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Métodos de Alfabetização e Desenvolvimento da Linguagem

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COGNIÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM ORAL E ESCRITA E DO RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO
UNIDADE I – MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO 
QUESTIONÁRIO 
Em 1986 a concepção construtivista ganha força e se estabelece em todo o país. A nova teoria não é apresentada como um método, mas como uma revolução conceitual. Propõe entre outras coisas:
O abandono das práticas da “alfabetização sob medida”.
Abolição do uso das cartilhas.
Ênfase no aprendiz e não nos métodos de alfabetização, pois a aprendizagem ocorre independentemente do método.
O aluno constrói o próprio conhecimento e o professor deve atuar apenas como mediador.
I e II
II e IV 
I, II e III
II, III e IV
I, II, III e IV
Da perspectiva das unidades mínimas de análise na relação entre fala e escrita, os métodos serão compreendidos da seguinte forma:
Método global, quando a unidade mínima de análise é a palavra, método silábico, quando a unidade mínima é a sílaba e o método fônico ou fonético, quando a unidade mínima é o fonema.
Método global, quando a unidade mínima de análise é o gênero textual, método silábico, quando a unidade mínima de análise é a palavra e método fônico, quando são utilizadas cartilhas.
Método global, quando a unidade mínima de análise é a palavra, método silábico, quando a unidade mínima é a sílaba ou o fonema.
Método global, quando a unidade mínima de análise é a palavra, método silábico, quando a unidade mínima é a sílaba e método fônico ou fonético, quando a unidade mínima é a letra.
Método global, quando a unidade mínima de análise é a palavra, método do silabário, quando a unidade mínima é a sílaba e o método abecedário, quando a unidade mínima é o fonema.
Os métodos de alfabetização também irão diferenciar-se no que tange ao tipo de estimulação envolvida nesse processo. Os mais eficazes, inclusive no ensino de pessoas com dificuldades de aprendizagem, são os:
Fônicos somente
Tradicionais
Multissensoriais 
Fônicos e multissensoriais 
Global
Não é algo novo a discussão sobre os métodos de alfabetização mais eficazes (SEABRA; DIAS, 2011). Historicamente, a defesa ou resistência em relação aos diferentes métodos de alfabetização tem se baseado fortemente em questões ideológicas e não em evidências científicas. Contudo é necessário compreendermos os aspectos fundamentais que distinguem os métodos de alfabetização a saber:
Ponto de partida: computadorizados ou tradicionais
Ponto de partida e unidade de análise mínima
Ponto de partida e o tipo de estimulação
Tipo de estimulação e unidade mínima de análise
Ponto de partida, unidade mínima de análise e tipo de estimulação.
Ferreiro e Teberosky (1999; 2006) afirmam que, do ponto de vista construtivo, a escrita da criança se desenvolve com regularidade surpreendente e que essa regularidade se relaciona aos meios culturais (escrita icônica ou não-icônica) aos quais a criança tem acesso, às situações educativas que vivencia e à língua em uso (fonetização da escrita, ou seja, se inicia pelo período silábico e chega ao alfabético).
As hipóteses que a criança espontaneamente vai construindo acontecem na seguinte ordem:
Hipótese logográfica, silábica-alfabética e ortográfica.
Hipótese logográfica, pré-silábica, silábica e alfabética.
Hipótese pré-silábica, silábica, silábica-alfabética e ortográfica.
Hipótese pré-silábica, silábica, silábica-alfabética e alfabética.
Hipótese logográfica, alfabética e ortográfica.
Ao analisarmos a história dos métodos de alfabetização, observamos que um terceiro momento que traz mudanças importantes para escola brasileira é a partir de meados da década de 1920, quando é revitalizada a discussão sobre os métodos de alfabetização e ganha força uma nova tradição conhecida como “alfabetização sob medida”. O termo alfabetização sob medida quer dizer que:
Desde que o ensino seja significativo e relevante ao contexto no qual a criança está inserida, ela dará conta dos desafios acadêmicos independente do nível de maturidade cognitiva.
Todos os alunos aprendem da mesma forma. Sendo assim, mais importante que pensar sobre o nível de maturidade dos alunos é desenvolver o senso crítico desde os anos iniciais de escolarização.
Os alunos têm interesses diferentes e é papel do professor descobrir os assuntos mais relevantes para cada aluno e desenvolver um plano de ensino sob medida para cada um.
É importante introduzir novas práticas de medidas do nível de maturidade necessárias a aprendizagem da leitura e escrita.
Os alunos que não demonstrarem terem desenvolvidos as habilidades necessárias para a aprendizagem da leitura e escrita devem ser direcionados a trabalhos manuais e não acadêmicos.
Em 1986, a concepção construtivista se institucionaliza à nível nacional. O processo de aprendizagem passa a ser compreendido tão somente de acordo com a psicogênese da escrita. Inaugura-se então uma nova tradição, a da “desmetodização” e ênfase no aprendiz, a criança elabora hipóteses e constrói seu conhecimento. Décadas depois, o Brasil tem sistematicamente estado a baixo no ranking de leitura, mesmo quando comparado com países em situação socioeconômica igual ou inferior, estando na terceira pior posição em leitura entre 72 países avaliados pelo PISA (OCDE, 2016). Isso se deve em grande parte porque:
Embora, o problema do fracasso escolar esteja de fato relacionado a questões sociais e de políticas públicas, como aponta o construtivismo, não deveria ter sido negligenciada a discussão sobre os métodos de alfabetização.
As famílias mais carentes não têm condições de apoiar o trabalho que está sendo realizado pelo professor em sala de aula.
Apesar do esforço em contextualizar a alfabetização, não tem sido significativo para as crianças aprender a ler e escrever, por causa do excesso de informatização.
Os métodos analíticos de alfabetização, que partem do todo para as partes são os mais eficazes para o ensino da leitura e escrita.
Os métodos analíticos de sintéticos, que partem da parte para o todo são os menos eficazes para o ensino da leitura e escrita.
Referente ao ponto de partida, os métodos de alfabetização podem ser classificados entre sintéticos e analíticos:
Os métodos sintéticos têm como ponto de partida unidades mínimas de análise menores para chegar as unidades maiores, ou seja, aprende-se primeiro as letras, ou as sílabas ou os fonemas para se chegar a unidades maiores de significado.
Dentre os métodos classificados como sintéticos, não faz diferença ensinar partindo da letra ou do fonema.
Os métodos sintéticos têm sido fortemente criticados no país baseado nos trabalhos de Ferreiro e Teberosky.
Os métodos analíticos, como o proposto por Ferreiro e Teberosky propõe o movimento contrário ao proposto pelos métodos sintéticos partindo de unidades maiores, no caso o texto para chegar nas partes menores (palavras, sílabas e letras).
Diante das assertivas, é correto afirmar que:
Apenas I, II e IV.
Apenas II e III.
Apenas I, III e IV
Apenas II e IV.
Assertivas I, II, III e IV.
O termo linguagem e pensamento são muito próximos. Difíceis de serem diferenciados, tente pensar sem utilizar a linguagem. Difícil, não é? Pois o ser humano de desenvolvimento típico pensa por meio da linguagem. Neste sentido, a linguagem escrita, explica Luria (1986), pode ser um “poderoso instrumento para precisar e elaborar o processo de pensamento”.
Tal afirmação já não faz sentido, pois com os avanços nos estudos de neurociências, sabe-se que o ser-humano com desenvolvimento típico, não pensa por meio da linguagem.
Tal afirmação faz sentido, pois a linguagem escrita inclui operações mentais conscientes, que transcorre mais lentamente do que o oral ao mesmo tempo que permite retornar ao já escrito, garantindo o controle consciente sobre as operações que se realizam.
Tal afirmação faz sentido, pois a linguagem escrita inclui a possibilidade de divulgação de ideias que promoverão a consciência da cidadania.
Tal afirmação indica que aprender a ler e escrever não é importante nosprocessos de pensamento.
Tal afirmação indica que quando estamos alfabetizando, ampliando o vocabulário dos alunos e outras atividades envolvendo a leitura e a escrita, não estamos contribuindo para os processos de elaboração do pensamento. 
No início do século XX, Vygotsky apontava que o ensino deveria ser organizado de forma que a leitura e a escrita se tornassem necessárias às crianças. Se forem usadas apenas atividades de forma mecânica, como uma habilidade motora, poderá entediá-las, pois suas atividades não se expressarão em suas escritas e as personalidades não desabrocharão. Para o autor, a leitura e a escrita deveriam ser algo de que a criança necessitasse e que fosse relevante à vida. A partir deste conhecimento podemos supor que:
O ensino explícito dos sons da fala é ineficaz e deve ser evitado por ser uma atividade mecânica.
Se o ensino for relevante e significativo, apenas através da exposição à diferentes tipos de gêneros textuais e situações de leitura e escrita, a maioria das crianças, por si mesmas, construirão hipóteses corretas sobre a relação letra e som, sem a necessidade de um método estruturado para tal.
O ensino deve ser relevante e significativo. Não conter apenas atividades mecânicas, não exclui a importância dessas atividades, como o ensino explícito dos sons da fala.
As cartilhas são péssimas ferramentas para a alfabetização.
Não há necessidade de levar em conta o nível de maturação cerebral nas diferentes fases do desenvolvimento da criança.

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