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QUESTOES DPP ii

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ATOS PROCESSUAIS
Qual é o elemento diferencial entre ato e fato processual?
Em sentido amplo, fato jurídico é o acontecimento, previsto em norma jurídica, em razão da qual nascem, se modificam, subsistem e se extinguem relações jurídicas.  Em sentido estrito, fato jurídico vem a ser aquele que advém, em regra, de fenômeno natural, sem intervenção da vontade humana e que produz efeito jurídico. Já o ato jurídico é aquele que depende da vontade humana.  O fato, para ser fato jurídico, tem que estar inserido num conceito normativo, isto é, numa estrutura normativa.
O que é um ato processual complexo?
Atos complexos – são aqueles em que observa uma série de atos entrelaçados (audiências, sessões, etc.); Observação: 1) Audiências – no processo penal, nada mais é senão “o momento processual de determinados procedimentos”; Sessões – são as reuniões dos órgãos jurisdicionais colegiados (há sessões em todos os Tribunais, inclusive no tribunal do júri).
Sobre citação, explique como se dá a citação da pessoa jurídica?
A citação da pessoa jurídica deve ser feita na forma no Código de Processo Penal (arts. 531 e seguintes), ou de acordo com a Lei nº 9099/95, sendo certo que não é possível a citação por correio, e que no caso de aplicação da Lei nº 9099/95 não é possível a citação por edital.
Art. 531.
Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 30 (trinta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se possível, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado e procedendo-se, finalmente, ao debate. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
A citação do amental ocorre de que forma?
A citação deve ser feita na pessoa do acusado. Quando se tratar de insano mental, a citação será feita através da pessoa do curador.
Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal.
§ 1o O exame poderá ser ordenado ainda na fase do inquérito, mediante representação da autoridade policial ao juiz competente.
§ 2o O juiz nomeará curador ao acusado, quando determinar o exame, ficando suspenso o processo, se já iniciada a ação penal, salvo quanto às diligências que possam ser prejudicadas pelo adiamento.
O que é contumácia?
Obstinação de alguém em não comparecer a juízo, quando a isso é obrigado ou nisso tem interesse, demonstrando desobediência deliberada. O vocábulo contumácia é um termo usado muitas vezes nos processos penais. Assim, quando um acusado não se apresenta diante de um tribunal de maneira justificada, um juiz pode declarar a prisão do acusado por atitude contumaz. Neste sentido, o não comparecimento de um acusado é um ato de rebeldia. 
Indique dois requisitos intrinsecos da citação, indicando o seu dispositivo legal.
Art. 352. O mandado de citação indicará:
 I - o nome do juiz; 
II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa; 
III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos; 
IV - a residência do réu, se for conhecida; 
V - o fim para que é feita a citação; 
VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer; 
VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz.
 Obs.: não se exige a menção ao membro do Ministério Público na hipótese de ação pública. A inexistência de qualquer requisito gera a nulidade (art. 564, IV, CPP).
Extinseco é o art. 357.
Como ocorre a citação do acusado que se encontra fora do território da autoridade processante?
Citação por carta precatória: Quando o acusado estiver em outro território, a citação far-se-á por carta precatória (art. 353, CPP). 
Art. 353. Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante, será citado mediante precatória. O juiz solicitante (onde corre o processo) denomina-se deprecante, enquanto o solicitado, deprecado (onde está o citando). 
Indique a forma como se dá a citação por hora certa, indicando os seus dispositivos legais.
Logo, os requisitos exigidos no processo penal são os mesmos do processo civil . O oficial de justiça procederá a citação por hora certa se por três vezes procurar o acusado e suspeitar de que se oculta, intimará qualquer pessoa da família ou vizinho que no próximo dia voltará. Voltando, não encontrando novamente o acusado o dará por citado, deixando a contrafé com a pessoa da família ou vizinho. Após, por meio de carta dará ciência ao citando do ocorrido.
Observa-se, no entanto, que a única diferença existente na citação por hora certa no processo civil e no processo penal é que, ao réu citado com hora que não comparece no processo penal será nomeado defensor dativo, o que não ocorre no processo civil.
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Parágrafo único. Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
PRISÃO E LIBERDADE PROVISÓRIA
Segundo a Carta constitucional, em quais situações está autorizada a prisão do individuo?
Para a CF/88, em seu art. 5º, LVII, ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Ou seja, até a efetiva condenação, ninguém poderá ser preso (prisão-sanção). Fala-se, equivocadamente, em princípio da presunção de inocência. Contudo, o que se presume não é a inocência – inocentes, todos são, até prova em contrário -, mas a não culpabilidade. Portanto, até o trânsito em julgado da sentença condenatória, o acusado é, sim, inocente, e presume-se que não tenha praticado o delito.
Tendo isso em mente, que a pessoa é inocente até o trânsito em julgado, pergunta-se: é possível enviá-la à cadeia? Em regra, não. Entretanto, em situações excepcionalíssimas, é preciso conter a liberdade de alguém, ainda que inocente. Trata-se da prisão cautelar, que possui três espécies: a) prisão preventiva; b) prisão temporária; c) prisão em flagrante (alguns consideram-na “pré-cautelar”). 
Quando ocorre o flagrante ficto?
Constitui-se na situação do agente que, logo depois da prática do crime, embora não tenha sido perseguido, é encontrado portando instrumentos, armas, objetos ou papéis que demonstrem, por presunção, ser ele o autor da infração penal. É o que comumente ocorre nos crimes patrimoniais, quando a vítima comunica à polícia a ocorrência de um roubo e a viatura sai pelas ruas do bairro à procura do carro subtraído, por exemplo. Visualiza o autor do crime algumas horas depois, em poder do veículo, dando-lhe voz de prisão.
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
__
O que é flagrante obrigatório?
Qualquer pessoa pode prender em flagrante quem se encontre em flagrante delito.
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
O flagrante preparado ou urdido é considerado válido?
Sim. É aquela prisão em flagrante que ocorre indução ou instigação para que alguém pratique o crime, tudo com o objetivo de efetuar a prisão. O STF, inclusive, editou a Súmula 145, a qual estabelece que “Não há crime quando a preparaçãodo flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação”. A explicação para isso está no fato de que quando a pessoa provoca a situação de flagrante o crime se torna impossível de ser cometido (artigo 17 do CP).
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
Ao mesmo tempo em que o provocador leva o provocado ao cometimento do delito, age em sentido oposto para evitar o resultado. Estando totalmente na mão do provocador, não há viabilidade para a constituiçãodo crime. […] Ex.: policial disfarçado, com inúmeros outros igualmente camuflados, exibe relógio de alto valor na via pública, aguardando alguém para assaltá-lo. Apontada a arma para a pessoa atuando como isca, os demais policiais prendem o agente. Inexiste crime, pois impossível sua consumação.(NUCCI)
Sabendo que a regra é que todos podem ser presos em flagrante delito, indique um caso que comporta exceção a esta regra.
A casa. O art. 5º, XI, da Carta Maior, "a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial".
Quando é possível a concessão do relaxamento da prisão?
O instituto está previsto no art. 5º, LXV, da CF, que consagra o direito subjetivo que todo e qualquer cidadão possui de ter sua prisão relaxada quando houver uma ilegalidade.A característica fundamental do relaxamento é a existência de ilegalidade da prisão, seja sua existência desde a origem ou durante o curso de sua incidência. Exemplificando, se alguém ser preso sem existir situação de flagrância, haverá uma ilegalidade em sua origem. Por outro lado, se uma prisão preventiva decretada se prolongar demais, restando caracterizada a violação à garantia da razoável duração do processo, haverá uma ilegalidade no curso de sua incidência.
Quando pode ser decretada a prisão preventiva?
arts. 311 a 316 do CPP
É a prisão provisória decretada pelo juiz em qualquer fase do inquérito ou da instrução criminal, para garantir a ordem jurídica social. É cabível somente após a instauração do inquérito policial. Portanto, da instauração do inquérito até o término da instrução criminal é possível sua decretação.
A autoridade competente para decretar a prisão preventiva é o juiz. Em se tratando da competência originária dos Tribunais a competência é do Relator,  porque ele é o juiz da instrução. Para que o juiz ou relator possa decretá-la não há necessidade de provocação, isto é, poderá fazê-lo de ofício sem que haja solicitação de quem quer que seja. Por outro lado, a medida extrema poderá ser decretada pelo Tribunal desde que haja pedido neste sentido.
Quais são os pressupostos legais para a decretação da prisão preventiva?
O art. 313 expressa que é admissível a prisão preventiva em qualquer das circunstâncias supramencionadas, nos seguintes casos:
crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; 
se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado;
se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência.
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
IV - (revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
Indique um dos crimes que permite a decretação da prisão temporária.
lei 7960/89.
Art. 1° Caberá prisão temporária:
 
I - Quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
 
II - Quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;
 
III - Quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: (vide rol).
 
a) Homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);
 
b) Sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);
 
c) Roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
 
d) Extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);
 
e) Extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
 
f) Estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);
 
g) Atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);
 
h) Rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único);
 
i) Epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);
 
j) Envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285);
 
l) Quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;
 
m) Genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em quaisquer das formas típicas;
 
n) Tráfico de drogas (art. 12 da lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976);
 
o) Crimes contra o sistema financeiro (lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986).
 
p) Crimes previstos na Lei de Terrorismo (incluído pela lei nº 13.260, de 2016).
 
__________________________________________________________________________________Qual é o prazo máximo de duração da prisão temporária?
Em regra, esse prazo é de cinco dias, prorrogável por igual período (mais 5 dias), em casos de extrema e comprovada necessidade.
Quanto aos crimes hediondos, esse prazo é de 30 dias, prorrogável por igual período (mais 30 dias), também em casos de extrema e comprovada necessidade.

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