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Adam Smith - A Riqueza das Nações (Cap 1-9)

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A RIQUEZA DAS NAÇÕES – ADAM SMITH
Capítulo 1 (divisão do trabalho)
A divisão do trabalho, na medida em que pode ser introduzida, gera, em cada ofício, um aumento proporcional das forças produtivas do trabalho. Esse grande aumento da quantidade de trabalho que, em consequência da divisão do trabalho, é devido a três circunstâncias distintas:
“Destreza do trabalhador”, facilidade e agilidade em cada trabalhador
Otimização de tempo
Grande nº de máquinas, abreviam o trabalho, possibilitando uma única pessoa realizar uma função (que antes era realizada por muitas)
Essa é a grande multiplicação das produções de todos os diversos ofícios, decorrente da divisão do trabalho, que gera uma sociedade bem rígida, aquela riqueza universal se estende até as camadas mais baixas do povo. Cada trabalhador tem para vender uma grande quantidade do seu próprio trabalho, além daquela de que ele mesmo necessita. 
Com a venda da força de seu trabalho, o trabalhador pode adquirir bens (ofertados em abundância pela Revolução Industrial), assim que se difunde as camadas sociais, dado a posse de quantos bens o indivíduo pode adquirir.
Outro ponto importante mencionado no capítulo é a alegação do autor que a agricultura não permite uma grande divisão do trabalho que a indústria por 2 motivos:
Sazonalidade da colheita: as atividades são realizadas em diferentes épocas do ano, de acordo com a safra
Capacidade produtiva: é bem menor do que a indústria
A dificuldade em aplicar a divisão do trabalho na agricultura faz com que o aprimoramento das forças produtivas na manufatura seja maior. Além disso a produção agrícola deve considerar peculiaridades locais, questões geográficas, climáticas; fatores que influenciam a produção. 
Capítulo 2 (o princípio que dá origem a divisão do trabalho)
Adam Smith nesse capítulo afirma que a divisão de trabalho não é originada pela sabedoria humana e sim pelas necessidades de permutar ou trocar seus bens pelos os quais necessita. Em uma sociedade civilizada, o ser humano necessita de cooperação e ajuda de outras pessoas, diferente dos demais animais que quando chegam na vida adulta conseguem suprir suas necessidades sem ajuda. Porém, mesmo que o homem necessite de ajuda ele não á receberá por benevolência alheia, devido isso, o homem promove alguma habilidade onde se tem talento ou interesse em produzir mais do que o necessário do seu próprio consumo, e o excedente, vira troca por outros produtos. Por exemplo, um açougueiro vai produzir mais carne do que precisa, assim ele pode trocar o excedente por outras demandas, como roupas, moradia, sapatos etc. A diferença de personalidades, talentos e interesses parece que não é de natureza e sim de costumes, a educação recebida desde a infância de cada um.
As pessoas são “iguais” durante sua infância, depois, as diferenças de hábitos, costumes, educação, levam-nas a se engajar em diferentes ocupações (diferença de talentos)
Essa permutação gerou interesse em uma ocupação específica para se produzir em excedente para realizar trocas.
Conclui-se que a D.T é consequente da propensão a intercambiar, permutar, trocar uma coisa por outra e essa propensão é inata ao homem.
Capítulo 3 (a divisão do trabalho limitada pela extensão do mercado)
Como é o poder de troca que leva à divisão do trabalho, assim a extensão dessa divisão deve sempre ser limitada pela extensão desse poder, ou em outros termos, pela extensão do mercado. Quando o mercado é muito reduzido, ninguém pode sentir-se estimulado a dedicar-se inteiramente a uma ocupação, porque não poderá permutar toda a parcela excedente de sua produção para trocar pelo trabalho alheio da qual necessita (pois em mercados pequenos não há tanta oferta de diversidade).
Nas aldeias, é comum os próprios moradores exercerem vários tipos de profissão (açougueiro, padeiro, cervejeiro etc.), devido à distância das cidades maiores. As profissões de maior escala, ficam nas cidades, pois geram uma maior demanda, tanto dos trabalhadores, quanto dos compradores (ferreiros, marceneiros etc.). Um mercado vai se estabelecer devido a densidade demográfica daquele local e com fatores favoráveis para o comércio, não é a toa que o transporte aquático foi uma das primeiras alternativas para a ampliação do mercado.
As atividades comerciais surgem ao longo das costas e margens de rios, subdividem-se e aperfeiçoam-se ali. O transporte aquático é mais rápido, de baixo custo, exige menor número de pessoas e possibilita um maior alcance, se comparado ao terrestre. Assim, é normal que o aperfeiçoamento das artes e indústria surjam onde há transporte aquático e demorem para se interiorizarem.
Segundo a História, as primeiras nações a serem civilizadas estavam na costa do Mediterrâneo:
O Egito parece ter sido o primeiro onde os aperfeiçoamentos começaram;
A extensão e facilidade de navegação interna fizeram o Egito progredir;
Aperfeiçoamentos na agricultura e manufaturas também ocorreram nas províncias de Bengala e na China;
Capítulo 4 (a origem e o uso do dinheiro)
Uma vez plenamente estabelecida a divisão do trabalho, é muito reduzida a parcela de necessidade humanas que pode ser atendida pela produção individual do próprio trabalhador. Para isso é necessário que ele realize trocas, e como todos vivem da troca, a sociedade se transforma numa sociedade mercantil.
As dificuldades nas trocas levaram à adoção do dinheiro como se ele fosse uma mercadoria, antes do dinheiro, havia outras moedas de troca, como, por exemplo, o gado, sal, conchas, bacalhau, couro, pregos etc. A preferência pelos metais como moedas de troca se deu por alguns motivos: 
São duráveis;
São divisíveis;
Não perdem o valor;
A adoção de metais permitiu o ajustamento de quantidades nas trocas e cada nação adotou um metal precioso diferente: ferro, cobre, ouro, prata, etc. A comunidade espartana por exemplo, adotava o ferro, os romanos adotavam o cobre, e o ouro e prata eram os instrumentos de comércio de todas as nações ricas e comerciantes.
Inicialmente, os metais eram usados em barras sem gravação.
A utilização dos metais levava a 2 problemas:
Pesagem; foi necessária a introdução de balanças para pesagem dos metais, especialmente do ouro cuja pesagem é mais difícil
Verificação de autenticidade ou qualidade do metal; para evitar adulteração na composição dos metais, eles passaram a ser cunhados para garantir a quantidade e o quilate
Primeiro, a gravação surge para indicar o quilate;
Depois, a cunhagem para mostrar o peso;
Assim, surgem as moedas cunhadas e as casas das moedas;
Assim, a moeda se torna instrumento universal do comércio, a troca de bens determina o valor relativo das coisas, Adam Smith coloca que a palavra valor tem dois significados: 
Valor de uso: se refere à utilidade
Valor de troca: referente ao poder de compra;
Os bens com maior valor de uso (ex: ar, água) geralmente tem pouco valor de troca, e vice-versa (ex. ouro).
As questões pendentes no capítulo são:
Qual é o critério ou medida real desse valor de troca? Em que consiste o preço real de todas as mercadorias?
Quais são as diferentes partes ou componentes que constituem esse preço real?
O que faz subir/descer o valor desses componentes (a cima/abaixo do “natural/normal”)? O que impede o preço do mercado?
Reflexão de: preço efetivo x preço natural
Capítulo 5 (o preço real e o preço nominal das mercadorias ou seu preço em trabalho e seu preço em dinheiro)
O homem será rico de acordo com a quantidade de trabalho alheio que puder adquirir, ou seja, riqueza é o poder de comprar trabalho. O valor de uma mercadoria (para quem não a possui) é igual a quantidade de trabalho que ela poupará; é o esforço e a fadiga que pouparemos para obter tal mercadoria. Assim, o trabalho é a medida real de valor de troca, assim como o preço pago por todas as coisas.
O trabalho é a medida real do valor de troca de todas as mercadorias. O preço real de cada coisa, ou seja, o que ela custa à pessoa que deseja adquiri-la, é o trabalho. O que é comprado com o dinheiro ou com bens,é adquirido também pelo trabalho. Ou seja, o trabalho é o preço real das mercadorias, o dinheiro é apenas o preço nominal delas.
Tudo que compramos (com dinheiro ou pela troca) é adquirido pelo trabalho; obtivemos aquele dinheiro ou um bem em troca de uma quantidade de trabalho, ou seja, o trabalho é a moeda original. A verdadeira medida do valor de troca é o trabalho.
Afinal, trocamos trabalho por trabalho.
Entretanto, o valor das mercadorias não é calculado com base no trabalho; é difícil determinar a relação entre duas quantidades de trabalho diferentes. Não podemos só considerar o tempo gasto na realização do trabalho. Devemos considerar também a dificuldade da tarefa e a destreza para realizá-lo, mensurar esses quesitos com exatidão é uma tarefa árdua.
“Eu acho isso mais fácil, você acha difícil; eu faço devagar, você rápido”
É mais comum trocarmos uma mercadoria por outra, ao invés de uma mercadoria por trabalho; é inclusive mais fácil de calcular o valor de troca em quantidades de mercadoria.
1 vaca = x moedas (mercadoria x mercadoria) ao invés de 1 vaca = x trabalho;
A ideia de trabalho, afinal, é uma questão abstrata também.
O valor não é geralmente calculado com base no trabalho porque este é difícil de ser medido, sendo mais frequente trocá-lo por outras mercadorias, geralmente o dinheiro. É por isso que o dinheiro é utilizado com maior frequência para calcular o valor. Quando a moeda se torna o instrumento generalizado do comércio, ela domina as relações de troca;
Torna-se óbvio então calcular o valor em função da quantidade de moeda e não de pão, cerveja, etc. Os metais, assim como as outras mercadorias, também tem valor variável.
Como ouro e prata variam de valor, custando mais ou menos trabalho, um trabalho igual sempre significa um sacrifício igual para o trabalhador. Para o empregador, parece que o trabalho é variável; assim, o trabalho tem um preço real e um preço nominal.
Parece que o trabalho, para o trabalhador, tem sempre o mesmo valor; para o patrão, parece variar;
O preço real do trabalho varia de época para época e consiste na quantidade de bens que se pode trocar por ele; o nominal consiste na quantidade de dinheiro;
Assim sendo, fica evidente dizer que o trabalho é a única medida universal e a única medida justa de valor (único padrão do qual podemos comparar os valores de mercadorias diferentes, em todos os tempos em todos os lugares).
No mesmo tempo e no mesmo lugar, o preço real e o preço nominal de todas as mercadorias estão exatamente em proporção um com o outro.
Quanto mais ou menos dinheiro se receber por uma mercadoria qualquer no mercado de Londres, tanto mais ou tanto menos trabalho se poderá, no mesmo tempo e lugar, comprar ou comandar.
No mesmo tempo e lugar, portanto, o dinheiro é a medida exata do valor real de troca de todas as mercadorias. Assim é, porém, somente no mesmo tempo e lugar. 
O preço nominal das coisas, ou seja, seu preço em dinheiro, determina a compra e a venda e, portanto, regula a economia. Não é de se admirar então que tenha-se dado mais atenção ao preço em dinheiro (nominal – em comparação ao real que é a quantidade de bens que o trabalho pode comprar).
Capítulo 6 (fatores que compõe o preço das mercadorias)
No estágio inicial da sociedade, antes da acumulação de capital e apropriação da terra, o trabalho era o único padrão de valor que determinava as trocas. É natural que o produto de 2 dias de trabalho valha o dobro do produzido em 1 dia, se um trabalho exigir mais, também deve valer mais do que um mais simples. Se um trabalho exigir um nível de destreza e engenho excepcional, deverá valer ainda mais.
O talento só vem com a experiência e dedicação e a maior remuneração é uma compensação pelo tempo e trabalho gastos para adquiri-lo.
O produto integral do trabalho pertence ao trabalhador. Logo que começa a existir riqueza acumulada nas mãos de alguns, essas pessoas oferecerão matéria-prima e subsistência para os indivíduos engenhosos produzirem e, assim, obterem lucro com o seu trabalho.
Quando o capital é investido, o retorno do empresário é o lucro, e o valor do trabalho é decomposto em salários e lucros. O empresário só faz esse emprego de capital visando a reconstrução de sua riqueza inicial. Pode-se dizer que os lucros são um salário de inspeção e de direção; são unicamente determinados pelo capital empregado.
O trabalho de inspeção e direção é, na verdade, entregue a um trabalhador superior.
O proprietário do capital está livre de qualquer trabalho.
Assim, o produto total deixa de pertencer totalmente ao trabalhador. O trabalhador o reparte com o empregador e já não é apenas o trabalho que determina o valor.
Quando a terra se tornou propriedade privada, a renda da terra passou a ser um terceiro componente do preço das mercadorias. 
O preço de qualquer mercadoria passa então a se desdobrar em um ou outro de 3 fatores:
Trabalho efetivo;
Renda da terra ;
Lucro do empresário;
Esses são os três componentes do preço;
As quatro formas de renda:
Renda auferida pelo trabalho: salário;
Renda auferida pelo patrimônio ou K: lucro;
Receita auferida pelo empréstimo de K a terceiros: juros ou usura do dinheiro; este é um rendimento derivado, pago geralmente a partir do lucro obtido por quem emprestou. Se não, é pago por outra fonte de receita;
Renda auferida integralmente do arrendamento da terra: renda fundiária (pertence ao dono da terra). A renda do arrendatário provém parte de seu trabalho, parte de seu capital. A terra para ele é só instrumento para ganhar os salários do seu trabalho;
Num país civilizado, a renda e o lucro contribuem muito para o produto anual. Se a sociedade empregasse anualmente todo o trabalho que pudesse adquirir, a produção seria maior a cada ano.
IMPORTANTE: A sociedade se divide em 2 classes de indivíduos: os trabalhadores ativos e os ociosos;
Grande parte da produção anual vai para os ociosos; a proporção entre essas duas classes é que determina o aumento ou a diminuição da produção.
Capítulo 7 (o preço natural e o preço de mercado das mercadorias)
Em cada sociedade existe uma taxa comum ou média para salários e para o lucro, para cada emprego de trabalho o capital.
Essa taxa é regulada pela riqueza naturalmente em parte pela sociedade – pela sua pobreza, progresso, declínio, etc. – e em parte pela natureza específica de cada ocupação.
Existe também uma renda corrente ou média determinada naturalmente pela situação geral da sociedade e pela fertilidade da terra.
Essas taxas são chamadas de: salário natural, lucro natural e renda natural.
Preço natural: quando o preço da mercadoria não é nem maior nem menor do que o suficiente para pagar a renda da terra, os salários dos trabalhos, os lucros do capital empregado para obter, preparar e transportar a mercadoria até o mercado. 
Nesse caso, a mercadoria é vendida exatamente pelo que ela custa para ser colocada no mercado.
O custo primário não inclui o lucro da venda.
Como o objetivo do produtor é sempre obter lucro, o preço natural é o preço mais baixo que o bem pode ser vendido.
Preço de mercado: o preço pela qual as mercadorias são vendidas, pode ser maior ou menor que o natural. É determinado pela quantidade ofertada no mercado e a demandada
Quando a quantidade de mercadoria colocada no mercado fica abaixo da demanda efetiva, o preço de mercado sobe acima do preço natural e quando ultrapassa o da demanda efetiva, o preço de mercado fica abaixo do preço natural.
A quantidade ofertada se ajusta com a demanda efetiva. Quando iguais, o preço de mercado e o preço natural coincidem;
Os preços de todos os bens sempre tendem ao preço natural; mas várias circunstâncias podem manter o preço acima ou abaixo do natural. Na agricultura, por exemplo, a terra produzirá safras diferentes a cada ano. Em outros empregos, produzir-se-á quantidades semelhantes todo ano. No primeiro caso, o preço de mercado flutuará mais.
As flutuações de mercado refletem mais sobre os salários e o lucro do que sobre a renda da terra, afetando ossalários e lucros em proporções diferentes, afetando também o abastecimento de bens e o trabalho;
Quando o preço de mercado de um bem está muito acima do preço natural, os produtores desse bem tendem a ocultar esse fato. O preço de mercado pode ser mantido bem acima do natural por muito tempo, em consequência da falta de conhecimento geral sobre os lucros elevados do bem, por um segredo comercial de manufaturação (ex. tintureiro e as tintas de baixo custo), ou pela escassez de solos de características específicas para produzir bens semelhantes em outro lugar (ex. vinícolas da França);
Os monopólios produzem o mesmo efeito que o segredo comercial.
Monopólios tendem a manter o mercado subabastecido.
Preço de monopólio é o mais alto que se pode conseguir enquanto o preço de concorrência é o mais baixo que se pode conseguir. Os privilégios das corporações, leis que limitam o mercado e restringem a concorrência constituem monopólios ampliados.
O próprio preço natural varia com a taxa natural de seus componentes: salário, lucro e renda.
Capítulo 8 (os salários do trabalho)
O produto do trabalho é o salário.
Antes da acumulação de K e apropriação da terra, o produto do trabalho pertencia ao trabalhador. Se isso houvesse continuado, as coisas teriam se tornado mais baratas, embora algumas poderiam ter se tornado mais caras. Os salários teriam aumentado graças a DT e o aumento da capacidade produtiva.
Com a apropriação de terras, o proprietário passa a exigir uma parte da produção. O patrão paga o salário e as matérias-primas para produção, então ele espera uma recompensa. Renda e lucro, assim, são deduções do trabalho empregado na terra.
O operário não tem capital para sua atividade, portanto, é empregado por um patrão. Essa relação é regulada por contratos. Empregados querem fazer os salários subirem; os patrões, descerem. Ambos necessitam um do outro, mas o patrão pode subsistir sem o empregado por mais tempo.
Os patrões podem coligar-se; os trabalhadores, não.
Os patrões mantém acordos secretos para baixar os salários.
Os acordos entre trabalhadores são sempre noticiados, cheio de violência e desacato.
Patrões reivindicam auxílio das autoridades e cumprimento das leis;
Resultado: chefe dos movimentos punido;
Os patrões não podem, entretanto, reduzir os salários abaixo da taxa de subsistência do trabalhador e algo mais para manter sua família.
Quando aumenta a procura por trabalhadores, a escassez de mão-de-obra faz com que os patrões quebrem seus acordos. A procura por mão-de-obra leva à elevação de salários;
Quando um patrão tem excedente de renda ou capital, ele procurará investir mais para obter mais lucros. Precisará contratar mais e, portanto, pagar mais salários, o que aumentará a demanda por trabalhadores.
Assim, a demanda de mão-de-obra aumenta com o crescimento da riqueza nacional.
Altos salários são provocados pelo crescimento da riqueza nacional e não pela sua quantidade.
Inglaterra mais rica que os EUA, mas nos EUA os salários são maiores;
Lá, muitos filhos indicam prosperidade (mais salários);
Num país estacionário, ainda que mais rico, os salários não subirão porque raramente haverá escassez de braços; há, no entanto, escassez de emprego;
A China é rica, mas com salários miseráveis;
Os salários não são elevados em uma economia estacionária com a China (lembrar visita Marco Polo há 500 anos);
Num país em declínio, as classes superiores não encontrando emprego teriam que buscar emprego em classes muito inferiores para sobreviver. Os salários desceriam até a subsistência devido a concorrência por empregos escassos: fome, miséria e morte atingiriam tal sociedade, a população se reduziria;
Esta é a situação em Bengala;
Na Grã-Bretanha os salários estão acima da taxa mínima para criar uma família por 4 motivos:
A manutenção da família no inverno é mais cara que no verão e os salários são mais altos no verão;
Os salários não flutuam com o preço dos mantimentos;
Os salários variam mais de um lugar para outro do que o preço da comida;
Muitas vezes os salários e o preço da comida variam inversamente;
Esses 4 fatores mostram que o salário não é fixo ao nível de subsistência.
O preço do trabalho nunca pode ser calculado com precisão porque ele varia de acordo com a capacidade do trabalhador e com a liberalidade e dureza dos patrões.
A alta remuneração do trabalho aumentou ao longo dos séculos e representa uma vantagem para a sociedade;
A pobreza parece ser favorável à procriação. 
Mas a mortalidade dos filhos é maior na pobreza;
A escassez dos meios alimentícios impõe limites à multiplicação, além da grande mortalidade infantil.
A pobreza também é desfavorável à educação.
A remuneração generosa do trabalho permite que o trabalhador cuide melhor de seus filhos e possa criar um número maior deles;
O trabalho remunerado é mais barato que o trabalho escravo, pois o homem livre administra melhor seus fundos para subsistência;
Assim, a remuneração liberal do trabalho contribui para o aumento da população;
Salários altos:
Fazem aumentar a população (diminuem a mortalidade pois o trabalhador tem mais dinheiro para cuidar da família).
São um incentivo ao trabalho.
Aumentam a força física e o ânimo.
Produz trabalhadores melhores.
Há casos onde o trabalhador em 4 dias ganha o suficiente para sobreviver 7 e, assim, vive 3 ociosos;
Há casos onde o trabalhador ganha por tarefa e se exaure fisicamente e arruínam sua saúde;
O aumento dos salários aumenta o preço das mercadorias, o que reduz o consumo. Entretanto, o aumento dos salários leva a um aumento do capital, o que aumenta a capacidade produtiva, ou seja, produz-se mais com menos trabalho. Assim, há mais especialização, o que aumenta a DT e há maior possibilidade de surgirem novas invenções. A produção de certos bens exigirá menos trabalho.
Capítulo 9 (os lucros do capital)
Os lucros dependem do aumento e da diminuição da riqueza. 
Se os salários aumentam, o lucro cai.
O lucro é tão variável que uma pessoa geralmente não consegue determinar seu lucro anual. 
O lucro é afetado pela variação dos preços, pela sorte dos rivais, dos clientes e do próprio produtor.
Podemos ter uma ideia do lucro médio a partir da taxa de juros.
A evolução da taxa de juros nos dá ideia da variação do lucro. (Na Inglaterra, Henrique VIII declarou ilegal o juro acima de 10%)
A riqueza e o rendimento têm aumentado desde então. Os salários também tem aumentado e o lucro, reduzido. É necessário mais capital para negócios na cidade. Como há mais concorrentes também, a taxa de lucro é menor, enquanto os salários são mais altos.
Nas partes distantes, os trabalhadores competem entre si, abaixando o preço dos salários e aumentando o lucro do capital. Os juros são mais altos na Escócia, país pobre, do que na Inglaterra. O mesmo ocorre na França, menos rica que a Inglaterra.
Na Holanda, país mais rico, os juros são mais baixos.
No caso peculiar das novas colônias, salários e lucros são mais altos que na Inglaterra, mas a medida que a riqueza, o progresso e a população tem aumentado, os juros tem diminuído gradualmente. Um grande volume de capital com pequeno lucro cresce mais do que um pequeno capital com grandes lucros.
Dinheiro atrai dinheiro.
Novos territórios ou novas atividades atraem maiores lucros pois há menor concorrência.
Em um país que alcançasse a riqueza máxima possível, tanto os lucros quanto os salários seriam baixos, mas até agora tal país nunca existiu. Os juros aumentam pelo não cumprimento dos contratos (não há lei, o credor sobe os juros) e sua pela proibição.
A taxa mínima de lucro deve ser mais do que suficiente para compensar as perdas, devendo acontecer o mesmo com a taxa mínima de juros. Se um país alcançasse a riqueza máxima, os juros seriam tão baixos que só os ricos conseguiriam viver deles.
Em países onde a riqueza aumenta rapidamente, os lucros baixos compensam os salários elevados. Esse país vende seus produtos ao país vizinho onde os salários são mais baixos.
Os mercadores e industriaisreclamam do impacto negativo dos altos salários na subida dos preços, o que reduz as vendas, mas não reclamam dos lucros altos.

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