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1 Profª Ludmila Andrzejewski Culpi Economia Política Aula 2 Liberalismo clássico: David Ricardo e a teoria das vantagens comparativas David Ricardo (1772-1823): Teoria do valor-trabalho Seus estudos deram origem à corrente neoclássica e à corrente marxista Liberalismo Clássico (séc. XVIII e XIX) Contexto histórico: Revolução Industrial e Revolução Francesa – vitória da fábrica e da tecnologia, da cidade sobre o campo; do constitucionalismo sobre o absolutismo e do liberalismo econômico David Ricardo Sociedade dividida em três classes: capitalistas, trabalhadores e rentistas Situação de pobreza dos trabalhadores Usada posteriormente por Marx para criticar o capitalismo O valor de um bem está relacionado à sua escassez e à quantidade de trabalho incorporada Teoria do valor-trabalho 2 Lucros e salários decrescentes, “aluguéis” crescentes levariam uma economia a um ponto estacionário Lei dos rendimentos decrescentes Crescimento populacional e terras menos férteis = crise O controle da natalidade e a livre importação de alimentos David Ricardo Programa econômico liberal Evita a queda do lucro e da taxa de investimento Tratou dos problemas do comércio internacional e defendeu o livre-cambismo Teoria das vantagens comparativas O comércio internacional pode ser benéfico para dois países, mesmo quando um deles é mais eficiente na produção de todos os bens O país deve se especializar e exportar os bens para os quais possua vantagem comparativa 3 Vantagens comparativas O país menos desenvolvido, Portugal, é absolutamente mais eficiente na produção de ambos os bens É preciso calcular as razões de troca autárquicas – custo relativo Portugal tem vantagem comparativa na produção de vinho e Inglaterra tem vantagem comparativa na produção de tecidos O liberalismo de Malthus, Say e Mill Thomas Malthus Males da sociedade: excesso populacional Liberalismo Clássico (séc. XVIII e XIX) 4 A população cresce em proporção geométrica, enquanto a produção de alimentos cresce em proporção aritmética Incrementar a taxa de mortalidade favorecendo as epidemias entre os pobres e controlar a taxa de natalidade Conceitos básicos que serão retomados por Keynes Papel da poupança Papel do gasto público O conceito de “demanda efetiva” Admitindo-se: condições ideais de vida e moradia Crescimento da população explode Confrontaria com a impossibilidade de aumentar a produção de alimentos Limite: miséria triunfante induz ao roubo, assassinatos e guerra Controle populacional Os economistas clássicos enfatizaram a oferta, isto é, o lado da produção Lei de Say: “a oferta cria a sua própria procura” (pilar da economia ortodoxa) Jean-Baptiste Say 5 Toda vez que se produz algo gera-se automaticamente um comprador (pagamento de renda aos fatores) Recursos ou fatores de produção Terra Trabalho Capital Produtos E Serviços Recursos Resultados Terra Aluguel Capital Juros Trabalho Salário Em um mundo onde reina a divisão do trabalho: Indivíduos Oferecem mão de obra Say Empresários Produzem para satisfazer as necessidades dos consumidores O valor dos bens produzidos = ao valor das remunerações dos serviços produtores Equilíbrio Defensor da liberdade de produção e de consumo O capitalismo sempre se ajustaria às crises Economia está em pleno emprego de fatores Um dos pensadores liberais mais influentes do século XIX Incorpora mais elementos institucionais e define as restrições ao funcionamento do mercado John Stuart Mill 6 Defendia a distribuição justa da riqueza. Nos países atrasados o importante é produzir e depois distribuir Inovações tecnológicas e importações de alimentos: superam crise Liberdade civil Liberdade de pensamento, de religião e de expressão Liberdade de gostos e liberdade de projetar nossa vida segundo nosso caráter Liberdade de associação Igualdade entre homens e mulheres Defendia a intervenção do Estado na economia Nas questões distributivas e de tributação da riqueza Teoria Marxista Pensamento de Karl Marx (XIX) Everett Historical/Shutterstock 7 Abordagem alternativa Classes são o centro da análise (luta) Estado: reprodução do sistema Acumulação capitalista Teoria Marxista Burguesia (mais- valia) x proletários (exploração) Revolução do proletariado O sistema de produção determina as estruturas materiais da sociedade Lógica superestrutura- infraestrutura Economia determina resultados da sociedade Mais-valia: exploração do proletariado por parte dos capitalistas (lucro) Queda da taxa de lucro – disputa entre os capitalistas – fim do sistema Revolução socialista Marxismo Pensamento de Karl Marx (XIX) Explica as RI em um sistema global dominado pelos Estados capitalistas Lenin e a teoria do conflito 8 O capitalismo financeiro e o imperialismo promovem guerras internacionais Eliminação dos Estados capitalistas é condição para a paz Revisionismo do desenvolvimentismo (Cepal) Crítica à dependência na AL Teoria da dependência 1ª teoria fora do centro Superar atraso dos Estados subdesenvolvidos Dependência Elites nacionais Os neoclássicos, Keynes e Kalecki Escola Neoclássica: o Marginalismo (1870) A lf re d M a rs h a ll ( 1 8 4 2 - 1 9 2 4 ) re tr a ta d o e m 1 9 2 1 - W ik ip é d ia C o m m o n s/ P u b li c D o m a in Princípios de Economia (1890) Rompe com o valor-trabalho Alfred Marshall 9 Define o valor dos bens a partir de um fator subjetivo: a utilidade Sua capacidade de satisfazer as necessidades humanas John Maynard Keynes Jo hn M ay n ar d K ey n es (18 83 - 19 46 ) - W ik ip éd ia Co m m o n s/ Pu bl ic D o m ai n https://www.grupogen.com.br/ John Maynard Keynes Jo hn M ay n ar d K ey n es (18 83 - 19 46 ) - W ik ip éd ia Co m m o n s/ Pu bl ic D o m ai n O nível de emprego numa economia capitalista depende da demanda efetiva, ou seja, da proporção da renda que é gasta em consumo e investimento O Estado deve gastar na economia para fazer a demanda crescer O desemprego é o resultado de uma demanda insuficiente de bens e serviços, e somente pode ser resolvido por meio de investimentos O investimento, para Keynes, é o fator dinâmico na economia, capaz de assegurar o pleno emprego e influenciar a demanda 10 Elementos fundamentais do modelo keynesiano: Propensão marginal a consumir Propensão marginal a poupar Tributação Gastos públicos (política fiscal) Moeda e taxas de juros (política monetária) Investimento privado Seus argumentos influenciaram muito a política econômica dos países capitalistas A política expansionista garante distribuição de renda e emprego Formulou antes de Keynes a teoria da demanda efetiva Dedicou-se aos estudos das economias subdesenvolvidas Kalecki (1889-1970) h tt p s: // v o y a g e r1 .n e t/ m e n sa g e m / Exerceu forte influência no pensamento Cepalino Necessidade do Estado intervir na distribuição de renda Keynes x Kalecki11 Finalizando David Ricardo: liberalismo para evitar crises e vantagens comparativas Malthus: controle do crescimento populacional Recapitulando Say: oferta cria sua própria demanda Mill: distribuição da riqueza Teoria Marxista: luta de classes e infraestrutura Lenin e teoria cepalina Marginalismo: reação ao marxismo Marshal: valor-utilidade Keynes: intervenção do Estado – demanda efetiva e desemprego Kalecki: Estado deve distribuir recursos Referências 12 LEÃO, I. Z. ; CARVALHO, A. L. B. Uma introdução à história econômica. Disponível em: <http://www.scielo.b r/pdf/ecos/v17n3/08 .pdf.>. Acesso em: 12 abr. 2018.
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