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Podologia da Espécie Equina na Patologia laminite-relato de caso

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CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
Vinicius 
 
PODOLOLOGIA DA ESPÉCIE EQUINA NA PATOLOGIA LAMINITE
DE CASO 
 
 
 
CAMPUS ALEGRETE 
CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS 
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
 
Acadêmicos de Medicina Veterinária 
Vinicius Gomes Pereira, Willian Lucas Fernandes
 
 
 
 
 
 
PODOLOLOGIA DA ESPÉCIE EQUINA NA PATOLOGIA LAMINITE
 
 
 
 
Alegrete 
2019 
 
Fernandes 
PODOLOLOGIA DA ESPÉCIE EQUINA NA PATOLOGIA LAMINITE – RELATO 
 
 
2
 
 
 
 
 
VINICIUS GOMES PEREIRA, WILLIAN LUCAS FERNANDES 
 
 
 
 
 
 
 
PODOLOLOGIA DA ESPÉCIE EQUINA NA PATOLOGIA LAMINITE – RELATO 
DE CASO 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado como 
requisito para aprovação na disciplina de 
Metodologia de Pesquisa do de Curso de 
Medicina Veterinária, do Centro de Ciências 
Rurais da URCAMP -Campus Alegrete. 
 
 
 
Orientador:Prof. 
JANE MARGARETE VILAVERDE GOMES 
 
 
 
Alegrete 
2019
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO ................................................. 4 
2 TEMA ...................................................................................................................... 4 
3 INTRODUÇÃO (Resumo) ..................................................................................... 4 
4 OBJETIVOS ........................................................................................................... 5 
4.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................... 5 
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................... 5 
5 DELIMITAÇÃO DO TEMA ................................................................................. 5 
5 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ..................................................................... 5 
6 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 6 
7 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 7 
7.1.1 CASCO ................................................................................................................... 7 
7.1.2 FISIOLOGIA DAS LÂMINAS DÉRMICAS E EPIDÉRMICAS .................... 7 
7.1.3 EQUILIBRIO PODAL ......................................................................................... 8 
7.1.4 FASES DA LAMINITE ........................................................................................ 8 
7.1.5 TRATAMENTO FARMACOLÓGICO .............................................................. 9 
7.1.6 TERAPIAS DE SUPORTE ................................................................................ 10 
7.2 DEFINIÇÃO DE TERMOS: ................................................................................. 11 
8 METODOLOGIA ................................................................................................. 11 
9 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................ 11 
10 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 16 
11 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4
 
 
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO 
Este projeto tem como autores Vinicius Gomes Pereira, Gabriel Lopes Caurio e 
Willian Lucas Fernandes sobre um relato de caso no qual se trata de laminite em 
equinos. Vinicius Gomes Pereira alem de autor do projeto é Ferrador de Equinos e 
esse projeto é de um caso que o mesmo já vinha acompanhando e obtivemos como 
orientador o Professor Natan Carvalho. 
 
 
2 TEMA 
Foi escolhido esse tema, pois poucas doenças trazem mais de uma resposta 
emocional de proprietários, treinadores, veterinários e ferradores do que a laminite 
equina devido à natureza devastadora da doença, exemplificada pela dor 
excruciante sofrida por muitos dos animais afetados. Apesar da terapia intensiva, a 
perda de uma carreira atlética ou a vida do animal ocorre com demasiada 
frequência. Os resultados de estudos recentes usando imagens de alta resolução da 
radiografia digital agora nos permitem usar medições objetivas para diagnosticar e 
monitorar de perto o caso da laminite. O componente biomecânico da doença 
continua sendo um desafio. As lamelas, como parte da cápsula do casco, são 
verdadeiramente uma estrutura tegumentar especializada com muitas semelhanças 
a nível celular à pele.(equine laminitis James K. Belknap Raymond J. Geor2016). 
 
3 INTRODUÇÃO (Resumo) 
 Vamos abordar a anatomia do casco do equino, também será abordada a 
fisiologia da laminite e a melhor forma de estabilizar o estojo córneo e a circulação 
periférica nas primeiras 72h da patologia, suporte farmacológico usados nas fases 
crônica e aguda, avaliações radiológicas, como identificar uma rotação do eixo podal 
e suas estruturas, terapias auxiliares e manejo correto. 
 
 
5
Palavras.chave: laminite aguda ,laminite crônica, laminite em equinos. 
4 OBJETIVOS 
4.1 OBJETIVO GERAL 
O objetivo geral desse trabalho é relatar um caso de lâminite em uma égua PSI 
(Puro Sangue Inglês) onde sua linhagem é para corridas, continuamente treinada 
para provas de cancha reta desde muito nova, como de hábito desse esporte, 
seguindo e respeitando ano hípico, com uma alimentação com excesso de proteína 
e eletrolíticos e mal uso do ferrageamento periódico. 
Em respeito ao proprietário e a égua não será relatado nomes nem o locais. 
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Analise mais detalhada sobre os cascos, fisiologia das laminas dérmicas e 
epidérmicas, equilíbrio podal, fases da laminite, tratamento farmacológico e terapias 
de suporte. 
5 DELIMITAÇÃO DO TEMA 
Então, a égua que se baseou o relato de caso é da raça Puro Sangue Inglês 
(PSI) com idade de cinco anos e um histórico de três corridas obtendo como 
resultados uma primeira colocação e duas segundas colocações. 
 
 
5 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA 
Se não for tratada adequadamente a lâminite crônica, qual o problema pode 
acarretar ao animal? 
 
 
 
6
6 JUSTIFICATIVA 
A escolha do tema trata-se de uma patologia de grande importância na área 
da medicina equina, pois conforme Stashak (1994) é uma inflamação das lâminas do 
casco, porém com uma seqüência complicada de periférica que se manifesta por 
uma diminuição na perfusão capilar no interior da pata, quantidades significativas de 
desvios arteriovenosos, necrose isquêmica das lâminas e dor. 
Conforme Nicoletti et al. (2000), a pododermatite asséptica difusa é uma 
doença com pouca frequência, todavia ao acontecer acomete o aparelho locomotor 
do animal podendo causar a rotação da falange distal, já que há uma redução da 
perfusão sanguínea no local que forma os “shunts” arteriovenosos e trombose no 
estojo córneo. Segundo Reis (2014), a laminite acontece em dois quadros que são o 
agudo e crônico. O quadro agudo é caracterizado pelo início do aparecimento de 
sinais clínicos que influem claudicação, dor na região da pinça do casco, depressão, 
anorexia, alternância marcada pelo apoio de membros, relutância em se 
movimentar, aumento do pulso das artérias digitais à palpação e aumento de 
temperatura sobre a parede do casco e banda coronária. Tremores musculares, 
aumento da frequência respiratória e temperatura retal, além de sinais de ansiedade 
também podem ser observados. A laminite crônica é a continuação do processo 
agudo e tem início com o primeiro sinal de deslocamento da falange distal dentro da 
cápsula do casco. Esta pode durar, indefinidamente, com sinais clínicos que 
abrangem claudicação amena constante, dor severa no membro, degeneração das 
junções lamelares, decúbito,deformação na parede do casco e esfacelamento do 
casco. 
Reis (2014) conceitua a doença como uma desordem metabólica sistêmica já 
que consegue afetar diversos sistemas, tais como o sistema cardiocirculatório, renal, 
endócrino, o equilíbrio hidroeletrolítico e a coagulação sanguínea. De acordo com 
Veronezi (2008), os processos vasoativos alterados e a coagulopatia são 
responsáveis pela perfusão capilar diminuída e pela necrose isquêmica que ocorre 
nas lâminas do casco. Já Nicoletti et al (2000) relatam que essa doença pode ser 
acometida por vários fatores, dentre eles, a alta concentração de carboidratos. 
Outros fatores que desencadeiam a doença é a causa mecânica que é o transporte 
do animal ou o trabalho de tração que exige muito do aparelho locomotor em solos 
 
 
7
duros e há também a que surge de uma causa infeciosa, ou seja, o animal se 
encontra com pneumonia, por exemplo, a bactéria causadora libera endotoxinas que 
pode desencadear a laminite. Segundo Pierezan (2009), o tratamento na fase aguda 
visa à prevenção da rotação da falange distal e diminuição dos níveis de 
vasoconstritores e hipertensores sistêmicos, utilizando analgésicos, que visam à 
diminuição de secreção de catecolamina (vasoconstritor) pelas glândulas adrenais. 
Já o tratamento da laminite crônica é feito para prevenir maiores danos à pata, como 
a rotação progressiva da falange distal, e às lesões sistêmicas. O princípio básico 
para o tratamento inclui aparação do casco para tentar reestabelecer o alinhamento 
paralelo da falange distal com a superfície da sola e proteger a sola dolorida de 
pressões e traumas. Após aparação, recomenda-se a colocação de um polímero 
para corrigir o defeito no ângulo da sola aparada. Em seguida é feita a colocação de 
bota, que visa a diminuir à dor, fornecendo maior apoio no local e a correção 
gradativa do posicionamento da falange. 
E se não for tratada de forma adequada pode acontecer o desprendimento do 
casco, onde a única saída será a eutanásia. 
 
7 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 7.1.1 CASCO 
O casco é um estojo córneo responsável pela proteção e sustentação do 
membro e suas extremidades do equino. Quando em equilíbrio possibilita o 
amortecimento do impacto, a partir da dissipação do choque que o casco sofre ao 
tocar o solo, por isso deve ser um objeto de atenção permanente. A parede do casco 
possui três camadas: estratos externo, médio e interno. O estrato externo é uma 
camada córnea espessa, o médio consiste de túbulos córneos e tecido córneo 
intertubular, dando volume à parede e, o estrato interno é responsável por ligar o 
casco ao cório, por meio de ramificações de lâminas microscópicas (Stashak,2006). 
 
7.1.2 FISIOLOGIA DAS LÂMINAS DÉRMICAS E EPIDÉRMICAS 
 
 
 
8
 A porção interna da parede do casco está revestida por aproximadamente 
600 lâminas epidérmicas primárias (LEPs) (POLLITT, 1995) (Figura 2), dispostas 
verticalmente em fileiras paralelas e com formato de longos e finos retângulos 
(POLLITT, 2007). O papel das lâminas epidérmicas é suspensivo, uma 
especialização anatômica que aumenta a área de superfície para a fixação do tecido 
conjuntivo denso entre a falange distal e o casco. A especialização ocorre na forma 
de projeções, estando presentes entre 150 e 200 lâminas epidérmicas secundárias 
(LESs) sobre a superfície de cada LEP. a superfície de cada LEP. 
 
7.1.3 EQUILIBRIO PODAL 
 
 Há uma divisão na distribuição do peso entre os membros anteriores e 
posteriores, onde cerca de 60% dele são divididos entre os anteriores e 40% recaem 
sobre os posteriores. Em um membro balanceado o crescimento do casco é 
simétrico, tanto no sentido médio-lateral como anteroposterior (Turner, 1992). Butler 
(1994) relata que uma distribuição desigual das forças vertical e horizontal 
compromete o suprimento sanguíneo do casco, com isso ocorre uma remodelação 
da falange distal, bem como uma distorção da simetria do casco, resultando em 
mudanças no ângulo e na espessura da parede do casco (Eggleston, 2012), com 
reorganização do tecido córneo intertubular e com deformação do túbulos de acordo 
resultar em lesões musculo esqueléticas (Eliashar,2012). Defeitos de conformação 
corporal, dos membros e/ou de equilíbrio dos cascos são as principais causas de 
claudicação nos equinos e o casqueamento e ferrageamento incorretos são fatores 
estreitamente relacionados à perda de equilíbrio (Melo et al., 2006). 
 
7.1.4 FASES DA LAMINITE 
 
A laminite pode surgir como uma doença aguda, bastante dolorosa para o 
animal, ou manifestar-se de forma branda desde o início, nem tão dolorosa, ambas 
evoluindo cronicamente. 
 
 
9
A) Fase de desenvolvimento. Ocorre a partir da ação dos mediadores 
inflamatórios que desencadeiam o processo até o início dos primeiros sintomas de 
dor nos cascos. A manifestação dessa fase é subclínica e é importante compreender 
que o processo de destruição do aparato de justaposição laminar tem início nessa 
fase, antes dos primeiros sintomas clínicos da afecção. Esta fase pode levar de 8 a 
30 horas para se instalar e o tempo de exposição aos fatores desencadeantes deve 
ser considerado durante a anamnese e exame clínico do animal. 
B) Fase aguda. Caracteriza-se pelo surgimento dos primeiros sintomas de dor 
nos cascos, claudicação ou relutância em se locomover e perdura até o momento 
em que ocorre o descolamento da falange distal, caracterizado pela rotação ou 
afundamento desta, que é evidenciada por meio de radiografias. 
C) Fase crônica A partir do descolamento e rotação e/ou afundamento da 
falange distal, a fase crônica pode se instalar por tempo indeterminado com sinais 
clínicos variando de claudicação leve, porém persistente, dor contínua severa, 
degeneração de conexões lamelares, decúbito prolongado e deformação do casco. 
A estabilização da falange distal no estojo córneo (casco), vai estar diretamente 
relacionada com o tratamento que, quando realizadode maneira racional visa 
abreviar o sofrimento do animal e possibilitar o retorno do animal às suas funções. 
Pollitt, Christopher C. ( 2007 ). 
 
7.1.5 TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
 
 O tratamento da laminite é considerado emergencial e toda a conduta clinica 
deve se basear no controle ou interrupção da rotação ou afundamento da falange 
distal, uma vez que o processo de perda de justaposição e estabilidade desta no 
casco já se iniciou (fase de desenvolvimento) e o retorno do animal acometido as 
suas funções vai depender da velocidade em que o processo for interrompido ou 
minimizado ;Reis (2014). Um dos principais sintomas que deve ser tratado se refere 
a intensa dor que o animal apresenta. Para tanto a terapia antiinflamatória / 
analgésica deve ser iniciada e a administração de antiinflamatórios não esteroidais, 
os AINEs (fenilbutazona, 2,2 a 4,4 mg/kg IV, duas vezes por dia, durante 5 dias, 
entre outros) se faz necessária. A flunixin meglumina também é um AINE, além 
 
 
10
disso seu uso na dose de 0,25mg/kg, a cada 8 horas, tem potente ação 
antiendotoxêmica. Outro fármaco que pode ser utilizado tanto como antiinflamatório 
e “varredor” de radicais livres é o dimetil sulfóxido (DMSO), na dose de 1g/kg de 
peso corporal, na diluição de 10 a 20% em solução de NaCl 0,9%, por via 
intravenosa lenta. O fato de estudos relacionarem o dano oxidativo como possível 
fator patofisiológico no processo da laminite justifica seu uso. Na terapia aplicada à 
correção nas alterações de fluxo sanguíneo e no tônus vascular, a utilização de 
fármacos anticoagulantes (e.g. heparina, 0,05 a 0,1 mg/kg, quatro vezes por dia, IM 
ou IV) e vasodilatadores (acepromazina, isoxsuprine) é recomendada. Em casos 
onde ocorreu severo grau de rotação, com exteriorização da falange distal ou perda 
de integridade na região da coroa do casco (descolamento dos cascos), a 
antibioticoterapia de amplo espectrodeve ser considerada. O bloqueio anestésico 
local dos nervos digitais palmares pode ser realizado com o objetivo de promover 
maior conforto para o animal bem como para o deslocamento ou transporte do 
animal, porem deve-se atentar para o seu curto tempo de efeito e a possibilidade de 
piora do quadro clínico no caso de caminhadas mais longas. Pollitt, Christopher C. ( 
2016 ) 
 
7.1.6 TERAPIAS DE SUPORTE 
 
Como mencionado anteriormente, todo o sucesso do tratamento vai depender 
do que for realizado para a estabilização das estruturas contidas no interior do 
casco. Com isso, as terapias de suporte aplicadas a esta afecção têm especial valor. 
O uso de recipiente com água e gelo para se colocar os cascos afetados do animal 
revela-se importante quando consideramos um quadro inicial de aumento de 
temperatura local advindo de processos de vasodilatação e formação de desvios 
arteriovenosos que ocorrem durante a fase de desenvolvimento da afecção (4). A 
referida terapia é utilizada preventivamente em provas eqüestres de longa duração 
(enduro, CCE, por exemplo).Stashak,2006;É imperativo que o animal seja 
transferido para um local com cama bem macia (maravalha, areia) para melhor 
conforto e possibilitar que o animal consiga ficar maior tempo de pé para comer e 
beber. O mesmo raciocínio se aplica a utilização de palmilhas na sola do animal. 
 
 
11
Não é indesejável que o animal emagreça visto que o peso a ser suportado pelos 
membros afetados diminuirá, entretanto, se o paciente não conseguir se manter de 
pé, água e capim devem ser oferecidos sempre. A suspensão do fornecimento de 
grãos também é recomendada devido a sua possível relação com o 
desenvolvimento da enfermidade. Diversos tipos de ferrageamento corretivo podem 
ser empregados com o objetivo de estabilizar a falange distal e também o de 
bloquear o excesso de tensão realizado pelo tendão flexor digital profundo, que se 
insere na sola dessa falange. Ferraduras invertidas, em formato de coração com ou 
sem ajuste na ranilha, podem ser utilizadas, mas dependerão de um profissional 
competente para sua correta ação. A ressecção da muralha dorsal do casco ou 
mesmo a perfuração desta pode também ser utilizada com a finalidade de se aliviar 
a pressão interna, causada por hematoma advindo do descolamento da falange, 
promovendo alívio da dor por descompressão e maior conforto para o animal para a 
continuidade do tratamento corretivo. . (BAXTER, 
1996 apud SOUZA, 2007). 
 
 7.2 DEFINIÇÃO DE TERMOS: 
 AINEs – anti-inflamatórios não esteroidais 
 CELS – células 
 LEP - lâminas epidérmicas primárias 
 
8 METODOLOGIA 
Ao perceber que havia um problema de claudicação (dificuldade de andar) do 
animal, foi chamado junto ao médico veterinário o ferrador Vinicius Gomes Pereira 
para o tratamento podológico na égua. 
 
9 MATERIAIS E MÉTODOS 
No primeiro contado com o animal (dia 0 zero) pode se observar que já estava 
em estado avançado da patologia como também a angulação do casco (achinelado) 
 
 
12
e uma fenda no casco. Onde na mesma oportunidade foi feita uma ferradura 
especial para proteger a lesão conforme figura 3. 
 
Figura 1 – Arquivo pessoal Figura 2 – Arquivo pessoal 
 
 Figura 3 – Arquivo pessoal 
 
 
Após 62 (sessenta e dois) dias, agora diagnosticada prenha e sem ferraduras 
(observação: a fenda dorsal da figura 1 está fechando), porém com uma claudicação 
severa do membro anterior esquerdo com suspeita de broca, eclodindo na sola 
.como pode-se observar na figura 5 . 
 
 
Figura 4 – Arquivo Pessoal Figura 5 – Arquivo Pessoal 
 
Após essa limpeza do casco foi feita uma assepsia no local ,e nos dias 
seguintes um pedilúvio diário com água morna,para ter uma resposta positiva para 
 
 
13
a eclosão de toda inflamação do estojo córneo,associado com anti-bacteriano com o 
principio ativo: 
 Tulatromicina 10g. 
Excipientes c.s.p.: 100 ml.(esse fármaco é muito usado em tratamento de 
brocas de eqüino,porem é indicado para uso de bovinos e suínos). 
Também foi administrado via tópico o produto Dimesol. Sempre massageando 
a banda coronária e os bubos. 
Cada 100mL contém: 
Dimetilsulfóxido (DMSO) 99,2% ....................100 mL 
 
É indicado como analgésico e anti-inflamatório, com propriedades diurética, 
antibacteriana e antifúngica. 
A partir deste ponto, já estabelecido um caso agudo, por conta do histórico 
desta égua, optamos por esperar estabilizar a dor e o desconforto para tentarmos 
fazer um protocolo de ferrageamento. 
No dia 71 com todos protocolos , medicamentos e tratamentos diários, logo foi 
feito imagens de RX digital, comprovando nossa suspeita de rotação da terceira 
falange distal, apresentando leve claudicação e pressão arterial distal alterada 
conforme figura 6. 
 
 
Figura 6 – Arquivo pessoal. 
 
Optamos por fazer um ferrageamento com ferradura em rama oval com 
palmilha de silicone para dar equilíbrio e sustentação para terceira falange distal e 
coxim plantar, nos dois membros anteriores para dar um conforto e bem 
estar.(Figura 7 e 8). 
Esse protocolo é muito usado nos Estados Unidos Da América como auxilio no 
tratamento da laminite e sendo muito eficaz. 
 
 
14
 
 
Figura 7 – Arquivo pessoal Figura 8 – Arquivo pessoal 
 
Após o serviço de ferrageamento aparentemente a égua apresentou pouca 
sensibilidade podal, porem com pressão arterial distal alterada e seguindo o 
diagnóstico anterior sobre o pulso arterial. 
 
No dia 79 não a vendo melhora apesar de aplicar todos os protocolos 
presentes juntamente com fármacos e cuidados diários o caso foi tomando outros 
caminhos de maneira que estava difícil a reversão. 
 
No dia 87 o prognóstico não foi o mais favorável, pela gravidade do caso, 
houve uma eclosão na banda coronária do membro direito anterior com muita 
gravidade saindo muita inflamação pela coroa do casco e a mesma veio a cair 
(figura 9 e 10), onde solução mais humana para o caso após todos os tratamentos 
possíveis seria a eutanásia (figura11), e essa decisão foi tomada de forma conjunta. 
 
Usando um protocolo de eutanásia eficiente na rotina de vários Médicos 
Veterinários que se adéqua as normas presentes na Resolução nº 714, de 2002, do 
Conselho Federal de Medicina Veterinária. 
 
1* EGG-PPU Cada 100 mL do produto contém: 
 Éter Gliceril Guaiacol .................................................................. 10 g 
 Veículo q.s.p. ...........................................................................100 mL 
 
 
15
Para uso de tranquilização,infudimos 1 bolsa de 500 ml de EGG-PPU sob 
pressão na veia,com o calibre 1,60 x40mm associando no fluxo continuo do soro o 
fármaco dopamina A 1% administrando 2 ml ,fazendo ela cair no chão. 
 
2* após cair no chão foi administrado via intratecal diretamente no espaço 
subaracnoide o fármaco anestésico L: 
 cloridrato de lidocaína ..........................................2,000g 
 epinefrina...............................................................0,002g 
 veiculo q.s.p............................................................100,000ml 
 
Foi administrado cerca de 50 ml do anestésico L, proporcionando uma parada 
cardiorrespiratória. 
 
Figura 9 – Arquivo pessoal Figura 10 – Arquivo pessoal 
 
 
Figura 11 – Arquivo pessoal 
 
 
 
 
 
16
10 CONCLUSÃO 
Podemos concluir que, mesmo com acompanhamento de um médico veterinárioe de um profissional da podologia equina, quando se trata da patologia laminite de 
forma crônica a reversão do caso muitas vezes não é satisfatória. 
11 REFERÊNCIAS 
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laminitis in the horse. The Veterinary Journal, v. 167, p. 129-142, 2004 
Belknap, J. Advances in pathophysiology of equine laminitis: Are there lessons to be 
learned from organ failure in human sepsis? Large Animal Veterinary Rounds, v. 5 
(9), 2005. 
 
 
Hood, D. M. Patophysiology of equine laminitis. Comp. Cont. Educ. Pract. Vet., v. 3, 
p. 454, 1981 
 
 
 Pollitt, C. C. Equine laminitis. Clinical Techniques in equine practice. P. 34-44, 2004. 
Stashak, T. S. Lameness In:______Adams’ Lameness in horses. 5thed. p. 645-664, 
Lippincott Williams & Wilkins, Philadelphia, 2002 
 
 
Stick, J. S.; Jann, H. W.; Scott, E. A. et al. Pedal bone rotation as a prognostic sign in 
laminitis in horses. J. Am. Vet. Med. Assoc. v. 180, p. 251-253, 1982 
 
 
Thomassian A.; Nicoletti, J. L. M.; Hussni, C. A.; Alves, A. L. G. Patofisiologia e 
tratamento da pododermatite asséptica difusa nos eqüinos – (Laminite eqüina) 
Revista de Educação Continuada do CRMV-SP, v. 3 (2), p. 16-29, 2000. 
 
 
HOOD, D.M. Laminitis in the horse. Vet. Clin. N. Am.: Equine Pract., v.15, p.287- 
294, 1999 
 
 
ASSIS, Larissa. Grandes animais: Laminite equina, desafio veterinário. 
VetSmart,p.1, (2016). Disponível em: . Acesso em 18 de abril de 2017. 
 
 
 
 
17
NICOLETTI, José Luiz et al. Patofisiologia e tratamento da pododermatite asséptica 
difusa nos equinos – (Laminiteeqüina). Revista de Educação Continuada em 
Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 3, n. 2 (2000). Disponível em:. 
Acesso em 8 de maio de 2017. 
 
 
VERONEZI, Guilherme et al. Laminite Equina. Revista científica eletrônica de 
Medicina Veterinária, n. 11 (2008). Disponível em: . Acesso em 15 de maio de 2017. 
 
 
REIS, Fernanda Baldi. Laminite Equina. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 
(2014). Disponível em: Acesso em 15 de maio de 2017. 
 
STASHAK, Ted S.; Claudicação em Eqüinos, Segundo Adams; 4ª edição; Editora 
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