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Fisiologia p1

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Fisiologia 
 
Fisiologia da membrana, nervo e músculo 
A membrana celular não é miscível com o líquido extracelular nem com o intracelular, por isso 
forma uma barreira para a água e as moléculas hidrossolúveis. 
Algumas substâncias lipossolúveis conseguem difundir-se diretamente através da própria 
substância lipídica. 
 
Proteínas 
As proteínas na bicamada rompem a continuidade da bicamada lipídica e formam uma 
passagem alternativa para as substâncias através da membrana, por isso a maioria das 
proteínas são proteínas de transporte. 
Proteínas de canal: algumas proteínas tem espaços aquosos que permitem o movimento livre da 
água, de alguns íons e moléculas selecionados. 
Proteínas transportadoras ou carreadoras: 
Unem-se à moléculas a serem transportadas, alteram sua morfologia carregando a substância de um 
lado a outro na membrana através dos interstícios (pequenos espaços) da proteína. 
 
Tanto as proteínas de canal quanto as transportadoras são extremamente seletivas em relação às 
moléculas ou íons que poderão atravessar a membrana. 
 
Existem dois tipos de transporte através da membrana celular: 
Difusão ou transporte passivo, dividida em difusão simples e facilitada, e transporte ativo. 
 
Difusão 
A difusão é a movimentação contínua e simultânea de moléculas nos líquidos ou gases. Nela ocorre a 
passagem de substâncias através dos interstícios da membrana (principalmente se a substância difusora 
for lipossolúvel) ou de proteínas do canal, sem necessidade de gasto energético. 
 
A velocidade da difusão é determinada pela quantidade de substância disponível, pela velocidade do 
movimento cinético e pelo número e tamanho de aberturas na membrana celular. 
Um dos fatores mais importantes que determina a velocidade de difusão é a lipossolubilidade da 
substância. Ex: oxigênio, nitrogênio, dióxido de carbono e álcool possuem alta lipossubilidade, e por isso 
se dissolvem e difundem através da membrana celular da mesma forma como solutos se difundem em 
solução aquosa. O oxigênio é levado ao interior da célula quase como se a membrana não existisse. 
 
Apesar de ser altamente insolúvel aos lipdeos da membrana, a água atravessa a mesma com facilidade 
através das proteínas de canal. Outras moléculas insolúveis nos lipídios podem atravessar a membrana 
atraves dos poros proteicos, se forem hidrossolúveis e bem pequenas. Quanto maiores, mais cai sua 
penetração. 
Difusão através dos canais proteicos 
Os canais proteicos são seletivos em relação as substancias que passarão, e podem ser abertos ou 
fechados por “comportas”. 
A seletividade varias de acordo com tamanho, formato e carga elétrica da superfície interna do canal. 
Exemplo: canais de sódio possuem seu interior extremamente negativo. Por isso atraem as pequenas 
moléculas de sódio (positivo) que se movimentam em qualquer direção seguindo as leis naturais de 
difusão. Geralmente carregando os desidratados íons de sódio para longe das moléculas hidratantes de 
água. 
Inversamente, outro conjunto de canais proteicos é seletivo para o transporte de potássio. Ele não é 
carregado negativamente no seu interior, razão pela qual não atrai fortemente íons. A forma hidratada 
do ion potássio é menor que a forma hidratada do sódio, porque o sódio atrai muito mais moléculas de 
água. Os íons potássio, por serem menores, conseguem passar facilmente por esse canal enquanto a 
maioria dos íons sódio é rejeitada, criando permeabilidade seletiva para um íon específico. 
 
Comporta por voltagem: 
Quando o interior da proteínas está negativamente carregada, a comporta se abre aos íons sódio, 
quando está positivamente carregada se fecha aos íons sódio e se abre aos íons potássio. 
Essa é a causa básica do potencial de ação nos nervos, que são responsáveis pelos sinais neurais. 
 
Comportas químicas (comportas “ligantes”): 
Algumas comportas são abertas pela ligação de substância química com a proteína, que acarreta 
alteração conformacional na molécula proteica que irá fechar ou abrir a comporta. Um exemplo é o 
canal de acetilcolina. A comporta se abre ao ser ligada com a acetilcolina, proporcionando poro 
carregado negativamente, com cerca de 0,65 nanometro de diâmetro, que permitirá a passagem de 
todas as moléculas sem carga e dos íons positivos com diâmetro inferior a 0.65 nanometro. Essa 
comporta é extremamente importante para a transmissão dos sinais neurais de uma célula nervosa para 
a outra e das células nervosas para as células musculares, para acarretar na contração do músculo. 
 
Quatro sensações primárias da gustação: 
 
Gosto azedo: é causada por ácidos, concentração de íons hidrogênio e a intensidade da sensação é 
diretamente proporcional ao logaritmo da concentração dos íons hidrogênio. Quanto mais ácido, mais 
forte é a sensação de azedo. 
Salgado: causado por sais ionizados, principalmente concentração de íons sódio. Os cátions do sódio 
causam gosto salgado mas os ânios também contribuem, embora menos. 
Doce: não é causada por uma classe isolada de agentes químicos. Lista de alguns tipos de agentes 
químicos que causam essa sensação inclui açúcares, glicóis, álcoois, aldeídos, cetonas, amidos, esteres, 
aminoácidos, alguns sais inorgânicos de chumbo e berílio. A maioria das substancias que causam essa 
sensação são agentes químicos orgânicos. Alterações discretas da estrutura química, como a adição de 
radical simples pode mudar a substancia de doce para amarga. 
Gosto amargo? Não e causado por grupo isolado de substancia química. São substanacias interamente 
orgânicas em sua maioria. Principalmente: substancias de cadeia longa que contem nitrogênio e 
alcaloides. Alcaloides incluem muitos agentes usados em medicamentos como quinina, cafeína, 
estricnina e nicotina.alcaloides causam rejeição do alimento e isso é importante porque muitas toxinas 
mortais em plantas venenosas contem alcaloides. A sensação amarga é a mais sensível, que ocorre por 
ser responsável por prevenir contra toxinas perigosas presentes em alimentos. 
 
Botões gustatórios e sua função: 
O botão gustatório e compostos de cerca de 50 celulas epiteliais modificadas, algumas de suporte 
chamadas células de sustentação e algumas células gustatórias. 
As células gustatórias estão sempre em substituição por processo de divisão mitótica das células 
subjacentes, de modo que certas células são jovens e outras maduras, dispostas em direção ao centro 
do botão, que logo se rompem e se dissolvem. As extremidades das células gustatórias estão dispostas 
ao redor do poro gustatório. Da sua extremidade projetam-se várias microvilosidades, ou cílios 
gustatórios, que formam a superfície receptora da gustação. 
 
 
 
Ao redor dos corpos das células gustatórias há uma rede terminal entrelaçada de fibras nervosas 
gustatórias que são estimuladas pelas células receptoras da gustação. Algumas dessas fibras invaginam-
se para dentro de pregas das membranas das células gustatórias. Muitas vesículas se formam abaixo da 
membrana e próximo as fibras. Acredita-se que essas vesículas contenham substancia 
neurotransmissora que e liberada atraves da membrana celular para excitar as terminações das fibras 
nervosas, em resposta a estimulação da gustação. 
 
A língua tem botões gustatórios em cima, embaixo e dos lados, há também os botões no palato (céu da 
boca), nos pilares tonsilares, na epiglote e na parte proximal do esôfago. 
Ponta da língua: doce e salgado. Azedo: laterais. Amargo: região posterior da língua e palato mole. 
 
Especificidade dos botões gustatórios para estímulos gustatórios primários: em baixas concentrações só 
são estimulados por um estimulo primário, em altas concetrações são estimulados por mais de um 
estimulo primário e de outras categorias que não se encaixam no primário. 
 
Mecanismos de estimulação dos botões gustatórios: a membrana da maioria das células sensoriais é 
carregada negativamente por dentro, nãoé diferente com as células gustatórias. O posicionamento de 
substancias estimuladoras sobre a membrana dessas células causa perda parcial desse potencial 
negativo, ou seja, despolariza a célula. A variação do potencial elétrico da célula gustatória é o potencial 
do receptor para a gustação. 
 
Agentes químicos da substancia gustatória se combinam com moléculas de proteínas receptoras que se 
projetam da vilosidade gustatória. Isso faz com que os canais iônicos se abram, entrem os íons sódio e 
despolarizem a negatividade normal da célula. Depois a saliva expulsa o agente químico gradativamente 
da vilosidade, removendo o estimulo. 
 
O tipo de proteína receptora de cada vilosidade gustatória determina o tipo de sensação que será 
percebido. Salgado: íons sódio, azedo: íons hidrogênio, nesses dois as proteínas receptoras abrem canais 
iônicos específicos nas membrana das apicais das células gustativas, ativando assim os receptores. Doce 
e amargo as porções das moléculas das proteínas receptoras que se projetam através das membranas 
apicais ativam substâncias transmissoras (segundos mensageiros) no interior das células gustatórias, e 
esses segundos mensageiros é que causam alterações químicas intracelulares produzindo os sinais 
gustatórios. 
 
Transmissão dos sinais gustatórios até o sistema nervoso central 
 
Os impulsos gustatórios que saem dos dois terços anteriores da língua, passam primeiramente pelo 
nervo lingual, depois, através da corda do tímpano, para o nervo facial, e por fim para o trato solitário 
no tronco cerebral. 
Os impulsos gustatórios oriundos das papilas circunvaladas (parte final da língua próxima às tonsilas 
palatinas) na parte posterior da língua e outras regiões posteriores da boca, são transmitidas pelo nervo 
glossofaríngeo para o trato solitário no tronco cerebral, mas um pouco mais abaixo que os dos terços 
anteriores da língua. 
Um sinal forte imediato é transmitido pelo nervo gustatório e um sinal mais fraco e continuo é 
transmitido enquanto o botão gustatório estiver exposto ao estímulo gustatório. 
 
 
 
 
 
Neurônio de primeira ordem: localiza-se fora do sistema nervoso central, em um gânglio sensitivo, e seu 
prolongamento periférico está ligado aos receptores. 
Neurônio de segunda ordem: localiza-se na coluna posterior da medula ou em núcleos dos nervos 
cranianos. 
Neurônio de terceira ordem: localizam-se na região do tálamo. 
 
 
Todas as fibras gustatórias fazem sinapse nos núcleos do trato solitário e enviam neurônios de segunda 
ordem para uma área pequena do núcleo medial posterior ventral do tálamo. A partir do tálamo, 
neurônios de terceira ordem são transmitidos para a ponta inferior do giro pós-central onde ele se 
dobra na fissura de Sylvius. As vias gustatórias seguem paralelas às vias somatosensoriais oriundas da 
língua. 
 
A salivação se dá através de sinais gustatórios transmitidos pelo próprio tronco cerebral, a partir do 
tálamo, diretamente para os núcleos salivatórios superior e inferior, que por sua vez mandam sinal para 
as glândulas submandibular, sublingual e parótida, a fim de ajudar o controle da secreção de saliva 
durante a ingestão do alimento. 
 
 
As sensações gustatórias adaptam-se rapidamente. A adaptação dos botões gustatórios é responsável 
por pouco mais da metade da adaptação. De forma geral ela se dá no sistema nervoso central, diferente 
da maioria dos sistemas sensoriais que se adaptam em seus receptores. 
 
Preferência gustatória e controle da dieta 
 
Preferências gustatórias: o animal controlará sua dieta através de preferência por alguns alimentos em 
detrimento de outros. Este é um mecanismo de sobrevivência do organismo. Quando o animal está em 
depleção de sal, apresenta preferência pela água mais salgada. Quando está com hiperinsulinemia, 
apresenta preferência por alimentos com alto teor de açúcar. Animais com deficiência de cálcio desejam 
alimentos com alto teor de cálcio, e assim por diante. 
 
O processo ocorre no sistema nervoso central, mas os receptores gustatórios também ficam 
sensibilizados em favor do nutriente necessário. Animais também podem desenvolver preferência ou 
rejeição afetiva, baseada em traumas envolvendo determinado impulso gustatório, o que evidencia que 
o processo ocorre no sistema nervoso central. 
 
Olfato 
As células receptoras do sentido do olfato são chamadas células olfatórias. São células nervosas 
oriundas do sistema nervoso central. São milhões de células dessas no epitélio olfatório, com células de 
sustentação no meio. Na extremidade da mucosa forma-se um botão de onde se projetam 4 a 25 pelos 
olfatórios ou cílios. Esses cílios revestem o muco e reagem aos odores no ar, estimulam em seguida as 
células olfatórias. Entre as células olfatórias existem pequenas glândulas de Bowman, que secretam 
muco na superfície da membrana olfatória. 
 
Estimulação das células olfatórias 
A porção de cada célula olfatória que responde aos estímulos olfatórios é a porção dos cílios. 
O odorante interage com o muco e se difunde, combina-se com a proteína receptora da membrana 
olfatória, mais especificamente na parte que se dobra para fora. Quando isso ocorre, a subunidade alfa 
da proteína G (localizada na parte da proteína receptora que está dobrada para dentro) desprende-se, e 
imediatamente ativa a enzima adenilil ciclase, que está ligada ao interior da membrana, e esta 
transforma muitas moléculas intracelulares de trifosfato de adenosina em sua forma cíclica 
(monofosfato cíclico de adenosina (cAMP). 
Por último, o cAMP ativa os canais de sódio, e aí entra bastante sódio na célula receptora. Os íons sódio 
fazem com que o interior da célula fique carregado positivamente, excitando o neurônio olfatório e 
transmitindo potenciais de ação para o sistema nervoso central através de um nervo olfatório. 
Todo esse mecanismo multiplica por muitas vezes a percepção do cheiro e sua sensibilidade, mesmo 
que com pequenas partículas de odorante. 
 
Fatores físicos que afetam o grau de estimulação: 
Somente substancias voláteis podem ser aspiradas para o interior das narinas. 
Precisam ser ligeiramente solúveis em agua, para atravessar o muco e chegar aos cílios olfatórios. 
Precisam ser ligeiramente lipossolúveis para que não sejam repelidos pelos constituintes lipídicos das 
proteínas de membrana. 
 
Potenciais de membrana e potenciais de ação nas células olfatórias. 
 
A maioria dos odorantes causa despolarização da membrana celular olfatória, diminuindo o potencial 
negativo da célula. 
 
Adaptação 
Sensações gustatórias e olfatórias, a adaptação ocorre quase até a extinção dentro de um minuto. Como 
a adaptação psicológica é mais forte que a dos receptores em si, isso indica que o processo ocorre no 
sistema nervoso central. 
Grande número de fibras nervosas centrífugas passa, retrogradamente, desde as regiões olfativas do 
cérebro, ao longo do trato olfatório e termina em células granulares. Depois do estímulo olfatório, o snc 
desenvolve gradualmente forte inibição por feedback para suprimir a retransmissão de sinais de olfato 
pelo bulbo olfatório. 
 
Sensações primárias da olfação: 
 
Canforada, almiscarada, floral, mentolada, etérea, pungente, pútrida. Pesquisas apontam que essas não 
são as únicas, e devem existir de acordo com os genes que codificam as proteínas receptoras, pelo 
menos 100 sensações olfatórias primárias, talvez 1.000. Uma prova é a cegueira olfatória, que foi 
identificada para mais de 50 substâncias diferentes, sugerindo que existe nessas pessoas ausência da 
proteína receptora apropriada para aquela substância específica, na membrana da célula olfatória. 
 
Natureza afetiva do olfato 
 
O olfato é até mais importante que a gustação para a seleção de alimentos. Se a pessoa tem uma 
memória ruim em relação a um determinado cheiro, ela vai rejeita-lo em outras ocasiões tendo até 
náuseas com ele. E se teve umaexperiência positiva pode provocar sensação agradável. 
 
Limiar da olfação 
 
Uma das principais características do olfato é que uma pequena quantidade de agente estimulador é 
suficiente para despertar sensação olfatória. Exemplo é o metilmercaptano adicionado ao gás para dar 
cheiro de gás, o cheiro fica forte mesmo com uma pequena quantidade de gás vazado, sendo útil para 
prevenir acidentes. 
 
Gradações das sensações olfatórias 
 
Ao contrário dos demais sentidos, o olfato atinge seu limite em concentrações de 10 a 50 vezes. 
Provavelmente porque seu objetivo não é determinar a quantidade de um composto no ar, e sim a sua 
presença ou ausência. 
 
Transmissão dos sinais olfatórios para o sistema nervoso central 
 
As partes olfatórias do encéfalo estão entre as mais antigas e grande parte do resto do cérebro se 
desenvolveu em volta delas. Parte do cérebro que originalmente regia o olfato se desenvolveu em 
estruturas que controlam emoções e outros aspectos de comportamento, originando o chamado 
sistema límbico. 
 
Transmissão dos sinais olfatórios para o bulbo olfatório 
 
Nervo craniano I: bulbo olfatório + trato olfatório que parte da porção de trás desse bulbo, e os dois 
juntos se parecem com um nervo. 
O trato e o bulbo são formados a partir de um prolongamento da parte anterior do tecido cerebral, na 
base do cérebro. O bulbo olfatório, que é a parte da extremidade, fica em cima da placa cribriforme. A 
placa cribriforme, separa a cavidade cerebral da parte de cima da cavidade nasal. 
Ocorre íntima relação entre as células olfatórias da membrana olfatória e o bulbo olfatório. Os curtos 
axônios saem das células olfatórias e terminam em múltiplas estruturas globulares no interior do bulbo 
olfatório, essas estruturas se chamam glomérulos. 
Então os glomérulos, são as estruturas globulares no interior do bulbo que ficam na extremidade dos 
axônios (células nervosas) que saem das células olfatórias. 
Diversas estruturas tem os glomérulos, dentro do bulbo olfatório, como seu ponto terminal. São elas: 
cerca de 25.000 axônios que saem das células olfatórios, dentritos de cerca de 25 grandes células 
mitrais, e cerca de 60 células em tufo menores, cujos corpos células ficam no bulbo olfatório, em cima 
dos glomérulos. 
 
Vias olfatórias 
O trato olfatório penetra no cérebro na junção anterior entre o mesencéfalo e o cerebelo, e ali se divide 
em duas partes: área olfatória medial (muito antiga) e área olfatória lateral (porta de entrada para um 
sistema olfatório menos antigo e um mais recente). 
 
Área medial 
É o sistema olfatório mais antigo, se localiza abaixo do hipotálamo. Núcleos septais são os núcleos da 
linha média que se projetam para o hipotálamo e outras porções primitivas do sistema límbico cerebral, 
sistema relacionado ao comportamento básico. 
 
Observando a retirada do sistema lateral de animais, percebe-se a importância da área medial. Pois sem 
o sistema lateral eles ainda conseguem ter repostas primárias ao olfato como salivação, rejeição e 
aprovação, e a sua remoção também não elimina reflexos condicionados mais complexos. 
 
Área lateral 
 
É o sistema menos antigo. É composto por córtices pré-piriforme e piriforme + porção cortical dos 
núcleos amigdaloides. A partir dessas áreas os impulsos olfatórios passam para partes mais complexas 
do sistema límbico, como o hipocampo, que parece estar relacionado à rejeição e preferência de 
alimentos de acordo com a experiência. Essa região está associada à rejeição absoluta de alimentos que 
causaram náusea e/ou vômitos anteriormente no indivíduo. 
Muitas vias se projetam dessa área direto para o paleocórtex, parte mais antiga do córtex cerebral, 
porção ântero-medial do lobo temboral. Essa é a única área de todo o córtex que passa sinais 
diretamente para o córtex, sem passar primeiro pelo tálamo. 
 
A via mais recente 
 
Uma via mais recente ajuda especialmente a análise consciente do odor, ela passa pelo tálamo, 
atingindo o núcleo talâmico dorsomedial e depois o quadrante lateral posterior do córtex órbito frontal. 
 
Feedback inibitório: muitas fibras nervosas se originam nas porções olfatórias do cérebro, passam na 
periferia do trato olfatório até o bulbo olfatório. Terminam em grande número de pequenas células 
granulares que ficam entre as células mitrais e em tufo no bulbo olfatório. As células granulares, por sua 
vez, enviam sinais inibitórios para as células mitrais e em tufo que estão ali em volta. Esse feedback é 
um meio de açúcar a capacidade específica de distinguir um odor de outro. 
 
O sistema motor: neurofisiologia motora e de integração 
Funções motoras da medula espinhal: os reflexos medulares 
Função receptora do fuso muscular 
Fuso muscular: cada fuso tem de 3 a 10 mm de comprimento. Eele tem 3 a 12 fibras musculares 
intrafusais fininhas que ficam dentro, a extremidade é pontuda e fixa ao glicocálice das grandes ficbras 
musculares esqueléticas extrafusais circundantes, que ficam em volta delas. As fibras intrafusais ficam 
entre as fibras musculares. São separadas das extrafusais por uma cápsula de tecido conjuntivo. 
Cada fibra muscular intrafusal é uma fibra de músculo esquelético muito pequena, mas não tem quase 
filamentos de actina e miosina no centro, que não se contrai. São responsáveis apenas por receber 
estímulos. 
As partes das pontas que se contraem são excitadas por pequenas fibras motoras gama, que se originam 
dos pequenos neurônios motoroes tipo A gama nos cornos anteriores da medula espinhal. Essas fibras 
também são chamadas de fibras eferentes alfa. As fibras contráteis são as extrafusais. 
No meio do fuso ocorrem reações dos fusos com neurônios sensoriais. Enviam informações sensoriais 
ao SNC pelo sistema simpático. 
 
Inervação sensorial do Fuso muscular 
O receptor do fuso muscular pode ser excitado de duas maneiras: 
Alongamento de todo o músculo vai distender a parte média do fuso e, portanto, excitar o receptor. 
Mesmo que a extensão de todo o músculo não se altere, a contração das partes terminais das fibras 
intrafusais do fuso também vai distender as partes médias das fibras e excitar o receptor. 
Dois tipos de terminações sensoriais são encontradas na área receptora central do fuso muscular: 
terminação primária e secundária. 
 
Terminação primária: Uma grande fibra nervosa sensorial do tipo Ia (9um mais grossa que a secundária) 
envolvendo o centro das fibras interfusais que estão em um determinado fuso. É uma fibra nervosa 
sensorial, que envia sinais à medula espinhal com a mesma velocidade que qualquer fibra nervosa do 
corpo. Forma a chamada terminação primária, ou terminação ânulo-espiral. 
 
Terminação secundária: fibras sensoriais nervosas (normalmente uma mas às vezes duas) mais finas 
que as primárias, que ficam enroladas em volta das fibras interfusais, de um lado ou de ambos os lados 
da terminação primária. Circunda de forma parecida com a terminação primária, mas forma 
frequentemente ramificações e passa a ser denominada terminação em trilha ou em buquê por causa 
disso. 
 
Difusão das fibras intrafusais em fibras nucleares em bolsa e fibras nucleares em cadeia – respostas 
dinâmicas e estáticas do fuso muscular 
 
Há dois tipos de fibras intrafusais: com bolsas nucleares ou com cadeias nucleares. 
Com bolsas nucleares: fibras intrafusais com núcleos aglomerados formando bolsas, expandidas na área 
central da área receptora. Ocorrem de 1 a 3 em cada fuso. 
Com cadeias nucleares: os núcleos se agrupam em cadeia, de forma linear pela fibra intrafusal, gerando 
uma fibra reta e mais fina que a com bolsas. Ocorre de três a nove. A terminação nervosa primária é 
excitada tanto pelas fibras intrafusais com bolsa como pelas em cadeia. A terminação secundária é 
excitada somente pelas fibras em cadeia. 
 
Resposta das terminações primárias e das secundárias ao comprimento do receptor – as respostas 
“estáticas” 
Quando aparte receptora do fuso muscular é distendida lentamente, o número de impulsos 
transmitidos pelas terminações secundárias e primárias agumenta de maneira quase diretamente 
proporcional ao grau de distensão, e as terminações continuam transmitindo esses impulsos por alguns 
minutos. Esse efeito é denominado resposta estática do receptor do fuso. Significa que os dois tipos de 
terminação, continuam transmitindo seus sinais por alguns minutos se o receptor propriamente dito 
permanecer distendido. Como as fibras instrafusonais que formam cadeia nuclear são inervadas tanto 
por terminações primárias quanto por secundárias, acredita-se que esse tipo de fibra é o principal 
responsável pela resposta estática. 
 
Resposta da Terminação primária (mas não da terminação secundária) à velocidade de variação do 
comprimento do receptor – a resposta dinâmica. 
Quando o comprimento do receptor do fuso aumenta muito rápido, a terminação primária é estimulada 
de forma muito mais forte do que ocorre na resposta estática. Essa resposta dinâmica quer dizer que 
quando você estimula o músculo de forma muito rápida o receptor primário do fuso envia milhares de 
impulsos excessivos à fibra Ia (terminação primária), mas apenas enquanto o comprimento estiver de 
fato aumentando. Logo que ele deixa de aumentar, a frequência da descarga dos impulsos retorna ao 
nível muito menor da resposta estática que ainda está presente no sinal. 
Quando o receptor de fuso encurta, diminui a emissão de impulsos pela terminação primária. Então 
quando a área receptora chega ao seu novo comprimento mais curto, os impulsos reapareceme na fibra 
IIa em fração de segundo. A terminação primária envia sinais extremamente fortes, positivos ou 
negativos, para a medula espinhal, para informa-la de qualquer variação no comprimento da área 
receptora de fuso. 
Supõe-se que a potente resposta dinâmica seja responsabilidade das fibras intrafusais com bolsa 
nuclear, por ser conduzida pela fibra de terminação primária e esta só envolver fibras com bolsa. 
 
Organização do sistema nervoso 
Divisão sensorial do sistema nervoso – receptores sensoriais 
A maior parte das atividades do sistema nervoso é iniciada pela experiência sensorial que emana dos 
receptores sensoriais presentes nos tecidos humanos, como os dos olhos, narinas, boca, etc. 
A experiência sensorial pode causar reação imediata no cérebro ou ser guardada na memória e 
determinar reações corporais em alguma data futura. 
 
Porção somática do sistema sensorial: transmite informações sensoriais a partir dos receptores de toda 
a superfície do corpo e de algumas estruturas profundas. Essas informações entram no SNC pelos nervos 
periféricos e são conduzidas para as múltiplas áreas sensoriais: na medula espinhal, na substância 
reticular do bulbo, da ponte e do mesencéfalo, do cerebelo, do tálamo, e das áreas do córtex cerebral. A 
partir dessas áreas, sinais secundários são transmitidos para as outras partes do sistema nervoso. 
 
Divisão motora: os efetores 
O papel mais importante do sistema nervoso é o controle das atividades corporais chamadas de funções 
motoras do sistema nervoso: a contração dos músculos esqueléticos, a contração dos músculos lisos e 
da secreção das glândulas. 
Os músculos e glândulas são os efetores, que executam os comandos do SN. 
 
Função integradora do sistema nervoso: 
Quando uma informação importante excita a mente, ela precisa ser canalizada para regiões 
integradoras e motoras apropriadas do cérebro. Por exemplo quando se queima a mão, o estímulo 
precisa chegar ao cérebro, determinando o reflexo de tirar a mão, e em seguida respostas associadas 
como de afastar o corpo do fogão e talvez de gritar de dor. 
 
O papel das sinapses no processamento da informação 
A sinapse é o ponto de junção entre dois neurônios próximos, é o sítio para controle de transmissão do 
sinal. Alguns neurônios passam informações com facilidade, outros somente com dificuldades. E sinais 
inibitórios ou facilitatórios podem impedir ou gerar transmissão sináptica, fechando ou abrindo sinapses 
à transmissão. 
 
Aula 25/8 
A informação é transmitida pelo sistema nervoso central, sobre a forma de potenciais de ação nervosos, 
chamados de “impulsos nervoso”, por uma sucessão de neurônios, um após o outro. 
Cada impulso pode ser bloqueado na sua transmissão de um neurônio para o próximo, pode ser 
alterado de um impulso único para impulsos repetitivos ou pode ser integrado com impulsos a partir de 
outros neurônios para causar padrões altamente intricados de impulsos em neurônios sucessivos. Todas 
essas funções podem ser classificadas por funções sinápticas dos neurônios. 
Existem dois tipos principais de sinapses: químicas e elétricas. 
SINAPSE 
A sinapse é o mecanismo de comunicação entre as células. Existem dois tipos de sinapses: 
a) Sinapses químicas: a maioria das sinapses que ocorre no organismo humano são químicas. 
Nesse tipo de sinapse, uma célula secreta substâncias químicas chamadas neurotransmissores, 
que vão reagir com as proteínas receptoras da membrana da célula seguinte, para excitá-lo, 
inibi-lo ou alterar sua sensibilidade de alguma forma. Existem mais de 40 neurotransmissores 
descobertos até hoje. Os mais importantes são: acetilcolina, serotonina, histamina, ácido gama-
aminobutírico (GABA), norepinefrina e o glutamato. A sinapse química é unidirecional. Vai do 
neurônio pré sináptico ao neurônio pós sináptico, é isso que torna esse tipo de sinapse 
preferencial, permite que o potencial seja digirido em um sentido específico, para um objetivo 
específico. 
b) Sinapses elétricas: canais abertos de líquidos, normalmente constituído de junções 
comunicantes (pequenas estruturas tubulares proteicas), que permitem o livre movimento de 
íons do interior de uma célula para o interior da próxima. Podem ser conduzidos em qualquer 
direção. 
Anatomia fisiológica da sinapse 
Neurônio: 
a) Soma (corpo celular), “cabeça” do neurônio, onde fica o núcleo. 
b) Axônio: prolongamento único que vai de um soma ao nervo periférico (que abandona a medula 
espinhal) 
c) Dendritos: prolongamentos ramificados do soma. 
 
Terminações pré-sinápticas: 
Pequenas dilatações na superfície dos dendritos e do soma. Muitas delas são excitatórias: secretam 
substâncias transmissoras que excitam o neurônio pós sináptico, e muitas são inibitórias: secretam 
substâncias que inibem o neurônio pós sináptico. 
 
Função inibitória: 
O neurotransmissor que iria ser liberado por um neurônio para outro, pode ser bloqueada. 
Terminações pré sinápticas: botões terminais. 
 
Sinapse química 
 
A terminação pré sináptica, é separada do soma do neurônio pós sináptico pela região da fenda 
sináptica. As vesículas de transmissor da terminação pré sináptica guardam o neurotransmissor a ser 
liberado, e as mitocrôndrias fornecem a energia necessária para sintetizar nova substância transmissora. 
Quando o neurotransmissor é liberado na fenda sináptica pode excitar ou inibir o neurônio pós 
sináptico. Excita-se se a membrana neuronal pós sináptica tiver receptores excitatórios e inibe-se se 
tiver receptores inibitórios. 
 
O botão terminal do terminal pré sináptico possui inúmeras vesículas com neurotransmissores, quando 
o potencial de ação atinge o botão terminal, as vesículas se fundem à membrana plasmática do 
neurônio, liberando os neurotransmissores na fenda sináptica. O potencial de ação é liberado ao longo 
do axônio pera abertura e fechamento de canais de sódio e potássio. Quando o potencial de ação atinge 
seu limiar, são abertos canais de cálcio, por onde os íons cálcio entram no botão terminal. O cálcio se 
liga às vesículas, que gera a liberação dos neurotransmissores. Quando os neurotransmissores chegam 
ao neuronio pós sináptico, se ligam à receptores de membrana que abrem canais iônicos. A abertura dos 
canais iônicos gera despolarização da célula. Os neurotransmissoressão rapidamente removidos da 
membrana pós sináptica, cessando seu efeito sobre ela. 
 
Sítios de liberação: moléculas proteicas especiais na parte interna da membrana do neurônio pré 
sináptico, onde se fixam os íons cálcio quando entram na terminação pré sináptica. 
 
Inibição: 
Um mesmo neuronio pode ser estimulado por mais de um. Se um estiver gerando excitação e outro 
estiver gerando inibição, eles se cancelam e o potencial de ação do neuronio pós sináptico não é gerado. 
O neurotransmissor inibitório abre canais de ions que vão inibir a despolarização ou nem mesmo abrir 
nenhum canal. Um exemplo de inibitório é o GABA 
 
Exemplo: situação de luta ou fuga 
Precisa inibir, reduzir algumas funções, para favorecer funções como a piloereção, abertura das pupilas, 
etc. 
 
 
Sinapse elétrica 
 
É a transmissão de informações entre neurônios que se dá pela passagem de impulsos nervosos entre 
neurônios, que causam a despolarização da célula. Em repouso, a célula possui maior concentração de 
sódio no seu interior e potássio no seu exterior. Devido à outros íons no interior da célula, em geral seu 
interior está negativamente carregado e seu exterior positivamente carregado. Essa diferença de cargas 
é chamada de potencial de repouso da membrana celular. Quando um impulso elétrico chega à 
membrana da célula, ocorre abertura dos canais de potássio, fazendo com que íons potássio entrem na 
célula. Conforme a quantidade de sódio passando por um canal chega ao seu limite, se abre outro canal, 
e vão se abrindo canais de sódio ao longo da membrana, invertendo a polarização da célula, que passa a 
ser mais negativa no exterior e mais positiva no interior. Essa despolarização que vai caminhando ao 
longo do axônio permite o impulso nervoso ou potencial de ação. Para restaurar o potencial de repouso 
da membrana, os canais de sódio se fecham e canais de potássio se abrem, tornando novamente o 
exterior positivo e o interior negativo. 
 
Junções comunicantes ou GAP: canais de comunicação entre proteínas dos dois neurônios, mais 
especificamente conectinas, 6 conectinas. As conectinas do neurônio pré sináptico se fundem as do pós 
sináptico. O espaço entre dois neurônios na sinapse elétrica é em torno de 3 nanômetros. 
É pouco comum nos vertebrados porque só transmite informações, não consegue modula-las. 
A vantagem em relação à química é que sua velocidade de transmissão de informações. 
 
Esse tipo de sinapse ocorre em órgãos como o coração por ser bem mais rápida. 
Coração começa com sinapse química, depois a transmissão desse impulso é por sinapse elétrica. 
 
Sinapses espaciais: sinapses de neurônios próximos. 
Amplitude maior quando o espaço é maior entre um neurônio e outro. 
 
Temporal: mesmo axônio recebendo potenciais de ação diferentes em tempos diferentes. 
 
Facilitação: proximidade entre membranas. 
 
Sistema nervoso autônomo 
 
O sistema nervoso autônomo faz parte do sistema nervoso motor. 
O sistema nervoso motor é dividido em somático e autônomo. 
O autônomo se divide em simpático e parassimpático. 
 
Sistema nervoso somático 
 
Ligado aos movimentos voluntários e ao musculo esquelético. 
 
Sistema nervoso autônomo 
 
Ligado aos movimentos involuntários, normalmente relacionado à musculatura lisa. 
O sistema nervoso autônomo simpático está relacionado à situações de luta ou fuga. 
O sistema nervoso autônomo parassimpático está ligado à manutenção ou recuperação do estado de 
repouso das funções orgânicas. 
 
O nome simpático vem da origem anatômica desse sistema, região toracolombar. 
O parassimpático tem origem crânio sacral. 
 
As fibras no sistema nervoso autônomo são divididas em pré e pós ganglionares. 
O corpo celular parte do sistema nervoso central, de onde sai a fibra pré sináptica, no meio do caminho 
há a região da sinapse ou gânglio, e a fibra pós sináptica chega finalmente ao órgão efetor. 
 
No sistema nervoso simpático a fibra pré ganglionar é curta e a fibra pós ganglionar é longa. Ou seja as 
fibras nesse sistema estão mais próximas do sistema nervoso central (medula espinal) e mais longe dos 
órgãos efetores. 
 
No sistema nervoso parassimpático as fibras pré ganglionares são longas e as pós ganglionares são 
curtas, o gânglio autonômico está muito próximo do órgão efetor. 
 
No sistema nervoso somático a fibra é única e vai do órgão emissor ao efetor de forma direta. 
 
Simpático: mais próximo da medula, parassimpático: mais próximo do órgão efetor. 
 
O sistema nervoso simpático, promove as seguintes respostas sistêmicas: 
Aumento da frequência cardíaca, aumento da pressão arterial, desvio do fluxo sanguíneo para os 
músculos esqueléticos, broncodilatação, midríase (aumento da pupila, aumentando a entrada de luz), 
aumento da glicemia (pelo aumento da glicogenolise e da gliconeogenese), ejaculação. Piloereção é 
importante para a transpiração pois correr (fuga) aumenta a temperatura através do gasto de energia. 
Luta ou fuga: mudanças temporárias. 
 
Parassimpático: 
Diminuição da frequência cardíaca, diminuição da pressão arterial, contração da bexiga para esvazia-la, 
relaxamento dos esfíncteres, miose (diminuilão da pupila), bronco constrição, ereção (vasodilatação da 
região do corpo cavernoso), secreções gástricas e salivares. No momento de luta ou fuga, o 
parassimpático opera inibindo algumas funções para que o sistema nervoso priorize o sistema nervoso 
simpático. 
 
O músculo estriado pode ainda ser classificado em três tipos tomando como base a sua 
localização: 
(1) músculo estriado esquelético, (2) músculo estriado visceral e (3) músculo estriado cardíaco. O 
músculo estriado esquelético está fixado aos ossos e é responsável pelo movimento do esqueleto e pela 
manutenção da posição e da postura do corpo. O músculo estriado visceral é histologicamente idêntico 
ao músculo estriado esquelético, porém está ligado a tecidos moles e não ao esqueleto, por exemplo, 
os músculos da língua, da faringe, do diafragma, da porção superior do esôfago e de alguns esfíncteres 
como o esfíncter externo da uretra e o externo do ânus. Por fim, o músculo estriado cardíaco 
encontrado no coração é o principal constituinte da parede dos átrios e dos ventrículos. 
 
As células musculares lisas não possuem estriações porque os filamentos finos e grossos não se 
arranjam tão ordenadamente como ocorre nas células musculares estriadas. O músculo liso é 
encontrado nas estruturas ocas internas, como nos vasos sanguíneos e nos tratos respiratório, 
gastrointestinal (GI), urinário e reprodutor. Também é encontrado nos músculos eretores dos pelos e 
nos músculos intrínsecos do olho responsáveis pela dilatação e contração da pupila. 
 
 
O neurotransmissor intermediário no sistema nervoso autônomo, no gânglio sináptico entre a fenda pré 
e pós sináptica, sempre é a acetilcolina (ACh) e o receptor é do tipo nicotínico. 
 
No sistema nervoso simpático, na sinapse final entre gânglio pós sináptico e órgão efetor, há a liberação 
do neurotransmissor noradrenalina e o receptor pode ser a1, a2, b1 e b2. 
No sistema parassimpático, na sinapse final o neurotransmissor é a acetilcolina e o receptor é 
muscarínico. 
 
 
 
 
 
As fibras pré ganglionares fazem sinapse com a medula da suprarrenal que atua como gânglio especial. 
As células cromafins possuem a enzima PNMT que converte noradrenalina em adrenalina. Essas células 
secretam adrenalina para a circulação sanguínea, gerando efeitos sinstemicos do sistema nervoso 
simpático. 
 
O simpático nem sempre está ligado à respostas excitatórias. Em geral os dois sistemas trabalham em 
antagonismos, mas há situações em que os dois vão trabalhar juntos. Nem sempre um é excitatório e o 
outro inibitório. 
 
Os dois sistemas trabalham juntos para manter a estabilidade, reagindo a estímulos externos ao 
organismo, ou nomeio extracelular. Variações externas precisam de um referencial. Exemplo: uma 
situação externa ao coração, mas interna ao organismo, pode fazer o coração bater mais rápido. 
Flutuações nas condições internas geram alterações dinâmicas no sistema nervoso autônomo. 
 
 
 
Frequência cardíaca: no coração tem maior distribuição do parassimpático nos nódulos sinusal e 
atrioventricular e o simpático tá mais na musculatura ventricular. Porque o simpático com a transmissão 
de adrenalina age na musculatura ventricular disparando o coração. 
 
Sistema digestório 
 
Dois tipos de digestão ocorrem no organismo: a química e a mecânica. 
A mecânica consiste na quebra do alimento em pedaços menores para que as enzimas possam penetrar 
e completar sua degradação, a fim de absorver seus nutrientes. A química consiste à incorporação de 
enzimas que quebram as moléculas do alimento permitindo sua absorção e utilização pelo organismo. 
 
A digestão começa pela boca. Onde ocorre digestão mecânica, através dos dentes, e digestão química 
dos açucares. A mastigação combina trabalho dos dentes com os músculos da mandíbula. O processo de 
mastigação é controlado por núcleos do tronco cerebral. Há ainda a estimulação de áreas do 
hipotálamo, amígdala e córtex cerebral. Ocorre um complexo processo chamado reflexo mastigatório, 
de contração e relaxamento de músculos da mastigação. Contrai os levantadores e relaxa os 
abaixadores. A trituração evita também que o alimento fira o trato gastrointestinal e facilita seu 
laçamento de seguimento para seguimento do tubo digestório. 
Ocorre digestão química, em que o amido é quebrado em maltose por enzimas salivares denominadas 
ptialinas, ainda na boca. 
 
Deglutição 
A faringe normalmente é utilizada na respiração. Durante o processo de deglutição ocorre um 
mecanismo que impeça que a mesma atrapalhe a respiração. 
Esse processo é dividido em 3 etapas: 
Voluntária que começa com a deglutição, faríngea que é a passagem do alimento da faringe ao esôfago 
e esofágico, outra fase involuntária que o alimento vai da faringe pro estomago. 
 
Fase voluntaria: o alimento é comprimido e depois empurrado voluntariamente pela língua para cima e 
para trás, em direção ao palato. Em seguida o processo passa a ser automático e não pode mais ser 
interrompido. 
Fase faríngea: ao ir para a parte posterior da língua o alimento estimula células receptoras epiteliais da 
deglutição, que ficam em volta da abertura da faringe, principalmente nos pilares das tonsilas. Esses 
impulsos vão para o tronco cerebral desencadeando o seguinte processo: 
 
O palato mole é empurrado para cima para fechar o interior das narinas e o alimento não passar pras 
cavidades nasais. 
 
 
As pregas palatofaríngeas são empurradas medialmente, aproximando-se uma da outra, unidas formam 
a fenda satigal, e por ela o alimento deve passar para a faringe posterior. Essa fenda faz a seleção pois 
só passa o alimento que estiver triturado. Essa passagem é muito rápida e qualquer objeto grande tem 
sua passagem impedida pela faringe. 
 
As pregas nasais se unem e se fecham para cima e para trás pelos músculos do pescoço. A epiglote ajuda 
que o alimento passe longe das cordas vocais, mas é de suma importância que elas tenham força e 
resposta rápida para se fecharem para cima e para trás, impedindo que o alimento passe para o lugar 
errado. A remoção da epiglote não causa problemas no processo da deglutição, mas a destruição das 
cordas vocais ou dos músculos próximos pode causar estrangulamento. 
 
O movimento da laringe para cima tabém aumenta a abertura do esôfago. O esfíncter esofágico 
superior relaxam-se, permitindo o alimento se mover com facilidade. Entre as desglutições este 
permanece contraído, impedindo ar no esôfago durante a deglutição. Esse movimento da laringe 
também eleva a glote para que ela saia do caminho principal do fluxo alimentar, o alimento passa sobre 
a superfície da epiglote. 
 
A parede muscular da faringe se contrai peristalticamente, começando por cima e caminhando esse 
estimulo para baixo. 
 
 
O bolo fecal é empurrado para a parte posterior do palato mole pela língua, o que envolve áreas do 
córtex motor. A fase faríngea começa com a estimulação dos receptores táteis na orofaringe pelo bolo 
alimentar. O reflexo da deglutição é iniciado e está sob controle muscular involuntário. 
 
Regulação da secreção gástrica 
 
Glândula oxíntica se encontra no fundo do corpo do estomago. Essas glândulas possuem 4 tipos 
diferentes de células. 
 
Na parte mais próxima da superfície da luz da cavidade estomacal, na parte mais larga, se encontra a 
favela gástrica, contendo somente células do epitélio superficial, não exatamente da glândula. A medida 
que vamos nos aprofundando na mucosa gástrica começam as células da glândula propriamente dita. 
Primeiramente as glândulas mucosas, que secretam muco e bicarbonato. No meio delas tem as células 
parietais, que secretam HCL e acidifcam o estomago. Abaixo se encontram células principais, 
responsáveis pela secreção de pepsinogênio. Entre as células principais se encontram as células G que 
secretam gastrina que é um hormônio que vai para a corrente sanguínea. Além das células G 
encontramos as células D que secretam somatostatina. Fora da glândula há a ECL que secreta histamina. 
 
 Na região pilórica do estomago, há as glândulas pilóricas. O formato é parecido com o das células 
oxínticas, o que muda são as células que as compõe. Há somente as células de muco (mucosas) e as 
células G da gastrina. 
 
30% da secreção gástrica se inicia pela fase cefálica, ou seja, é estimulada pela visão, pensamento e 
presença do alimento. A fase gástrica decorre da presença do bolo alimentar no estomago, que é 
responsável por 60% da secreção gástrica. A fase intestinal corresponde a 10% e é ocasionada pela 
presença do bolo no duodeno. 
 
Regulação: 
A distenção do antro ou presença de proteínas estimula neurônios sensitivos que enviam essa 
informação pelos plexos mioentéricos. Os plexos respondem liberando acetilcolina que vai estimular a 
célula G. Ela também pode ser estimulada pelo sistema nervoso parassimpático mediante a liberação do 
neurotransmissor peptídeo regulador de gastrina, o GRP. Ele recebe esse nome porque após sua 
liberação estimula a secreção de gastrina na corrente sanguínea. Ela segue pelo sangue até atingir as 
células parietais e ECL. Essas duas células também podem ser estimuladas pelo nervo vago através da 
acetilcolina. A parietal secreta HCL para o lúmen e a ECL secreta histamina que vai paracrinamente 
estimular a célula parietal a produzir ainda mais hcl, acidificando o meio. Essa acidez é detectada por 
neurônios sensitivos, que mandam as informações para os plexos, eles respondem liberando acetilcolina 
que vai estimular as células principais. As células principais secretam pepsinogênio, que em meio ácido 
(luz do estomago) é clivada se tornando pepsina. A pepsina é autocatalitica ou seja a sua presença 
estimula a produção de mais pepsinogenio. As células mucosas são ativadas pelo contato com alimento, 
por irritação química ou pela distenção do estomago. Elas produzem muco espesso rico em bicarbonato 
para proteger a mucosa da acidez do suco gástrico. Essa atividade também é estimulada pelo SNAPs. 
Em caso de excesso de HCL a célula D detecta o excesso e produz somatostatina, que inibe a formação 
das células G, parietais e principais, formando o feedback negativo. 
 
TGI: trato gastrointestinal. 
Gastrina: CCKB. Histamina: H2. Acetilcolina: M3. Esses 3 quando ativam seus receptores nas células 
parietais, estimulam a secreção de ácido pela bomba de prótons. A histamina é responsável por 60 a 
70% da secreção ácida.

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