outras partes da provínvias Maroni-
Itacaiúnas e Rondônia-San Ignácio o seu principal processo de formação foi o 
retrabalhamento crustal aderindo de maneira fundamental as designações ou 
redefinições de trabalhos anteriores (Ricci et al. 2001, Santos 2003, Rosa-Costa et al. 
2006, Macambira et al., 2007a, Vasquez et al. 2008b), a borda oriental do Cráton 
Amazônico no Brasil é subdividida em cinco domínios tectônicos: Bloco Amapá e 
domínios Carecuru,Lourenço, Bacajá e Santana do Araguaia (Fig. 1) 
As composições isotópicas de Sr, Pb e Nd em granitóides e ortognaisses indicam uma 
formação importante de crosta continental a partir de materiais juvenis derivados 
diretamente do manto durante o Paleo e Mesoproterozóico. Os dados geocronológicos 
indicam que o protocráton arqueano foi formado a partir da colisão de microcontinentes 
que foram amalgamados pelas orogenias paleoproterozóicas entre 2,2 e 1,95 Ga. Parte 
das provincias PMI e PRSI e a quase totalidade das PVT e PRNJ formaram-se a partir 
de materiais derivados do manto e evoluíram através de uma sucessão de arcos 
magmáticos enquanto que a evolução crustal da PS e de parte das PMI e PRSI estão 
associadas a processos colisionais envolvendo retrabalhamento de rochas existentes. 
 
2.EVOLUÇÃO GEOLÓGICA E DEPÓSITOS MINERAIS ASSOCIADOS 
2.1 DEPÓSITOS MINERAIS 
2.1 BLOCO AMAPÁ 
 
O Bloco Amapá representa a porção do Escudo das Guianas uma expressiva faixa 
orogênica de crosta continental arqueana retrabalhando durante o Ciclo 
Transamazônica. O mesmo é constituído principalmente por uma associação granito-
gnáissico-migmatítica de alto grau metamórfico variando da fácies anfibolito alto a 
granulito, com idades neo-mesoarqueana. O Bloco Amapá foi afetado por um evento 
granulítico entre 2,10 e 2,08 Ga, onde evidências geocronológicas e petroestruturais 
demonstram esse embasamento, que ocorreu durante o estágio colisional do Ciclo 
Transamazônico. Um intenso magmatismo afetou o embasamento arqueano deste 
domínio durante o Paleoproterozóico, representado por plútons de granitóides. 
 
Figura-02-Assocoações tectono-estratigráfico e domínios tectônicos da borda oriental do 
Escudo das Guianas, em território brasileiro. Adaptado de CPRM (2004) e Rosa-Costa et 
al. (2006). 
 
Os depósitos auríferos no Bloco Amapá se localizam na porção sudeste do domínio e 
associam-se com o Grupo Vila Nova de idade > 2260 Ma. As reservas reportadas para 
outros três pequenos depósitos totalizam menos de 5 t de ouro contido. O depósito de 
ouro em metaconglomerado é conhecido na região do rio Vila Nova, porção sul do 
Estado do Amapá. O ouro possui maior concentração na base da sequência de 
metaconglomerado, junto ao horizonte e no contato com xistos. No nível o ouro está 
associado a bandas de turmalinito e a veios de quartzo, apresentando maiores teores 
de prata quando comparado com os teores verificados no metaconglomerado. Os 
depósitos de cromita localizam-se na porção sul do Estado do Amapá e concentram-se 
nas áreas Bacuri e Igarapé do Breu. Esses depósitos e outras ocorrências esparsas 
estão geneticamente associados ao Complexo Máfico-Ultramáfico Bacuri. Identificou-se 
raros blocos de cromitito na superfície, geoquímica de solo e cerca de 70 km de 
sondagem e está associado a rochas máficas-ultramáficas ainda sem designação 
formal. O cromitito principal consiste em uma camada com espessura entre 3 e 30 m de 
cromitito maciço (2,5 a 25% do volume da zona ultramáfica), com mais de 60% vol. de 
cromita imersa em matriz composta por silicatos metamórficos (serpentina, clorita e 
tremolita). Os Depósitos de ferro de origem sedimentar (formações ferríferas, itabiritos, 
quartzitos ferruginosos) e seus equivalentes supergênicos estão distribuídos nas 
porções centro-sul e centro-leste do Amapá, nas regiões de Santa Maria (médio curso 
do rio Vila Nova), Serra do Navio, Matapi e Serra das Coambas (rio Cupixi). Esses 
depósitos estão hospedados na seqüência metavulcanossedimentar do Grupo Vila 
Nova. A formação ferrífera consiste em unidades de hematita (minério principal) e 
itabirito (considerado minério quando o teor de Fe é >58%), que em superfície 
encontram-se intemperizadas formando uma canga composta por fragmentos de 
hematita cimentados por limonita. Os depósitos do Distrito Manganesífero de Serra do 
Navio. Os depósitos formaram-se por enriquecimento supergênico, em condições 
tropicais, do protominério manganesífero associado ao Grupo Vila Nova. A gênese do 
minério envolveu estágios sedimentar, metamórfico e supergênico. A exumação da 
sequência e o intenso intemperismo tropical levaram ao enriquecimento supergênico do 
minério. 
 
Domínio Lourenço é determinado por alusão à localidade hamônima que continua por 
norte do Bloco do Amapá. Amplificando por toda porção setentironal do Estado do 
Amapá. É um domínio paleoproterozóico parecido com o Domínio Carecuru é do tipo 
granito-greenstone representada por um conjunto de gnaisses e granitóides de 
composição dominantemente diorítica, tonalítica e granodiorítica, e por diversas faixas 
de rochas metavulcano-sedimentares, sendo as mais expressivas as das regiões do 
garimpo do Lourenço (Grupo Serra Lombarda) e do Tartarugalzinho. Diversos corpos 
de granitóides, inclusive charnockíticos, são conhecidos no Domínio Lourenço, de 
idades entre 2,10 e 2,05 Ga e posicionamento tectônico relacionado a estágios sin- a 
pós-colisionais do Ciclo Transamazônico. Seus depósitos de ouro de classificação 
incerta seus depósitos auríferos do concentram-se em sua parte sul, no Distrito Aurífero 
do Lourenço. A rocha encaixante predominante nessas é uma biotita tonalito 
foliado/gnaissificado, ocorrências menores são relatadas como associadas a mica 
xistos. No depósito de Salamangone o conjunto hospedeiro é tabular, com 50 m de 
espessura média, mais de 350 m de extensão longitudinal e pelo menos 150 m de 
profundidade. 
 
Figura-03- Distribuição dos principais depósitos minerais nos dominios Lourenço, Amapá e 
carecuru. Numeração correspondente a da Tabela 1. Associações tectono-estratigraficas. 
 
 Um depósito e ocorrências sedimentares de ferro de origem sedimentar localizam-se 
no médio curso do rio Tracajatuba, na margem esquerda do rio Araguari. O depósito de 
Tracajatuba (Mina da Sólida) possui reservas entre 135-200 Mt com 69% de Fe (Limeira 
2005, Ecometals 2009). O minério está associado a quartzitos e itabiritos com magnetita 
da sequência metavulcanossedimentar de Tartarugalzinho. Não há estudos mais 
desenvolvidos sobre esse depósito e é suposta uma gênese similar à dos depósitos de 
ferro do Bloco Amapá. 
 
 
O Domínio Carecuru é uma continuação crustal do periodo paleoproterozóico, sua 
composição são granitóides e gnaisses cálcio-alcalinos e faixas de rochas 
metavulcanossedimentares, pertencem a uma associação do tipo granitóide-greenstone 
o Domínio Carecuru compreendem gnaisses granulíticos do Complexo Ananaí, com 
protólitos magmáticos de 2,60 Ga, os quais hospedam plútons charnockíticos de 2,07 
Ga da Suíte Intrusiva Igarapé Urucu. Os depósitos de ouro do Domínio Carecuru estão 
concentrados no Distrito Aurífero de Ipitinga, na divisa entre os estados do Pará e do 
Amapá é caracterizada pela xistosidade subvertical das sequências 
metavulcanossedimentares e, dos granitóides, por estruturas subsidiárias de segunda 
e terceira ordens e por lineações que indicam movimentos reversos e direcionais Os 
depósitos associam-se à assembléia supra crustal-granitóide, interpretada por Rosa-
Costa et al. (2006) como componente de arco magmático continental. As rochas 
hospedeiras são dominantemente metassedimentares (quartzitos, pelitos, formações 
ferríferas). Uma ocorrência de cobre (prospecto Flexal-Patos, Tabela 1) O minério foi 
detectado numa profundidade de 87 m por sondagens efetuadas na borda nordeste da 
Serra do Ipitinga. A ocorrência está associada a um corpo eletrocondutor detectado por 
Polarização Induzida. Outra ocorrência primária e supergênica de minério de titânio está 
associada ao Complexo Alcalino Maraconaí, o minério primário está contido em ilmenita 
e anatásio. 
 
No sul da Bacia Amazonas temos o Domínio Bacajá sua composição é por granulitos e 
charnockitos, rochas supracrustais, gnaisses, migmatitos e granitos. Tectônica 
transcorrente de orientação WNW-ESE, assinalada por feições de relevo e anomalias 
magnéticas profundas. Esta tectônica recorta as associações litológicas típicas dessedomínio e contrasta com a tectônica tangencial de orientação E-W do domínio arqueano 
adjacente, na região de Carajás. Os depósitos e ocorrências do Rio Bacajá e da Faixa 
Prima também são controlados estruturalmente por zonas de cisalhamento dúcteis e 
rúpteis, mas as rochas encaixantes principais são supracrustais relacionadas à 
sequência Três Palmeiras. São metabasaltos, metadacitos, filitos e formações ferríferas. 
O ouro encontra-se em microfraturas ou associado a concentrações de sulfetos, 
especialmente arsenopirita. Galena, calcopirita, pirrotita e pentlandita são subordinadas. 
Os depósitos de manganês localizam-se na serra da Buritirama, sudeste do domínio 
Bacajá, a assinatura geofísica indica anomalia magnética alongada segundo NW-SE em 
que o baixo magnético acompanha o alinhamento geral das cristas da serra de 
Buritirama. Essa anomalia reflete a associação entre os quartzitos ferruginosos 
(magnéticos) e os horizontes manganesíferos (Andrade et al. 1986a). 
 
 
Localizado no Cráton Amazônico o Domínio Santana do Araguaia, a sul da província 
arqueana de Carajás e sudoeste do Cráton Amazônico era considerado uma 
continuidade para sul do Domínio Rio Maria da Província Carajás. Contudo, Macambira 
et al. (2007a) propuseram esse domínio baseados nos contrastes estruturais e 
geocronológicos apresentados pelas rochas desta região e incorporaram o mesmo à 
Província Transamazonas. Sequências metavulcanossedimentares e tem 
características de granitos do tipo-A e é correlacionado ao evento magmático 
intracontinental expressivamente representado em toda a porção sudeste do Cráton 
Amazônico, especialmente na Província Carajás. O garimpo do Mandi é, até o momento, 
a mais conhecida ocorrência de ouro do Domínio Santana do Araguaia a mineralização 
está associada a um sistema filoneano de quartzo leitoso encaixados em leucogranitos 
com duas micas do Complexo Santana do Araguaia. Os depósitos de urânio o minério 
primário é composto por uraninita localizada na foliação cataclástica que corta o arcósio 
hospedeiro e está também associada à matéria orgânica que envolve grãos detríticos 
de quartzo e feldspato. Magnetita, titanita, pirita, pirrotita, calcopirita e arsenopirita são 
fases subordinada. 
 
3. MAPAS E PERFIS GEOLÓGICOS DOS DEPÓSITOS MINERAIS 
RELACIONADOS 
 
Na figura 01 é possivil observar um panorama geral do Cráton Amazônico a suas 
subdivições em províncias tectonicas e geocronologicas, apresenta a localização da 
província Transamazonica a borda oriental do Cráton Amazônico e seus domínios 
tectônicos. Na figura 02 mostra as principais associação tectonica estratigrafica e 
domínios tectônicos da borda oriental do Escudo das Guianas, em território brasileiro. 
Na figura 03 mostra-se os depósitos pertencentes ao Cráton Amazônico e a sua 
distribuição dos principais depósitos minerais nos domínios Lourenço, Amapá e 
Carecuru. Tabela 1 referente a modelos e exemplos de depósitos minerais dos domínios 
Lourenço Amapá e Carecuru.Tabela 2 referentes a modelos e exemplos de depósitos 
minerais dos domínios Bacajá e Santana do Araguaia. 
 
4.QUAIS OS MODELOS GEOLÓGICOS ENVOLVIDOS NOS DEPÓSITOS 
MINERAIS 
 
Os modelos geológicos envolvidos são diversos incluindo vulcanogênio, orogênio 
gerado depósitos de ouro, sedimentar do ferro, uranio, estratiformes. 
Os processos formadores de minério identificados e analisados indicam que na porção 
do Cráton Amazônico apontam desde depósitos de derivação, passando por resultantes 
da remobilização e redistribuição de metais face a processos tectono-metamórficos, os 
formados pela combinação de erosão e sedimentação, até depósitos de alteração 
supergênica. 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Embora as propostas tenham evolução significante, as diferenças existentes entre 
muitos problemas ainda precisam ser esclarecidas como a questão dos limites entre as 
províncias arqueana e paleoproterozóica continua bastante polêmica, particularmente 
nas porções Central do Cráton, bem como o envolvimento de crosta continental 
arqueana nas províncias proterozóicas Carajás e Maroni-Itacaiúnas ou Transmazônas. 
Tendo em vista o grande potencial mineralizante deste Cráton , é de grande importância 
os levantamentos de área mineralizantes, devido a ocorrência de depósitos em larga 
escala que já haviam sido descobertos e prospectados. O levantamento geológico de 
uma área é de grande importância acadêmica, histórica e sociológica. O 
reconhecimento de áreas de significativo potencial metalogenético através da 
integração de imagens de satélite e aerogeofísicas e de dados litogeoquímicos e 
mineroquímicos relativos a intrusões acamadadas através do Sistema de Informação 
Geográfica (SIG), através destes métodos são identificadas áreas mineralizantes que 
são de grande importância econômica para a região. A utilização de softwares como Arc 
Gis são de grande ajuda na compilação de dados numéricos obtidos em campo, 
espacialmente referenciados de forma muito mais prática e rápido. 
Uma técnica muito usada atualmente é a de obtenção de imagens multiespectrais para 
se realizar a prospecção mineral, podendo ser imagens com diferentes composições de 
banda ou com diferentes dados geofísicos e outras imagens. Dessa forma, deve se 
realizar o processamento de imagens para a prospecção mineral para se extrair as 
melhores informações dos mesmos. As imagens são captadas por sensores específicos 
que conseguem reter ondas eletromagnéticas que não são visíveis a olho nu e que 
podem ser muito úteis na identificação dos minerais presentes em determinadas regiões 
do globo. 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ASSIS, Rafael Rodrigues de et al. METALOGÊNESE DO SETOR LESTE DA PROVÍNCIA DE ALTA 
FLORESTA (MT), CRÁTON AMAZÔNICO. In: SILVA, Maria da Glória da et al. METALOGÊNESE DAS 
PROVÍNCIAS TECTÔNICAS BRASILEIRAS. Belo Horizonte: Serviço Geológico do Brasil (CPRM), 2014. 
ISBN 978-85-7499-221-1 
 
COUTINHO, M. G. N. Geologia do Craton Amazônico. p. 15-34. In: COUTINHO, M. G. N. (ed.). Província 
mineral do Tapajós: geologia, metalogenia e mapa provisional para ouro em SIG. Rio de Janeiro: CPRM, 
2008 
 
HORIKAVA, E. H. Geoquímica de solo e geologia da região do depósito de ouro do Amapari. p.39-42. 
Dissertação de Mestrado, volume I Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Geociências, 
Programa de Pós-Graduação em Geologia 
 
DARDENE, Marcel Auguste e SCHOBBENHAUS, Carlos . DEPÓSITOS MINERAIS NO TEMPO 
GEOLÓGICO E ÉPOCAS METALOGENÉTICAS. Geologia, Tectônica e Recursos Minerais do Brasil . A. 
Bizzi, C. Schobbenhaus, R. M. Vidotti e J. H. Gonçalves (eds.) CPRM, Brasília, 2003 
NETO, J. M.M; LAFON, J. M. Evolução Cristal Arqueana no bloco Amapá, sudoeste do Escudo das 
Guianas;Consideração a partir de dados U-Pb e Lu-Hf em zircão programa de pós-graduação em 
Geologia e Geoquimica, Instituto de geociências, Universidade Federal do Pará-UFPA.Congresso 
Brasileiro de Geologia 
 
BARRETO, C. J. S; LAFON, J. M. Magmatismo Eoriaciono (2,26Ga) na Porção Norte do Bloco Arqueano 
Amapá, Região Central do Amapá: Nova Evidencia e Implicações Geodinâmicas. Curso de geologia 
 
COSTA, L. T. R. Geocronologia do Seguimento Sudeste do Escudo das guianas: Evolução Crustal e 
termocronologia do evento transamazônico. Tese, Universidade Federal do Pará Centro de Geociências 
Programa de Pós-Graduação em Geologia e Queoquimica 
 
TASSINARI, G. C. C; MACAMBIRA, B.J.M. A evolução tectonica do Cráton Amazônico. Editora beca, São 
Paulo, 2004. 
TASSINARI, G. C. C. O Mapa geocronológico do Cráton Amazônico no Brasil: Revisão dos Dados 
Isotópicos, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 1996

Outros materiais