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METALOGÊNESE DA BORDA ORIENTAL DO CRÁTON AMAZÔNICO Universidade Federal de Pelotas - UFPel Prof. Luiz Henrique Ronchi Uana Gemima Silva Lima RESUMO A borda oriental do Cráton Amazônico localiza-se na porção norte da plataforma sul- americana, contempla um conjunto de rochas pré-cambrianas, tectonicamente estáveis, que compõem uma das principais unidades geotectônicas. Trata-se de uma das maiores áreas cratônicas do mundo que abrange uma superfície de aproximadamente 4,3 x 106 km² englobando parte das regiões Norte e Centro-Oeste do território brasileiro, é dividido por dois escudos definidos com Escudos Brasil-central e escudo Guianas, separados pela Bacias Paleozoicas do Solimões e Amazonas, as duas bacias são recobertas por sedimentos mesozoicos e cenozoicos. O Cráton Amazônico reunir-se no sudoeste do Escudo do Brasil Central, na parte leste do nordeste o Escudo das Guianas, e inclina para oeste estendendo pela Guiana Francesa, Suriname, Guiana e leste da Venezuela. Depósitos muito importantes que são de Au, Cr, Fe, Mn, U, Ni, Ti, Sn, Nb-Ta, e diamante a apresenta ainda potencial para Cu, Zn, EGP e torianita. Esses depósitos desenvolveram-se no período orogênico de evolução regional, e estendeu no tempo geológico desde o Arqueano até o Peleógeno. A mais importante província mineral Carajás é dividida em três domínios e dois deles são cinturões de cisalhamento retrabalham o núcleo granito-greenstone e incluem gnaisses de alto grau, sequências vulcanossedimentares e terrenos TTG. O Bloco Amapá tem relíquias de crosta ainda mais antiga, de 3,32 Ga. Os Domínio Jari são constituídos por uma assembleia de embasamento do tipo granulito-gnaisse-migmatito com protólitos arqueanos, enquanto o Domínio Carecuru é composto basicamente por rochas cálcio-alcalinas e sequências metavulcano-sedimentares, com evolução relacionada ao Evento Transamazônico. O Domínio Paru foi delimitado no interior do Domínio Carecuru, e é formado por gnaisses granulíticos com protólitos arqueanos, que hospedam plútons charnockíticos paleoproterozóicos, estes granitóides são intusivos pertence ao Grupo Serra Lombarda e foram gerados em ambientes de arco magmático juvenil. No domínio Santana do Araguaia é um evento magmático mais jovem onde ocorre corpos anorogênicos alcalina com características de granitos tipo-A relacionado ao evento magmatico intracontinental. A descoberta do ouro no Domínio Lourenço foi no final do século XIX quando cerca de três toneladas de ouro aluvionar foram extraídos e a garimpagem inteira permanecem até hoje. O depósito sedimentares de ferro não tem estudo desenvolvidos, então correlacionou com o Bloco Amapá e supuseram que os depósitos teriam se formado por volta de 2,26 Ga. A descoberta de alguns depósitos, por volta de 1983, se deu por trabalhos de mapeamento geológico de semi-detalhe, geoquímica de solo e sondagem sobre alvos detectados uma década antes em levantamento regional. Em 1979 Cordani et al. propôs uma divisão do Cráton Amazônico em Provincias tectônicas-geocronológicas com base em dados radiométricos. Na última década tem estudados sobre a faixa orogênica da província Maroni-Itacaiúnas, acompanhados por geocronologia utilizando métodos resistente, levando a particularização de distintos domínios geológicos da província Transamazonas. Na evolução do Cráton Amazônico ocorreu a acresção crustal as suas idades no modelo vão ficando mais jovem na medida que vai para sudoeste nos mostra que foi extraído material do manto e colocando na crosta terrestre sendo assim teve o crescimento para sudoeste durante o Arqueano e o Paleloproterozóico. 1. INTRODUÇÃO O Cráton Amazônico é uma província geológica localizada na região amazônica da America do Sul ele ocupa uma grande parte central norte e leste do continente, a borda oriental do Cráton Amazônico forma uma faixa alongada de orientação submeridiana. A figura 01 mostra o centro leste do Pará que engloba a porção sudeste do Escudo Brasil Central, no Amapá e noroeste do Pará temos o Estudo das Guianas na parte leste e nordeste, e dobra para oeste estendendo-se pela Guiana Francesa, Suriname, Guiana e leste da Venezuela. Esta área corresponde com as províncias geológicas e geocronológicas Transamazônas, o Maroni-Itacaiunas é orogênico e paleoproterozóico que marca a conjunção entre blocos arqueanos durante o ciclo Transamazônico entre 2,26 a 1,95 Ga e no período Paleoproterozóico, é representada por um faixa de movimentos orogênicos formados a partir de domínios tectônicos. No Brasil os recursos minerais da borda oriental do Cráton Amazônico teve sua concentração de depósitos no período orogênico de evolução regional e se estendeu no tempo geológico do Arqueano até o Peleógeno. O agrupamento dos recursos minerais são depósitos de ouro, cromo, ferro, manganês, níquel, titânio, diamante etc, ainda possui características de classe diferente de depósitos na evolução de diferentes domínios tectônicos. Carajás é a mais importante província mineral do Brasil com concentração de depósitos de Fe, Cu, Au, Mn, Ni etc; pode ser dividida em três domínios que são: Terrenos Granitos- Greenstone Rio maria, Cinturão de cisalhamento Itacaiúnas, Cinturão de cisalhamento pau D’arco . O Cráton Amazônico é composto principalmente por complexos granulíticos- migmatíticos-gnáissicos, greenstone belts e granitoides, com padrões estruturais e assinaturas geoquímicas variáveis, que definem vários episódios evolucionários de acreção crustal juvenil em um contexto de subducção, seguido por retrabalhamento crustal (Teixeira et al. 1989, Vanderhaegue et al. 1998, Delor et al. 2003, Rosa-Costa et al. 2006, 2009). Figura-01-Subdivisão do Cráton Amazônico em província tectônicas-geocronologicas. Localização da Província Transamazônica (borda oriental do Cráton Amazonico) e de seus domínios tectônicos. Adaptado de Vasquez et al. (2008) a partir de Almeida et al. (1977) e Santos (2003) 1.2 GEOLOGIA E EVOLUÇÃO DA BORDA ORIENTAL DO CRÁTON AMAZÔNICO A borda oriental do Cráton Amazônico se confunde com a Província Transamazonas (Santos 2003) corresponde aproximadamente à Província Maroni-Itacaiúnas, de Tassinari & Macambira (2004), se relacionam com domínios birrimianos são realçadas as similaridades entre s evolução paleoproterozóica do Cráton Amazônico e a do Cráton Oeste Africano que foi formado durante a orogênese Eburneana. Segundo os autores que a evolução mesoproterozóica do Cráton Amazônico assemelha-se do Escudo Laurentia-Báltica. Entre 1999 e 2000 Tassinari & Macambira sintetizaram a evolução do Cráton, considerava a existência de seis províncias geocronológicas principais para o Cráton que são; Província Amazônica Central com idade superior a 2,3 Ga; Província Maroni- Itacaiúnas que é a faixa mais antiga paleoproterozóica apresenta idade entre 2,25-1,95 Ga; Província Ventuari-Tapajós idade entre 2,0-1,8 Ga; Província Rio Negro-Juruena com idades entre 1,80-1,55 Ga; província Rondônia San-Ignácio com idade entre 1,55- 1,30 Ga e a Província Sunsás com idade entre 1,30-1,10 Ga. O Cráton Amazônico teve os principais episódios de diferenciação manto crosta parte da província Maroni-Itacaiúnas e Rondônia-San Ignácio e toda a província Ventuari- Tapajós e província Rio-Negro-Juruena demonstra um crescimento acresção crustal na sua formação onde envolveu adição de material juvenil durante o Arqueano e o Paleloproterozóico. Nas províncias Sunsás e outras partes da provínvias Maroni- Itacaiúnas e Rondônia-San Ignácio o seu principal processo de formação foi o retrabalhamento crustal aderindo de maneira fundamental as designações ou redefinições de trabalhos anteriores (Ricci et al. 2001, Santos 2003, Rosa-Costa et al. 2006, Macambira et al., 2007a, Vasquez et al. 2008b), a borda oriental do Cráton Amazônico no Brasil é subdividida em cinco domínios tectônicos: Bloco Amapá e domínios Carecuru,Lourenço, Bacajá e Santana do Araguaia (Fig. 1) As composições isotópicas de Sr, Pb e Nd em granitóides e ortognaisses indicam uma formação importante de crosta continental a partir de materiais juvenis derivados diretamente do manto durante o Paleo e Mesoproterozóico. Os dados geocronológicos indicam que o protocráton arqueano foi formado a partir da colisão de microcontinentes que foram amalgamados pelas orogenias paleoproterozóicas entre 2,2 e 1,95 Ga. Parte das provincias PMI e PRSI e a quase totalidade das PVT e PRNJ formaram-se a partir de materiais derivados do manto e evoluíram através de uma sucessão de arcos magmáticos enquanto que a evolução crustal da PS e de parte das PMI e PRSI estão associadas a processos colisionais envolvendo retrabalhamento de rochas existentes. 2.EVOLUÇÃO GEOLÓGICA E DEPÓSITOS MINERAIS ASSOCIADOS 2.1 DEPÓSITOS MINERAIS 2.1 BLOCO AMAPÁ O Bloco Amapá representa a porção do Escudo das Guianas uma expressiva faixa orogênica de crosta continental arqueana retrabalhando durante o Ciclo Transamazônica. O mesmo é constituído principalmente por uma associação granito- gnáissico-migmatítica de alto grau metamórfico variando da fácies anfibolito alto a granulito, com idades neo-mesoarqueana. O Bloco Amapá foi afetado por um evento granulítico entre 2,10 e 2,08 Ga, onde evidências geocronológicas e petroestruturais demonstram esse embasamento, que ocorreu durante o estágio colisional do Ciclo Transamazônico. Um intenso magmatismo afetou o embasamento arqueano deste domínio durante o Paleoproterozóico, representado por plútons de granitóides. Figura-02-Assocoações tectono-estratigráfico e domínios tectônicos da borda oriental do Escudo das Guianas, em território brasileiro. Adaptado de CPRM (2004) e Rosa-Costa et al. (2006). Os depósitos auríferos no Bloco Amapá se localizam na porção sudeste do domínio e associam-se com o Grupo Vila Nova de idade > 2260 Ma. As reservas reportadas para outros três pequenos depósitos totalizam menos de 5 t de ouro contido. O depósito de ouro em metaconglomerado é conhecido na região do rio Vila Nova, porção sul do Estado do Amapá. O ouro possui maior concentração na base da sequência de metaconglomerado, junto ao horizonte e no contato com xistos. No nível o ouro está associado a bandas de turmalinito e a veios de quartzo, apresentando maiores teores de prata quando comparado com os teores verificados no metaconglomerado. Os depósitos de cromita localizam-se na porção sul do Estado do Amapá e concentram-se nas áreas Bacuri e Igarapé do Breu. Esses depósitos e outras ocorrências esparsas estão geneticamente associados ao Complexo Máfico-Ultramáfico Bacuri. Identificou-se raros blocos de cromitito na superfície, geoquímica de solo e cerca de 70 km de sondagem e está associado a rochas máficas-ultramáficas ainda sem designação formal. O cromitito principal consiste em uma camada com espessura entre 3 e 30 m de cromitito maciço (2,5 a 25% do volume da zona ultramáfica), com mais de 60% vol. de cromita imersa em matriz composta por silicatos metamórficos (serpentina, clorita e tremolita). Os Depósitos de ferro de origem sedimentar (formações ferríferas, itabiritos, quartzitos ferruginosos) e seus equivalentes supergênicos estão distribuídos nas porções centro-sul e centro-leste do Amapá, nas regiões de Santa Maria (médio curso do rio Vila Nova), Serra do Navio, Matapi e Serra das Coambas (rio Cupixi). Esses depósitos estão hospedados na seqüência metavulcanossedimentar do Grupo Vila Nova. A formação ferrífera consiste em unidades de hematita (minério principal) e itabirito (considerado minério quando o teor de Fe é >58%), que em superfície encontram-se intemperizadas formando uma canga composta por fragmentos de hematita cimentados por limonita. Os depósitos do Distrito Manganesífero de Serra do Navio. Os depósitos formaram-se por enriquecimento supergênico, em condições tropicais, do protominério manganesífero associado ao Grupo Vila Nova. A gênese do minério envolveu estágios sedimentar, metamórfico e supergênico. A exumação da sequência e o intenso intemperismo tropical levaram ao enriquecimento supergênico do minério. Domínio Lourenço é determinado por alusão à localidade hamônima que continua por norte do Bloco do Amapá. Amplificando por toda porção setentironal do Estado do Amapá. É um domínio paleoproterozóico parecido com o Domínio Carecuru é do tipo granito-greenstone representada por um conjunto de gnaisses e granitóides de composição dominantemente diorítica, tonalítica e granodiorítica, e por diversas faixas de rochas metavulcano-sedimentares, sendo as mais expressivas as das regiões do garimpo do Lourenço (Grupo Serra Lombarda) e do Tartarugalzinho. Diversos corpos de granitóides, inclusive charnockíticos, são conhecidos no Domínio Lourenço, de idades entre 2,10 e 2,05 Ga e posicionamento tectônico relacionado a estágios sin- a pós-colisionais do Ciclo Transamazônico. Seus depósitos de ouro de classificação incerta seus depósitos auríferos do concentram-se em sua parte sul, no Distrito Aurífero do Lourenço. A rocha encaixante predominante nessas é uma biotita tonalito foliado/gnaissificado, ocorrências menores são relatadas como associadas a mica xistos. No depósito de Salamangone o conjunto hospedeiro é tabular, com 50 m de espessura média, mais de 350 m de extensão longitudinal e pelo menos 150 m de profundidade. Figura-03- Distribuição dos principais depósitos minerais nos dominios Lourenço, Amapá e carecuru. Numeração correspondente a da Tabela 1. Associações tectono-estratigraficas. Um depósito e ocorrências sedimentares de ferro de origem sedimentar localizam-se no médio curso do rio Tracajatuba, na margem esquerda do rio Araguari. O depósito de Tracajatuba (Mina da Sólida) possui reservas entre 135-200 Mt com 69% de Fe (Limeira 2005, Ecometals 2009). O minério está associado a quartzitos e itabiritos com magnetita da sequência metavulcanossedimentar de Tartarugalzinho. Não há estudos mais desenvolvidos sobre esse depósito e é suposta uma gênese similar à dos depósitos de ferro do Bloco Amapá. O Domínio Carecuru é uma continuação crustal do periodo paleoproterozóico, sua composição são granitóides e gnaisses cálcio-alcalinos e faixas de rochas metavulcanossedimentares, pertencem a uma associação do tipo granitóide-greenstone o Domínio Carecuru compreendem gnaisses granulíticos do Complexo Ananaí, com protólitos magmáticos de 2,60 Ga, os quais hospedam plútons charnockíticos de 2,07 Ga da Suíte Intrusiva Igarapé Urucu. Os depósitos de ouro do Domínio Carecuru estão concentrados no Distrito Aurífero de Ipitinga, na divisa entre os estados do Pará e do Amapá é caracterizada pela xistosidade subvertical das sequências metavulcanossedimentares e, dos granitóides, por estruturas subsidiárias de segunda e terceira ordens e por lineações que indicam movimentos reversos e direcionais Os depósitos associam-se à assembléia supra crustal-granitóide, interpretada por Rosa- Costa et al. (2006) como componente de arco magmático continental. As rochas hospedeiras são dominantemente metassedimentares (quartzitos, pelitos, formações ferríferas). Uma ocorrência de cobre (prospecto Flexal-Patos, Tabela 1) O minério foi detectado numa profundidade de 87 m por sondagens efetuadas na borda nordeste da Serra do Ipitinga. A ocorrência está associada a um corpo eletrocondutor detectado por Polarização Induzida. Outra ocorrência primária e supergênica de minério de titânio está associada ao Complexo Alcalino Maraconaí, o minério primário está contido em ilmenita e anatásio. No sul da Bacia Amazonas temos o Domínio Bacajá sua composição é por granulitos e charnockitos, rochas supracrustais, gnaisses, migmatitos e granitos. Tectônica transcorrente de orientação WNW-ESE, assinalada por feições de relevo e anomalias magnéticas profundas. Esta tectônica recorta as associações litológicas típicas dessedomínio e contrasta com a tectônica tangencial de orientação E-W do domínio arqueano adjacente, na região de Carajás. Os depósitos e ocorrências do Rio Bacajá e da Faixa Prima também são controlados estruturalmente por zonas de cisalhamento dúcteis e rúpteis, mas as rochas encaixantes principais são supracrustais relacionadas à sequência Três Palmeiras. São metabasaltos, metadacitos, filitos e formações ferríferas. O ouro encontra-se em microfraturas ou associado a concentrações de sulfetos, especialmente arsenopirita. Galena, calcopirita, pirrotita e pentlandita são subordinadas. Os depósitos de manganês localizam-se na serra da Buritirama, sudeste do domínio Bacajá, a assinatura geofísica indica anomalia magnética alongada segundo NW-SE em que o baixo magnético acompanha o alinhamento geral das cristas da serra de Buritirama. Essa anomalia reflete a associação entre os quartzitos ferruginosos (magnéticos) e os horizontes manganesíferos (Andrade et al. 1986a). Localizado no Cráton Amazônico o Domínio Santana do Araguaia, a sul da província arqueana de Carajás e sudoeste do Cráton Amazônico era considerado uma continuidade para sul do Domínio Rio Maria da Província Carajás. Contudo, Macambira et al. (2007a) propuseram esse domínio baseados nos contrastes estruturais e geocronológicos apresentados pelas rochas desta região e incorporaram o mesmo à Província Transamazonas. Sequências metavulcanossedimentares e tem características de granitos do tipo-A e é correlacionado ao evento magmático intracontinental expressivamente representado em toda a porção sudeste do Cráton Amazônico, especialmente na Província Carajás. O garimpo do Mandi é, até o momento, a mais conhecida ocorrência de ouro do Domínio Santana do Araguaia a mineralização está associada a um sistema filoneano de quartzo leitoso encaixados em leucogranitos com duas micas do Complexo Santana do Araguaia. Os depósitos de urânio o minério primário é composto por uraninita localizada na foliação cataclástica que corta o arcósio hospedeiro e está também associada à matéria orgânica que envolve grãos detríticos de quartzo e feldspato. Magnetita, titanita, pirita, pirrotita, calcopirita e arsenopirita são fases subordinada. 3. MAPAS E PERFIS GEOLÓGICOS DOS DEPÓSITOS MINERAIS RELACIONADOS Na figura 01 é possivil observar um panorama geral do Cráton Amazônico a suas subdivições em províncias tectonicas e geocronologicas, apresenta a localização da província Transamazonica a borda oriental do Cráton Amazônico e seus domínios tectônicos. Na figura 02 mostra as principais associação tectonica estratigrafica e domínios tectônicos da borda oriental do Escudo das Guianas, em território brasileiro. Na figura 03 mostra-se os depósitos pertencentes ao Cráton Amazônico e a sua distribuição dos principais depósitos minerais nos domínios Lourenço, Amapá e Carecuru. Tabela 1 referente a modelos e exemplos de depósitos minerais dos domínios Lourenço Amapá e Carecuru.Tabela 2 referentes a modelos e exemplos de depósitos minerais dos domínios Bacajá e Santana do Araguaia. 4.QUAIS OS MODELOS GEOLÓGICOS ENVOLVIDOS NOS DEPÓSITOS MINERAIS Os modelos geológicos envolvidos são diversos incluindo vulcanogênio, orogênio gerado depósitos de ouro, sedimentar do ferro, uranio, estratiformes. Os processos formadores de minério identificados e analisados indicam que na porção do Cráton Amazônico apontam desde depósitos de derivação, passando por resultantes da remobilização e redistribuição de metais face a processos tectono-metamórficos, os formados pela combinação de erosão e sedimentação, até depósitos de alteração supergênica. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Embora as propostas tenham evolução significante, as diferenças existentes entre muitos problemas ainda precisam ser esclarecidas como a questão dos limites entre as províncias arqueana e paleoproterozóica continua bastante polêmica, particularmente nas porções Central do Cráton, bem como o envolvimento de crosta continental arqueana nas províncias proterozóicas Carajás e Maroni-Itacaiúnas ou Transmazônas. Tendo em vista o grande potencial mineralizante deste Cráton , é de grande importância os levantamentos de área mineralizantes, devido a ocorrência de depósitos em larga escala que já haviam sido descobertos e prospectados. O levantamento geológico de uma área é de grande importância acadêmica, histórica e sociológica. O reconhecimento de áreas de significativo potencial metalogenético através da integração de imagens de satélite e aerogeofísicas e de dados litogeoquímicos e mineroquímicos relativos a intrusões acamadadas através do Sistema de Informação Geográfica (SIG), através destes métodos são identificadas áreas mineralizantes que são de grande importância econômica para a região. A utilização de softwares como Arc Gis são de grande ajuda na compilação de dados numéricos obtidos em campo, espacialmente referenciados de forma muito mais prática e rápido. Uma técnica muito usada atualmente é a de obtenção de imagens multiespectrais para se realizar a prospecção mineral, podendo ser imagens com diferentes composições de banda ou com diferentes dados geofísicos e outras imagens. Dessa forma, deve se realizar o processamento de imagens para a prospecção mineral para se extrair as melhores informações dos mesmos. As imagens são captadas por sensores específicos que conseguem reter ondas eletromagnéticas que não são visíveis a olho nu e que podem ser muito úteis na identificação dos minerais presentes em determinadas regiões do globo. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSIS, Rafael Rodrigues de et al. METALOGÊNESE DO SETOR LESTE DA PROVÍNCIA DE ALTA FLORESTA (MT), CRÁTON AMAZÔNICO. In: SILVA, Maria da Glória da et al. METALOGÊNESE DAS PROVÍNCIAS TECTÔNICAS BRASILEIRAS. Belo Horizonte: Serviço Geológico do Brasil (CPRM), 2014. ISBN 978-85-7499-221-1 COUTINHO, M. G. N. Geologia do Craton Amazônico. p. 15-34. In: COUTINHO, M. G. N. (ed.). Província mineral do Tapajós: geologia, metalogenia e mapa provisional para ouro em SIG. Rio de Janeiro: CPRM, 2008 HORIKAVA, E. H. Geoquímica de solo e geologia da região do depósito de ouro do Amapari. p.39-42. Dissertação de Mestrado, volume I Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia DARDENE, Marcel Auguste e SCHOBBENHAUS, Carlos . DEPÓSITOS MINERAIS NO TEMPO GEOLÓGICO E ÉPOCAS METALOGENÉTICAS. Geologia, Tectônica e Recursos Minerais do Brasil . A. Bizzi, C. Schobbenhaus, R. M. Vidotti e J. H. Gonçalves (eds.) CPRM, Brasília, 2003 NETO, J. M.M; LAFON, J. M. Evolução Cristal Arqueana no bloco Amapá, sudoeste do Escudo das Guianas;Consideração a partir de dados U-Pb e Lu-Hf em zircão programa de pós-graduação em Geologia e Geoquimica, Instituto de geociências, Universidade Federal do Pará-UFPA.Congresso Brasileiro de Geologia BARRETO, C. J. S; LAFON, J. M. Magmatismo Eoriaciono (2,26Ga) na Porção Norte do Bloco Arqueano Amapá, Região Central do Amapá: Nova Evidencia e Implicações Geodinâmicas. Curso de geologia COSTA, L. T. R. Geocronologia do Seguimento Sudeste do Escudo das guianas: Evolução Crustal e termocronologia do evento transamazônico. Tese, Universidade Federal do Pará Centro de Geociências Programa de Pós-Graduação em Geologia e Queoquimica TASSINARI, G. C. C; MACAMBIRA, B.J.M. A evolução tectonica do Cráton Amazônico. Editora beca, São Paulo, 2004. TASSINARI, G. C. C. O Mapa geocronológico do Cráton Amazônico no Brasil: Revisão dos Dados Isotópicos, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 1996
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