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Doença Inflamatória 
Intestinal 
• As duas formas de DII, são doenças crônicas, de causa 
desconhecida, com apresentação e sintomas imprevisíveis; 
tratamento abaixo do ideal e aumento cada vez maior da 
incidência e prevalência em muitas áreas em todo mundo. 
 
• É de ocorrência mundial, sendo comum em países de alto poder 
econômico. Incidência varia entre 3 a 7 casos por 100 mil 
habitantes em países do Hemisfério Norte. Prevalência de 50 a 
110 casos por 100 mil indivíduos da população geral. 
 
• A incidência no Brasil é cada vez maior. Mas muitas vezes a DII é 
mimetizada por doenças tropicais, além da questão documental 
(prontuário é aberto duas vezes pro mesmo paciente) por isso é 
difícil de fazer estatísticas. 
 
Acomete ambos os sexos, mas existe certa predominância em 
mulheres. Quanto à idade, atinge todas as idades (entre 20-
40anos e 55-75). Raça e etnia: há baixa incidência de RCU em 
não-brancos. 
Epidemiologia: 
É uma doença multifatorial. Mas 4 pilares são: microbioma 
(colonização bacteriana intra-luminal), resposta inflamatória 
que varia muito de cada indivíduo, susceptibilidade genética, e 
fatores ambientais. 
Etiopatogenia: 
Doença que acomete a mucosa e um pouco da submucosa. 
Lesões superficiais, ulcerosas; anatomicamente: é contínua, e 
tem acometimento retal. Na pancolite por RCU pode ter até 
em 10% dos casos, acometimento do íleo. Resposta Th2. 
Retocolite Ulcerativa: 
Doença de Crohn: 
Acometimento é transmural. Lesões profundas, consequen-
temente, fistulizantes. Acometimento do íleo, ou íleo-cecal; 
doença setorizada e salteada. Resposta Th1. 
Mudanças ambientais: água aquecida, creme dental, redução 
parasitose, alimentos refrigerados, vacinação (fatores que alteram o 
microbioma). Uso de ATB curto período causa alteração da flora 
que permanece por mais 2 anos. ATB utilizado no primeiro ano de 
vida aumenta até 5 vezes a possibilidade de DII. 
Infecciosa (parece com as colites bacterianas), genética (associação 
com Espondilite Anquilosante – HLA B27), alimentar (supõe que a 
alergia alimentar possa causar), História familiar, imunológica 
(associação com doenças auto-imunes); lembrar que o íleo terminal 
tem a Placa de Payer, então esse pode ser um pilar importante pra 
deflagração do processo inflamatório. 
• A principal clínica vai ser diarreia. O paciente com RCU distal 
dificilmente vai ter diarreia, pelo acometimento ser, via de 
regra, retal. O que muda nesse caso é a presença de muco. 
Abner David
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Abner David
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Abner David
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Abner David
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Retocolite Ulcerativa 
Clínica: 
Disenteria hemo-muco-purulenta de variados graus e 
intensidades. Quadros leves a graves, podendo cursar com 
febre, toxemia, comprometimento do estado geral, anemia 
e emagrecimento. , Diarreia, tenesmo e eliminação de 
secreção mucosanguinolenta pelo ânus é comum. 
Pode variar de acordo com a extensão e localização da 
doença; 
Manifestações extra-intestinais: 
Pode abrir com quadro oftalmológico, ou reumatológico. Pioderma 
gangrenoso, eritema nodoso, uveíte, episclerite, espondilite 
anquilosante, colangite esclerosante primária (por processo 
inflamatório toda árvore biliar tem áreas de esclerose, na RCU é 
mais frequente que na DC) – a doença intestinal melhora, mas a 
colangite não. 
• Na colono: friabilidade, sangramento, 
granulosidade da mucosa, ulcerações, 
presença de pseudo-pólipos (porque 
há destruição da mucosa adjacente e 
eles se sobressaem). Presença de 
exsudato; mucosa edemaciada (fica 
opaca – apagamento dos vasos da 
submucosa). 
• A colonoscopia com biópsia seriada da 
mucosa visa detectar displasias 
precursoras de câncer. 
Histologia: na RCU neutrófilos “mortos” ficam no fundo da glândula, 
formando abcesso de cripta. Isso somado à diarreia com muco e sangue 
ajuda a dar o diagnóstico. Enquanto na DCrohn: granuloma não caseoso. 
Mucosa friável, exsudato, muco. 
 
DDx: doenças proliferativas na placa de Peyer: linfoma (doença proliferativa 
neoplásica), doenças infecciosas (Tuberculose). 
 
Dosagem da Calprotectina Fecal: composto com atividade antimicrobiana; resto 
do material macrofágico eleva a calprotectina. O pANCA e ASCA não são 
fidedignos. 
Na doença mais distal, doença do reto, usa-se mesalazina tópica, na 
forma de supositório. Na doença mais proximal no pcte bem 
ambulatorialmente (aproximando do ângulo esplênico), usa-se a 
mesalazina oral, em alguns casos acrescenta corticóide (pra induzir a 
remissão da doença quando há muita diarreia, muco e sangue). 
 
Imunossupressor (Azatioprina) em pacientes com doença moderada e mais 
difusa, e quando não consegue desmamar o paciente do corticóide. Sua ação 
plena começa com 90 dias, portanto, quando começar a Azatioprina, não tem 
que suspender o corticóide, pode apenas diminuir. 
• Paciente com pancolite, grave: hidratar, corticoide venoso, ATB e mesalazina. 
 Sempre avaliar duas variáveis: extensão da doença e tempo de doença. 
Quando será indicada a cirurgia: intratabilidade clínica e as complicações 
(colite aguda, hemorragia maciça, megacólon tóxico e carcinoma). A 
complicação mais comum: megacólon tóxico. 
TTO: 
Abner David
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Abner David
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Abner David
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Abner David
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Abner David
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Abner David
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Abner David
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Abner David
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Megacólon Tóxico Há destruição do plexo submucoso e depleção de potássio. 
Cólon muito distendido com áreas de necrose. Tratamento 
do megacólon e hemorragias: colectomia total (tira todos 
os cólons e preserva o reto – porque na cirurgia de 
urgência tem risco de cometer iatrogenia ao mexer com o 
reto). Colectomia total e ileostomia terminal. 
Proctocolectomia total é quando tira 
todos os cólons e o reto. Só fica o canal 
anal. Essa é a cirurgia de RCU de forma 
eletiva. Traz o íleo para o canal anal. 
OBS: se o paciente tem TU de reto: ressecção do reto + anastomose + 
RT e QT. Mas a Radioterapia lesa o delgado, causa enterite. Então tem 
que fazer a ressecção, ileostomia e deixar a pelve livre (pra poder fazer 
a Radioterapia). 
Na cirurgia eletiva: proctocolectomia 
total com anastomose ileo-anal com 
bolsa ileal. Pega o íleo e cria um 
neoreto dobrando ele sobre ele 
mesmo, por isso a “bolsa ileal”. A 
bolsa em J é a mais usada. Só faz a 
bolsa ileal se o íleo não estiver 
acometido. 
 
Complicações: bolsite, deiscência da 
bolsa, deiscência da anastomose; Doença de Crohn: 
• Além da colono, também tem que estudar o intestino delgado; 
41% tem acometimento íleo-cólico; 29% ileal; 27% cólon. 
• É uma doença com alterações inflamatórias presentes em todo intestino, 
com áreas focais de maior gravidade. A serosa é granulosa, hiperemiada, 
com trama vascular ingurgitada; a mucosa tem áreas de destruição, 
úlceras longitudinais ou aftoides rodeadas por tecido normal. 
• A doença é transmural e podem ocorrer fissuras que se estendem por 
toda a espessura da alça intestinal. A mucosa fica com aspecto de 
“calçamento de rua com pedras”. 
• Microscopicamente: granuloma não caseoso e nódulos linfoides na placa 
de Peyer. 
Cápsula endoscópica: dá pra ver a 
mucosa vilosa, lesões ulceradas / 
aftóides. Quando se suspeita de 
Crohn, há contra-indicação em caso 
de estenose (cápsula pode impactar 
e obstruir). Ela também não colhe 
biópsia. 
Na EnteroRN: sinal do pente - presença dos vasos retos 
ingurgitados. Isso fala a favor de Doença de Crohn em atividade. 
Top Down: Esquema novo no qual já começa a tratar com 
Anti-TNF. Quanto antes tratar, melhor. 
OBS: a ação do 5-ASA (mesalazina) é só no cólon. Não se usa em 
doença ileal. 
 Marcadores de qualidade: clínico, endoscópico e CM (cicatrização da 
mucosa).A variável mais importante de resposta terapêutica para DC: 
CM. 
 IMUNOBIOLÓGICOS: O Infliximab: 75% da molécula é humano. Por isso 
tem que usar imunossupressor (azatioprina) junto dela. Adalimumab: 
100% é molécula humana. Então usa ele sozinho. 
Imunobiológicos: 
• Um não é melhor que o outro. 
• Tem que preencher um protocolo antes de prescrever. 
• O paciente não pode fazer uso tendo tuberculose. 
Cirurgia na Dça de Crohn: 
Em caso de intratabilidade clínica, obstrução intestinal, fístulas, 
hemorragia, doença perineal, carcinoma. 
Ressecção nas pequenas áreas fistulizadas, enteroplastias (preferência, 
pra evitar ressecar grandes ou pequenos segmentos). Abrir 
longitudinalmente e fecha transversalmente = aumenta o diâmetro. Faz 
quantas enteroplastias achar que for necessário. 
Enteroplastia: 
Fístula: normalmente não precisa operar o doente. Só opera no paciente 
que tiver fístula êntero-cutânea. E ainda assim, só opera depois que usar 
imunobiológico (muitas fístulas são fechadas com seu uso). Cirurgia 
nunca vai ser a primeira opção. 
Fatores que influenciam a recorrência da doença: pacientes jovens, maior 
extensão da doença, comportamento fistulizante, tipo de anastomose (na 
ampla, a recorrência é menor). 
Diagnóstico Diferencial: RCU, enterocolite infecciosa, tuberculose intestinal, 
infecções por fungos e vírus, enterocolite isquêmica crônica, Síndrome de 
Behcet, linfoma maligno nos intestinos delgado e grosso.

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