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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DE REI – UFSJ RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I Gustavo José Ramalho Da Silva Leandro José De Paula TRABALHO PRÁTICO São João Del Rei, Junho de 2019 Introdução Na medida em que os processos se modernizam, diferentes tipos de opções vão surgindo para ajudar a simular situações e solucionar problemas. Entretanto, algumas técnicas desenvolvidas no século XVIII ainda possuem boa aplicabilidade e dinamismo. O método dos elementos finitos é bastante praticado na resolução de problemas de engenharia. Ela é uma técnica numérica para encontrar soluções aproximadas para um sistema. Esta metodologia subdivide o modelo em pequenas partes, chamados de elementos finitos. As equações que modelam estes elementos finitos são montados em um sistema maior de equações, que modela todo o problema. Então, o sistema é resolvido simultaneamente a fim de se aproximar a uma solução, minimizando uma função de erro associada. No âmbito da Engenharia de Estruturas, o Método dos Elementos Finitos (MEF) tem como objetivo a determinação do estado de tensão e de deformação de um sólido de geometria arbitrária sujeito a ações exteriores. Este tipo de cálculo tem a designação genérica de análise de estruturas e surge, por exemplo, no estudo de edifícios, pontes, barragens, etc. Quando existe a necessidade de projetar uma estrutura, é habitual proceder-se a uma sucessão de análises e modificações das suas características, com o objetivo de se alcançar uma solução satisfatória, quer em termos econômicos, quer na verificação dos pré-requisitos funcionais e regulamentares. Objetivos Gerais Conhecer e aplicar o método dos elementos finitos no software Abaqus, na determinação de tensões e esforços em uma viga. Comparar os resultados obtidos na simulação computacional com os resultados obtidos analiticamente. Objetivos Específicos A) Mostrar graficamente o perfil de tensão σx e da tensão de cisalhamento τxy ao longo da viga, respectivamente. B) Utilizando a malha menos refinada, traçar os gráficos que mostrem os diagramas de força cortante e momento fletor. Comparar com o método analítico. Comentar os resultados. C) Para os três tipos de malha, mostrar graficamente o perfil de tensão σx ao longo da altura (utilize o Path) da viga no ponto de máximo momento fletor. Comparar com a previsão do modelo análogo de flexão de viga da Resistência dos Materiais. Comentar os resultados. D) Para os três tipos de malha, mostre graficamente o perfil das tensões de cisalhamento τxy ao longo da altura (utilize o Path) para o ponto de máxima força cortante. Comparar com a previsão do modelo análogo de flexão de viga da Resistência dos Materiais. Comentar os resultados. Viga a ser analisada: Desenvolvimento: Foram feitas simulações no software Abaqus da viga em questão, utilizando-se de modelos de elementos finitos da viga com as seguintes malhas de elementos retangulares (utilizando o elemento do tipo casca CPS4R): i) 100 x 4 elementos ii) 100 x 6 elementos iii) 100 x 8 elementos Dados do material: E = 200 GPa e υ = 0,3; Após as simulações feitas, os resultados numéricos foram plotados no Excel em forma de tabelas e gráficos. A) 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51 56 61 66 71 76 81 86 91 96 1 0 1 T r u e D i s t a B) V(kN) Malha 100x4 80 60 40 20 0 -20 -40 -60 V(kN) 1 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51 56 61 66 71 76 81 86 91 96 10 1 Com o método analítico obtivemos as seguintes equações para a força cortante: Seção 1 (0 < x < 3) V(x) = −6,190 kN Seção 2 (3 < x < 8) V(x) = −26,190 KN Seção 3 (8 < x < 14) V(x) = −1,250x2+7,500x−37,440 kN Resultando no seguinte diagrama: E para o momento fletor obtivemos as seguintes equações: Seção 1 (0 < x < 3) M(x) = −6,190x kN. M Seção 2 (3 < x < 8) M(x) = −26,190x+30 kN. M Seção 3 (8 < x < 14) M(x) = −0,416x3+3,75x2−37,440x+41,25 kN. M Resultando no seguinte diagrama: Comparativo entre as duas curvas (analítica x simulador) Os gráficos ficaram muito parecidos, mostrando que o método analítico se aproxima muito de uma simulação menos refinada, obtendo resultados muito satisfatórios. Destaque para o ponto onde está o apoio de rolete que é também o ponto crítico, que no método analítico é uma constante e na simulação é uma reta que varia de acordo com a distância. Em relação ao momento fletor, novamente os gráficos estão muito próximos, apenas com uma diferença no início e no final com a simulação obtendo resultados que fogem da curva que obedece uma equação de 2ª ordem. Destaque também para o ponto de momento fletor máximo em que no método analítico é bem destacado e na simulação do Abaqus é mais suavizado. C) Tensão σx ao longo da altura da viga no ponto de máximo momento fletor. No método analítico foram utilizados apenas 5 pontos (0, 90, 180, 270, 370) para a determinação da tensão ao longo da altura, e momento fletor máximo de -180 kN. M. Os valores foram muito próximos para todas as malhas e também para o método
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