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CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 1 www.pontodosconcursos.com.br AULA 0 Análise orçamentária: composição de custos unitários, planilhas de orçamento: sintético e analítico, curva ABC de serviços e de insumos, benefícios e despesas indiretas (BDI), encargos sociais. Olá pessoal! Convido vocês a participarem deste novo curso de Auditoria de Obras de Edificações em Exercícios + Discursivas para o TCU. É uma grande satisfação estarmos juntos na preparação para o próximo concurso de Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União – TCU. É uma satisfação especial porque trabalho no TCU, tendo sido aprovado no concurso de 2009 para a área de Controle Externo com orientação em Auditoria de Obras Públicas. Anteriormente, trabalhava na Controladoria-Geral da União – CGU também na área de auditoria de obras públicas. Ainda, é um prazer, e uma grande responsabilidade, integrar esta renomada equipe de professores do Ponto dos Concursos e ter a oportunidade de iniciar mais um curso. Minha experiência com educação a distância no Ponto dos Concursos, mediante aulas eletrônicas, tem sido muito enriquecedora e me deixa cada dia mais convicto da efetividade deste método. Educação a distância é ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. É exatamente esta a definição que estrutura conceitualmente este curso. Apenas desta forma pode-se oferecer orientação de qualidade a quem se dedica aos estudos para concursos sem limites espaciais ou temporais. Basta o aluno estar conectado à Internet e a ele é facultado estudar as aulas no horário e local mais convenientes. As características das aulas eletrônicas do Ponto dos Concursos faz com que o aproveitamento do tempo dedicado ao estudo seja total e a eficiência do estudo seja máxima. De forma a complementar e enriquecer o estudo, os alunos têm à disposição o Fórum de Dúvidas. Esta ferramenta permite o compartilhamento de informações, propiciando estreito contato com o professor e o conhecimento das dúvidas, questionamentos e observações de todos os colegas. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 2 www.pontodosconcursos.com.br O edital do concurso do TCU em 2009, realizado pelo CESPE, para a orientação de Auditoria de Obras Públicas dividiu o conteúdo programático dos conhecimentos específicos em três áreas: 1. Auditoria de Obras Rodoviárias; 2. Auditoria de Obras de Edificações; 3. Auditoria de Obras Hídricas. Obedecendo a lógica adotada pelo CESPE, o Ponto dos Concursos oferecerá um curso para cada uma das três áreas, sendo que o nosso curso abrangerá o conteúdo previsto no título Auditoria de Obras de Edificações. Didática e Forma de Abordagem Imagino que seja de amplo conhecimento de todos que a Engenharia Civil é um ramo razoavelmente amplo da ciência. É notória a dedicação necessária para a graduação neste curso, sendo que a maioria das universidades estabelece o período de cinco anos como duração estimada do curso. Logo, não é nossa pretensão, e nem seria possível, que abordássemos todo o conhecimento da engenharia civil relacionado às edificações nas onze aulas aqui propostas. Nosso objetivo é preparar o aluno para obter sucesso em uma prova específica de concurso público, do TCU no caso, que cobra alguns conhecimentos de engenharia civil. Para a elaboração do curso serão utilizados dois parâmetros principais: o edital do último concurso e as questões de provas de concursos anteriores. Também ajustamos o curso em função de outros fatores, como a tendência seguida pela banca examinadora em seus concursos mais recentes que cobraram conteúdo similar, o planejamento estratégico de atuação do TCU na área de obras (que certamente terá influência na abordagem do próximo concurso), manifestações recentes do TCU sobre a matéria, assuntos relacionados ao conteúdo que estejam em evidência no momento, dentre outros. Dessa forma, muito embora o programa do concurso contenha temas complexos, os assuntos serão abordados nas aulas até a profundidade necessária à resolução das questões dos concursos anteriores. Não se pretende aqui esgotar os temas ou ir além da abrangência exigida pela banca examinadora. Assim, o foco das aulas será manter o custo-benefício do estudo, indo até a medida necessária e suficiente a deixar o aluno confortável para resolver as questões de provas de concursos. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 3 www.pontodosconcursos.com.br Um fator que deve ser levado em consideração é que o cargo de Auditor Federal de Controle Externo do TCU não exige formação específica, estando acessível a qualquer graduado em curso de nível superior. Logo, embora sejam cobrados conhecimentos de engenharia civil, qualquer pessoa, ainda que não seja engenheiro, pode disputar uma vaga e obter sucesso. Assim, o curso também não será voltado unicamente aos engenheiros. Não partiremos da premissa de que o aluno deve ter algum conhecimento prévio sobre a matéria. O conteúdo será abordado de forma clara, em linguagem objetiva, simples, direta, de forma a facilitar o entendimento de todos os alunos, qualquer que seja sua formação. Ainda, o Fórum de Dúvidas é uma excelente ferramenta oferecida pelo Ponto dos Concursos e permite que sejam dirimidas todas as dúvidas que os alunos venham a ter. A metodologia proposta neste curso consiste em apresentar exercícios com resolução comentada e correção de questões discursivas, de forma a trazer aos alunos, de forma organizada, clara e concisa, as melhores questões das bancas examinadoras, preferencialmente do CESPE, cobrindo a totalidade do conteúdo programático de Auditoria de Obras de Edificações. Dessa forma, o objetivo é que este material oriente o candidato em seus estudos, servindo como referência para avaliar seus conhecimentos e deixá-lo, na hora da prova, à vontade com a sistemática e a abordagem típicas do CESPE. No fim das aulas os exercícios nelas comentados serão apresentados numa lista, para que o aluno, a seu critério, os resolva antes de ver o gabarito e ler os comentários correspondentes. O curso se baseará no edital do último concurso do TCU, realizado pela CESPE, em 2009. Contudo, não ficaremos restritos a ele. Acrescentaremos tópicos que entendemos terem maior possibilidade de cobrança no futuro concurso, previsto para 2011, diminuindo a necessidade de ajustes de última hora em função de mudanças inesperadas no conteúdo programático do edital. Além do conteúdo objetivo, este curso contemplará a realização de duas questões discursivas de obras, de forma a preparar o aluno para este tipo de questão que tem sido utilizado pelo CESPE nas provas de auditoria de obras do TCU. Durante o curso daremos preferência para as questões de provas do CESPE. Contudo, a ESAF também tem realizado concursos na área de obras e elaborado boas provas, a exemplo do concurso da CGU de 2008. Assim, utilizaremos algumas questões da ESAF de forma complementar e sempre adaptadas ao formato CERTO ou ERRADO utilizado pelo CESPE. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 4 www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 5 www.pontodosconcursos.com.br Falaremos um pouco sobre as questões discursivas a serem propostas no curso. Serão disponibilizados dois temas de redação para que você se exercite como se estivesse fazendo o concurso. É fundamental que o aluno tente reproduzir o mais fielmente possível o ambiente real do dia do concurso: marcando o tempo, sem efetuar consulta ao material, e transcrevendo o resultado para a mídia eletrônica, que será corrigida por mim. É importante, aqui, que você seja omais honesto possível na execução do exercício, para o seu próprio benefício. A análise de sua discursiva será realizada da seguinte maneira: não se trata de uma correção formal nos moldes do edital (computando pontos por erros de português ou falhas na estrutura textual), mas sim de uma visão do especialista de como o aluno pode melhorar o seu texto no desenvolvimento do conteúdo específico. Desse modo, não haverá nota para as redações. Apesar de não ser o principal objetivo da correção, eventuais erros de português ou de estrutura serão destacados a fim de possibilitar a melhoria da sua forma de redação. Atenção: as redações deverão ser enviadas em formato “.doc” (Word 2003). Não serão admitidas redações em formatos PDF, BrOffice, escaneadas etc. Ademais, experiências anteriores mostraram que houve diversos problemas com correção de arquivos do tipo “.docx” (Word 2007). Durante o curso, serão aproveitadas algumas questões polêmicas ou que tiveram alteração do gabarito preliminar para demonstrar ao aluno a forma de redigir recursos solicitando inversão de gabaritos e anulações de questões objetivas, além de elevação de notas em questões discursivas. Veremos agora o conteúdo e o cronograma do curso. Conforme comentamos, o curso será baseado no Edital nº 02 – TCU – ACE/TCE, de 21 de maio de 2009 (CESPE/TCU/Obras Públicas). Para tanto, daremos ênfase às questões cobradas nos últimos concursos realizados pelo CESPE na área de obras. Assim, numa divisão mais didática que a do edital, buscando ser o mais completo e objetivo possível, serão 11 aulas, desenvolvidas da seguinte forma: Aula Data Conteúdo 0 02/02 Análise orçamentária: composição de custos unitários, planilhas de orçamento: sintético e analítico, curva ABC de serviços e de insumos, benefícios e despesas indiretas (BDI), CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 6 www.pontodosconcursos.com.br encargos sociais. 1 09/02 Análise orçamentária: quantificação de materiais e serviços, 2 16/02 Análise orçamentária: cronogramas físico e físico-financeiro. 3 23/02 Fundamentos de projetos de obras civis: arquitetônicos. Fundamentos de projetos especiais: ar-condicionado, exaustão/ventilação, elevadores, esteiras/escadas rolantes. 4 02/03 Fundamentos de projetos de obras civis: de fundações – inclusive análise de sondagens. Técnicas construtivas para a execução de fundações. 5 09/03 Fundamentos de projetos de obras civis: estruturais (concreto armado – inclusive protendido; estruturas metálicas – inclusive para coberturas). Técnicas construtivas para a execução de concreto, estruturas de concreto armado – inclusive protendido –, estruturas metálicas – inclusive para coberturas. 6 16/03 Fundamentos de projetos de obras civis: de instalações elétricas e hidrossanitárias. Técnicas construtivas para a execução de instalações (elétrica, hidrossanitária, telefônica, prevenção a incêndio). Proposição da 1ª questão discursiva. 7 23/03 Técnicas construtivas para a execução de alvenaria, impermeabilização, cobertura, esquadrias, pisos, revestimento, pinturas. 8 30/03 Especificações de materiais e serviços. Controle tecnológico de concreto. Ensaios técnicos. Tipos e finalidades. Moldagem e cura de corpos de prova cilíndricos ou prismáticos, ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos, amostragem de concreto fresco, determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. 9 06/04 Fiscalização: análise e interpretação de documentação técnica (editais, contratos, aditivos contratuais, cadernos de encargos, projetos, diário de obras). Proposição da 2ª questão discursiva. 10 13/04 Fiscalização: acompanhamento da aplicação de recursos (medições, cálculos de reajustamento, mudança de data-base). CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 7 www.pontodosconcursos.com.br A programação de conteúdo das aulas será seguida com a maior fidelidade possível. Contudo, o conteúdo das aulas não será rígido. Poderá haver alterações de acordo com o desenvolvimento do curso. Caso o edital para o concurso seja publicado no decorrer do nosso curso e ocorram mudanças no conteúdo, serão feitas as adaptações necessárias no curso. Vamos falar então do concurso para o qual estudarão: Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União. Breve histórico: A história do controle no Brasil remonta ao período colonial. Em 1680, foram criadas as Juntas das Fazendas das Capitanias e a Junta da Fazenda do Rio de Janeiro, jurisdicionadas a Portugal. Em 1808, na administração de D. João VI, foi instalado o Erário Régio e criado o Conselho da Fazenda, que tinha como atribuição acompanhar a execução da despesa pública. Com a proclamação da independência do Brasil, em 1822, o Erário Régio foi transformado no Tesouro pela Constituição monárquica de 1824, prevendo-se, então, os primeiros orçamentos e balanços gerais. A idéia de criação de um Tribunal de Contas surgiu, pela primeira vez no Brasil, em 23 de junho de 1826, com a iniciativa de Felisberto Caldeira Brandt, Visconde de Barbacena, e de José Inácio Borges, que apresentaram projeto de lei nesse sentido ao Senado do Império. As discussões em torno da criação de um Tribunal de Contas durariam quase um século, polarizadas entre aqueles que defendiam a sua necessidade – para quem as contas públicas deviam ser examinadas por um órgão independente –, e aqueles que o combatiam, por entenderem que as contas públicas podiam continuar sendo controladas por aqueles mesmos que as realizavam. Somente a queda do Império e as reformas político-administrativas da jovem República tornaram realidade, finalmente, o Tribunal de Contas da União. Em 7 de novembro de 1890, por iniciativa do então Ministro da Fazenda, Rui Barbosa, o Decreto nº 966-A criou o Tribunal de Contas da União, norteado pelos princípios da autonomia, fiscalização, julgamento, vigilância e energia. A Constituição de 1891, a primeira republicana, ainda por influência de Rui CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 8 www.pontodosconcursos.com.br Barbosa, institucionalizou definitivamente o Tribunal de Contas da União, inscrevendo-o no seu art. 89. A instalação do Tribunal, entretanto, só ocorreu em 17 de janeiro de 1893, graças ao empenho do Ministro da Fazenda do governo de Floriano Peixoto, Serzedello Corrêa. Constituição de 1988, o Tribunal de Contas da União teve a sua jurisdição e competência substancialmente ampliadas. Recebeu poderes para, no auxílio ao Congresso Nacional, exercer a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, à legitimidade e à economicidade e a fiscalização da aplicação das subvenções e da renúncia de receitas. Qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária tem o dever de prestar contas ao TCU. O Tribunal de Contas da União (TCU) é um tribunal administrativo. Julga as contas de administradores públicos e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos federais, bem como as contas de qualquer pessoa que der causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário. Tal competência administrativo-judicante, entre outras, está prevista no art. 71 da Constituição Brasileira. Conhecido também como Corte de Contas, o TCU é órgão colegiado. Compõe-se de nove ministros. Seis deles são indicados pelo Congresso Nacional, um, pelo presidente da República e dois, escolhidos entre auditores e membros do Ministério Público que funcionajunto ao Tribunal. Suas deliberações são tomadas, em regra, pelo Plenário – instância máxima – ou, nas hipóteses cabíveis, por uma das duas Câmaras. A Constituição Federal de 1988 conferiu ao TCU o papel de auxiliar o Congresso Nacional no exercício do controle externo. As competências constitucionais privativas do Tribunal constam dos artigos 71 a 74 e 161. Além das atribuições previstas na Constituição, várias outras têm sido conferidas ao Tribunal por meio de leis específicas. Destacam-se entre elas, as atribuições conferidas ao Tribunal pela Lei de Responsabilidade Fiscal, pela Lei de Licitações e Contratos e, anualmente, pela Lei de Diretrizes Orçamentárias. O Congresso Nacional edita, ainda, decretos legislativos com demandas específicas de fiscalização pelo TCU, especialmente de obras custeadas com recursos públicos federais. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 9 www.pontodosconcursos.com.br Abaixo coloco o organograma do TCU para uma visualização de sua estrutura: Os aprovados para a área de auditoria de obras exercerão suas atividades em uma das quatro Secretarias de Obras (SECOB), que são as estruturas dentro do TCU responsáveis por auditorias e fiscalizações de obras. O organograma acima está desatualizado porque relaciona apenas três SECOBs. No início de 2011 foi criada a SECOB-4, totalizando agora quatro SECOBs. Inclusive, esta mudança é uma das razões de realização do próximo concurso. Cada Secretaria de Obras possui três diretorias técnicas - DT, totalizando 12 DTs. As DTs são divididas por critério temático. Como exemplo, as auditorias e fiscalizações de obras de edificações e de aeroportos eram responsabilidade de uma DT e agora, com a criação da SECOB-4, existe uma DT encarregada das obras de edificações e outra exclusivamente das obras de aeroportos. Os aprovados no próximo concurso devem ser distribuídos nas diferentes DTs, de acordo com o perfil e experiência profissional de cada um. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 10 www.pontodosconcursos.com.br Quanto a esta aula demonstrativa Esta aula demonstrativa tem o intuito de apresentar ao estudante como será a metodologia do curso e também o conhecimento do perfil do professor. Já adianto que gosto de elaborar as aulas buscando sempre a aproximação com o aluno, para que você que está lendo consiga imaginar que o professor está próximo, falando com você. Essa aproximação é reforçada com a utilização do Fórum de Dúvidas, sendo que lá estabelecemos uma comunicação amiúde, enriquecendo e dinamizando o aprendizado. É também, nesse contato direto com o professor, para solução de dúvidas, que reside a principal diferença entre os cursos online e um material apenas escrito e disponibilizado na internet. Ao longo do curso, busco atuar como um orientador do aluno, chamando a atenção para os pontos mais importantes e para a forma de cobrança da banca examinadora. Depois de falar do concurso, do curso e do TCU, vamos às apresentações! Meu nome é Marcelo Ribeiro, sou engenheiro civil, formado pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Até 2006 trabalhei na iniciativa privada, tendo atuado desde a elaboração de projetos até a execução de obras. Após o período na iniciativa privada, resolvi dar um novo rumo à minha vida, decidindo prestar concursos públicos. Dentre as inúmeras opções disponíveis, foquei meu interesse na área de controle e gestão, onde pelas informações de que dispunha, poderia trabalhar com obras. Assim, aproveitaria minha formação, experiência e atenderia meu gosto pessoal, mas agora na função de fiscalização. Dessa forma, passei no concurso para Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União – CGU em 2006. Fui lotado na Coordenação-Geral de Auditoria da Área de Integração Nacional. Nesta coordenação realizei auditorias e fiscalizações principalmente de obras de edificações, adutoras, perímetros de irrigação, barragens, obras de saneamento e abastecimento de água. Em 2009 fiz o concurso para Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União – TCU na área de obras, sendo aprovado e ocupando o cargo atualmente. Estou lotado na Secretaria de Fiscalização de Obras 1– SECOB-1, especificamente na diretoria técnica encarregada das auditorias e fiscalizações de obras de edificações. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 11 www.pontodosconcursos.com.br Antes de darmos início à aula, gostaria de tecer algumas considerações sobre concursos públicos e sobre este concurso em especial. É com grande satisfação que tenho acompanhado nos últimos anos o significativo aumento da quantidade de concursos para preenchimento de vagas específicas para engenheiros ou de vagas para pessoas com qualquer formação superior com cobrança de conhecimentos de engenharia. Eu, engenheiro civil de formação, quando iniciei meus estudos para concursos públicos, em 2006, não tinha essa quantidade de opções de concursos na minha área. Tanto foi assim que no concurso em que fui aprovado na CGU, em 2006, não foram oferecidas vagas para a área de obras, sendo que fui lotado na Coordenação-Geral de Auditoria da Área de Integração Nacional em função da minha formação e experiência profissional. A CGU faria seu primeiro concurso com vagas para auditoria de obras apenas em 2008. Desde então foram vários os concursos realizados, citando apenas alguns que tivemos provas desde 2009: MPOG, TCU, ANTAQ, ANAC, Caixa Econômica Federal, TCE/AC, TCE/TO, Secont/ES, Ceturb/ES, MPU, ABIN e outros. Este aumento nos concursos com vagas que cobram conhecimento de obras é reflexo do momento de alta atividade em que se encontra a economia e a engenharia brasileira. O Governo Federal, especialmente mediante o PAC, aumentou consideravelmente o volume de recursos aplicados em obras no país. Dessa forma há necessidade de mais engenheiros na iniciativa privada, desde a área de projetos à produção, e na área pública, de planejamento à fiscalização. Este concurso insere-se neste contexto e oferece uma excelente oportunidade para os interessados em ingressarem ou em ocuparem um novo cargo no setor público. Ainda, historicamente, há relevante percentual das vagas que são preenchidas por profissionais sem formação específica na área de engenharia. Isso é reflexo tanto da cobrança de matérias adicionais aos conhecimentos de obras quanto do elevado nível dos candidatos, de seus estudos e dedicação. Dessa forma, as vagas estão abertas para todos. O caminho a ser percorrido por cada pessoa é condicionado pela sua situação particular, mas todos levam ao mesmo destino: a aprovação no concurso para Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União. Reiterando o que já comentamos, uma vez que o cargo de AUFC não exige graduação em engenharia, sendo aberto a qualquer formação superior, e a prova exige conhecimentos de obras, este curso atenderá tanto aos engenheiros quanto aos demais profissionais. Os assuntos serão abordados de forma a permitir sua CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 12 www.pontodosconcursos.com.br compreensão pelos alunos que ainda não têm familiaridade com os aspectos e termos técnicos, e serão aprofundados na exata medida da cobrança em concursos. Assim, tanto os engenheiros quanto os demais profissionais serão atendidos, uma vez que a cobrança de engenharia em provas de concursos para cargos públicos difere da forma como tradicionalmente se cobram estes conhecimentos em provas de graduação, especialização ou mesmo no exercício da profissão. E então, quer dar um novo rumo à sua vida? Tem interesse em ser um AUFC do TCU? Será um prazer acompanhá-lo na preparação para o concurso de Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União. Venha comigo nesta empreitadarumo ao alcance de seu objetivo. Sucesso, boa sorte e bom estudo! Marcelo Ribeiro. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 13 www.pontodosconcursos.com.br 1. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010) Uma forma aceita para se definir os custos diretos de uma obra é considerar que eles são todos os serviços constantes da planilha de quantidades e preços. Pessoal, primeiramente veremos alguns conceitos relacionados ao assunto tratado na questão. Nos termos do regulamento aprovado pelo Instituto de Engenharia em sua sessão nº 1.363, de 30.08.2004, que estabelece a Metodologia de Cálculo do Orçamento de Edificações (composição do custo direto e do BDI/LDI), temos os seguintes conceitos: Custo Direto: O Custo Direto é resultado da soma de todos os custos unitários dos serviços necessários para a construção da edificação, obtidos pela aplicação dos consumos dos insumos sobre os preços de mercado, multiplicados pelas respectivas quantidades, mais os custos da infraestrutura necessária para a realização da obra. Os insumos que compõem o custo direto são: • Mão de Obra – são representados pelo consumo de horas ou fração de horas de trabalhadores qualificados e/ou não qualificados para a execução de uma determinada unidade de serviço multiplicados pelo custo horário de cada trabalhador. O custo horário é o salário/hora do trabalhador mais os encargos sociais. • Materiais – são representados pelo consumo de materiais a serem utilizados para a execução de uma determinada unidade de serviço, multiplicados pelo preço unitário de mercado. • Equipamentos – são representados pelo número de horas ou fração de horas necessárias para a execução de uma unidade de serviço, multiplicado pelo custo horário do equipamento. OBS.: Os consumos dos insumos são obtidos pela experiência de cada uma das empresas do ramo da construção ou através de alguma tabela de composição de custos de orçamentos, sendo a mais conhecida a TCPO da Editora PINI. Ainda, no âmbito da Administração Pública Federal, o padrão é a utilização das composições unitárias do SINAPI, conforme têm determinado as últimas Leis de Diretrizes Orçamentárias - LDO. BDI / LDI: É o resultado de uma operação matemática para indicar a “margem” que é cobrada do cliente incluindo todos os custos indiretos, tributos, etc. e a sua remuneração pela realização de um determinado empreendimento. O BDI/LDI é CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 14 www.pontodosconcursos.com.br indicado na forma de um percentual que é aplicado sobre o total do custo direto da obra. A sigla BDI é a simplificação de Benefício e Despesas Indiretas. Alguns autores também chamam de Bonificação e Despesas Indiretas. Disso podemos formular duas questões: Qual é o verdadeiro sentido do Benefício? O que são Custos Indiretos? Como Benefício temos não só o lucro líquido esperado como também todos os demais custos que não podem fazer parte dos custos diretos ou indiretos pela natureza dos gastos, como custos de representação, viagens de caráter comercial, propaganda, despesas com a participação em licitações e reservas de contingência para ocorrências imprevisíveis não seguradas. Custos Indiretos são aquelas despesas que não estão diretamente envolvidas com a produção da obra, como as despesas da administração central, custos financeiros, tributos, etc. LDI é uma sigla nova no mercado, que significa Lucro e Despesas Indiretas. Preço de Venda: O preço de venda é o resultado da aplicação da margem denominada BDI / LDI sobre o Custo Direto calculado na planilha de orçamento. Atenção! Um assunto muito importante no âmbito das obras públicas contratadas com recursos federais – logo, importante para o TCU - são as exigências da LDO quanto à utilização de parâmetros de referências de custo. Embora este tema não esteja explícito no edital do concurso do TCU de 2009, ele está intrinsecamente ligado à atuação do TCU na fiscalização de obras públicas. Em 2002, o Congresso Nacional aprovou através da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) a adoção do SINAPI como referência para delimitação dos custos de execução de obras públicas com emprego de recursos federais. A LDO 2011 dispõe sobre a matéria nos seguintes termos: Lei nº 12.309 (LDO 2011), de 09 de agosto de 2010, Art. 127. O custo global de obras e serviços de engenharia contratados e executados com recursos dos orçamentos da União será obtido a partir de composições de custos unitários, previstas no projeto, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI, mantido e divulgado, na internet, pela Caixa Econômica Federal, e, no caso de obras e serviços rodoviários, à tabela do Sistema de Custos de Obras Rodoviárias – SICRO, excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção civil. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 15 www.pontodosconcursos.com.br SINAPI O que é O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - SINAPI é um sistema de pesquisa mensal que informa os custos e índices da construção civil e tem a CAIXA e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE como responsáveis pela divulgação oficial dos resultados, manutenção, atualização e aperfeiçoamento do cadastro de referências técnicas, métodos de cálculo e do controle de qualidade dos dados disponibilizados pelo SINAPI. Como funciona Para realizar a pesquisa, a rede de coleta do IBGE analisa mensalmente preços de materiais e equipamentos de construção, bem como os salários das categorias profissionais em estabelecimentos comerciais, industriais e sindicatos da construção civil, em todas as capitais dos estados. Enquanto a manutenção da base técnica de engenharia, base cadastral de coleta e métodos de produção é de competência da CAIXA. Ao longo do curso nós aprofundaremos o estudo da previsão da LDO 2011 referente à utilização de parâmetros de referências de custo. Em 2011 houve mudanças, como o tratamento diferenciado para o regime de execução de empreitada por preço global, as quais veremos detalhadamente. Portanto, conforme vimos, o custo direto é expresso mediante a relação (planilha) de todos os insumos aplicados na execução da obra, sendo que uma forma aceita para se definir os custos diretos é considerar que eles são todos os serviços constantes da planilha de quantidades e preços. Os custos indiretos integram o BDI e são apresentados na forma de um percentual, fora da planilha. Logo, a questão está correta. Gabarito: Item CERTO. 2. (CESPE/MPU/Analista de Engenharia Civil/2010) No orçamento de uma obra civil, o BDI representa os benefícios e despesas indiretas, sendo incluído como um percentual, aplicado sobre todos os preços unitários do CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 16 www.pontodosconcursos.com.br orçamento, ou como uma verba geral, incluída ao final, ou, ainda, um misto dessas duas formas. Conforme vimos, o BDI/LDI é indicado na forma de um percentual que é aplicado sobre o total do custo direto da obra. Logo, o BDI é expresso em percentual do custo. O erro da questão está em considerar que o BDI pode ser expresso como verba geral ou de forma mista. Por esse motivo, a questão está errada. Gabarito: Item ERRADO. 3. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010) O orçamento tem como um de seus objetivos servir de referência na análise dos rendimentos obtidos com os recursos empregados na execução de uma obra ou serviço de engenharia. LIMMER (1997) apresenta o orçamento como a determinação dos gastos necessários para a realização de um projeto, de acordo comum plano de execução previamente estabelecido, gastos esses traduzidos em termos quantitativos. Para ZULIAN et al. (2000), a previsão dos custos e preços dependerá muito do grau de conhecimento que o orçamentista tem do projeto, ficando o sucesso de um empreendimento, entre outros fatores, dependente do acerto entre o que foi previsto (orçado) e o que irá ocorrer na prática (custeio). O orçamento tem como objetivo fornecer informações para o desenvolvimento de coeficientes técnicos confiáveis, visando o aperfeiçoamento da capacidade técnica e da competitividade da empresa executora do projeto no mercado, além de servir como referência na análise dos rendimentos obtidos dos recursos empregados na execução do projeto (LIMMER, 1997). Uma informação valiosa com relação a esta questão é que o CESPE baseia muitas de suas questões sobre orçamento de obras nos trabalhos do autor Carl V Limmer. Como vimos, a questão está correta, sendo praticamente uma transcrição do livro do Limmer. Gabarito: Item CERTO. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 17 www.pontodosconcursos.com.br 4. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010) Em todo orçamento há uma correlação entre a qualidade da informação, que depende do grau de detalhamento do projeto, e a margem de erro existente. Desse modo, quanto mais próximo do início do planejamento, menor o erro. O orçamento deve ser o mais próximo dos custos reais. Evidentemente que toda estimativa orçamentária é, por conseguinte afetada por um erro, que será tanto menor quanto melhor for a qualidade da informação disponível por ocasião da sua elaboração (LIMMER, 1997). Como o orçamento é um documento gerado previamente à execução da obra, as variáveis que o compõem são estimadas e, assim sendo, seu resultado é aproximado em relação àquele que será o custo real, isto é, o custo apurado após a produção efetiva do bem. Entretanto, embora não tenha de ser exato, o orçamento deve apresentar um grau de precisão compatível com a margem de erro esperada pela construtora e pelos contratantes em função da fase a que se refere (MARQUES DE JESUS, 2008). ZULIAN et al. (2000) afirma que para se elaborar um orçamento que seja efetivamente viável do ponto de vista técnico é necessário levantar e conhecer com profundidade o consumo de materiais em cada um dos serviços a serem realizados, a quantidade de mão-de-obra, a incidência das leis trabalhistas sobre o custo da mão-de-obra, o tempo de uso dos equipamentos necessários aos serviços, os custos financeiros decorrentes, os custos administrativos (indiretos), a carga tributária que irá pesar sobre os serviços etc. Além disso, o profissional orçamentista deve ser conhecedor da realidade do mercado, das condicionantes regionais e locais, o tipo de gerenciamento que se pretende empregar na execução da obra, os métodos construtivos, a possibilidade de ocorrência de fenômenos climáticos que venham a interferir nos custos da obra etc. O orçamento é um instrumento de planejamento, e será mais preciso na medida em que as informações disponíveis sobre o objeto orçado forem de melhor qualidade. Ainda, o processo de planejamento é dinâmico e contínuo, compreendendo inclusive o período de execução da obra. Embora exista sempre uma margem de erro admissível no planejamento, o erro encontrado varia ao longo do processo, sendo maior na fase inicial, quando ainda podem haver definições a serem tomadas e mudanças podem ocorrer. Na medida em que o planejamento avança, o processo é amadurecido e consolidado, diminuindo as mudanças de rumo e as imprevisões. Logo, quanto mais longe do início do planejamento, menor o erro, estando errada a questão. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 18 www.pontodosconcursos.com.br Gabarito: Item ERRADO. 5. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008) No cálculo de orçamento de obras de edificações, é necessária a presença de um profissional com experiência no ramo para montar planilhas de composições de preços, identificar os componentes do custo direto e o Benefício de Despesas Indiretas – BDI, entre outras atividades. Nesse contexto, assinale a opção correta. a) Os EPIs - Equipamentos de Proteção Individual não devem ser classificados como encargos complementares. Primeiramente, vejamos mais alguns conceitos importantes, nos termos do regulamento aprovado pelo Instituto de Engenharia que estabelece a Metodologia de Cálculo do Orçamento de Edificações: Encargos sociais sobre a mão de obra: São encargos obrigatórios exigidos pelas Leis Trabalhistas ou resultantes de Acordos Sindicais adicionados aos salários dos trabalhadores. Os Encargos Sociais dividem-se em três níveis: 1. Encargos Básicos e obrigatórios; 2. Encargos Incidentes e reincidentes; 3. Encargos Complementares. Os Encargos Sociais Básicos são: Os Encargos Sociais Incidentes e Reincidentes são: CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 19 www.pontodosconcursos.com.br Os Encargos Complementares são: Os valores constantes da tabela acima para os encargos complementares são exemplificativos. Para seu cálculo foram adotados valores do Acordo Coletivo de Trabalho do Sinduscon/SP. A observação “Aplicar a fórmula” é necessária porque os componentes dos encargos complementares são calculados em função das características de cada obra, como o número de trabalhadores na obra, turnos de trabalho, número de dias trabalhos no mês, salário médio mensal dos trabalhadores, custo de cada EPI, e outros. Conforme consta na relação acima, os EPIs - Equipamentos de Proteção Individual devem ser classificados como encargos complementares. Logo, a questão está errada. Gabarito: Item ERRADO. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 20 www.pontodosconcursos.com.br b) Os custos de mão-de-obra são calculados em função dos salários e dos encargos sociais, não devendo ser incluídos nesses custos as ferramentas de uso pessoal. Conforme vimos no item anterior, as ferramentas manuais (de uso pessoal) são consideradas nos encargos sociais complementares. Logo, o item está errado. As ferramentas de uso pessoal constituem um tema que merece ser mais bem abordado porque sua análise comporta diferentes vieses. Dessa forma, vejamos algumas considerações a respeito, no intuito de esclarecer os pontos que podem confundir o candidato na hora da prova. Conceito de administração local: É um componente do Custo Direto constituído por todas as despesas incorridas na montagem e na manutenção da infraestrutura da obra necessária para a execução da edificação. A administração Local compreende as seguintes atividades básicas de despesa: - Chefia da obra – engenheiro responsável; - Administração do contrato; - Engenharia e planejamento; - Segurança do trabalho; - Produção – mestre de obra e encarregados; - Manutenção dos equipamentos; - Manutenção do canteiro; - Consumos de energia, água e telefone fixo e móvel; - Gestão da qualidade e produtividade; - Gestão de materiais; - Gestão de recursos humanos; - Administração da obra – todo o pessoal do escritório; - Seguro de garantia de execução, ART, etc. Na doutrina encontramos que além de todas as despesas administrativas e de infraestrutura necessárias, a administração local deve abrigar os custos derivados CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 21 www.pontodosconcursos.com.br da mão de obra, que não foram apropriados nas planilhas de custos unitários, como os alojamentos e as ferramentas de uso geral. Pessoal, devemos perceber que na administração local devem ser consideradas as ferramentas que NÃO foram apropriadas nos custos unitários, como girica, carrinho de mão, máquina de solda, vibrador, marteleterompedor, etc. Essas ferramentas não são consideradas de uso pessoal, ou ferramentas manuais (termo utilizado no SICRO). As ferramentas manuais são apropriadas nos custos unitários uma vez que estão contempladas no custo horário da mão de obra, por fazerem parte dos encargos sociais. Por ferramentas manuais entendem-se as de uso exclusivo de um profissional e de uso proporcional à atividade executada por ele (colher de pedreiro, desempenadeira, martelo, chave turquesa, etc.). Estas, nos termos do regulamento aprovado pelo Instituto de Engenharia integram os encargos sociais complementares sobre a mão de obra. O DNIT, no SICRO2 (que ainda está valendo), considera as ferramentas manuais dentro das composições unitárias de serviço, utilizando a rubrica "Adicional à mão-de-obra". Já no SICRO3 (que está em fase de consulta pública) isso mudará, com as ferramentas manuais saindo das composições e passando para o grupo "Serviços gerais do orçamento da obra". Maiores detalhes podem ser obtidos nos manuais do SICRO2 e 3. Ambos estão disponíveis no sítio do DNIT. Resumindo, a regra é que para obras de EDIFICAÇÕES as ferramentas manuais integram os encargos sociais complementares e as demais ferramentas integram a administração local. Assim, os custos de mão-de-obra são calculados em função dos salários e dos encargos sociais, devendo ser incluídos nesses custos as ferramentas de uso pessoal. Logo, está errado o item. Gabarito: Item ERRADO. c) No serviço referente a transporte de carga mecanizado, os coeficientes de consumo devem incluir a carga e a descarga do caminhão. Pessoal, nesta questão é oportuno que abordemos alguns aspectos relacionados ao transporte de materiais na obra. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 22 www.pontodosconcursos.com.br Em regra, as matérias-primas para a obra são precificadas considerando sua entrega no local da obra (preço posto obra). Dessa forma, não se considera o frete isoladamente, sendo este normalmente incluído no custo dos diversos materiais. Uma vez que o material esteja na obra, pode ser necessário transportá-lo para que possa ser utilizado. Neste caso, teremos um serviço de transporte. Para ilustrar essa situação, abaixo há uma extração do SINAPI. Com relação à carga e descarga, há outras considerações. O transporte propriamente dito independe da forma como o material é carregado ou descarregado. Por exemplo, um mesmo caminhão pode transportar materiais que necessitam de carga/descarga mecanizada e materiais que necessitam/permitem carga/descarga manual. Assim, o serviço de carga e descarga é considerado isoladamente do serviço transporte. Abaixo podemos verificar a composição de um serviço de carga e descarga mecanizadas. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 23 www.pontodosconcursos.com.br Logo, vimos que no serviço referente a transporte de carga mecanizado, os coeficientes de consumo não devem incluir a carga e a descarga, estando errada a questão. Gabarito: Item ERRADO. d) Despesas de comercialização são despesas administrativas que devem ser enquadradas como despesas indiretas. Nos termos do regulamento aprovado pelo Instituto de Engenharia em sua sessão nº 1.363, de 30.08.2004, que estabelece a Metodologia de Cálculo do Orçamento de Edificações (composição do custo direto e do BDI/LDI), temos o seguinte: CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 24 www.pontodosconcursos.com.br Fórmula do BDI: Da fórmula acima, se constata que a letra “c” corresponde à taxa de despesas de comercialização. Taxa de Comercialização: É o resultado de todos os gastos não computados como Custos Diretos ou Indiretos, referentes à comercialização do produto mais as reservas. Podem ser consideradas como custos de comercialização as seguintes despesas: compras de editais de licitação; preparação de propostas de habilitação e técnicas; custos de caução e seguros de participação; emolumentos; despesas cartoriais; despesas com visitas técnicas; viagens comerciais; assessorias técnicas e jurídicas especializadas; propaganda institucional; brindes; comissão de representantes comerciais; reservas de contingência para eventuais roubos, assaltos e inundações não cobertas por seguro; etc. As despesas de comercialização não constam de nenhum item de Custos Diretos ou de Despesas Indiretas e, portanto, deverão ser calculadas em separado. A taxa de comercialização é obtida dividindo-se todas as despesas comerciais ocorridas num determinado período de tempo (por exemplo, de um exercício, dividido pelo faturamento do mesmo exercício). É por isso que a taxa de comercialização fica no denominador por ser proporcional ao faturamento e não ao custo direto da obra. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 25 www.pontodosconcursos.com.br Assim, a questão está errada porque as despesas de comercialização são despesas administrativas que não são enquadradas nem como custos diretos nem como indiretos, sendo consideradas no BDI na forma de taxa. Gabarito: Item ERRADO. e) O autor do orçamento deve recolher ART – Anotação de Responsabilidade Técnica, específica para cada obra objeto da licitação, atestando a sua autoria. O artigo 40 da Lei 8.666/93, alínea XVII, item II do parágrafo 2º estabelece a obrigatoriedade de a Administração Pública apresentar juntamente com o edital de licitação o orçamento estimativo em planilhas de quantitativos e preços unitários. Por outro lado, a Lei Federal nº 5.194/66, que regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, estabelece uma série de condições que disciplinam a matéria, sobretudo com relação à responsabilidade de autoria do orçamento. Quanto à responsabilidade do orçamentista perante a legislação brasileira. A Lei Federal n° 5.194, de 24/12/1966 estabelece: Art.14 – Nos trabalhos gráficos, especificações, orçamentos, pareceres, laudos e atos judiciais ou administrativos, é obrigatória, além da assinatura, precedida do nome da empresa, sociedade, instituição ou firma a que interessarem, a menção explícita do título do profissional que os subscreve e o número da carteira referida no art. 56. Pelos artigos 1º ao 14º da Resolução nº 425, de 18/12/98 do CONFEA, combinada com o Parágrafo 1º dos Artigos 2º e 4º da lei nº 6.496/77 é obrigatório o recolhimento de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) pela execução do orçamento e pelo ocupante de cargo e função orçamentista, ficando sujeito às penalidades da lei pelo seu não cumprimento. Todo orçamento deve ter a autoria identificada pelo nome do engenheiro ou arquiteto que o elaborou, seu título profissional e o número de registro no CREA e o nome da empresa - no caso de consultoria - ou do órgão a que está vinculado - papel timbrado do órgão. Para ilustrar, vejamos alguns excertos da Lei n. 6.496/77: CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 26 www.pontodosconcursos.com.br “Art. 2º - A ART define para os efeitos legais os responsáveis técnicos pelo empreendimento de engenharia, arquitetura e agronomia. § 1º - A ART será efetuada pelo profissional ou pela empresa no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), de acordo com Resolução própria do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea). Art. 3º - A falta de ART sujeitará o profissional ou a empresa à multa prevista na alínea "a" do Art. 73 da Lei no 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e demais cominações legais." O autor do orçamento deverá recolher ART - Anotação de Responsabilidade Técnica, específica para cada obra objeto da licitação, atestando a sua autoria. Além disso, o órgão contratante deverá recolher ART - Anotação de Responsabilidade Técnica de Cargo e Função do seu orçamentistasob pena de autuação pela fiscalização do CREA. Ainda, o orçamento deverá ser elaborado a partir da composição dos custos unitários, obedecidos rigorosamente as Leis Sociais e os Encargos Trabalhistas e todos os demais Custos Diretos, devidamente planilhados e o cálculo da composição do BDI com todos os Custos Indiretos, tributos e previsão de lucro. Por fim, a Lei 12.309/2010 – LDO 2011 dispõe sobre a matéria, nas contratações com recursos públicos federais, da seguinte forma: “Art. 127 § 4º Deverá constar do projeto básico a que se refere o art. 6º, inciso IX, da Lei nº 8.666, de 1993, inclusive de suas eventuais alterações, a anotação de responsabilidade técnica pelas planilhas orçamentárias, as quais deverão ser compatíveis com o projeto e os custos do sistema de referência, nos termos deste artigo.” Em função do exposto, o item está correto. Gabarito: Item CERTO. 6. (CESPE/MPU/Analista de Engenharia Civil/2010) No orçamento a ser elaborado para a construção de uma rodovia, deve-se considerar, entre outros insumos, os materiais empregados, a mão de obra e os equipamentos, sendo os tributos que incidem sobre a mão de obra idênticos aos incidentes sobre os materiais e equipamentos empregados. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 27 www.pontodosconcursos.com.br A questão fala em orçamento para a construção de uma rodovia, mas a lógica do raciocínio se aplica ao orçamento de qualquer tipo de obra. Há tributos incidentes sobre os insumos da construção civil que variam em função do tipo de insumo. Por exemplo, numa construtora que forneça a mão de obra e os materias, sobre a mão de obra incide ISS, e sobre os materiais incide ICMS. Logo, a questão está errada. Gabarito: Item ERRADO. 7. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010) Na composição de custo unitário básico de um serviço, o coeficiente é a quantidade necessária de determinado insumo para executar uma unidade de medida do respectivo serviço. A composição do custo unitário é feita a partir de coeficientes técnicos de consumo extraídos de publicações especializadas ou compilados por cada empresa, pelo processo de experiência e erro, em função do planejamento e do controle dos projetos por ela executados. As composições unitárias refletem a técnica utilizada pela empresa na execução dos serviços. Elas informam o quê (insumos) e quanto (coeficientes) uma empresa necessita para executar uma unidade de determinado serviço sob determinadas condições. Na composição unitária abaixo, extraída do SINAPI, percebemos que para o serviço “ALVENARIA ½ VEZ DE TIJOLO FURADO 10X20X20CM”, a unidade é o m² e que para fazer uma unidade deste serviço são necessários 0,80 (coeficiente) hora (unidade de medida) do insumo “PEDREIRO”, 0,80 hora de “SERVENTE OU OPERÁRIO NÃO QUALIFICADO”, 23,36 unidades de “TIJOLO CERÂMICO FURADO 8 FUROS 10 X 20 X 20CM” e 0,011 m³ de argamassa. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 28 www.pontodosconcursos.com.br Dessa forma, na composição de custo unitário básico de um serviço, o coeficiente é a quantidade necessária de determinado insumo para executar uma unidade de medida do respectivo serviço, estando correta a questão. Gabarito: Item CERTO. 8. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008) Para montar um orçamento, é necessário conhecer os coeficientes de produtividade da mão-de-obra, consumo de materiais e consumo horário dos equipamentos utilizados para fazer os serviços de obra. Nesse contexto, escolha a opção correta. a) O consumo de insumos indicado na composição de custos de um serviço individual é o mesmo para obras diferentes da mesma empresa. Como vimos na questão anterior, as composições unitárias refletem a técnica utilizada pela empresa na execução dos serviços. Elas informam o quê (insumos) e quanto (coeficientes) uma empresa necessita para executar determinado serviço sob determinadas condições. Dessa forma, sempre que a empresa executar determinado serviço sob as mesmas condições, este será executado da mesma maneira, segundo retratado em sua composição unitária, em todas as obras onde este serviço for necessário. Quando houver mudança das condições inerentes à execução dos serviços, esta alteração deve ser considerada nas composições unitárias. Por exemplo, a CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 29 www.pontodosconcursos.com.br produtividade de determinada mão de obra pode sofrer alteração em função do local de execução da obra. Ainda, determinado serviço pode ter sua produtividade influenciada por características da edificação, como, por exemplo, a altura da construção (número de pavimentos). Logo, a questão está errada porque obras de natureza diferenciada, em que sejam diferentes as condições de execução dos serviços, ensejam alteração nas composições unitárias de serviços. Gabarito: Item ERRADO. b) A organização e a gestão de um determinado serviço não têm influência sobre o custo unitário direto do serviço. Pessoal, um aspecto relacionado aos orçamentos e às composições unitárias que é relevante para o nosso estudo é a diferença entre orçamento sintético e analítico. A diferença entre o orçamento sintético e o analítico é que o primeiro não possui a composição dos serviços a serem executados, só mencionando o tipo de serviço e seu respectivo custo. Já o segundo contempla a composição dos serviços, estabelecendo quais são os insumos necessários à realização dos mesmos, os respectivos preços unitários e quantidades. No SINAPI, podemos gerar planilhas sintéticas e analíticas de serviços. A título de exemplo, abaixo estão duas extrações do SINAPI, a primeira, sintética e a segunda, analítica. Observe a forma como é apresentado o serviço 23426/001. Na planilha sintética é apresentado apenas a nomenclatura do serviço e seu valor de R$ 188,19 por metro linear. Na planilha analítica são descriminados os insumos que compõem o serviço, separados em equipamento, material e mão de obra, totalizando, naturalmente, o mesmo valor de R$ 188,19. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 30 www.pontodosconcursos.com.br Relação de custos de composições sintética: Relação de custos de composições analítica: CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 31 www.pontodosconcursos.com.br Conforme comentamos no item anterior, quando houver mudança das condições inerentes à execução dos serviços, esta alteração deve ser considerada nas composições unitárias. Assim, a organização e a gestão de um determinado serviço têm influência sobre o custo unitário direto do serviço na medida em que a maneira como o serviço é executado reflete nos insumos e nos coeficientes considerados. Gabarito: Item ERRADO. c) Os critérios de medição adotados têm impacto sobre o valor nominal dos coeficientes de consumo dos insumos em uma determinada composição de preços sob avaliação. Após a compilação das relações de serviços a serem executados, é necessário medir quanto deve ser feito de cada um. A medição em planta é simples, para a maioria dos elementos construtivos. Os critérios para a medição geralmente buscam, ao máximo, a correspondência com as medidas reais. Alguns serviços, contudo, escapam a este critério e são relacionados com a forma tradicional de aquisição dos materiais ou de contratação dos serviços. Assim, as peças de concreto, os pisos e forros são medidos por sua área real, por exemplo. Já as esquadrias de madeira são medidas em unidades e as metálicas por área. As pinturas e os revestimentos, internos e externos, devem ser medidos de acordo com a área das peças a que se adaptam, por área. Porém, existem casos mais complexos, como as medições de escavações e de alvenarias, por exemplo. As quantidades medidaspara as escavações dependem do tipo de solo e da tecnologia empregada. Se o solo é firme, pode-se utilizar escoramento, e as escavações podem ser realizadas com taludes verticais, com pequeno espaçamento a mais para as formas. Se o solo não é firme, o tipo de solo indicará a inclinação do talude. No pior caso, para materiais arenosos, o talude será de 45°, ampliando significativamente a escavação e o reaterro necessários. As alvenarias de tijolos contêm inúmeros detalhes, tais como os vãos deixados para as esquadrias ou os rasgos para as tubulações hidráulicas e elétricas. Não é possível simplesmente descontar os vazios, pois estes detalhes implicam em gasto extra de mão-de-obra, nos acabamentos. A consideração destes vazios implica em várias formas de medir as alvenarias. As duas formas mais comuns são as seguintes: CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 32 www.pontodosconcursos.com.br a) Critério “Pini”: descontar 2 m2 em vãos maiores que esta área (por exemplo, em abertura de 6 m2, desconta-se 4m2). A racionalidade do método está em compensar o trabalho extra necessário para executar os arremates no vão, contando uma quantidade de mão-de-obra equivalente ao trabalho para realizar 2 m2 do mesmo tipo de alvenaria. O inconveniente é que as quantidades de serviço medidas em obra não coincidem com as medidas por este sistema, provocando dificuldades com subempreiteiros, assim como a quantidade de material a ser adquirido, que difere do que foi orçado. b) Critério adequado para integração com planejamento e compras: descontar exatamente a medida do vão, considerando os serviços de arremate na alvenaria na composição da esquadria ou em uma composição especial (por unidade ou por perímetro de gola), por causa das diferenças nas quantidades de tijolos e demais materiais. Neste caso, não há problemas nas medições de subempreiteiros. Cada profissional (ou empresa) deve ter critérios bem definidos, padronizados e conhecidos por todos os envolvidos, inclusive pelos subempreiteiros. Os preços e as quantidades de materiais a serem adquiridos devem estar em sintonia com estes critérios de medição. Assim, conforme o exposto, os critérios de medição adotados têm impacto sobre os coeficientes de consumo dos insumos em uma determinada composição de preços na medida em que alteram a forma como os serviços são quantificados. Gabarito: Item CERTO. d) Uma empresa interessada em desenvolver as suas composições de preço deve escolher um método de mensuração e avaliar os serviços que oferece, em oposição à política de métodos diferentes para serviços distintos. Conforme comentamos no item anterior, os critérios para a medição geralmente buscam, ao máximo, a correspondência com as medidas reais. Alguns serviços, contudo, escapam a este critério e são relacionados com a forma tradicional de aquisição dos materiais ou de contratação dos serviços. Dessa forma, a questão está errada porque necessariamente deverão ser utilizados métodos de medição diferentes para alguns serviços. Gabarito: Item ERRADO. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 33 www.pontodosconcursos.com.br e) O planejamento do fluxo de trabalho não tem efeito sobre o desempenho da mão-de-obra de uma obra. O planejamento do fluxo de trabalho busca atingir a condição na qual a eficiência da mão de obra disponível da obra é a máxima possível. Dessa forma, quanto mais bem planejado o fluxo de trabalho, melhor será a produtividade da mão de obra. Assim, a questão está errada. Gabarito: Item ERRADO. O orçamento pode ser definido como a determinação dos gastos necessários para a realização de um empreendimento, conforme um planejamento previamente realizado. Acerca do orçamento, julgue o item a seguir. 9. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010) O coeficiente de correlação corresponde a relação entre o custo de uma parte ou componente de edificação e a soma dos custos de duas ou mais partes ou componentes da mesma edificação. Pessoal, novamente cabe uma observação muito importante sobre as fontes utilizadas pelo CESPE para fazer questões de prova! Na Administração Pública Federal, as práticas de projeto, inclusive de orçamento, seguem as diretrizes estabelecidas pela Secretaria de Estado da Administração e Patrimônio – SEAP. A SEAP publica três manuais sobre obras públicas de edificações: Práticas de Projeto, Práticas de Construção e Práticas de Manutenção. Os manuais estão disponíveis no sítio www.comprasnet.gov.br. No Manual de Práticas de Projeto da SEAP temos: “2.11 Coeficiente de Correlação: Coeficiente entre o custo de uma parte ou componente de edificação e a soma dos custos de duas ou mais partes ou componentes da mesma edificação.” Percebam que a questão é cópia integral da definição da SEAP. Dessa forma, o item está correto. Gabarito: Item CERTO. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 34 www.pontodosconcursos.com.br Na elaboração do orçamento de uma obra de construção civil, um aspecto que merece especial atenção é o que diz respeito aos encargos sociais. A respeito desse aspecto, julgue os itens a seguir. 10. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009) De acordo com a lei, o empregador é obrigado a cobrir as despesas de transporte do empregado relativas ao trajeto de casa ao local de trabalho e ao de volta para casa, considerando-se o montante excedente a 6% do salário do trabalhador, despesa que deve ser paga mensalmente. Nós vimos na primeira questão da aula que o vale-transporte é considerado como um encargo social complementar. Agora, o CESPE cobra o conhecimento de como operacionalizar o pagamento deste benefício, uma vez que há coparticipação do trabalhador. Primeiramente, vejamos algumas informações sobre o salário dos trabalhadores: A Constituição Federal determina que o trabalhador tem o direito a receber, no mínimo, o valor fixado por lei para o salário mínimo, nos seguinte termos: “Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; (...)" Além do pagamento em dinheiro, fazem também parte do salário do trabalhador: alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações que o empregador, por força do contrato ou de costume, forneça habitualmente ao trabalhador. Nestes casos, o empregador pode considerar estes benefícios como parte do salário do trabalhador. Mas, para isso, deve discriminar o valor, em moeda corrente (R$), dos benefícios nos recibos de pagamento e eles não devem ultrapassar 70% do salário total do trabalhador. Os limites legais máximos para cada um destes benefícios são: • Alimentação: até 25% do salário. • Moradia: até 20% do salário. Atenção: Nos em que morar no local de trabalho é condição determinante para a realização do trabalho, a moradia CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 35 www.pontodosconcursos.com.br deve ser concedida de graça ao trabalhador e não pode ser incorporada como parte do salário. • Materiais para higiene pessoal: 7% do salário mínimo; • Vestuário: até 22% do salário. Atenção: uniforme e outros acessórios concedidos pelo empregador e usados no local de trabalho não podem ser descontados; • Transporte: até 6% do salário, limitado ao valor total do número de vales- transportes recebidos pelo trabalhador. Os descontos de INSS incidirão também sobre o pagamento do 13ºsalário e férias. Também podem ocorrer descontos por adiantamentos em dinheiro (vales) e faltas injustificadas ao serviço. Os descontos das faltas deverão estar discriminados no recibo de pagamento. Descontos por prejuízos materiais causados pelo trabalhador devem, de preferência, estar previstos no contrato de trabalho. 13º salário Deve ser paga em duas parcelas: a primeira, considerada como "adiantamento do 13º salário", deve ser feita entre fevereiro e novembro. O valor desta parcela será de metade do valor correspondente ao salário do mês anterior e será descontada do pagamento restante do 13º salário, a ser pago em dezembro. A segunda parcela deve ser paga até o dia 20 de dezembro e o valor desta parcela será a remuneração do mês de dezembro, dividido por doze e multiplicado pelo número de meses trabalhados durante o ano. Desse resultado, deve-se descontar o valor pago como "adiantamento do 13º salário". Atenção: mais de quinze dias trabalhados em um mês é considerado como um mês inteiro de trabalho para o cálculo do 13º salário. De acordo com o Decreto nº 95.247, de 17 de novembro de 1987, que regulamenta a Lei n° 7.418, de 16 de dezembro de 1985, que institui o Vale- Transporte, com a alteração da Lei n° 7.619, de 30 de setembro de 1987, temos o seguinte: “Art. 1º - São beneficiários do Vale-Transporte, nos termos da Lei 7.418, de 16 de dezembro de 1985, alterada pela Lei 7.619, de 30 de setembro de l987, os trabalhadores em geral e os servidores públicos federais. Art. 9º - O Vale-Transporte será custeado: CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 36 www.pontodosconcursos.com.br I - pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% (seis por cento de seu salário básico ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens; II - pelo empregador, no que exceder a parcela referida no item anterior. Parágrafo único. A concessão do Vale-Transporte autorizará o empregador a descontar, mensalmente, do beneficiário que exercer o respectivo direito, o valor da parcela de que trata o item I deste artigo.” Em resumo, o vale-transporte é um benefício em que o empregador antecipa o valor gasto com transporte para que o trabalhador se desloque de sua residência para o local de trabalho e vice-versa. Todos trabalhadores têm direito ao vale- transporte. O custo do vale transporte e dividido entre o trabalhador e o empregador. Do trabalhador será descontado 6% de seu salário e o restante do que o trabalhador gasta com transporte será pago pelo empregador. Por exemplo, um trabalhador recebe um salário de R$ 800 por mês e necessita de ônibus 4 vezes por dia. Suponhamos que cada passagem custe R$ 2 e que ele trabalhe 25 dias durante o mês. Fazendo as contas vemos que este trabalhador gastaria com transporte, por dia, R$ 8 (4 ônibus por dia X R$ 2) e, por mês, gastaria R$ 200 (25 dias trabalhados X R$ 8 por dia). Se este trabalhador solicitar vale transporte, ele passará a gastar com transporte apenas 6% do seu salário, no caso R$ 48 (salário do trabalhador x 6/100, neste exemplo isso seria: R$ 800 x 6/100). A diferença para completar os R$ 200 gastos por este trabalhador será paga pelo empregador. Logo, a questão está correta. Gabarito: Item CERTO. 11. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008) A curva ABC representa os insumos em ordem decrescente de preço de um determinado serviço ou serviços de uma obra. Assinale a opção incorreta. a) A curva ABC é baseada no princípio de Pareto. A curva ABC é um procedimento baseado no Princípio de Pareto que serve para identificar os itens mais relevantes de uma planilha de preços. Baseado nesse princípio tem-se a classificação ABC, composta por três faixas: a faixa A, que abrange, na maioria dos casos, cerca de 20% do total de todos os itens considerados e corresponde a cerca de 80% do valor total desses itens; a faixa B, CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 37 www.pontodosconcursos.com.br com cerca de 30% dos itens, correspondendo a cerca de 15% do valor total, e a faixa C, com aproximadamente 50% dos itens, equivalendo a apenas cerca de 5% do valor total. Os itens devem ser ordenados por sua importância relativa, determinando-se o peso do valor de cada um em relação ao valor do conjunto, calculando-se em seguida os valores acumulados desses pesos. O número de ordem do item e o respectivo valor acumulado definem um ponto e com uma série de pontos, a classificação ABC pode ser representada de forma gráfica, conforme abaixo: A classe A reflete os itens mais importantes e que merecem tratamento especial em termos de acompanhamento e controle de obra. A classe C representa os itens menos importantes. A classe B é uma situação intermediária. Gabarito: Item CERTO. b) O princípio de Pareto, no qual a curva ABC se baseia, indica que poucas causas usualmente concorrem para a maioria dos resultados. A Lei de Pareto (também conhecida como princípio 80-20, ou princípio de Pareto), afirma que para muitos fenômenos, 80% das consequências advém de 20% das causas. A classificação ABC é baseada neste princípio. Gabarito: Item CERTO. c) Apesar do nome, a curva ABC é um relatório, podendo ser representada graficamente. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 38 www.pontodosconcursos.com.br Para fins de análise é comum que o gráfico resultante da classificação ABC (a curva ABC propriamente dita) nem seja necessário. A classificação (ordenamento) dos itens de forma decrescente, com a indicação do seu peso relativo e acumulado, em forma de planilha, é a forma mais prática de trabalhar com a técnica de classificação ABC. Importante! Normalmente a planilha orçamentária de uma obra possui diversos títulos (fundação, estrutura, implantação, etc.), de forma a apresentar uma visualização mais clara, com cada título possuindo diversos serviços. Ainda, uma mesma obra pode possuir várias planilhas, para diferentes etapas ou estruturas da obra. Dessa forma, um mesmo serviço pode constar em mais de um título ou em mais de uma planilha da obra. Por exemplo, o concreto é utilizado nos serviços preliminares, na fundação, na estrutura, nas obras complementares, etc. Assim, antes de ordenarmos os serviços em função do seu valor total, devemos agrupar os serviços que por ventura constem em mais de um título da mesma planilha ou em mais de uma planilha. Dessa forma, teremos o quantitativo total daquele serviço previsto para o empreendimento como um todo, o que nos permite visualizar corretamente sua importância relativa. A planilha abaixo é a classificação ABC do orçamento de uma pequena obra. Os serviços constantes das células com fundo na cor verde constituem o grupo A, as células com fundo branco representam o grupo B e as de fundo lilás identificam o grupo C. Observe o percentual acumulado no Item 8: 80,01% do valor da obra: CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 39 www.pontodosconcursos.com.br Item Descrição do Serviço Unid. Quantida de Custo Custo Total % Individual % Acumulado 1 ESTAÇÃO TRATAMENTO ESGOTO MP 80 CJ 1,00 185.378,95 185.378,95 31,97% 31,97% 2 TUBO PVC RIB LOC 1100mm M 201,00 456,75 91.806,75 15,83% 47,80% 3 POÇO TUBULAR PROFUNDO 200 m - REVESTIDO UN 1,00 52.485,63 52.485,63 9,05% 56,85% 4 TUBO PVC RIB LOC 900mm M 114,00 370,71 42.260,94 7,29% 64,14% 5 ESCAVAÇÃO MECÂNICA DE VALAS MAT. 1ª M3 3.812,00 6,07 23.138,84 3,99% 68,13% 6 ALAMBRADO COM 2 OURIÇOS H=1,00m M 109,99 209,48 23.040,71 3,97% 72,10% 7 SOPRADOR HC100S - RESERVA UN 1,00 21.967,81 21.967,81 3,79% 75,89% 8 REATERRO APILOADO DE VALAS M3 1.098,86 21,78 23.933,17 4,13% 80,01% 9 FILTRO CENTRAL 10.000 L/H UN 1,00 15.625,00 15.625,00 2,69% 82,71% 10 ARMADURA CA-50A MÉDIA - 6.3 a 10,00 mm KG 2.225,50 5,01 11.149,76 1,92% 84,63% 11 ESCAVAÇÃO MAN.DE VALAS ATÉ2.00m PROF M3 551,61 14,10 7.777,70 1,34% 85,97% 12 CABO ISOLADO 6 mm2 - 0,6/1 kV - 70 °C M 2.000,00 3,64 7.280,00 1,26% 87,23% 13 TUBO DE CONCRETO ARMADO D=1500 mm M 14,00 458,71 6.421,94 1,11% 88,33% 14 ATERRO COMPACT. C/COMP. DE PLACA M3 4.023,23 1,56 6.276,24 1,08% 89,42% 15 CONCRETO MAGRO INCL. LANÇ. M3 24,14 243,81 5.885,57 1,01% 90,43% 16 LASTRO PEDRA GRANÍTICA - ACESSO M3 125,00 45,84 5.730,00 0,99% 91,42% 17 CONCRETO 18 MPa P/ FUND. SEIXO, BET. M3 19,35 277,91 5.377,56 0,93% 92,35% 18 ALAMBRADO COM 2 OURIÇOS H=1,60m M 20,31 244,88 4.973,51 0,86% 93,20% 19 FORMA P/ BLOCOS E VIGAS FUNDAÇÕES M2 137,50 30,24 4.158,00 0,72% 93,92% 20 LASTRO DE BRITA M3 46,24 85,43 3.950,28 0,68% 94,60% 21 CONCRETO 20 MPa P/ FUND., SEIXO, BET. M3 13,15 284,69 3.743,67 0,65% 95,25% 22 ELETRODUTO CORRUGADO 2" - PEAD M 300,00 11,53 3.459,00 0,60% 95,84% 23 BOMBA DOSADORA DE CLORO UN 1,00 3.125,00 3.125,00 0,54% 96,38% 24 FORMA DE TÁBUA P/ SUPERESTRUTURA 2x M2 68,40 37,46 2.562,26 0,44% 96,83% 25 CONCRETO 20 MPa P/SUPER., BRITA, BET. M3 5,64 332,59 1.875,81 0,32% 97,15% 26 REBOCO MASSA ÚNICA,1:3, PAREDE INT/EXT M2 112,00 16,01 1.793,12 0,31% 97,46% 27 ANÁLISES LABORATORIAIS - CORPO RECEPTOR AM 5,00 350,00 1.750,00 0,30% 97,76% 28 ALVENARIA DE EL. C/ BL. DE CONCRETO 15cm M2 56,00 29,86 1.672,16 0,29% 98,05% 29 TRANSP. MAT.1ª CAT. ESTR. CASC. (20Km) M3xK 2.467,12 0,59 1.455,60 0,25% 98,30% 30 REGULARIZAÇÃO DE FUNDO DE VALA M2 736,20 1,44 1.060,13 0,18% 98,48% 31 TUBO PVC 60mm M 60,00 16,32 979,20 0,17% 98,65% 32 COBERT.TELHAS FIBROC. ONDULADA 5mm M2 43,20 21,37 923,18 0,16% 98,81% 33 PORTA CH. LISA #16 M2 3,36 249,68 838,92 0,14% 98,95% 34 PINTURA ACR 2 DEMÃOS C/ FUNDO M2 112,00 6,76 757,12 0,13% 99,09% 35 LOC.BOMBA TRIF. P/REBAIX.2" MÊS 2,00 343,75 687,50 0,12% 99,20% 36 PROJETO EXECUTIVO DE REDE PLUVIAL M 550,00 1,25 687,50 0,12% 99,32% 37 CONTRAPISO ESP. 10 CM M2 22,40 28,40 636,16 0,11% 99,43% 38 TUBO PVC 25mm M3 150,00 3,45 517,50 0,09% 99,52% 39 CONCRETO USIN.20 MPa,SX. FUND. LANÇ./AP. M3 1,50 321,40 482,10 0,08% 99,60% 40 ESTACA BROCA DE CONCRETO D=25CM M 16,00 26,56 424,96 0,07% 99,68% 41 CHAPISCO 1:3, CIMENTO E AREIA - INT/EXT M3 112,00 2,68 300,16 0,05% 99,73% 42 PASSEIOS EM CONCRETO fck=13,5 Mpa e=7 cm M2 10,00 28,62 286,20 0,05% 99,78% 43 CAIXA ALV. 60x60x60 C/ TAMPA CONCRETO UN 2,00 140,02 280,04 0,05% 99,83% 44 ESCAVAÇÃO E CARGA MAT. 1ª CAT M3 98,68 2,48 244,73 0,04% 99,87% 45 PREPARAÇÃO DE TERRENO M2 158,10 1,44 227,66 0,04% 99,91% 46 TRANSP. MAT.1ª CAT. ESTR. CASC. (3Km) M3xK 376,08 0,59 221,89 0,04% 99,95% 47 REGULARIZAÇÃO DE TERRENO M2 126,10 1,44 181,58 0,03% 99,98% 48 DISJUNTOR TRIFÁSICO 25 A UN 2,00 48,14 96,28 0,02% 99,99% 49 TORNEIRA, METAL CR. - USO GERAL UN 1,00 27,79 27,79 0,00% 100,00% 50 ESPALHAMENTO M3 3,36 0,51 1,71 0,00% 100,00% Gabarito: Item CERTO. d) Em um gráfico hipotético da curva ABC, a tangente deve ser maior no início da curva. Como se observa do gráfico que ilustra o comentário da letra “a” da questão, a tangente é maior no final da curva, quando a curva possui um alinhamento mais CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 40 www.pontodosconcursos.com.br orientado ao eixo das abscissas (eixo x, horizontal) e uma ordenada (eixo y) maior. Gabarito: Item ERRADO. e) A curva ABC permite avaliar as variações significativas de custo em função da variação de preços de insumos. A questão está correta porque a curva ABC, ao indicar quais os insumos mais representativos na formação do custo da obra, permite avaliar as variações significativas de custo em função da variação de preços de insumos. Em resumo, a curva ABC identifica quais os insumos que devem ter seu preço mais bem controlado (grupo A), uma vez que estes insumos são os que têm maior impacto no custo da obra. Dica! A técnica da curva ABC pode ser utilizada tanto para classificação de insumos quanto de serviços, ou mesmo para um orçamento que contemple serviços e insumos de forma conjunta (como o exemplo da letra “c”). Gabarito: Item CERTO. 12. (CESPE/TCU/ACE/ Auditoria de Obras Públicas/2007) A composição do custo unitário baseia-se na decomposição, em partes, do produto a executar, com premissa da existência de proporcionalidade entre custo e quantidade produzida. A composição do custo unitário baseia-se na decomposição do produto (o projeto a ser executado) em conjuntos ou partes, de acordo com centros de apropriação (ou de custos) estabelecidos em função de uma Estrutura Analítica de Partição (EAP) do projeto e de uma Estrutura Analítica de Insumos (ou de Custos) (EAI), a primeira detalhada no nível de pacotes de trabalho a serem executados por operários especializados, com os materiais adequados e usando equipamentos apropriados, e a segunda no nível de tipos de insumos ou de custos. (LIMMER, 1996) Outra premissa é a da proporcionalidade entre o custo total de um serviço e a quantidade do mesmo a ser produzida – validade do preço unitário para uma determinada faixa de quantidade do serviço ao qual se refere -, o que permite CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 41 www.pontodosconcursos.com.br estabelecer o custo total de um serviço como igual ao produto da sua quantidade, obtida por medição, pelo custo de produção de uma unidade do serviço. A composição do custo unitário é feita a partir de coeficientes técnicos de consumo extraídos de publicações especializadas ou compilados por cada empresa, pelo processo de experiência e erro, em função do planejamento e do controle dos projetos por ela executados. A elaboração de um orçamento de um projeto é, normalmente, tarefa complexa em si. Em projetos de obras civis essa complexidade cresce devido aos seguintes fatores: • Baixa especialização da mão de obra, dificultando a obtenção de níveis uniformes de produtividade; • Falhas e omissões na concepção dos projetos, gerando frequentes alterações no planejamento da sua execução, nos tipos e quantitativos de materiais e nos tipos de mão de obra; • Grande número de atividades a serem executadas, gerando diferentes tipos de trabalho de difícil quantificação; • Variação contínua de preços de insumos, sendo esta variação de preços devida a dois fatores: o da escalada de preços (aumento de preço em função da demanda de mercado) e o da inflação (aumento de preço devido à deterioração do valor da moeda). Gabarito: Item CERTO. A respeito do cálculo dos benefícios e despesas indevidas (BDI), julgue os próximos itens. 13. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009) O rateio dos custos da administração central faz parte do BDI e corresponde a uma parcela da soma de todos os gastos com a estrutura central da empresa. Pessoal, aqui temos uma situação que gerou grande polêmica no concurso 2009 do TCU. O comando agrupador do item trouxe o termo “indevidas”, quando logicamente deveria ter utilizado o termo “indiretas”. Há quem entenda que isso não atrapalhou o candidato a responder às questões porque o erro é óbvio e a sigla BDI é de amplo conhecimento dos profissionais envolvidos com obras. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 42 www.pontodosconcursos.com.br Contudo, meus amigos, qualquer erro numa prova de um concurso do vulto do concurso do TCU gera uma discussão interminável. Convenhamos que seja lamentável um erro grosseiro como esse na sua prova. Apenas a título de exemplo das conseqüências que um equívoco como esse pode causar, transcrevo abaixo um recurso apresentado contra a questão em virtude da impropriedade na redação do comando: “O concurso do TCU 2009 é regido pelo EDITAL Nº 2 – TCU – ACE/TCE, de 21 de maio de 2009, e suas alterações posteriores, que prescreve em seu item “(...) 7 DAS PROVAS OBJETIVAS - 7.1 As provas objetivas para o Cargo 1 (...) Cada prova objetiva será constituída de itens para julgamento, AGRUPADOS
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