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2 GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL FUNDAÇÃO ESCOLA DE GOVERNO DE MATO GROSSO DO SUL ESCOLAGOV - MS PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS GERAIS MS PROJECT TEORIA, CONTEXTUALIZAÇÃO E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO CAMPO GRANDE-MS 2017 3 1. ORIENTAÇÕES PARA OS(AS) PARTICIPANTES Prezado(a) participante, É com muita satisfação que recebemos você na Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul – ESCOLAGOV. A seguir apresentamos algumas informações básicas de como proceder em algumas situações do seu dia-a-dia. O período em que você estiver conosco será marcado pela troca de experiências e aprendizagens. Assim como você, outras pessoas estarão freqüentando os cursos oferecidos nesta Instituição. Nossa equipe estará a sua disposição para quaisquer outros esclarecimentos quanto ao funcionamento da ESCOLAGOV. Seja bem-vindo! Estamos torcendo pelo seu sucesso. 1.1. Quem pode fazer os cursos da ESCOLAGOV? Os cursos do catálogo ESCOLAGOV, são destinados prioritariamente aos (as) servidores(as) públicos(as) estaduais, podendo, no entanto, caso a atividade esteja prevista em algum programa de parceria, ter parte de suas vagas destinadas a servidores municipais, federais ou a indicações da sociedade civil. 1.2. Qual é o custo dos cursos do Catálogo ESCOLAGOV para os(as) servidores(as)? Os cursos geralmente são gratuitos, tanto para servidores (as) efetivos (as) e comissionados (as), podendo, no entanto, ocorrer algum tipo de cobrança caso se verifique a necessidade de complementação de seus custos devido à insuficiência orçamentária. 1.3. Qual é a carga horária dos cursos? A carga horária dos cursos será de acordo com a área (turmas abertas) e a demanda das instituições (turmas fechadas). Os(As) instrutores(as) convocados(as) serão comunicados(as) com antecedência para adequar a carga horária de acordo com a demanda. 1.4. Onde encontrar informações sobre a programação de cursos? No site www.escolagov.ms.gov.br, acessando o link “cursos”, o interessado encontrará o catálogo de cursos com as datas, horários e carga horária. 1.5. Como fazer as inscrições? Para se inscrever o (a) interessado (a) deve procurar o(a) Coordenador de Capacitação do seu órgão e preencher a ficha de inscrição. 4 Somente serão aceitas as fichas enviadas pelos(as) Coordenadores de Capacitação. A inscrição não garante a participação no curso. O(A) interessado(a) deverá aguardar a confirmação da matrícula por e-mail. 1.6. Quais são as regras para a participação nos cursos? Para a participação nos cursos devem ser observadas as seguintes regras: A freqüência mínima exigida para certificação é de 75% da carga horária total dos cursos. Somente as disciplinas transversais podem ser justificadas e o servidor(a) será orientado para fazer a disciplina em outro curso. O cumprimento da carga horária destinada aos temas transversais é obrigatório para a certificação. Quando o(a) servidor(a) já tiver participado de alguma disciplina transversal, deverá comunicar a coordenação do curso, por escrito, quando e em qual curso foi cumprida a carga horária. Em caso de desistência do curso o(a) servidor(a) deverá imprimir o Formulário de Justificativa da Desistência, encontrado no site www.escolagov.ms.gov.br, preenchê-lo, solicitar a assinatura pela chefia imediata e entregar na Fundação Escola de Governo. Sem esse procedimento o(a) servidor(a) perderá, por um prazo de 02 (dois) anos, a oportunidade de matricular-se em outro curso oferecido na ESCOLAGOV. Em caso de desistência em até 03 (três dias) antes do início do curso, o(a) servidor(a) NÃO precisa apresentar uma justificativa formal, MAS deverá entrar em contato com a coordenação do curso para informar a desistência. Caso ele(a) não faça a comunicação, incidirá as penalidades de desistente sem justificativa. O certificado será expedido em até 30 dias após a conclusão do curso e o(a) servidor(a) deverá retirá-lo na ESCOLAGOV. A avaliação da aprendizagem será processual e definida pelo(a) instrutor(a) no plano de curso. Em alguns cursos o aproveitamento dos(as) participantes será avaliado mediante uma média final. Os dirigentes dos órgãos públicos serão informados a respeito do aproveitamento que seus respectivos servidores obtiverem nos cursos. 1.7. Como obter o material didático (apostilas, livros, textos) usados nos cursos? As apostilas e textos ficam disponibilizados no site www.escolagov.ms.gov.br, acessando o link “cursos” para os(as) servidores(as) matriculados(as) nos cursos. Os(As) mesmos(as) deverão imprimir o seu material e encaderná-los quando for o caso. 5 GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL FUNDAÇÃO ESCOLA DE GOVERNO DE MATO GROSSO DO SUL ESCOLAGOV - MS PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E OPERACIONAIS MS PROJECT 2016 CAMPO GRANDE-MS 2017 6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 9 1. O MS Project .................................................................................................................... 10 1.1. O que é .......................................................................................................................... 10 1.2. Características Básicas ................................................................................................ 10 1.3. A Tela Principal ........................................................................................................... 11 2. Criando um Projeto Simples ............................................................................................. 12 2.1. Criando um Novo Projeto e Entrando com os Dados .............................................. 12 2.2. O Gráfico de Gantt ...................................................................................................... 14 2.3. O Diagrama de Rede (ou Rede de Precedências)...................................................... 16 2.4. Salvando os Dados ....................................................................................................... 17 3. Criando um Projeto Simples (continuação) ...................................................................... 17 3.1. A Tela Informações da tarefa ..................................................................................... 17 3.2. Adicionando Anotações às Tarefas ............................................................................ 18 3.3. Alterando Dados de Entrada ...................................................................................... 19 3.4. Alterando a Constituição de uma Tabela .................................................................. 20 3.5. Emitindo Relatórios ..................................................................................................... 20 3.6. A Visualização “Calendário” ...................................................................................... 21 3.7. Criando uma Linha de Base ....................................................................................... 22 4. A Duração do Projeto ....................................................................................................... 23 4.1. Cálculos de Datas no MS Project ...............................................................................24 4.2. Caminho Crítico .......................................................................................................... 25 4.3. O Calendário de Trabalho .......................................................................................... 26 4.4. Relações de Dependência entre Tarefas .................................................................... 28 4.5. Tarefas Recorrentes (Repetitivas ou Periódicas) ...................................................... 29 4.6. Divisão da Tarefa ......................................................................................................... 31 4.7. Restrição de Datas ....................................................................................................... 31 4.8. Data Limite ................................................................................................................... 33 4.9. Visualizando os Controladores (Drivers) da Tarefa ................................................ 33 4.10. Reduzindo a Duração de um Projeto ....................................................................... 34 5. Organizando o Projeto ...................................................................................................... 35 5.1. Tarefa de Resumo ........................................................................................................ 35 5.2. Marcos (Milestones) ou Etapas .................................................................................. 36 6. Usando Recursos - Parte I ................................................................................................ 37 6.1. Definições Preliminares ............................................................................................... 38 6.2. Atribuindo Recursos ................................................................................................... 39 6.3. Gráficos e Visualizações .............................................................................................. 41 6.4. Relatórios Disponíveis para Recursos ....................................................................... 43 7. Usando Recursos - Parte II ............................................................................................... 43 7.1. A Planilha de Recursos ............................................................................................... 44 7.2. Atribuindo Recursos ................................................................................................... 45 7.3. A Caixa de Diálogo Atribuir Recursos ...................................................................... 48 7.4. A Caixa de Diálogo Informações sobre o Recurso ................................................... 48 7.5. A Caixa de Diálogo Informações sobre a Atribuição ............................................... 49 8. Duração versus Recursos .................................................................................................. 50 8.1. Tipos de Tarefas .......................................................................................................... 50 8.2. Uso do Campo Tipo de Tarefa Padrão ...................................................................... 51 7 8.3. Uso do Campo Controlada pelo empenho ................................................................. 53 8.4. A Tabela Trabalho ...................................................................................................... 54 8.5. Utilizando Percentuais ................................................................................................ 54 8.6. Uso Parcial do Recurso ............................................................................................... 55 8.7. O Calendário de Recursos .......................................................................................... 56 9. Custos ............................................................................................................................... 57 9.1. Trabalhando com Custos Fixos .................................................................................. 57 9.2. Trabalhando com Custos em Recursos ..................................................................... 58 9.3. Definições Preliminares ............................................................................................... 58 10. Custos Fixos ................................................................................................................. 59 10.1. Um Exemplo de Aplicação de Custo Fixo ............................................................... 59 10.2. Relatórios, Gráficos e Visualizações ........................................................................ 60 10.3. Uso do Ícone Estatísticas ........................................................................................... 63 11. Custos em Recursos ...................................................................................................... 63 11.1. Fornecendo Dados ao MS Project ............................................................................ 64 11.2. Outras Opções de Fornecimento de Dados ............................................................. 68 11.3. Solicitando Relatórios ............................................................................................... 69 11.4. Uso do Ícone Estatísticas ........................................................................................... 70 12. Tempo: Executando um Projeto Simples ..................................................................... 70 12.1. Revendo a Linha de Base do Projeto ....................................................................... 70 12.2. Fornecendo Dados de Execução de Tempo ............................................................. 71 12.3. Apagando Dados de Execução .................................................................................. 77 12.4. Uso de Caixas de Diálogo .......................................................................................... 77 12.5. Novas Opções de Cálculo .......................................................................................... 78 13. Tempo: Executando um Projeto Simples (continuação) .............................................. 79 13.1. Comparando Dados Atuais com Linha de Base: o Gantt de Controle ................. 79 13.2. Uso de Indicadores Gráficos ..................................................................................... 80 13.3. Replanejando o Projeto ............................................................................................. 82 14. Recursos: Execução ...................................................................................................... 83 14.1. Fornecendo Dados de Execução ............................................................................... 84 14.2. Exemplo: Acompanhamento da Execução .............................................................. 85 14.3. Acompanhamento Periódico ..................................................................................... 86 14.4. Uso de Indicadores Gráficos ..................................................................................... 87 15. Custos Fixos: Acompanhamento da Execução ............................................................. 88 15.1. A Tabela Custo .......................................................................................................... 88 15.2. As Definições Preliminares ....................................................................................... 89 15.3. Fornecendo Dados de Execução do Projeto ............................................................ 90 15.4. Relatórios de Acompanhamento de Custos ............................................................. 91 15.5. Uso de Indicadores Gráficos .....................................................................................91 15.6. Uso do Ícone Estatísticas ........................................................................................... 92 15.7. Atualização Periódica de Custos .............................................................................. 92 16. Custos em Recursos: Acompanhamento da Execução ................................................. 93 16.1. Definições Preliminares ............................................................................................. 94 16.2. Fornecendo Dados de Execução ............................................................................... 94 16.3. Relatórios de Acompanhamento .............................................................................. 96 16.4. Uso de Indicadores Gráficos ..................................................................................... 97 16.5. Acompanhamento Periódico ..................................................................................... 98 16.6. Acompanhamento pelo Ícone Estatísticas ............................................................... 98 17. Superalocação de Recursos .......................................................................................... 98 17.1. Um Exemplo ............................................................................................................... 99 8 17.2. Localizando Recursos Superalocados .................................................................... 101 17.3. Substituição de Recurso .......................................................................................... 102 17.4. Trabalhando em Hora Extra .................................................................................. 103 17.5. Modificando o Período de Trabalho de um Recurso............................................ 104 18. Nivelamento de Recursos ........................................................................................... 104 18.1. Nivelamento Efetuado pelo Usuário ...................................................................... 104 18.2. Nivelamento Efetuado pelo Programa ................................................................... 106 18.3. Retirando o Nivelamento ........................................................................................ 109 18.4. Escolhendo a Melhor Estratégia ............................................................................ 109 19. Múltiplos Projetos ...................................................................................................... 110 19.1. Subprojetos .............................................................................................................. 110 19.2. Trabalhando com o Projeto Mestre ....................................................................... 115 19.3. O Conjunto de Recursos (Resource Pool) ............................................................. 115 20. O Organizador ............................................................................................................ 118 20.1. O Organizador ......................................................................................................... 118 9 INTRODUÇÃO O escopo desta apostila é ajudá-lo (a) a familiarizar-se com as principais práticas das ferramentas para o planejamento e acompanhamento de projetos, situando o MS Project Professional 2016 no contexto da Gestão de Projetos. Baseado nas melhores práticas de utilização, a apostila mostra como obter o máximo do software e mostrando o ambiente, processos específicos e ferramentas a serem utilizadas para planejar, executar e controlar de maneira eficaz seus projetos e subprojetos, aumentando de forma significativa as probabilidades de sucesso e conclusão das atividades conforme prazos, custos e escopo previamente estabelecidos. 10 1. O MS Project 1.1. O que é O MS Project, da Microsoft, é um dos mais populares entre os programas atualmente existentes. Sua versão inicial rodava no ambiente DOS e foi lançada em 1985. A principal característica deste programa sempre foi a facilidade de uso. Assim, apesar de nem sempre ter oferecido o “estado-da-arte” no assunto gerenciamento de projetos, sua simplicidade de uso atraía simpatizantes, mesmo em empresas que também utilizavam outros softwares mais poderosos para a mesma finalidade. Com o passar do tempo, a Microsoft foi tornando-o cada vez mais poderoso e, atualmente, ele já rivaliza com os melhores programas existentes. Seu aspecto visual, constituído de um conjunto de planilhas e gráficos que permitem muita facilidade de manuseio, continua imutável. 1.2. Características Básicas Dentre os inúmeros recursos que o programa oferece, no que se refere a aspectos de gerenciamento de projetos, destacam-se: Geral Baseia-se no modelo Diagrama de Rede (ou diagrama de precedências): as tarefas do projeto são criadas na forma de blocos interligados, formando uma rede. Utiliza tabelas no processo de entrada de dados. Existe um conjunto padrão de tabelas e o usuário pode criar suas próprias tabelas. Em muitas situações, um Gráfico de Gantt é gerado automaticamente, auxiliando o processo de entrada de dados. Aceitam-se relações de precedências entre tarefas do tipo Fim-Início, Início- Início, Fim-Fim e Início-Fim. Permite tarefas recorrentes (ocorrem de forma repetitiva). Por exemplo, em um projeto pode-se planejar a realização de reuniões todas as segundas-feiras. Permite estabelecer níveis hierárquicos por meio de “tarefas de resumo”. Este aspecto é muito útil na criação da Estrutura Analítica do Projeto (EAP). Permite uso de subprojetos. Possui recursos para agrupar, filtrar e classificar tarefas. Possui um conjunto padrão de relatórios e o usuário pode criar seus próprios. Tempo (datas e folgas) O cálculo da rede é feito automaticamente com a entrada de dados. Esta opção pode ser desativada, caso conveniente. Permite definição de “semana de trabalho”, expediente de trabalho e feriados. O cálculo da rede pode ser feito “do início para o fim” ou “do fim para o início”. Permite uso de “datas programadas” para as tarefas. Permite uso do modelo probabilístico. Recursos 11 Os recursos são ligados diretamente às tarefas. Existem dois tipos de recursos: trabalho (pessoal ou equipamento) e material. Permite redistribuição de recursos (ou nivelamento de recursos), manual ou automático. Custos Os custos são ligados diretamente às tarefas na forma de custos fixos ou indiretamente na forma de custos dos recursos. 1.3. A Tela Principal Ao se ativar o MS Project (ambiente Windows), surge a tela inicial do programa que tem o formato da figura abaixo. Figura 1.1: Tela Inicial do MS Project. 1. Menu principal: é a barra tradicional dos produtos da Microsoft que contém comandos tipo “cortina”. Todos os comandos do MS Project são encontrados aqui. Os mais usados aparecem também nas Barras de Ferramentas e na Barra de Modos na forma de ícones. 2. Barra de Ferramentas: contêm ícones para os comandos mais utilizados pelo usuário. Podem ser modificadas pelo usuário. 3. Coluna de identificação da tarefa: o MS Project numera automaticamente as tarefas criadas e coloca a identificação nesta coluna. 4. Área de tabelas: neste espaço são colocadas as diversas tabelas do banco de dados do MS Project. 5. Área Gráfica: aqui aparecem as visualizações gráficas, tais como o Gráfico de Gantt. 1 2 3 4 5 6 7 12 6. Escala de Tempo: esta escala pode ser reduzida ou ampliada pelo usuário. 7. Barra Separadora Vertical: pode ser movida para a esquerda ou direita, permitindo visualizar melhor a porção gráfica ou as outras colunas da área de dados. 2. Criandoum Projeto Simples 2.1. Criando um Novo Projeto e Entrando com os Dados Inicialmente, deve-se informar que se está iniciando um novo projeto. Efetue: Clique em Arquivo no menu principal e escolha Novo, depois Projeto vazio (surgirá uma tela como a Figura 1.1). Observe que a parte gráfica da tela está preparada para começar o projeto na data correspondente ao dia em que se está utilizando o computador. Visto que a data de início do projeto deste exemplo é 05/06/17, devemos fornecer esta informação da seguinte forma: o Clique em Projeto + Informações do Projeto; o Forneça 05/06/17 no campo Data de início (Figura 2.1). Clique em OK. Figura 2.1: Tela “Informações sobre o projeto”. A seguir o programa vai para a tela de entrada de dados. Inicialmente é necessário ampliar a parte visível da planilha para comportar também a coluna de predecessoras e, para isto, basta arrastar a barra separadora vertical existente ao lado da coluna Início. Projeto: “Construção de uma Pequena Casa” Código Descrição Duração (Semanas) Predecessoras 1 Preparo do terreno 2 --- 2 Fundações 3 1 3 Alvenaria 3 2 4 Esgotos 1 2 5 Telhado 5 3 6 Piso 1 4 7 Instalações Elétricas 3 5 8 Instalações Hidráulicas 4 5 9 Portas e Janelas 6 5; 6 10 Pintura Interna 8 7; 8; 9 11 Pintura Externa 2 9 12 Limpeza 1 10; 11 Agora leve o cursor até cada campo da planilha e digite os dados, tal como mostrado na Figura 2.2. Por exemplo, para fornecer os dados da primeira linha coloque o cursor no campo Nome da Tarefa da linha 1 e digite o texto mostrado na 13 coluna “Descrição” da tabela mostrada acima. Observe que você NÃO DEVE DIGITAR os dados constantes das colunas Início (data de início) e Término (data de término): eles serão calculados automaticamente pelo programa. No capítulo 4 (item 4.7) abordamos as situações em que podemos preencher os campos Início e Término desta tabela. Algumas observações são importantes: Na coluna Predecessoras utilizou-se ponto e vírgula (;) para separar diversos itens. Na coluna Duração usou-se “s” para significar semana. As opções são: o m: minutos o h: horas o d: dias o s: semanas o me: meses Ao final, a tabela de dados deve ter um formato conforme a Figura 2.2. Figura 2.2: Entrando com Dados. Após a entrada de dados, o Gráfico de Gantt tem o formato da Figura 2.3. Neste gráfico alterou-se a definição da escala de tempo; a principal mostra meses e a secundária indica semanas. Este tópico é explicado no item 2.2. 14 Figura 2.3: O Gráfico de Gantt. Padronização de Procedimentos A Tela Opções A entrada de dados pode ser facilitada pela criação de “padrões” de uso do MS Project, por meio da tela Opções. Para acessá-la, clique no menu Arquivo seguido de Opções. Dentre as opções, merece destaque, neste momento, a padronização da unidade de duração das tarefas, visto que o padrão do MS Project é “Dias” e, para o exemplo anterior, o conveniente seria usar “Semanas”. Para alterar este padrão, após acessar a tela Opções, clique em Cronograma e altere convenientemente o campo “Duração inserida em”. Por exemplo, conforme padrão inicial, sempre que se clicar “2” na coluna duração, o programa entende “2 dias”. Após a alteração sugerida acima, sempre que se clicar “2” na coluna duração, o programa entende “2 semanas”. Para este novo cenário, desejando-se informar que a duração de uma tarefa é de 3 dias deve-se digitar “3d”. Outra opção a ser utilizada refere-se ao tipo de tarefa: na mesma tela anterior preenche-se o campo “Tipo de tarefa padrão” como “Duração fixa”, ou seja, sua duração não é modificada por alterações na quantidade de recursos (este assunto será novamente abordado nos capítulos sobre recursos). Aproveite a oportunidade e navegue pelas opções disponíveis para ir se familiarizando com elas. O Período de Trabalho No MS Project as informações de duração de uma tarefa pressupõem que ela vai utilizar um determinado calendário (especificação da semana de trabalho, expediente e feriados). O calendário chamado de Padrão (Standard) deste programa baseia-se nos seguintes dados: A semana começa no domingo e termina no sábado. Os dias de trabalho vão de segunda-feira até sexta-feira. Os dias de não-trabalho são o sábado e o domingo. O expediente de trabalho é composto de 9:00 às 12:00 e 13:00 às 18:00. Nenhum feriado. Para os nossos exemplos, foi efetuada a alteração no dia de início da semana para segunda-feira (veja campo “A semana começa no (a)” da tela Arquivo + Opções + Cronograma). A consequência desta informação aparece na visualização da escala de tempo do Gráfico de Gantt, conforme se pode verificar. Por exemplo, o gráfico da Figura 2.3 mostra a semana “12” no mês “Jun 17”, que significa a semana que se inicia em 12/06/17 (uma segunda-feira). As outras informações fornecidas acima serão abordadas no capítulo 4 (item 4.3). Por enquanto é suficiente informar que os dados de um calendário qualquer podem ser alterados (clicando-se em Projeto + Alterar Período de Trabalho) ou podem-se construir outros calendários. 2.2. O Gráfico de Gantt Após digitar todos os dados, pode-se visualizar o Gráfico de Gantt, conforme se viu na Figura 2.3. Esta figura mostra uma visualização gráfica com uma escala de tempo diferente da padrão (em que a unidade de tempo é o dia). Usando a escala de tempo padrão não se consegue visualizar todo o projeto em uma única tela. Para 15 visualizar todo o gráfico em uma única tela, pode-se aumentar o espaço para a parte gráfica (ou diminuir a porção da parte da tabela), movendo a barra separadora vertical (por exemplo, tal como se fez na Figura 2.3). Outra opção é alterar a escala de tempo. A Escala de Tempo Para alterar a escala de tempo temos as seguintes opções: Usar comandos do menu principal: o Clique em Exibir no menu principal. o No grupo Zoom, clique no botão Projeto Inteiro. Usar os botões Ampliar e Reduzir do botão Zoom. Alterar diretamente na escala: o Dê um duplo clique em qualquer ponto da escala de tempo para se obter uma tela semelhante à Figura 2.4. Ou, então, coloque o cursor sobre a escala de tempo, clique com o botão direito e escolha Escala de tempo. Observe que a escala pode ter até três níveis (no caso de versões do MS Project anteriores a 2002 somente podemos ter dois níveis) e a escolha da quantidade de níveis é feita na seção Opções de escala de tempo. O default é trabalhar com dois níveis. Efetue, então as seguintes alterações (supondo-se apenas dois níveis): Na porção Camada intermediária: Unidades = Meses Contagem = 1 Na porção Camada inferior: Unidades = Semanas Contagem = 1 (significa o “tamanho do salto” entre duas entradas na Escala secundária. Caso se faça Contagem = 2, após a semana de 5/Jun/17 seria mostrada a semana de 19/Jun/17). Figura 2.4: Alterando a Escala de Tempo. 16 2.3. O Diagrama de Rede (ou Rede de Precedências) Para se visualizar a rede de precedências (chamada de Diagrama de Rede no MS Project), clique no ícone Diagrama de Rede da Barra de Modos ou então clique em Exibir no menu principal e escolha Diagrama de Rede. Use os botões Ampliar e Reduzir para focalizar o desenho dentro da tabela. Após obter uma tela como a Figura 2.5, você pode percorrer as tarefas deste diagrama utilizando as teclas com setas no teclado de seu computador. Figura 2.5: O Diagrama de Rede (Diagrama de Precedências). Botão Direito do Mouse O botão direito do mouse é válido também para o Diagrama de Rede: basta clicar em qualquer posição vazia da porção gráfica (Figura 2.5). Assim, pode-sealterar o conteúdo de um bloco, suas cores, tamanho, etc. Por exemplo, desejando-se alterar o tamanho de cada bloco do diagrama, faça: Dê um clique no botão direito do mouse, estando o cursor em qualquer ponto vazio da área gráfica e escolha Estilos de Caixa. Figura 2.6: Acionando o Botão Direito do Mouse com o Diagrama de Precedências. 17 Imprimindo o Diagrama de Rede Para imprimir, clique em Arquivo + Imprimir. Personalizando o Diagrama de Rede Para personalizar o Diagrama de Rede, coloque o cursor num ponto vazio, clique no botão direito do mouse e efetue as alterações desejadas. 2.4. Salvando os Dados Neste ponto podem-se salvar os dados que foram fornecidos. Para isto, efetue: Clique em Arquivo e escolha Salvar. Forneça o nome do arquivo (Tempo1.mpp). Clique em OK. Salvando Automático O usuário pode preparar o MS Project para efetuar salvamento automático. Para isto clique em Arquivo + Opções + Salvar e preencha os minutos de “Salvar automaticamente a cada”. Formato e Caminho Padrão para Salvamento O usuário pode especificar um formato padrão (por exemplo: Projeto) e um caminho padrão para salvamento. Para isto, clique em Arquivo + Opções + Salvar. 3. Criando um Projeto Simples (continuação) Vamos agregar mais informações de planejamento ao exemplo Tempo1.mpp criado no capítulo anterior. Na Figura 3.1 temos a visualização do Gráfico de Gantt. A tabela ali presente tem o nome de Entrada (confirme este dado em Exibir + Tabelas). Mostraremos, neste capítulo, como fornecer informações, utilizando a tela “Informações da tarefa” e como manipular as tabelas de entrada de dados e emitir relatórios. Finalmente mostraremos o importante conceito Linha de Base. Figura 3.1: O Gráfico de Gantt. 3.1. A Tela Informações da tarefa Uma forma simples de acessar simultaneamente diversas informações importantes de uma tarefa selecionada é fornecida pela tela Informações da tarefa (Figura 3.2), que pode ser ativada por meio de um duplo clique na linha da tarefa 18 desejada, ou sobre um bloco no Diagrama de Rede. Pode ainda ser acessada clicando-se no ícone Informações ( ) do grupo Propriedades. Neste conjunto de telas cada “orelhinha” relaciona-se com um tipo de dados. Experimente percorrer cada uma delas. A seguir passamos a comentar a “orelhinha” Anotações. Figura 3.2: Acessando mais informações sobre a tarefa Instalações Elétricas. 3.2. Adicionando Anotações às Tarefas A técnica de adicionar comentários ou anotações às tarefas é bastante útil, pois permite complementar o texto inserido na coluna Nome da Tarefa. Para efetuá- la, deve-se ir até a tela Informações da tarefa (veja Figura 3.2). Observe, nesta tela, que existe uma “orelhinha” chamada Anotações. Ao ser clicada, ela ativa uma tela conforme a Figura 3.3. Esta tela também pode ser acionada clicando-se no ícone Anotações da Tarefa ( ) da barra de ferramentas. 19 Figura 3.3: Acessando detalhes sobre a tarefa Instalações Elétricas. O recurso “inserir anotações” tem muitas aplicações. Por exemplo, ele contribui para se reduzir o tamanho de uma rede, evitando-se a criação de uma rede com uma grande quantidade de tarefas que mostram pequenos detalhes, sujeita a erros e de uso difícil no processo de execução do projeto. Assim, em lugar de criar diversas tarefas, pode-se criar uma única e escrever, no campo de comentários, dados sobre como a tarefa deve ser realizada. Obviamente, não se deve utilizar este recurso quando é fundamental a criação de outras tarefas. Na Figura 3.3 mostram-se os comentários que foram inseridos para a tarefa “Instalações Elétricas”. Observe, na Figura 3.1, que a coluna Indicadores na linha 7 possui um símbolo. Quando encostamos o cursor neste símbolo, parte das anotações correspondentes é automaticamente mostrada. O recurso “Anotações” pode também ser usado para inserir lembretes, pendências, designar pessoas, etc. As anotações podem ser impressas em relatórios, conforme mostramos à frente na Figura 3.5. Importante: qualquer que seja o uso de Anotações, seu conteúdo não tem nenhum efeito no cálculo da rede. 3.3. Alterando Dados de Entrada A alteração de dados de uma rede é realizada na própria tabela de dados. Alguns comentários são importantes: Alterando dados de uma célula Para alterar conteúdo de uma célula de dados basta levar o cursor ao campo e digitar novamente os dados. Desejando efetuar uma pequena alteração no conteúdo de um campo, conservando o restante, basta colocar o cursor na posição desejada dentro do próprio campo e digitar a correção. Apagando uma linha de dados Para apagar uma linha de dados, coloque o cursor na coluna de identificação da tarefa e clique em Delete. Preenchendo um conjunto de células com o mesmo conteúdo Para preencher um conjunto de células na vertical com o mesmo conteúdo, preencha inicialmente a primeira célula. A seguir, temos as opções: Destaque todas as células abaixo (inclusive a que foi preenchida) e clique no grupo Edição em Preencher + Para Baixo. Ou, então, arraste para baixo o sinal + existente no canto direito inferior da célula. 20 3.4. Alterando a Constituição de uma Tabela Uma tabela é constituída de colunas (veja a tabela Entrada na Figura 3.1) e cada coluna está associada a um campo do banco de dados do MS Project. Por exemplo, a coluna cujo título é “Nome da Tarefa” está associada ao campo “Nome”. Podemos facilmente alterar o título de uma coluna: basta clicar com o botão direito do mouse em cima do título da coluna, selecionar Configurações de Campo e alterar o campo Título da tela Configurações de Campo (veja Figura 3.4). Além disso, as tabelas de um projeto podem sofrer as seguintes alterações: Inclusão de novas colunas. Exclusão de colunas. Figura 3.4: Tela Definição de coluna. 3.5. Emitindo Relatórios O MS Project permite imprimir uma série de relatórios (veja Figura 3.5). Clique na guia Relatório e depois no ícone desejado. Figura 3.5: Tela de Escolha de Relatórios. Painéis: o Burndown o Tarefas Futuras o Visão Geral do Custo o Visão Geral do Projeto o Visão Geral do Trabalho Recursos: o Recursos Superalocados 21 o Visão Geral do Recurso Custos o Fluxo de Caixa o Relatório de Valor Agregado o Saturações de Custos o Visão Geral do Custo da Tarefa o Visão geral de Custo do Recurso Em Andamento o Relatório de Marco o Tarefas Adiadas o Tarefas Atrasadas o Tarefas Críticas Para imprimir um dos relatórios acima, faça: Clique na guia Relatório. Escolha a classe de relatório desejado (veja Figura 3.5). Selecione o relatório desejado. Clique em Imprimir no topo da tela. Figura 3.6: Relatório Tarefas atrasadas. Estes relatórios podem ser bastante úteis para gerenciar um projeto. Por exemplo, na Figura 3.6 mostra-se o relatório Tarefas atrasadas. Um relatório sempre está associado a uma tabela: alterando-se a constituição de uma tabela, os relatórios associados serão automaticamente alterados. Além disso, pela criação de novas tabelas, novos relatórios podem ser facilmente criados. O conteúdo do cabeçalho também pode ser alterado. 3.6. A Visualização “Calendário” Dentre as visualizações possíveis, tem-se ainda o Calendário (Figura 3.7), que mostra o que é executado em cada semana do projeto. Seu formato pode ser alterado, bastando, para isto, que se dê um duplo clique na porção que se deseja alterar. Para acessá-lo, clique no ícone Calendário ( ) da Barra de Modos ou, então, clique em Tarefa (menu principal), grupo Exibir e Calendário.22 O Calendário da execução é uma forma bastante conveniente de exibição para pequenos projetos, visto possuir uma estreita semelhança com as tradicionais agendas de anotações manuais. Figura 3.7: A Visualização Calendário da Execução. 3.7. Criando uma Linha de Base No MS Project, o termo Linha de Base (Baseline) é utilizado para se referir a um conjunto de dados do projeto que foi arquivado em campos especiais para servir de comparação quando o projeto tiver sofrido alterações ou estiver em andamento. Em outras palavras, estes dados ficarão “congelados” no banco de dados. Para criar uma Linha de Base, clique em Projeto (menu principal), grupo Cronograma e, depois no ícone Definir Linha de Base (Figura 3.8). A partir da versão 2002 é possível salvar até 11 versões de Linhas de Base. É possível também apagar o conteúdo de qualquer uma das 11 linhas de base (clique em Projeto (menu principal), grupo Cronograma e, depois em Definir Linha de Base, escolha Limpar Linha de Base). Estes procedimentos podem ser feitos para o projeto inteiro ou apenas para tarefas selecionadas. A Linha de Base principal pode ser utilizada para se efetuarem comparações entre planejado e realizado (veja capítulo 13). 23 Figura 3.8: Salvando Linha de Base. 4. A Duração do Projeto Após fornecer os dados das tarefas de um projeto, desejamos saber qual a sua duração global. Esta informação encontra-se disponível na tela Estatísticas, que pode ser obtida clicando-se em Projeto + Informações do Projeto + Estatísticas. Conforme mostrado na Figura 4.1, temos as seguintes informações para o projeto Tempo1.mpp. Início: 05/Jun/2017 Término: 15/Dez/2017 Duração: 28 semanas Figura 4.1: Dados sobre o projeto Tempo1.mpp na tela Estatísticas. 24 Para efetuar o cálculo de datas, o MS Project usa as informações fornecidas na tela Informações sobre o projeto, que é mostrada sempre que se clica em Projeto + Informações do Projeto (Figura 4.2). Figura 4.2: Data de início do projeto. As opções de cálculo são comandadas pelo campo Agendar a partir de, cujas opções são: Data de início do projeto: Fica também disponibilizado o campo Data de início, e o campo Data de término não fica disponibilizado. Data de término do projeto: Fica também disponibilizado o campo Data de término, e o campo Data de início não fica disponibilizado. Geralmente se trabalha com a opção Agendar a partir da data de início do projeto, que, por sinal, é a opção default. O significado dos outros campos é o seguinte: Data atual: data de hoje. Data de status: data da coleta dos dados de andamento (tempo e custos). Calendário: calendário a ser utilizado para todas as tarefas do projeto (semana de trabalho, expediente de trabalho e feriados). Prioridade: prioridade do projeto para o caso de alocação de recursos. 4.1. Cálculos de Datas no MS Project No MS Project, as principais datas de planejamento de uma tarefa são as seguintes: Início: início mais cedo. Término: término mais cedo. Início atrasado: início mais tarde. Término atrasado: término mais tarde. Estas informações são mostradas na tabela Cronograma (clique em Exibir + Tabelas + Cronograma), conforme vemos na Figura 4.3: 25 Figura 4.3: As principais datas de uma tarefa. Para calcular as datas acima, o MS Project tem duas opções, dependendo do que foi fornecido no campo Agendar a partir de (Figura 4.2): Fornecer Data de início do projeto: inicialmente o programa calcula as primeiras datas das tarefas do início para o fim do projeto, tomando como ponto de partida o valor fornecido para Data de início do projeto. A seguir, o cálculo das últimas datas é feito do fim do projeto para o início e baseia- se na maior data das últimas tarefas, obtida no processo de cálculo da primeira etapa. Fornecer Data de término do projeto: inicialmente o programa calcula as últimas datas das tarefas do fim para o início do projeto, tomando como ponto de partida o valor fornecido para Data de término do projeto. A seguir, o cálculo das primeiras datas é feito do início para o fim do projeto e baseia-se na menor data das primeiras tarefas, obtida no processo de cálculo da primeira etapa. Este método pode ser alterado, dependendo de solicitação do usuário, conforme veremos no item 4.2 a seguir. Além das datas acima, o MS Project fornece também dois valores para as folgas das tarefas (Figura 4.3): Margem de atraso permitida: Folga livre. Margem de atraso total: Folga total. 4.2. Caminho Crítico Chamamos de caminho crítico àquela sequência de tarefas que define a duração do projeto. As tarefas críticas possuem valor nulo para Margem de atraso total. No MS Project é possível informar que devem ser consideradas como críticas todas as tarefas cujo valor de Margem de atraso total fiquem abaixo de um determinado valor. Veja a tela Arquivo + Opções + Avançado, campo “Tarefas são críticas quando a margem de atraso é menor ou igual a x dias” (Figura 4.4). Múltiplos Caminhos Críticos 26 Em todos os exemplos vistos até agora, uma rede sempre se encerrou com uma única tarefa. Quando se têm diversas tarefas de encerramento, costuma-se dizer que ela possui diversos “caminhos de encerramento”. É ainda comum apenas um deles definir a duração do projeto: ele constitui o caminho crítico. Os outros, por se encerrarem antecipadamente, possuem uma folga quando comparados com o caminho crítico. Esta situação (existência de folga em “caminhos de encerramento”) geralmente não agrada ao gerente do projeto, que deseja gerenciar como críticos todos os caminhos que chegam ao final do projeto. O MS Project contempla esta necessidade. Podem-se ter as seguintes opções de cálculo das “datas atrasadas” para os diversos caminhos que chegam ao final: Utilizar, para todas as “últimas tarefas”, a maior data de término encontrada entre todas as “últimas tarefas” da rede; Utilizar, para cada “última tarefa”, a sua própria data de término. Neste caso tem-se a situação denominada “múltiplos caminhos críticos”. Para ativar uma ou outra opção acima, deve-se ativar ou não o campo Calcular vários caminhos críticos da tela obtida pelo menu Arquivo + Opções + Avançado (Figura 4.4). Figura 4.4: Escolhendo opções de cálculo. 4.3. O Calendário de Trabalho Você pode ter reparado que os dados de duração das tarefas do exemplo “Construção de uma Casa”, no capítulo anterior, foram fornecidos em semanas, sendo que uma semana significa cinco dias úteis, para o exemplo Tempo1.mpp. Algumas informações adicionais podem ser apresentadas agora. Para se analisar que o MS Project chama de Período de Trabalho ou Calendário, efetue: Clique em Projeto. Selecione Alterar Período de Trabalho. A tela também permite criar novos períodos de trabalho ou alterar os existentes. O software oferece três opções de período de trabalho ou calendários: “Padrão”, “24 Horas” e “Turno da Noite” que podem ser utilizados como base para novos calendários. O calendário “Padrão” se baseia nos seguintes dados: 27 A semana útil vai de segunda a sexta-feira (observe que as colunas de sábado e domingo estão em cor cinza); Não há feriados; O dia útil tem os seguintes expedientes de trabalho: o 09:00 às 12:00 o 13:00 às 18:00 As definições acima são válidas para todo o projeto, a menos de exceções: Podemos introduzir dias não úteis (feriados, descanso, férias coletivas, etc.); Podemos alterar o expediente de trabalho; Podemos alterar a semana de trabalho. Figura 4.5: O Calendário Padrão.Criação de Dias Não-úteis Considere um novo exemplo, Feriado.mpp (Figura 4.5), no qual informamos como feriado o dia 15 de junho de 2017. Para isto, clique em Projeto + Alterar Período de Trabalho. Localize a data 15/06/17 e veja a aba Exceções na qual se fornece o nome do feriado (veja o lado esquerdo da Figura 4.5). A seguir, clique em Detalhes e, na tela obtida (veja o lado direito da Figura 4.5) veja que se trata de um dia do tipo “Folga”. Alteração da Semana de Trabalho Outro exemplo interessante e útil é mudar a semana de trabalho. Por exemplo, para incluir o sábado como dia útil de trabalho no calendário do projeto Feriado.mpp, faça: Tal como anteriormente, clique em Projeto + Alterar Período de Trabalho; Clique no primeiro sábado deste projeto (no caso trata-se do dia 10/06/17); Na parte inferior da tela (aba Exceções), coloque alguma informação (Trabalha-se aos sábados); Clique em Detalhes e, na tela obtida, informe: 28 o O Período de trabalho (08:00-12:00, 13:00-17:00). o O Padrão de recorrência (Semanalmente, repetindo todo sábado). o Informe as datas de início (10/06/17) e término (23/12/17) da periodicidade. Finalmente, não se esqueça de informar na tela Arquivo + Opções + Cronograma que a semana de trabalho deste projeto contém 48 horas. Esteja atento para as implicações do conceito de calendário. Suponha, por exemplo, que, no exemplo Feriado.mpp, se tenha uma tarefa de três dias de duração (ou seja, deve-se preencher o campo Duração com 3d), iniciando-se na sexta-feira e usando o calendário do projeto. Portanto, ela vai se encerrar na segunda da semana seguinte, já que se trabalha aos sábados, mas não se trabalha aos domingos. Caso o calendário não previsse o trabalho aos sábados, ela iria se encerrar na terça-feira. Observação Importante: é possível, ainda, informar que uma tarefa deve ser executada na forma de “dias corridos”, sem ser necessária a alteração do calendário. No caso do exemplo anterior, deve-se escrever 3dd no campo Duração da citada tarefa: agora, tendo começado na sexta-feira, ela vai terminar no domingo. Quem pode fazer referência a calendários: As seguintes entidades podem fazer referência a um calendário: Projeto (Figura 4.2): todas as tarefas do projeto seguem o mesmo calendário, definido na tela Informações sobre o projeto. Tarefas: existem situações em que determinadas tarefas somente podem ser realizadas em certos dias ou, então, não podem ocorrer em determinados momentos de uma semana. Neste caso, um calendário especial deve ser criado para estas tarefas, conforme instruções mostradas anteriormente. O fornecimento do calendário que uma tarefa deve seguir é feito no campo Calendário da aba Avançado na tela Informações da tarefa. Recursos: podemos ter o caso de alguns recursos obedecerem a calendários próprios (este assunto será abordado na parte “Recursos”). Pode ocorrer a situação em que uma tarefa possui um calendário próprio e os recursos a ela alocados possuem outros calendários, não havendo total semelhança entre eles. Neste caso, o software pode usar o calendário mais restritivo. 4.4. Relações de Dependência entre Tarefas O MS Project permite os seguintes tipos de relações de dependência entre tarefas (Figura 4.6): Término-a-Início (TI) Início-a-Início (II) Término-a-Término (TT) Início-a-Término (IT) 29 A relação Término-a-Início é a padrão e já foi mostrada no capítulo 2. O fornecimento de qualquer tipo de relacionamento existente entre duas tarefas, diferente de Término-a-Início, pode ser feito conforme explicado a seguir. Fornecendo diretamente o tipo de relacionamento e o retardo Preencha a coluna Predecessoras da planilha Entrada, dando a informação do Tipo de relacionamento e do Retardo. Assim, para informar que existe uma dependência do tipo Início-a-Início entre as tarefas C e D com uma defasagem de um dia, preenche-se a coluna Predecessoras, conforme a Figura 4.6, onde se lê 4II+1 dia (linha 5). Ou, então, dê um clique na linha da tarefa para obter o conjunto de telas Informações da tarefa. Ative a “orelhinha” Predecessoras e preencha convenientemente os campos (Figura 4.7). Figura 4.6: Relações de Dependência entre as Tarefas. Fornecendo inicialmente um relacionamento Término-a-Início Uma opção muito utilizada é fornecer inicialmente um relacionamento tipo Término-a-Início e, a seguir, alterar para outro tipo de relacionamento e fornecer o retardo. A seguir basta ativar o conjunto de telas “Informações sobre a tarefa” e preencher os dados corretamente na orelhinha “Predecessoras”, conforme mostrado na Figura 4.7. Figura 4.7: Fornecendo predecessoras. 4.5. Tarefas Recorrentes (Repetitivas ou Periódicas) Outra característica possível de um projeto é conter tarefas que podem se repetir com uma certa frequência. Como exemplos, citam-se: 30 Reuniões mensais. Manutenções periódicas. O arquivo Tempo2.mpp contém este caso (Figura 4.9). O MS Project permite que se forneçam os seguintes dados para uma tarefa recorrente (veja Figura 4.8): Periodicidade: diária, semanal, mensal, anual. Duração da tarefa (campo Duração). Período de tempo em que isto pode ocorrer (campos Início e Termina em). Para criar uma tarefa repetitiva, efetue (veja Figura 4.8): Coloque o cursor no local onde se deseja a inserção da tarefa repetitiva. Insira uma tarefa repetitiva: vá até Tarefa (menu principal) e escolha Tarefa periódica no ícone Tarefa. Preencha os dados conforme desejado. Figura 4.8: Criando uma tarefa repetitiva. Para modificar os dados de uma tarefa repetitiva, coloque o cursor na linha da tarefa repetitiva, vão até Tarefa (menu principal) e escolha Informações da Tarefa. A tarefa recorrente mostrada na Figura 4.9 (“Reuniões Mensais”) pertence ao projeto Tempo2.mpp. Figura 4.9: Tarefa Recorrente. Após ser criada a tarefa recorrente, é ainda possível alterar as datas de suas componentes da seguinte forma: 31 Solicite expandir a tarefa recorrente (clique no sinal da linha 13). Altere o conteúdo da coluna Início. 4.6. Divisão da Tarefa O recurso Dividir tarefa (quebra da tarefa) é muito útil em situações nas quais uma mesma tarefa é executada descontinuamente no tempo. Para quebrar uma tarefa em diversas partes, efetue (Figura 4.10, exemplo Dividida.mpp): Clique no ícone Dividir Tarefa ( ) da barra de ferramentas. Observe que o cursor muda de formato. Leve o cursor até o ponto da tarefa que se deseja quebrar e dê um clique. A tarefa será quebrada em duas, com um intervalo de um dia útil entre elas. Arraste a tarefa partida para onde desejar. Figura 4.10: Dividindo a tarefa. Sugerimos não utilizar este recurso indiscriminadamente, mas apenas nas situações em que é realmente necessário. Um exemplo: quando desejamos efetuar apropriação dos custos dos recursos alocados. Do contrário, é mais conveniente usar uma única duração, abrangendo todo o “espaço de tempo” em que a tarefa é executada. 4.7. Restrição de Datas É comum em um projeto a situação em que uma tarefa não pode começar/terminar em qualquer data, mas, sim, possui uma data específica para início ou término, diferente do valor calculado pela rede PERT (Project Evaluation and Review Technique): são as chamadas datas programadas ou cravadas. Elas são muito comuns na representação de restrições contratuais. Para inserir datas programadas, deve-se ir à tela Informações da tarefa, guia Avançado, campos Tipo de restrição e Data da restrição. Veja na Figura 4.11, que introduzimos uma restrição do tipo Não iniciar antes de 07/Ago/17para a tarefa Telhado. 32 Figura 4.11: Inserindo restrições de datas nas tarefas. No campo Tipo de restrição tem-se as seguintes opções: Deve iniciar em: uma data deve ser fornecida no campo de data da restrição. Deve terminar em: uma data deve ser fornecida no campo de data da restrição. Não iniciar antes de: uma data deve ser fornecida no campo de data da restrição. Não iniciar depois de: uma data deve ser fornecida no campo de data da restrição. Não terminar antes de: uma data deve ser fornecida no campo de data da restrição. Não terminar depois de: uma data deve ser fornecida no campo de data da restrição. O Mais Breve Possível: opção padrão quando se calcula o projeto do início para o fim. Não necessita fornecimento de data. O mais tarde possível: opção padrão quando se calcula o projeto do fim para o início. Não necessita fornecimento de data. Colunas “Início” e “Término” da tabela Entrada Como sabemos, a tabela Entrada possui as colunas “Início” e “Término”, cujos valores são calculados pelo programa. No entanto, podemos inserir valores nestes campos, sobrepondo-os aos valores calculados, mas, quando digitamos uma data nestes campos, estamos introduzindo “restrição de datas”: Se digitarmos na coluna “Início”, passará a corresponder a “não iniciar antes de”. Se digitarmos na coluna “Término”, passará a corresponder a “não terminar antes de”. 33 Em determinadas situações, pode ser conveniente criar um projeto fornecendo diretamente as datas de início de cada tarefa na coluna Início, seguido do fornecimento da duração. Por meio delas, a montagem de um plano de ação fica muito simplificada quando se conhecem as datas em que as tarefas serão executadas ou não se conhecem os relacionamentos (predecessoras). Este procedimento pode ser adequado para pequenos projetos, nos quais não temos nenhuma preocupação com predecessoras (exemplo: projetos de pequenas melhorias em ambiente de produção) No entanto, é necessário muito cuidado com o seu uso. Abusar do uso destas colunas pode ser conveniente no processo de planejamento, mas pode se transformar numa “dor de cabeça” durante o acompanhamento. Motivo: por travarem a rede, elas impedem, por exemplo, que antecipações de execução se reflitam em tarefas posteriores, mesmo que existam relações de dependência. 4.8. Data Limite A partir da versão MS Project 2000, pode-se incluir uma data limite para as tarefas. Ela pode ser informada no formulário “Informações da tarefa” (veja no campo Data limite, na Figura 4.11, onde introduzimos Data limite = 13/Set/17 para a tarefa Telhado). Esta tarefa é indicada, na parte gráfica do Gráfico de Gantt, por uma seta ao lado da barra da tarefa, conforme vemos na Figura 4.9. A intenção desta data é apenas colocar um alerta visual na parte gráfica, para nos auxiliar no acompanhamento da execução. Caso, durante a execução ou replanejamento, ela seja desrespeitada, é mostrado um alerta na coluna Indicador. A Data limite tem pouco impacto no cálculo de datas da rede: sua função é visual e de alerta. Somente as tarefas que receberam a restrição do tipo “O mais tarde possível” não serão agendadas após a Data limite. 4.9. Visualizando os Controladores (Drivers) da Tarefa Um novo recurso disponibilizado a partir da versão 2007 é o painel de controladores da tarefa, que pode ser obtido clicando-se no ícone Inspecionar ( ) da barra de ferramentas padrão. Conforme a Figura 4.12 (na qual temos o painel driver para a tarefa Pintura Interna), podemos visualizar: Data de início previsto Restrições de Datas (veja capítulo 4, item 4.7) Figura 4.12: Drivers da tarefa Pintura Interna. Observe que, apesar de que a tarefa dependa de 3 outras, o driver somente mostrou uma: Portas e Janelas. Portanto o driver mostra aquela predecessora que tem o maior impacto na tarefa escolhida. Observe ainda que você pode clicar sobre o hypertexto onde se lê Portas e Janelas no lado esquerdo da tela. Assim procedendo, 34 o programa vai mostrar o driver para a tarefa Portas e Janelas. Desta forma é possível rastrear o principal caminho que fez originar a data de início da tarefa Pintura Interna. Este recurso é muito poderoso e sugerimos ao leitor experimentá-lo clicando em outras tarefas. 4.10. Reduzindo a Duração de um Projeto Chama-se de otimização da duração de um projeto a escolha de uma duração adequada que contemple: Disponibilidade de recursos. Obrigações contratuais ou da chefia. A duração global de um projeto geralmente é estimada antes de se montar a rede, com base na experiência prévia de outros projetos semelhantes. Com esta informação em mãos, parte-se para o processo de se criar a rede do projeto. Após ter sido criada a rede, lança-se os recursos necessários para cada tarefa, assim como as restrições de datas provenientes de contratos com fornecedores, férias de funcionários, etc. No final, a rede obtida deve atender à especificação de duração global solicitada pela alta administração. Este processo nem sempre é simples e, geralmente, enfrentam-se problemas, tais como: A duração do projeto excede a especificação inicial de duração global do projeto. Necessitamos, portanto, reduzir a duração do projeto. As necessidades de recursos excedem as disponibilidades de recursos (superalocação de recursos). Para reduzir a duração de um projeto no MS Project, deve-se atuar no seu caminho crítico. As seguintes opções estão disponíveis: Alteração da lógica de ligação das tarefas críticas pela transformação de algumas tarefas sequenciais em tarefas paralelas. Redução da duração de algumas tarefas críticas. Trabalho em horas-extras ou em finais de semana. Não devemos esquecer que a execução de uma tarefa depende dos recursos a ela atribuídos. Portanto, as opções mostradas acima têm implicações no plano de recursos do projeto. Alterando a Lógica de Ligação das Tarefas Críticas Para transformar duas tarefas sequenciais em tarefas paralelas deve-se atuar na relação de dependência entre elas. Assim, conforme mostrado na Figura 4.13, duas tarefas de duração total de 10 dias, com ligação “Término-a-Início”, podem, por exemplo, ter uma duração total de 7 dias caso se altere o tipo da ligação para “Início- a-Início” com retardo de 2 dias. Certamente, para que isto seja feito é necessário: O paralelismo entre elas não encontra restrições técnicas; Existência de recursos em quantidade suficiente. Diminuindo a Duração das Tarefas Críticas 35 A diminuição da duração de uma tarefa de um projeto pode ser feita simplesmente se alterando o valor do campo “duração”. Figura 4.13: Transformando tarefas sequências em tarefas paralelas. Trabalhando em Finais de Semana Para inserir esta condição nas tarefas do caminho crítico, temos as opções: Informar que a duração da tarefa é em “dias diretos”. Criar um calendário especial para as tarefas do caminho crítico. Trabalhando horas-extras Para inserir esta condição nas tarefas do caminho crítico, devemos fornecer a duração em horas e criar um calendário especial para as tarefas críticas. 5. Organizando o Projeto Até aqui vimos como fornecer um grupo de tarefas ao MS Project. Neste capítulo veremos que existem formas apropriadas de se efetuar este trabalho. Serão vistas as seguintes características adicionais do MS Project, para uso com o gerenciamento de tempo: Tarefa de Resumo. Marcos (milestones) ou Etapas. 5.1. Tarefa de Resumo Tarefa de Resumo é um recurso para se montar uma rede criando estruturas hierárquicas entre as tarefas. Veja o exemplo Tempo3.mpp (Figura 5.1), no qual a tarefaTelhado é decomposta em suas constituintes pelo uso desta técnica. Costuma- se dizer que a tarefa que se decompõe em outras possui um nível maior que elas (por exemplo, diz-se que a tarefa Telhado está no primeiro nível e que suas constituintes estão no segundo nível). Para criar uma Tarefa de Resumo deve-se obedecer aos seguintes procedimentos: Incluir, na planilha Entrada, todas as tarefas de nível menor logo após a tarefa de nível maior (neste exemplo, incluíram-se as tarefas de número 6 a 15, após a tarefa Telhado). Destacar todas as tarefas de menor nível. Para fazer isto, efetue: o Clique na primeira tarefa de menor nível e mantenha o botão esquerdo do mouse apertado. o Arraste o cursor até a última tarefa de menor nível (todo o conjunto deve ficar destacado em preto). o Libere o botão do mouse. 36 Ir até a guia Tarefa e clicar no ícone “Recuar Tarefa” (seta para a direita). Figura 5.1: Tarefa de resumo. Observe a duração da tarefa Telhado, passa agora a ser definida pelas suas constituintes. Importante: a duração de uma tarefa de resumo é controlada pela duração de suas constituintes. O processo para desfazer é semelhante, usando o ícone “Recuar Tarefa para a Esquerda”. O manuseio de tarefas de resumo é controlado pelo conjunto de ícones: A seta para a direita permite criar uma indentação, ou seja, as tarefas destacadas passam a ser vistas como pertencentes à tarefa não destacada imediatamente anterior. A seta para a esquerda desfaz o processo anterior. O ícone com o sinal faz com que fiquem escondidas (não aparecem na tela ou nos relatórios) ou apareçam as subtarefas das tarefas destacadas. Obtendo Numeração Sequencial das Tarefas Observe com atenção a Figura 5.1, pode-se notar que, além do código de cada tarefa, existe uma numeração sequencial adiciona. Por esta numeração, por exemplo, a tarefa “Colocação das Tesouras” recebe o número “5.1”. Este recurso é muito adequado quando se trabalha com hierarquização. Para obter este efeito, efetue: Clique na guia Formato das Ferramentas do Gráfico de Gantt. Marque a opção Número da Estrutura de Tópicos no grupo Mostrar/Ocultar. 5.2. Marcos (Milestones) ou Etapas Em um projeto podem-se escolher algumas tarefas como representativas do início ou fim de certa fase do projeto: estas tarefas são chamadas de marcos ou 37 milestones (a tradução da Microsoft para o português contempla o tempo Etapa). Veja, no exemplo da Figura 5.1, a tarefa “Telhado Pronto” é um marco utilizado para mostrar o encerramento da fase “Telhado”. O MS Project possui um tratamento especial para estas tarefas: existe um relatório próprio para elas e o Gráfico de Gantt mostra os marcos de uma maneira destacada: um losango com a data ao lado. Para assinalar como marco uma tarefa, clique no ícone “Informações da Tarefa” da barra de ferramentas, ou então efetue: Dê um duplo clique na linha da tarefa. Na tela Informações da tarefa (Figura 5.2), escolha Avançado. Na tela obtida, clique no campo “Marcar tarefa como marco”. Figura 5.2: Solicitando marcos pela tela Informações da tarefa. Duração Zero Outra maneira bastante simples de criar marcos no MS Project é utilizar duração zero: qualquer tarefa de duração 0d é automaticamente entendida como marco. Esta forma é a mais utilizada. Obtendo o Relatório de Etapas (Marcos ou Milestones) Para obter o relatório Etapas, efetue: Clique em Relatório no menu principal. Escolha a categoria Em Andamento. Escolha Relatório de Marco. 6. Usando Recursos - Parte I Projetos são executados por meio de recursos, sejam eles pessoas, equipamentos ou materiais. Usam-se recursos do MS Project com as seguintes finalidades: 38 Designação de recursos humanos a diversas tarefas, com a finalidade de acompanhar as responsabilidades; Designação de recursos humanos a diversas tarefas, com a finalidade de acompanhar as necessidades; Distribuição de recursos humanos (existentes em quantidade limitada) entre as tarefas para melhor dividir a carga de trabalho, tal como ocorre em escritórios de engenharia em que diversos projetos estão sendo executados simultaneamente; Nivelamento de recursos, ou seja, a manutenção de uma certa constância do uso do recurso no tempo; Contabilização de custos de recursos, para gerenciar este importante aspecto. Tipos de Recursos No MS Project os recursos são ligados às tarefas e podem ser dos seguintes tipos: Trabalho (como pessoas ou equipamentos); Material (como cimento, tijolos, cadeiras, etc). Custo (a partir da versão 2007; um exemplo: pagamento de mensalidade por aluguel de algum equipamento). Os dois primeiros tipos são afetados pelo tipo de calendário. Lembre-se, conforme abordado inicialmente que temos três tipos de calendários: do projeto, da tarefa e do recurso. O último tipo de recurso (recurso de custo) não é afetado pelo calendário, conforme veremos no capítulo “Custos Fixos”. Vamos, a seguir, mostrar como fornecer recursos a um projeto. 6.1. Definições Preliminares Como sempre convém ao se criar um novo projeto, devem-se estabelecer antecipadamente as definições preliminares que serão válidas para todo o projeto. No caso de recursos, são importantes as seguintes definições: Tipo de tarefa relativamente à carga de recursos e duração; Como fornecer quantidade de recursos. Tipo de Tarefa Relativamente à Carga de Recursos e Duração No MS Project as tarefas podem ser classificadas como pertencentes aos tipos mostrados a seguir (veja Arquivo + Opções + Cronograma, campo Tipo de tarefa padrão), e que têm influência direta na duração da tarefa (Figura 6.1). Unidades Fixas: uma vez fornecida a quantidade de recursos para a tarefa, ela não mais se altera pela alteração da duração da tarefa. Duração Fixa: uma vez fornecida a duração da tarefa, ela não mais se altera pelo fornecimento de recursos adicionais. Trabalho Fixo: uma vez fornecido o trabalho para executar a tarefa, ele não mais se altera. Alterando-se a duração, altera-se automaticamente a necessidade de recursos. 39 Além dos campos acima, temos também na mesma tela Arquivo + Opções + Cronograma (Figura 6.1), a opção “Novas tarefas são controladas pelo esforço”, que implica pequena alteração na forma de usar as opções anteriores Unidades Fixas ou Duração Fixa. Todos estes aspectos serão detalhados no capítulo 8 (Duração versus Recursos). Figura 6.1: Definições Preliminares. Forma de Fornecimento da Quantidade de Recursos No MS Project as quantidades de recursos podem ser fornecidas de duas formas (veja Arquivo, Opções, Cronograma, campo “Mostrar unidades de atribuição como”, Figura 6.1): Porcentagem: os valores são fornecidos na forma percentual. Por exemplo, pode-se informar que o recurso Pedreiro de uma tarefa estará dedicado a ela durante 50% de seu tempo total diário. Assim, ele vai trabalhar a metade de seu calendário de trabalho. Por exemplo, se o calendário de trabalho prevê 8h/dia, ele vai trabalhar 4h/dia, e assim por diante. Decimal: os valores fornecidos se referem a quantidades inteiras com fração. Por exemplo, pode-se dizer que se necessita de 2,5 galões de tinta para a tarefa pintura. Outro exemplo: pode-se dizer que se necessita de 0,5 pedreiro para realizar a tarefa. O leitor deve ter observado que estas duas formas são equivalentes: tanto faz fornecer 0,5 pedreiro como 50%. O uso de uma ou outra forma depende da conveniência de linguagem. 6.2. Atribuindo Recursos Considere o exemplo Rec1.mpp, em que todas as tarefas utilizam diversos recursos.A data de início deste projeto é 08/05/17. As definições preliminares são as seguintes (veja Figura 6.1): Duração inserida em: Semanas; 40 Tipo de tarefa padrão: Duração Fixa; Mostrar unidades de atribuição como: Decimal; Desative a opção “Novas tarefas são controladas pelo esforço”. ENTRANDO COM OS DADOS DO PROJETO Na tabela seguinte mostram-se os dados necessários ao projeto. Cod Nome Dur (s) Dependências Recurso 1 Visitar Cliente 1 Pedro 2 Efetuar Venda 1 1 Pedro 3 Instalar Produto 2 2 João 4 Testar Produto 1 3 João 5 Receber 1 4 Pedro Tal como foi feito nos exemplos anteriores, vamos, inicialmente, usar a planilha Entrada para fornecer dados de entrada. ATRIBUINDO RECURSOS ÀS TAREFAS A Coluna Nomes de Recursos da Tabela Entrada A associação de recursos e tarefas foi feita na coluna Nomes dos recursos da tabela Entrada (Figura 6.2, na qual, por conveniência, excluíram-se as colunas Início e Término). Figura 6.2: Tabela Entrada. No caso deste exemplo, em que cada tarefa tem um único recurso, esta é a forma mais adequada e eficiente. Em casos de projetos médios ou grandes, nos quais se utiliza uma expressiva quantidade de recursos, existem outras maneiras mais eficientes de se realizar esta função. A Caixa de Diálogo Informações da tarefa Uma destas maneiras é pela planilha de recursos existente na caixa de diálogo Informações da tarefa (dê um duplo clique na linha de cada tarefa, escolha a orelhinha Recursos). Veja a Figura 6.3. Finalmente a Figura 6.4 mostra o Gráfico de Gantt com os recursos alocados. No próximo capítulo mostramos outra maneira de alocar recursos. 41 Figura 6.3: Entrando com recursos na tela Informações da tarefa. Figura 6.4: O projeto após recursos alocados. 6.3. Gráficos e Visualizações O MS Project fornece diversos gráficos e visualizações relativos aos recursos de um projeto. GRÁFICO DE NECESSIDADE DE RECURSOS Logo após a entrada de dados de recursos, é conveniente conferir o Gráfico de Recursos (veja Figura 6.5). Para obter este gráfico podemos concluir que o recurso Pedro está alocado a tarefas nas semanas 8-Mai, 15-Mai e 12-Jun. Para obter este gráfico, efetue: Clique em Exibir no menu principal e selecione Gráfico de Recursos em Outros Modos de Exibição; Na tela que surgir, efetue as seguintes alterações na escala de tempo (caso necessário): o Camada intermediária: Meses; o Camada inferior: Semanas. Movimente a barra de rolagem horizontal para mostrar o intervalo de tempo em que o recurso é envolvido (procure o mês Maio 2017). O gráfico deve ter o formato da Figura 6.5. Para ver a alocação dos outros recursos, utilize as teclas Page Up e Page Down do teclado. 42 Figura 6.5: Gráfico de Recursos. VISUALIZAÇÃO USO DO RECURSO Outra visualização bastante útil é a da Figura 6.6, pois mostra um visual semelhante ao Gráfico de Gantt em que temos as tarefas designadas a cada recurso e a correspondente carga semanal de trabalho. Para obter a Figura 6.6, efetue: Clique em Exibir no menu principal; Escolha Uso dos Recursos em Uso do Recurso. Figura 6.6: Uso dos Recursos. Por esta visualização, notamos que o recurso “Pedro” possui três tarefas a ele alocadas e que a tarefa “Visitar Cliente” consumirá 40 horas na semana de 08/05/2017. VISUALIZAÇÃO USO DA TAREFA Veja agora a Figura 6.7: ela é bastante semelhante à Figura 6.6. A diferença reside em que a primeira vem sequenciada por recursos e essa por tarefas (Figura 6.7). Para obtê-la clique em Exibir + Uso da Tarefa. 43 Figura 6.7: Uso da Tarefa. 6.4. Relatórios Disponíveis para Recursos São os seguintes: (clique em Relatório no menu principal e escolha Recursos): Recursos Superalocados. Visão Geral do Recurso, veja Figura 6.8. Figura 6.8: Relatório Visão Geral do Recurso. 7. Usando Recursos - Parte II No capítulo anterior se analisou como fornecer recursos ligados a tarefas, e a sequência obedecida foi: Criaram-se inicialmente as tarefas; Forneceram-se os recursos para cada tarefa utilizando a coluna Nomes dos recursos da tabela Entrada ou, então, a planilha existente na caixa de diálogos Informações da tarefa. Um aspecto não abordado no capítulo anterior foi a Planilha de Recursos: sempre que se utilizam recursos ela está presente. Serão também vistas neste capítulo as caixas de diálogo Informações sobre o recurso, Informações sobre a atribuição e a tabela Trabalho. 44 7.1. A Planilha de Recursos Carregue novamente o exemplo Rec1.mpp e acesse Planilha de Recursos (Exibir + Planilha de Recursos). A tela obtida tem o formato da Figura 7.1. Figura 7.1: A Planilha de Recursos. Para o caso dos procedimentos mostrados no capítulo anterior, esta tabela foi sendo criada automaticamente pelo programa, no exato momento em que se forneceu cada recurso a cada tarefa na coluna Nomes dos recursos da tabela Entrada. O significado das colunas desta planilha é o seguinte: Nome do recurso: autoexplicativo. Tipo: o Trabalho: ative esta opção para recursos reutilizáveis, como: pedreiro, engenheiro, trator, tratorista, Sérgio, etc. o Material: use esta opção para recursos não-reutilizáveis (consumíveis), como: tinta, cimento, tijolo, etc. o Custo: use esta opção quando desejar informar um valor que se repete, tal como aluguel de um galpão. Unidade do Material: use este campo para melhor identificar o recurso material relativamente à unidade com a qual se está trabalhando. Por exemplo, no caso do recurso material “tijolo”, pode entrar com “milheiro” neste campo para dizer que a unidade básica é o milheiro, à qual se aplica o custo unitário. Iniciais: autoexplicativo. Grupo: nome do “Grupo de Recursos” a que o recurso se liga. Unid. máximas: quantidade disponível do recurso, aplicável a recursos reutilizáveis (trabalho). Podemos fornecer valores que variam no tempo e, para isso, devemos acessar o formulário Informações sobre o recurso (veja item 7.4). Calendário base: calendário de trabalho a ser obedecido pelo recurso. Campos restantes: estão relacionados com custos e serão vistos posteriormente. Recurso tipo “material” Relativamente ao tipo de recurso, podemos ainda acrescentar que recurso do tipo material se diferencia de recurso do tipo trabalho da seguinte forma: Não podemos associar um calendário ao recurso material. Não podemos atribuir sua disponibilidade total (campo Unid. máximas). Não podem ser redistribuídos. Não pode receber dado de “hora-extra”. O campo “Custo/uso” tem tratamento diferente. Além disso, os recursos do tipo material podem se classificar como “fixos” ou “variáveis” relativamente à forma como fornecemos o consumo do material: 45 Fornecemos uma quantidade “fixa” para casos em que conhecemos o total de material que será consumido na duração total da tarefa. Exemplo: 50 toneladas de aço. Fornecemos uma quantidade “variável” para casos em que conhecemos o consumo periódico do material. Exemplo: 20 sacos de cimento por semana. 7.2. Atribuindo Recursos Considere o exemplo seguinte (Rec2.mpp): Cód. Nome Dur. Dependências Recursos 1 Limpar Terreno 2 sem 2 Serventes (Sérgio e Salomão) 2 Erguer Muro 2 sem 1 2 Pedreiros (Pedro e Peterson) 3 Pintar 2 sem 2 1 Pintor (Ary) + 10 latas de tinta Suponha ainda que os seguintes recursos estão disponíveis: Grupo Tipo Disponibilidade Servente Trabalho Sérgio, Salomão, Sidney Pedreiro Trabalho Pedro, Peterson, Paulo Pintor Trabalho
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