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REVISÃO – RACIOCÍNIO LÓGICO UNIDADE 1 O que é lógica formal? A palavra “lógica” origina-se do grego clássico, do vocábulo lógos, que significa palavra, pensamento, ideia, argumento, relato, razão lógica ou princípio lógico. A Lógica é uma ciência de base Matemática e muito ligada à Filosofia. LÓGICA NATURAL X LÓGICA CIENTÍFICA A lógica natural, espontânea ou empírica, nada mais é do que uma aptidão inata do espírito empregada pelas faculdades intelectuais, mas sem ser capaz de justificar racionalmente por meio de princípios universais. Já a lógica científica faz parte da filosofia normativa. Ela tem como objetivo central definir quais devem ser as operações intelectuais utilizadas na satisfação das exigências de um pensamento correto. A lógica aristotélica A lógica tem como base a boa elaboração dos argumentos, que são as estratégias linguísticas empregadas na defesa de uma tese. A obra fundadora da lógica clássica é Organon, de Aristóteles Na obra Organon, o filósofo apresenta a lógica como um método do discurso utilizado na demonstração, o qual utiliza três tipos de operações da inteligência: a) o conceito: é a representação mental dos objetos; b) o juízo: é a afirmação ou negação da relação entre o sujeito e seu predicado; c) o raciocínio: é o que leva à conclusão a respeito dos diversos juízos presentes no discurso. Lógica formal x lógica material a) a lógica formal ou menor: é a parte da Lógica que visa à definição da forma correta das operações intelectuais. b) a lógica material ou maior: é a parte da Lógica que determina as leis particulares que decorrem da natureza dos objetos a serem conhecidos. Alguns autores importantes não podem deixar de ser mencionados: a) os medievais: Porfírio, Boécio, Abelardo e S. Tomás de Aquino; b) os modernos: Leibniz, Wolff, Kant, Russel e Whitehead. Verdade X Validade A verdade é a correspondência entre o que é pensado e o objeto em si. Já a validade está relacionada à estrutura lógica da argumentação, ou melhor, ao encadeamento formal e lógico dos raciocínios. As leis formais do pensamento De acordo com os lógicos, para que se chegue ao raciocínio formalmente válido, é imprescindível levar em consideração quatro princípios, os quais servem de critério para o conhecimento verdadeiro. Princípio da identidade: é aquele que afirma a identidade de determinado elemento consigo mesmo. Princípio da (não-) contradição: determina que um elemento, se for considerado sob o mesmo aspecto, não pode, ao mesmo tempo, ser e não-ser; Princípio do terceiro excluído: defende que, caso seja dada uma determinada noção, ou ela é tida como verdadeira ou como falsa. Princípio da razão sufi ciente: esta lei não é apresentada por Aristóteles e pelos escolásticos. a indução (que vai do particular para o geral) – “Mostrar como uma conclusão é tirada da experiência sensível, ou, em outras palavras, resolver uma conclusão nos fatos dos quais nosso espírito a extrai como de uma matéria é proceder por via indutiva.” - a dedução (que parte do geral para o particular) - “Mostrar como uma conclusão deriva de verdades universais já conhecidas (...) é proceder por via dedutiva ou silogística.” Analogia e comparação ANALOGIA É uma semelhança parcial que sugere uma semelhança oculta, mais completa. 1. As semelhanças são apenas imaginárias. 2. Tenta-se explicar o desconhecido pelo conhecido, o estranho pelo familiar. 3. Grande valor didático. 4. Sua estrutura gramatical inclui expressões próprias da comparação: como, semelhante a, parecido com. COMPARAÇÃO As semelhanças são mais reais, sensíveis. São expressas numa forma verbal própria: parecer, lembrar, dar uma ideia, assemelhar-se. Utilização dos chamados conectivos de comparação: como, quanto, do que, tal qual. Definição de silogismo É uma forma de raciocínio através da qual, com base em uma premissa maior e uma premissa menor, chega-se a uma conclusão. O silogismo é uma forma de raciocínio dedutivo (isto é, que parte da observação de casos gerais para a formulação de uma conclusão de caráter particular) muito comum em nosso dia a dia. A todo momento tiramos conclusões a partir de generalizações, mas o fazemos de modo tão natural que não nos damos conta disso. Um silogismo é formado, em geral, por três segmentos. O primeiro, chamado de “premissa maior”, tem caráter generalizante. O segundo, “premissa menor”, tem caráter particularizante. O terceiro, a “conclusão”, faz a síntese entre os dois. Observe: Premissa maior: Todos os médicos estudam anatomia. Premissa menor: Paulo é médico. Conclusão: Logo, Paulo estudou anatomia. Além disso, um silogismo tem que preencher as condições: 1ª) ter três termos (usados duas vezes cada um) e na disposição A-B, C-A; C-B. Veja: Todos os médicos (A) estudam anatomia. (B) Paulo (C) é médico. (A) Paulo (C) estudou anatomia. (B) 2ª) não possuir ambiguidade 3ª) apresentar premissas verdadeiras Fique ligado! O uso do termo “todos” na premissa maior lhe confere caráter generalizante. Na premissa menor, temos a particularização, a partir da citação de um caso ou exemplo específico. A conclusão promove a ligação entre as duas premissas, de modo lógico. O raciocínio dedutivo preside ou condiciona praticamente a totalidade do nosso comportamento diário. É frequente omitir-se a premissa maior quando se aceita pacificamente, tacitamente, a regra ou norma que nela se contém. Resulta daí um silogismo truncado ou incompleto, a que a lógica dá o nome de entimema: “J.P. é acusado de fraude; logo, não deve ser eleito”, J.P. lê Marx; logo, é comunista”. SILOGISMO é a forma mais simples de argumentação, constituída de duas afirmações, chamadas premissas, das quais se retira uma conclusão. VERDADEIRO ou FALSO diz respeito a cada uma das premissas, julgadas de acordo com sua relação a uma matéria qualquer, o mundo real, ou um mundo imaginário. Por exemplo “Clark Kent é o Super-homem”. VÁLIDO ou INVÁLIDO diz respeito à forma do silogismo, se não violar nenhuma regra, é válido. Um Silogismo é Válido, quando é IMPOSSÍVEL que, de duas premissas Verdadeiras, a conclusão seja Falsa. As 8 regras do silogismo: 1 - O Silogismo só pode ter 3 termos; Termo MAIOR (universal), Termo MÉDIO (que se repete) Termo MENOR (que está incluso no Maior, não necessariamente particular); 2 - A conclusão segue sempre a premissa mais fraca 3 - Os termos na conclusão não podem ter extensão maior que nas Premissas; 4 - O termo médio deve ser universal ao menos uma vez; 5 - De duas premissas particulares, nada se conclui; 6 - O termo médio não pode entrar na conclusão; 7 - De duas premissas negativas, nada se conclui; 8 - De duas premissas afirmativas não pode haver conclusão negativa; UNIDADE 2 O objetivo principal da Análise Combinatória é desenvolver técnicas que permitam a contagem do número de elementos de um conjunto. O Princípio Fundamental da Contagem é utilizado também para resolver problemas que envolvem a permutação simples de elementos dentro de um conjunto. Veja como é simples. Permutar significa trocar, alterar de posição. Um anagrama consiste em uma palavra obtida pela transposição das letras de outra palavra. Por exemplo, a palavra perda é um anagrama da palavra padre. A palavra maca é um anagrama da palavra cama. Neste problema temos que trocar de ordem as letras da palavra PRATICO. Por exemplo, pracito e tocapri são anagramas da palavra pratico. De quantas maneiras essa troca de ordem das letras poderá ser feita? Número de possibilidades para a escolha da primeira letra: 7 Número de possibilidades para a escolha da segunda letra: 6 Número de possibilidades para a escolha da terceira letra: 5 Número de possibilidades para a escolha da quarta letra: 4 Número de possibilidades para a escolha da quinta letra: 3 Número de possibilidades para a escolha da sexta letra: 2 Número de possibilidadespara a escolha da sétima letra: 1 Pelo Princípio Fundamental da Contagem, temos: 7 x 6 x 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = 5.040 UNIDADE 3 UNIDADE 4 Por eficácia entende-se a capacidade de realizar o ato comunicacional de modo claro, conciso, lógico e, sobretudo, eficiente. Saber passar de modo eficiente a mensagem que se deseja é fundamental para ser bem-sucedido, tanto na vida acadêmica quanto na profissional. Ato comunicacional é, como o nome indica, a ação de estabelecer comunicação, transferência de informações entre dois ou mais interlocutores. Elementos que podem comprometer a eficácia na comunicação: a) Quando o texto resulta confuso: A qualidade fundamental de um texto para que sua mensagem seja passada com eficiência é a clareza. b) Quando o texto resulta incoerente: A coerência tem a ver com lógica interna do texto. Um texto incoerente resulta do choque entre as informações nele contidas. c) Quando o texto resulta ambíguo: A ambiguidade é outro tipo de problema que pode comprometer a eficácia comunicacional e também tem a ver com a lógica interna do texto. Dá-se o nome de ambiguidade ao duplo sentido, intencional ou não, que um texto pode apresentar. Uma declaração, assim como apreciações, julgamentos, pronunciamentos, expressam opinião pessoal; é subjetiva, indicando aprovação ou desaprovação. Mas, para ser plenamente aceita, sua validade deve ser demonstrada ou provada. Ora, só os fatos provam; sem eles, que constituem a essência dos argumentos convincentes, toda declaração é gratuita, porque infundada, e, por isso, facilmente contestável. Os fatos devida e acuradamente observados levam ou podem levar à certeza absoluta; os indícios permitem apenas inferências, isto é, deduções de certeza relativa, pois expressam somente probabilidade ou possibilidade. Inferir é concluir, é deduzir pelo raciocínio apoiado apenas em indícios. Dizer, por exemplo, que “Fulana está grávida porque começou a comprar roupinhas de bebê, ficar sonolenta e a comer muito”, é inferir, é deduzir pelo raciocínio a partir de certos indícios. O que assim se declara a respeito dessa fulana é possível, é mesmo provável, mas não é certo porque não provado. Os axiomas podem chamar-se também noções comuns e, muitas vezes, podem ser confundidos com teoremas Axiomas e teoremas são, portanto, elementos integrantes de qualquer sistema dedutivo. Usualmente, a definição do conceito de teorema requer o uso do conceito de axioma (bem como o uso dos conceitos de regra de inferência e de prova), enquanto o conceito de axioma se define por enumeração. Dá-se o nome de axioma a uma verdade irrefutável. Esse tipo de afirmativa é frequentemente verificada no pensamento lógico matemático. É uma verdade aceita sem demonstração. Originariamente, o termo “axioma” significa “dignidade”. Por derivação, chamou-se “axioma” a “aquilo que é digno de ser estimado, acreditado ou valorizado”; assim, na sua acepção mais clássica, o axioma equivale ao princípio que, pela sua própria dignidade, isto é, por ocupar certo lugar num sistema de proposições, deve ser considerado verdadeiro.
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