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Embargos à Execução em Ação de Título Extrajudicial

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EXCELENTISSÍMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1º VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DE SÃO PAULO-SP.
(10 linhas)
Distribuída por dependência dos autos da execução nº________________.
MARILENE, devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe na Ação de Titulo Executivo Extrajudicial que lhe move Breno, também devidamente qualificado nos autos do processo, vem, por intermédio de seu advogado, que está subscreve, à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 914 e seguintes do Código de Processual Civil opor EMBARGOS À EXECUÇÃO pelos fatos e fundamentos jurídicos que se passa a expor:
I - FATOS
Marilene, ora embargante, foi citada e intimada em ação de título executivo extrajudicial ajuizada por Breno, ora o embargado, que alega fazer jus a satisfação de crédito de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), consubstanciado em instrumento particular de confissão de dívida, subscrito por Marilene e duas testemunhas e vencido a há mais de 1 (um) mês.
Ocorre que, o embargado indicou a penhora de 03 (três) contas bancárias, um carro e o imóvel que a embargante reside com sua família, declara ainda que a embargante estaria buscando desfazer-se dos bens, razão pela qual este juízo, deferiu de plano a indisponibilidade dos ativos financeiros da embargante.
Todavia, a verdade dos fatos é que a Embargante manteve relacionamento com o Embargado e durante o tempo que estavam juntos, o embargado insistiu que a embargante assinasse alguns papéis, informando se tratar de documentos necessários para que ele pudesse receber um benefício previdenciário acumulado, induzindo a mesma a erro e agindo com dolo.
Importante, também informar a Vossa Excelência que a Embargante não possui muito estudo, e com isso, assinou, acreditando estar apenas declarando que o embargado ainda não tinha recebido R$ 15.000,00 (quinze mil reais), aos quais alegava fazer jus frente ao INSS.
Oportuno, ainda, pontuar que, inclusive, uma das pessoas que assinou como testemunha é uma vizinha sua, que sabe que o embargado induziu, por ora embargante acreditou que estava assinando apenas uma declaração para que ele obtivesse o benefício.
Ressalto ainda, que quando o relacionamento acabou, o embargado se tornou agressivo e afirmou que tomaria dela as economias que sabia ter em uma poupança, mas, na época, a embargante achou que era uma ameaça vazia de um homem ressentido.
Por fim, também importante pontuar a Vossa Excelência que a embargante está especialmente preocupada em resguardar sua moradia e os valores que tem em uma de suas contas bancárias, que é uma poupança. que se tornou fundamental para a subsistência da família, já que sua mãe está se submetendo a um tratamento médico que pode vir a demandar a utilização dessas economias.
II - DO DIREITO
Uma vez a embargante ter assinado, o suposto título executivo extrajudicial, acreditando estar declarando que o embargado ainda não tinha recebido R$ 15.000,00 (quinze mil reais), aos quais alegava fazer jus junto ao INSS, mas que na verdade estava assinando uma confissão de dívida, com fulcro no artigo 917, inciso I, do código processual civil, deve ocorrer a DESCONSTITUIÇÃO DO TÍTULO EXECUTIVO, pois a embargante foi induzida a erro pelo embargado, que cometeu dolo para obter o título executivo da embargante, nos termos do artigo 145 do código civil, em virtude de se basear em NEGÓCIO JURÍDICO VICIADO.
Assim deve ocorrer a extinção do mesmo e a consequente desconstituição do título executivo e, com isso, a liberação de todos os bens que foram penhorados da embargante.
Saliento ainda, perante Vossa Excelência, que nos termos do artigo 833, inciso X com cumulado o artigo 917, inciso II e VI, ambos do Código Processual Civil, este d.juízo deve reconhecer a impenhorabilidade dos valores depositados na conta poupança da embargante até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, bem como, nos termos do artigo 1º da Lei 8.009/90, deve ocorrer a DESCONSTITUIÇÃO DA PENHORA DO IMÓVEL, uma vez que a embargante reside no mesmo com sua família e, portanto, trata-se de bem de família.
Por fim, ressalto ainda que, nos termos do artigo 919, parágrafo 1º, do código processual civil, a concessão da SUSPENSÃO DO PROCESSO EXECUTIVO, uma vez, restar demonstrados os requisitos para a concessão da tutela provisória, decorrentes da necessidade dos valores para o tratamento médico da mãe da embargante, bem como a execução já está garantida por penhora.
III- DO PEDIDO
Ante o exposto, requer-se a Vossa Excelência:
A) o acolhimento de concessão do efeito suspensivo nos embargos, conforme o artigo 919, § 1º do CPC/2015;
B) a procedência de todos os pedidos elencados para anular o negócio jurídico, bem como a desconstituição do título executivo e, consequentemente a liberação de todos os bens penhorados da embargante, conforme os artigos 833, inciso X, 917, inciso I, II e VI do CPC/2015, artigo 145 do CC/2002 e o artigo 1º da Lei nº 8.009/90;
C) caso não seja o entendimento de Vossa Excelência, que reconheça então a impenhorabilidade dos valores depositados na conta poupança da embargante até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, bem como a liberação da penhora do imóvel, por tratar-se de bem de família, conforme dispõe o artigo 833, inciso X do CPC/2015 e o artigo 1º da lei nº 8.009/90.
D) a condenação do embargado para o pagamento de custas e honorários advocatícios, conforme o artigo 85 do CPC/2015
E) a intimação do embargado, na pessoa de seu advogado, para que, querendo apresente impugnação no prazo legal.
Protesta provar o alegado, por todos os meios de prova admitidos no direito, em especial a oitiva de testemunha.
Dá-se o valor da causa de R$ 15.000,00 (quinze mil reais).
Termos em que, 
Pede deferimento.
São Paulo, 02 de julho de 2019
Advogado
OAB/UF

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