Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA Vinicius PODOLOLOGIA DA ESPÉCIE EQUINA NA PATOLOGIA LAMINITE DE CASO CAMPUS ALEGRETE CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA Acadêmicos de Medicina Veterinária Vinicius Gomes Pereira, Willian Lucas Fernandes PODOLOLOGIA DA ESPÉCIE EQUINA NA PATOLOGIA LAMINITE Alegrete 2019 Fernandes PODOLOLOGIA DA ESPÉCIE EQUINA NA PATOLOGIA LAMINITE – RELATO 2 VINICIUS GOMES PEREIRA, WILLIAN LUCAS FERNANDES PODOLOLOGIA DA ESPÉCIE EQUINA NA PATOLOGIA LAMINITE – RELATO DE CASO Projeto de pesquisa apresentado como requisito para aprovação na disciplina de Metodologia de Pesquisa do de Curso de Medicina Veterinária, do Centro de Ciências Rurais da URCAMP -Campus Alegrete. Orientador:Prof. JANE MARGARETE VILAVERDE GOMES Alegrete 2019 SUMÁRIO 1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO ................................................. 4 2 TEMA ...................................................................................................................... 4 3 INTRODUÇÃO (Resumo) ..................................................................................... 4 4 OBJETIVOS ........................................................................................................... 5 4.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................... 5 4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................... 5 5 DELIMITAÇÃO DO TEMA ................................................................................. 5 5 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ..................................................................... 5 6 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 6 7 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 7 7.1.1 CASCO ................................................................................................................... 7 7.1.2 FISIOLOGIA DAS LÂMINAS DÉRMICAS E EPIDÉRMICAS .................... 7 7.1.3 EQUILIBRIO PODAL ......................................................................................... 8 7.1.4 FASES DA LAMINITE ........................................................................................ 8 7.1.5 TRATAMENTO FARMACOLÓGICO .............................................................. 9 7.1.6 TERAPIAS DE SUPORTE ................................................................................ 10 7.2 DEFINIÇÃO DE TERMOS: ................................................................................. 11 8 METODOLOGIA ................................................................................................. 11 9 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................ 11 10 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 16 11 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 16 4 1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO Este projeto tem como autores Vinicius Gomes Pereira, Gabriel Lopes Caurio e Willian Lucas Fernandes sobre um relato de caso no qual se trata de laminite em equinos. Vinicius Gomes Pereira alem de autor do projeto é Ferrador de Equinos e esse projeto é de um caso que o mesmo já vinha acompanhando e obtivemos como orientador o Professor Natan Carvalho. 2 TEMA Foi escolhido esse tema, pois poucas doenças trazem mais de uma resposta emocional de proprietários, treinadores, veterinários e ferradores do que a laminite equina devido à natureza devastadora da doença, exemplificada pela dor excruciante sofrida por muitos dos animais afetados. Apesar da terapia intensiva, a perda de uma carreira atlética ou a vida do animal ocorre com demasiada frequência. Os resultados de estudos recentes usando imagens de alta resolução da radiografia digital agora nos permitem usar medições objetivas para diagnosticar e monitorar de perto o caso da laminite. O componente biomecânico da doença continua sendo um desafio. As lamelas, como parte da cápsula do casco, são verdadeiramente uma estrutura tegumentar especializada com muitas semelhanças a nível celular à pele.(equine laminitis James K. Belknap Raymond J. Geor2016). 3 INTRODUÇÃO (Resumo) Vamos abordar a anatomia do casco do equino, também será abordada a fisiologia da laminite e a melhor forma de estabilizar o estojo córneo e a circulação periférica nas primeiras 72h da patologia, suporte farmacológico usados nas fases crônica e aguda, avaliações radiológicas, como identificar uma rotação do eixo podal e suas estruturas, terapias auxiliares e manejo correto. 5 Palavras.chave: laminite aguda ,laminite crônica, laminite em equinos. 4 OBJETIVOS 4.1 OBJETIVO GERAL O objetivo geral desse trabalho é relatar um caso de lâminite em uma égua PSI (Puro Sangue Inglês) onde sua linhagem é para corridas, continuamente treinada para provas de cancha reta desde muito nova, como de hábito desse esporte, seguindo e respeitando ano hípico, com uma alimentação com excesso de proteína e eletrolíticos e mal uso do ferrageamento periódico. Em respeito ao proprietário e a égua não será relatado nomes nem o locais. 4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Analise mais detalhada sobre os cascos, fisiologia das laminas dérmicas e epidérmicas, equilíbrio podal, fases da laminite, tratamento farmacológico e terapias de suporte. 5 DELIMITAÇÃO DO TEMA Então, a égua que se baseou o relato de caso é da raça Puro Sangue Inglês (PSI) com idade de cinco anos e um histórico de três corridas obtendo como resultados uma primeira colocação e duas segundas colocações. 5 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA Se não for tratada adequadamente a lâminite crônica, qual o problema pode acarretar ao animal? 6 6 JUSTIFICATIVA A escolha do tema trata-se de uma patologia de grande importância na área da medicina equina, pois conforme Stashak (1994) é uma inflamação das lâminas do casco, porém com uma seqüência complicada de periférica que se manifesta por uma diminuição na perfusão capilar no interior da pata, quantidades significativas de desvios arteriovenosos, necrose isquêmica das lâminas e dor. Conforme Nicoletti et al. (2000), a pododermatite asséptica difusa é uma doença com pouca frequência, todavia ao acontecer acomete o aparelho locomotor do animal podendo causar a rotação da falange distal, já que há uma redução da perfusão sanguínea no local que forma os “shunts” arteriovenosos e trombose no estojo córneo. Segundo Reis (2014), a laminite acontece em dois quadros que são o agudo e crônico. O quadro agudo é caracterizado pelo início do aparecimento de sinais clínicos que influem claudicação, dor na região da pinça do casco, depressão, anorexia, alternância marcada pelo apoio de membros, relutância em se movimentar, aumento do pulso das artérias digitais à palpação e aumento de temperatura sobre a parede do casco e banda coronária. Tremores musculares, aumento da frequência respiratória e temperatura retal, além de sinais de ansiedade também podem ser observados. A laminite crônica é a continuação do processo agudo e tem início com o primeiro sinal de deslocamento da falange distal dentro da cápsula do casco. Esta pode durar, indefinidamente, com sinais clínicos que abrangem claudicação amena constante, dor severa no membro, degeneração das junções lamelares, decúbito,deformação na parede do casco e esfacelamento do casco. Reis (2014) conceitua a doença como uma desordem metabólica sistêmica já que consegue afetar diversos sistemas, tais como o sistema cardiocirculatório, renal, endócrino, o equilíbrio hidroeletrolítico e a coagulação sanguínea. De acordo com Veronezi (2008), os processos vasoativos alterados e a coagulopatia são responsáveis pela perfusão capilar diminuída e pela necrose isquêmica que ocorre nas lâminas do casco. Já Nicoletti et al (2000) relatam que essa doença pode ser acometida por vários fatores, dentre eles, a alta concentração de carboidratos. Outros fatores que desencadeiam a doença é a causa mecânica que é o transporte do animal ou o trabalho de tração que exige muito do aparelho locomotor em solos 7 duros e há também a que surge de uma causa infeciosa, ou seja, o animal se encontra com pneumonia, por exemplo, a bactéria causadora libera endotoxinas que pode desencadear a laminite. Segundo Pierezan (2009), o tratamento na fase aguda visa à prevenção da rotação da falange distal e diminuição dos níveis de vasoconstritores e hipertensores sistêmicos, utilizando analgésicos, que visam à diminuição de secreção de catecolamina (vasoconstritor) pelas glândulas adrenais. Já o tratamento da laminite crônica é feito para prevenir maiores danos à pata, como a rotação progressiva da falange distal, e às lesões sistêmicas. O princípio básico para o tratamento inclui aparação do casco para tentar reestabelecer o alinhamento paralelo da falange distal com a superfície da sola e proteger a sola dolorida de pressões e traumas. Após aparação, recomenda-se a colocação de um polímero para corrigir o defeito no ângulo da sola aparada. Em seguida é feita a colocação de bota, que visa a diminuir à dor, fornecendo maior apoio no local e a correção gradativa do posicionamento da falange. E se não for tratada de forma adequada pode acontecer o desprendimento do casco, onde a única saída será a eutanásia. 7 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 7.1.1 CASCO O casco é um estojo córneo responsável pela proteção e sustentação do membro e suas extremidades do equino. Quando em equilíbrio possibilita o amortecimento do impacto, a partir da dissipação do choque que o casco sofre ao tocar o solo, por isso deve ser um objeto de atenção permanente. A parede do casco possui três camadas: estratos externo, médio e interno. O estrato externo é uma camada córnea espessa, o médio consiste de túbulos córneos e tecido córneo intertubular, dando volume à parede e, o estrato interno é responsável por ligar o casco ao cório, por meio de ramificações de lâminas microscópicas (Stashak,2006). 7.1.2 FISIOLOGIA DAS LÂMINAS DÉRMICAS E EPIDÉRMICAS 8 A porção interna da parede do casco está revestida por aproximadamente 600 lâminas epidérmicas primárias (LEPs) (POLLITT, 1995) (Figura 2), dispostas verticalmente em fileiras paralelas e com formato de longos e finos retângulos (POLLITT, 2007). O papel das lâminas epidérmicas é suspensivo, uma especialização anatômica que aumenta a área de superfície para a fixação do tecido conjuntivo denso entre a falange distal e o casco. A especialização ocorre na forma de projeções, estando presentes entre 150 e 200 lâminas epidérmicas secundárias (LESs) sobre a superfície de cada LEP. a superfície de cada LEP. 7.1.3 EQUILIBRIO PODAL Há uma divisão na distribuição do peso entre os membros anteriores e posteriores, onde cerca de 60% dele são divididos entre os anteriores e 40% recaem sobre os posteriores. Em um membro balanceado o crescimento do casco é simétrico, tanto no sentido médio-lateral como anteroposterior (Turner, 1992). Butler (1994) relata que uma distribuição desigual das forças vertical e horizontal compromete o suprimento sanguíneo do casco, com isso ocorre uma remodelação da falange distal, bem como uma distorção da simetria do casco, resultando em mudanças no ângulo e na espessura da parede do casco (Eggleston, 2012), com reorganização do tecido córneo intertubular e com deformação do túbulos de acordo resultar em lesões musculo esqueléticas (Eliashar,2012). Defeitos de conformação corporal, dos membros e/ou de equilíbrio dos cascos são as principais causas de claudicação nos equinos e o casqueamento e ferrageamento incorretos são fatores estreitamente relacionados à perda de equilíbrio (Melo et al., 2006). 7.1.4 FASES DA LAMINITE A laminite pode surgir como uma doença aguda, bastante dolorosa para o animal, ou manifestar-se de forma branda desde o início, nem tão dolorosa, ambas evoluindo cronicamente. 9 A) Fase de desenvolvimento. Ocorre a partir da ação dos mediadores inflamatórios que desencadeiam o processo até o início dos primeiros sintomas de dor nos cascos. A manifestação dessa fase é subclínica e é importante compreender que o processo de destruição do aparato de justaposição laminar tem início nessa fase, antes dos primeiros sintomas clínicos da afecção. Esta fase pode levar de 8 a 30 horas para se instalar e o tempo de exposição aos fatores desencadeantes deve ser considerado durante a anamnese e exame clínico do animal. B) Fase aguda. Caracteriza-se pelo surgimento dos primeiros sintomas de dor nos cascos, claudicação ou relutância em se locomover e perdura até o momento em que ocorre o descolamento da falange distal, caracterizado pela rotação ou afundamento desta, que é evidenciada por meio de radiografias. C) Fase crônica A partir do descolamento e rotação e/ou afundamento da falange distal, a fase crônica pode se instalar por tempo indeterminado com sinais clínicos variando de claudicação leve, porém persistente, dor contínua severa, degeneração de conexões lamelares, decúbito prolongado e deformação do casco. A estabilização da falange distal no estojo córneo (casco), vai estar diretamente relacionada com o tratamento que, quando realizadode maneira racional visa abreviar o sofrimento do animal e possibilitar o retorno do animal às suas funções. Pollitt, Christopher C. ( 2007 ). 7.1.5 TRATAMENTO FARMACOLÓGICO O tratamento da laminite é considerado emergencial e toda a conduta clinica deve se basear no controle ou interrupção da rotação ou afundamento da falange distal, uma vez que o processo de perda de justaposição e estabilidade desta no casco já se iniciou (fase de desenvolvimento) e o retorno do animal acometido as suas funções vai depender da velocidade em que o processo for interrompido ou minimizado ;Reis (2014). Um dos principais sintomas que deve ser tratado se refere a intensa dor que o animal apresenta. Para tanto a terapia antiinflamatória / analgésica deve ser iniciada e a administração de antiinflamatórios não esteroidais, os AINEs (fenilbutazona, 2,2 a 4,4 mg/kg IV, duas vezes por dia, durante 5 dias, entre outros) se faz necessária. A flunixin meglumina também é um AINE, além 10 disso seu uso na dose de 0,25mg/kg, a cada 8 horas, tem potente ação antiendotoxêmica. Outro fármaco que pode ser utilizado tanto como antiinflamatório e “varredor” de radicais livres é o dimetil sulfóxido (DMSO), na dose de 1g/kg de peso corporal, na diluição de 10 a 20% em solução de NaCl 0,9%, por via intravenosa lenta. O fato de estudos relacionarem o dano oxidativo como possível fator patofisiológico no processo da laminite justifica seu uso. Na terapia aplicada à correção nas alterações de fluxo sanguíneo e no tônus vascular, a utilização de fármacos anticoagulantes (e.g. heparina, 0,05 a 0,1 mg/kg, quatro vezes por dia, IM ou IV) e vasodilatadores (acepromazina, isoxsuprine) é recomendada. Em casos onde ocorreu severo grau de rotação, com exteriorização da falange distal ou perda de integridade na região da coroa do casco (descolamento dos cascos), a antibioticoterapia de amplo espectrodeve ser considerada. O bloqueio anestésico local dos nervos digitais palmares pode ser realizado com o objetivo de promover maior conforto para o animal bem como para o deslocamento ou transporte do animal, porem deve-se atentar para o seu curto tempo de efeito e a possibilidade de piora do quadro clínico no caso de caminhadas mais longas. Pollitt, Christopher C. ( 2016 ) 7.1.6 TERAPIAS DE SUPORTE Como mencionado anteriormente, todo o sucesso do tratamento vai depender do que for realizado para a estabilização das estruturas contidas no interior do casco. Com isso, as terapias de suporte aplicadas a esta afecção têm especial valor. O uso de recipiente com água e gelo para se colocar os cascos afetados do animal revela-se importante quando consideramos um quadro inicial de aumento de temperatura local advindo de processos de vasodilatação e formação de desvios arteriovenosos que ocorrem durante a fase de desenvolvimento da afecção (4). A referida terapia é utilizada preventivamente em provas eqüestres de longa duração (enduro, CCE, por exemplo).Stashak,2006;É imperativo que o animal seja transferido para um local com cama bem macia (maravalha, areia) para melhor conforto e possibilitar que o animal consiga ficar maior tempo de pé para comer e beber. O mesmo raciocínio se aplica a utilização de palmilhas na sola do animal. 11 Não é indesejável que o animal emagreça visto que o peso a ser suportado pelos membros afetados diminuirá, entretanto, se o paciente não conseguir se manter de pé, água e capim devem ser oferecidos sempre. A suspensão do fornecimento de grãos também é recomendada devido a sua possível relação com o desenvolvimento da enfermidade. Diversos tipos de ferrageamento corretivo podem ser empregados com o objetivo de estabilizar a falange distal e também o de bloquear o excesso de tensão realizado pelo tendão flexor digital profundo, que se insere na sola dessa falange. Ferraduras invertidas, em formato de coração com ou sem ajuste na ranilha, podem ser utilizadas, mas dependerão de um profissional competente para sua correta ação. A ressecção da muralha dorsal do casco ou mesmo a perfuração desta pode também ser utilizada com a finalidade de se aliviar a pressão interna, causada por hematoma advindo do descolamento da falange, promovendo alívio da dor por descompressão e maior conforto para o animal para a continuidade do tratamento corretivo. . (BAXTER, 1996 apud SOUZA, 2007). 7.2 DEFINIÇÃO DE TERMOS: AINEs – anti-inflamatórios não esteroidais CELS – células LEP - lâminas epidérmicas primárias 8 METODOLOGIA Ao perceber que havia um problema de claudicação (dificuldade de andar) do animal, foi chamado junto ao médico veterinário o ferrador Vinicius Gomes Pereira para o tratamento podológico na égua. 9 MATERIAIS E MÉTODOS No primeiro contado com o animal (dia 0 zero) pode se observar que já estava em estado avançado da patologia como também a angulação do casco (achinelado) 12 e uma fenda no casco. Onde na mesma oportunidade foi feita uma ferradura especial para proteger a lesão conforme figura 3. Figura 1 – Arquivo pessoal Figura 2 – Arquivo pessoal Figura 3 – Arquivo pessoal Após 62 (sessenta e dois) dias, agora diagnosticada prenha e sem ferraduras (observação: a fenda dorsal da figura 1 está fechando), porém com uma claudicação severa do membro anterior esquerdo com suspeita de broca, eclodindo na sola .como pode-se observar na figura 5 . Figura 4 – Arquivo Pessoal Figura 5 – Arquivo Pessoal Após essa limpeza do casco foi feita uma assepsia no local ,e nos dias seguintes um pedilúvio diário com água morna,para ter uma resposta positiva para 13 a eclosão de toda inflamação do estojo córneo,associado com anti-bacteriano com o principio ativo: Tulatromicina 10g. Excipientes c.s.p.: 100 ml.(esse fármaco é muito usado em tratamento de brocas de eqüino,porem é indicado para uso de bovinos e suínos). Também foi administrado via tópico o produto Dimesol. Sempre massageando a banda coronária e os bubos. Cada 100mL contém: Dimetilsulfóxido (DMSO) 99,2% ....................100 mL É indicado como analgésico e anti-inflamatório, com propriedades diurética, antibacteriana e antifúngica. A partir deste ponto, já estabelecido um caso agudo, por conta do histórico desta égua, optamos por esperar estabilizar a dor e o desconforto para tentarmos fazer um protocolo de ferrageamento. No dia 71 com todos protocolos , medicamentos e tratamentos diários, logo foi feito imagens de RX digital, comprovando nossa suspeita de rotação da terceira falange distal, apresentando leve claudicação e pressão arterial distal alterada conforme figura 6. Figura 6 – Arquivo pessoal. Optamos por fazer um ferrageamento com ferradura em rama oval com palmilha de silicone para dar equilíbrio e sustentação para terceira falange distal e coxim plantar, nos dois membros anteriores para dar um conforto e bem estar.(Figura 7 e 8). Esse protocolo é muito usado nos Estados Unidos Da América como auxilio no tratamento da laminite e sendo muito eficaz. 14 Figura 7 – Arquivo pessoal Figura 8 – Arquivo pessoal Após o serviço de ferrageamento aparentemente a égua apresentou pouca sensibilidade podal, porem com pressão arterial distal alterada e seguindo o diagnóstico anterior sobre o pulso arterial. No dia 79 não a vendo melhora apesar de aplicar todos os protocolos presentes juntamente com fármacos e cuidados diários o caso foi tomando outros caminhos de maneira que estava difícil a reversão. No dia 87 o prognóstico não foi o mais favorável, pela gravidade do caso, houve uma eclosão na banda coronária do membro direito anterior com muita gravidade saindo muita inflamação pela coroa do casco e a mesma veio a cair (figura 9 e 10), onde solução mais humana para o caso após todos os tratamentos possíveis seria a eutanásia (figura11), e essa decisão foi tomada de forma conjunta. Usando um protocolo de eutanásia eficiente na rotina de vários Médicos Veterinários que se adéqua as normas presentes na Resolução nº 714, de 2002, do Conselho Federal de Medicina Veterinária. 1* EGG-PPU Cada 100 mL do produto contém: Éter Gliceril Guaiacol .................................................................. 10 g Veículo q.s.p. ...........................................................................100 mL 15 Para uso de tranquilização,infudimos 1 bolsa de 500 ml de EGG-PPU sob pressão na veia,com o calibre 1,60 x40mm associando no fluxo continuo do soro o fármaco dopamina A 1% administrando 2 ml ,fazendo ela cair no chão. 2* após cair no chão foi administrado via intratecal diretamente no espaço subaracnoide o fármaco anestésico L: cloridrato de lidocaína ..........................................2,000g epinefrina...............................................................0,002g veiculo q.s.p............................................................100,000ml Foi administrado cerca de 50 ml do anestésico L, proporcionando uma parada cardiorrespiratória. Figura 9 – Arquivo pessoal Figura 10 – Arquivo pessoal Figura 11 – Arquivo pessoal 16 10 CONCLUSÃO Podemos concluir que, mesmo com acompanhamento de um médico veterinárioe de um profissional da podologia equina, quando se trata da patologia laminite de forma crônica a reversão do caso muitas vezes não é satisfatória. 11 REFERÊNCIAS Bailey, S. R.; Marr, C. M.; Elliot, J. Current research on the pathogenesis of acute laminitis in the horse. The Veterinary Journal, v. 167, p. 129-142, 2004 Belknap, J. Advances in pathophysiology of equine laminitis: Are there lessons to be learned from organ failure in human sepsis? Large Animal Veterinary Rounds, v. 5 (9), 2005. Hood, D. M. Patophysiology of equine laminitis. Comp. Cont. Educ. Pract. Vet., v. 3, p. 454, 1981 Pollitt, C. C. Equine laminitis. Clinical Techniques in equine practice. P. 34-44, 2004. Stashak, T. S. Lameness In:______Adams’ Lameness in horses. 5thed. p. 645-664, Lippincott Williams & Wilkins, Philadelphia, 2002 Stick, J. S.; Jann, H. W.; Scott, E. A. et al. Pedal bone rotation as a prognostic sign in laminitis in horses. J. Am. Vet. Med. Assoc. v. 180, p. 251-253, 1982 Thomassian A.; Nicoletti, J. L. M.; Hussni, C. A.; Alves, A. L. G. Patofisiologia e tratamento da pododermatite asséptica difusa nos eqüinos – (Laminite eqüina) Revista de Educação Continuada do CRMV-SP, v. 3 (2), p. 16-29, 2000. HOOD, D.M. Laminitis in the horse. Vet. Clin. N. Am.: Equine Pract., v.15, p.287- 294, 1999 ASSIS, Larissa. Grandes animais: Laminite equina, desafio veterinário. VetSmart,p.1, (2016). Disponível em: . Acesso em 18 de abril de 2017. 17 NICOLETTI, José Luiz et al. Patofisiologia e tratamento da pododermatite asséptica difusa nos equinos – (Laminiteeqüina). Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 3, n. 2 (2000). Disponível em:. Acesso em 8 de maio de 2017. VERONEZI, Guilherme et al. Laminite Equina. Revista científica eletrônica de Medicina Veterinária, n. 11 (2008). Disponível em: . Acesso em 15 de maio de 2017. REIS, Fernanda Baldi. Laminite Equina. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, (2014). Disponível em: Acesso em 15 de maio de 2017. STASHAK, Ted S.; Claudicação em Eqüinos, Segundo Adams; 4ª edição; Editora Roca; São Paulo:p.16-20,1994. PIEREZAN, Felipe. Prevalência das doenças de equinos no Rio Grande do Sul. Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, p. 62-64 (2009). Disponível em: Acesso em 15 de maio de 2017. https://veterinary-science.uq.edu.au/profile/2242/professor-christopher-pollitt https://repositorio.unesp.br/bitstream/.../busch_l_tcc
Compartilhar