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I Gerhard J. Tekes Gerenciamento de Projetos utilizando Conhecendo © 2001-2004 Gerhard Tekes Esta apostilha foi criado como material didático, acompanhando o curso Conhecendo Gerenciamento de Projetos utilizando MS-Project Professional para uso exclusivo em cursos ministrados pelo autor. O curso está formatado para uma duração de 28hs em regime interno ou respectivamente de 32hs em regime externo. O publico alvo é o publico geral. Após este curso, o profissional poderia participar do curso Dominando Gerenciamento de Projetos com MS-Project Professional, que está direcionado para profissionais da área, Engenheiros, Chefias, Assessores, Gerentes e Executivos entre outros, que participaram do 1o curso e adquiriam no mínimo 1-3 meses de pratica no uso do Soft MS-Project Professional. Para uma certificação junto ao PMI como PMP (Project Management Professional) sugerimos em seguinte o curso preparatório de 80hs, baseado no PMBOK da PMI. Sobre o author: Gerhard Tekes certificou-se como PMP em 1988 junto ao chapter Frankfurt e novamente em 2004, é associado do EDSIG. Grupo especial de estudos da área educacional, do SIGIT (TI), SIGPG (Petróleo e Gás) e SIGTP (Troublrd Projects). Ele fez como voluntário parte da equipe da verificação da tradução da 3ª edição do PMBOK para o alemão e do Architects team do projeto OPM3-2008, é graduado como Analista de Sistemas (Dipl. Informatiker) e como Eng. de economia e administração empresarial (Wirtschafts-Ingenieur). Gerhard Tekes atuou como Consultor e Gerente de Projetos comerciais, de construção, de engenheira e de TI em várias empresas de grande e médio porte em âmbito nacional e internacional e como Professor entre outros em cursos de MBA executivo da UCSal e de extensão na UFBa. © 2001-2005 Gerhard J. Tekes Aviso: Esta Apostilha é protegida por leis de direitos autorais. A reprodução ou distribuição não autorizada desta apostilha ou de qualquer parte dela, poderá resultar em severas punições civis e criminais. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste apostilha poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrita, do autor. Varias Marcas Registradas aparecem no decorrer desta apostilha. Mais do que simplesmente listar esses nomes e informar quem possui seus direitos de exploração, ou ainda imprimir os logotipos das mesmas, o autor declara estar utilizando tais nomes apenas para fins editorais, em beneficio exclusivo do dono da Marca Registrada, sem intenção de infringir as regras de sua utilização. Gerhard J. Tekes, Tekes & Associados Ltda. Project Management Services Salvador - Ba gerhard@tekes.name (71) 3367.0611 Sumário | I © 2001-2004 Gerhard Tekes SSUUMMÁÁRRIIOO Prefácio............................................................................ 7 Parte1 – Conceitos e definições.................................... 9 Capítulo 1 – Gerenciamento de Projetos O Projeto..................................................................................................................... 9 Administração de Projetos.......................................................................................... 10 O Ciclo de Vida........................................................................................................... 11 Pontos Chaves............................................................................................................ 13 Aspectos Quantitativos............................................................................................... 13 A Qualidade do Produto.............................................................................................. 13 Aspectos Organizacionais e Comportamentais.......................................................... 15 O Gerente de Projeto.................................................................................................. 15 Resumo...................................................................................................................... 16 Capítulo 2 – Técnicas de gerenciamento de Projetos Gráfico de GANTT...................................................................................................... 17 Crítical Path Method (CPM) ....................................................................................... 17 Program Evalution and Review Technique (PERT) ................................................... 18 Rede PERT/CPM........................................................................................................ 18 Definições................................................................................................................... 19 Recursos..................................................................................................................... 24 Custo........................................................................................................................... 24 Estrutura analítica de Projeto (EAP) .......................................................................... 25 Provável – Meta – Real.............................................................................................. 26 Capítulo 3 – Gerenciamento de Projetos e informática Por que utilizar Informática.......................................................................................... 27 Como utilizar o Software............................................................................................. 28 Teoria x Pratica........................................................................................................... 29 Orçamento................................................................................................................ 29 Formas de Apropriação de Custos........................................................................... 29 Nivelamento de Recursos........................................................................................ 29 II | Gerenciando Projetos utilizando MS-Project Professional © 2001-2004 Gerhard Tekes Parte II – Introdução ao MS-Project.............................. 32 Capítulo 4 – Filosofia do MS-Project Professional Tarefas, Recursos e Detalhamento........................................................................... 32 Capítulo 5 – os passos iniciais Iniciando o MS-Project............................................................................................... 34 Fazendo as Configurações iniciais (Propriedades / Opções) ................................... 36 Parte III – Planejamento.................................................. 37 Capítulo 6 – O pool de recursos Introdução.................................................................................................................. 37 Calendários................................................................................................................ 39 Cadastrando Recursos.............................................................................................. 41 Cadastrando Informações adicionais......................................................................... 42 Resumo...................................................................................................................... 43 Capítulo 7 – Criação de Projeto Introdução.................................................................................................................. 44 Criando um Projeto.................................................................................................... 44 Cadastrando Tarefas.................................................................................................48 Criando a EAP........................................................................................................... 49 Definindo um Prazo final............................................................................................ 49 Determinando Durações............................................................................................ 50 Determinando Precedências...................................................................................... 51 Indicando Calendários especiais............................................................................... 52 Determinando Restrições.......................................................................................... 53 Resumo...................................................................................................................... 54 Capítulo 8 – Visualização de Projeto Personalizando o Gráfico de GANTT......................................................................... 55 Ajustando as Graduações do Tempo......................................................................... 57 Personalizando o Diagrama de Rede........................................................................ 58 Resumo...................................................................................................................... 62 Capítulo 9 – Alocação de recursos Associando o Projeto a um Pool de Recursos........................................................... 63 Alocando Recursos às Tarefas.................................................................................. 65 Resumo...................................................................................................................... 68 Sumário | III © 2001-2004 Gerhard Tekes Capítulo 10 – Resolução de superalocações Localizando Superalocações...................................................................................... 69 Solucionando Superalocações administrativamente.................................................. 71 Utilizando o Nivelamento de Recursos....................................................................... 72 Resumo...................................................................................................................... 75 Capítulo 11 – Utilização de Tabelas Visualizando Tabelas.................................................................................................. 76 Tabelas de Tarefas..................................................................................................... 76 Tabelas de Recursos.................................................................................................. 79 Personalizando Tabelas............................................................................................. 81 Resumo....................................................................................................................... 83 Capítulo 12 – Determinação de metas Definindo as Metas do Projeto.................................................................................... 84 Visualizando o Gráfico de GANTT com Metas........................................................... 85 Resumo....................................................................................................................... 86 Parte IV – Acompanhamento......................................... 87 Capítulo 13 – Acompanhamento Tipos de Acompanhamento........................................................................................ 87 Obtendo Dados manualmente.................................................................................... 89 Lançando o Real......................................................................................................... 90 Realinhando o Projeto................................................................................................ 93 Tomando Medidas de Contingência........................................................................... 95 Resumo....................................................................................................................... 96 Capítulo 14 – Utilização de Filtros Aplicando Filtros......................................................................................................... 97 Filtros de Tarefas........................................................................................................ 98 Filtros de Recursos..................................................................................................... 100 Personalizando Filtros................................................................................................ 102 Resumo....................................................................................................................... 103 Capítulo 15 – Emissão de relatórios Gerando Relatórios..................................................................................................... 104 Resumo....................................................................................................................... 107 Capítulo 16 – Impressão Imprimindo no MS-Project Professional.................................................................................. 108 Resumo....................................................................................................................... 109 IV | Gerenciando Projetos utilizando MS-Project Professional © 2001-2004 Gerhard Tekes Anexo I Tabelas....................................................................................................................... 112 Anexo II Especificações do MS-Project Professional........................................................................... 115 Anexo III Modelos...................................................................................................................... 117 Anexo IV O que há de novo na versão 2000............................................................................. 140 Exercícios Labs ........................................................................................................................... 145 Prefácio | 7 © 2001-2004 Gerhard Tekes PPRREEFFÁÁCCIIOO Achar que softwares de Gerenciamento de Projetos são meros desenhadores de cronogramas é como afirmar que programas de planilha eletrônica como o MS-Excel são meros substitutos de calculadoras. Na verdade, softwares de Gerenciamento de Projetos são ferramentas poderosas para planejar, medir o realizado, recalcular o futuro e deliberar sobre medidas de contingência a serem tomadas para nos recuperamos de contratempos ou prejuízos ocasionais. Infelizmente há ainda muitas pessoas, que acham que não haverá Projetos na sua área de trabalho – o advogado, chefe do setor jurídico, que não entende que a sua sonhada normação de processos nada mais é do que um Projeto com tarefas, durações e uma meta final. O coordenador de cursos, que acha que não tem tempo para aprender gerenciamento de Projetos, não entendendo que essa falta de tempo é conseqüência da sua falta de competência relativo ao planejamento e controle dos Projetos que ele chefia, ..... Um Eng. de uma empresa de mineração nordestina se tornou fá absoluto do Gerenciamento de Projetos após constatar na 1a aplicação do MS-Project no planejamento da troca dos cabos na mina uma redução de 5,5 dias de parada na mina para realização daquele projeto de manutenção; antes a duração era de 12 dias, com um planejamento com MS-Project alcançou-se 6,5 dias. Como foi feito uma documentação minuciosa do projeto, incluindo, como forma de relatório audiovisual, filmagens em vídeo, e a divida avaliação dos resultados (previsto – meta – real), na 2a troca de cabos, o prazo foi reduzido mais ainda para 4,5dias. Como cada dia de parada daquela mina significa uma falta de produção de US$120.000,00,consegui-se diminuir o prejuízo de US$1,44mi para US$540.000,00 ou uma melhora na produção em US$900.000,00. Outro obstáculo na divulgação deste ramo da ciência de administração é a altamente desenvolvida capacidade de improvisação nos paises latinos, especialmente no Brasil. A palavra jeito não tem equivalente em nenhum outro idioma. O jeitinho brasileiro, que reflete a capacidade inata que nós temos de sobrepujar problemas imediatos, ganhou tal apelo cultural que é ainda pouco comum vermos empresas usando coerentemente o Planejamento como uma arma eficaz para garantir o seu futuro. Mas com o avanço da globalização se torna inevitável criar um planejamento, acompanhamento e controle eficaz para evitar a desqualificação da empresa no mercado e com isso a falência. Não é mais tolerável um estouro de 50%-100% nos prazos e/ou orçamentos ou até 100%-200% em Projetos militares ou empresas estaduais ou orgões federais. Para assegurar a competitividade precisamos chegar aos 5%-20% hoje comuns no mercado mundial. 8 | Gerenciando Projetos utilizando MS-Project Professional © 2001-2004 Gerhard Tekes Neste curso mostraremos passo a passo o gerenciamento de um Projeto, seu planejamento inicial, a definição das metas, o acompanhamento e a elaboração de relatórios. O gerenciamento de múltiplos Projetos, de Projetos consolidados, o tratamento avançado de tarefas e recursos, a elaboração de formulários e o trabalho com campus calculados se encontra no escopo do curso Dominando Gerenciamento de Projetos utilizando MS-Project Professional. Na primeira parte do curso apresentaremos de uma forma sintética as principais técnicas e métodos de Gerenciamento de Projetos para criar um conceito comum sobre o tema. Para aprender o uso de uma ferramenta precisamos primeiro dominar o contexto do uso da mesma. Capítulo 1 – Gerenciamento de Projetos | 9 © 2001-2004 Gerhard Tekes Capítulo 1 - Gerenciamento de Projetos O Projeto Neste contexto a palavra Projeto será usado para designar um empreendimento não repetitivo no sentido da palavra inglesa Project. Alguma confusão pode surgir visto que o termo Projeto é usado no Brasil para outros objetivos como p. ex. na área do Direito ou da Administração –Projeto de uma lei- e na área de Engenharia para designar especificações técnicas –Projeto de um avião-. No ultimo caso, para o qual a palavra correspondente em inglês é design, a confusão é maior, visto que o design é uma das etapas de um Projeto. O termo programa é, algumas vezes, usado como sinônimo de Projeto, sendo, todavia, mais empregado para designar um empreendimento de longa duração, geralmente composto de mais de um Projeto. Podemos conceituar Projeto como sendo: “Um empreendimento único e não-repetitivo, de duração determinada, formalmente organizado e que congrega e aplica recursos visando o cumprimento de objetivos preestabelecidos.” Em outro lugar se utiliza a definição: “Um Projeto é um conjunto de atividades inter-relacionadas que tem um fim por objetivo. Neste conjunto de atividades, ou em uma atividade especifica, o fim é mais importante que o começo ou o seu desenvolvimento, pois é lá que se encontra a meta ou o objetivo.” Em função da definição acima, se alguém trabalha pulando de uma emergência ou crise para outra, não se beneficiará do MS-Project Professional, pois esta pessoa não tem um Projeto, ou de forma mais polemica: o seu Projeto e o Projeto do fracasso. PARTE 1: CONCEITOS E DEFINIÇÕES © 2001-2004 Gerhard Tekes Alguns exemplos típicos de Projetos são: • Construção de um prédio • Reforma de um prédio • Manutenção de um alto-forno • Lançamento de um produto • Realização de uma operação militar • Promoção de uma convenção • Realização de um casamento Administração de Projetos A administração de Projetos é um ramo da ciência da Administração que trata do planejamento e controle de Projetos. Administrar um Projeto significa, resumidamente, planejar a sua execução. O planejamento do Projeto significa o estabelecimento de metas e objetivos, a definição das tarefas a serem realizadas e o sequenciamento das tarefas baseadas nos recursos necessários e disponíveis. O controle do Projeto significa a medição do progresso e da performance através de um sistema ordenado e preestabelecido. Ações corretivos são tomadas sempre que necessárias. Um bom planejamento implica que um Projeto poderá ser executado em prazo e custo menores. Segundo Kerzner: “A alta velocidade em que ocorrem transformações tanto na tecnologia como nos mercados consumidores tem criado enormes pressões nas formas organizacionais existentes. A estrutura tradicional e altamente burocrática e a experiência tem mostrado que ela não consegue dar uma resposta suficientemente rápida a um ambiente em constantes mutações. Assim, a estrutura tradicional deve ser substituída pela estrutura de administração de Projetos, ou outra estrutura de administração temporária, que são altamente orgânicas e podem responder com rapidez às situações criadas dentro e fora da companhia.” A administração de Projetos é uma técnica que parte do bom senso de que as coisas não acontecem conforme o previsto; portanto o objetivo fundamental não é acertar passo a passo todo o Projeto, mas sim tê-lo sob rígido controle, pois desta forma, os problemas apresentam-se concretos e palpáveis e acertar o objetivo final torna-se conseqüência do bom gerenciamento destes problemas. Uma frase de muita sabedoria diz: “Gerenciamento de Projetos é a arte de dar respostas ruins a problemas que tratados de outras formas teriam respostas ainda piores” (Thomas Saaty) Capítulo 1 – Gerenciamento de Projetos | 11 © 2001-2004 Gerhard Tekes O Ciclo de Vida Diferenciamos dois ciclos de vida, o do Projeto e o do gerenciamento do mesmo. Um Projeto nasce, apresentando se na forma de uma idéia traduzido mais como uma esperança do que como uma realidade, cresce -tomando uma forma bem delineada-, esta sendo executado, mostrando a realidade da sua implementação, e chega a sua conclusão, contrapondo a expectativa do planejamento e a realidade da execução. No Gerenciamento de Projetos encontramos um ciclo de vida que reflete o ciclo de vida do Projeto alvo. Nossas empreitadas podem ter duas conotações distintas: podem ser aventuras ou Projetos. A intenção principal é reduzir ao mínimo a questão da imponderabilidade do futuro. “Se quiseres conhecer o invisível abra bem os olhos para o visível” (Helena Petrovna Blavatsky) “O pior dos erros é não prever” (Sun Tse) O ciclo de vida do gerenciamento de um Projeto pode ser dividido em: Planejar: Planejamento Estratégico que define os objetivos do Projeto, risco, retorno, exeqüibilidade e viabilidade. Olhando a floresta invés das árvores ou quando se pergunta: ‘Vale a pena fazer o Projeto?’ Planejamento Tático onde se procura olhar com maior detalhe, ou seja olhando “para as árvores”, se perguntando: • Quais são as atividades necessários para executar o Projeto? • Quanto tempo? • Quais os recursos humanos, financeiros e técnicos necessários, e quais são os disponíveis? • Como será atingido o objetivo definido? Acompanhar e Registrar: Por melhor que seja o planejamento, as coisas nunca acontecem como previsto. Gerenciamento de Projetos não é para chorar leite derramado, mas sim, para correr atrás das metas. É preciso medir os prazos e custos reais. © 2001-2004 Gerhard Tekes Controlar: Uma vez registrados os desvios das programações, analisa e discute-se com os executantes as medidas a tomar para reprogramar os serviços e redirecionar o Projeto aos objetivos previstos no Planejamento. Infelizmente a avaliação final de resultados muitas vezes não esta sendo levado a serio, anilando assim o efeito de aprendizado. A pratica tem mostrado que existe uma curva de aprendizado onde a maturação do profissionalse da mais em função do numero de Projetos gerenciados e avaliados do que pelo tempo. A assimilação da experiência é tanto mais eficiente se ao final de cada Projeto analisarmos as decisões tomadas, os erros cometidos, a performance, de forma que pelo menos estas questões tenham retorno: • Comparação entre as durações estimadas e reais das tarefas • Avaliação de quão bem os recursos foram dimensionados • Avaliação dos imprevistos, das medidas de contingência tomadas, e como se precaver no futuro • Avaliação da produtividade. Negligenciando esta ultima etapa do Projeto, a eficácia no gerenciamento de Projeto não evoluirá significativamente. “Nenhum Projeto é um fracasso total. Ele serve pelo menos como um mau exemplo.”“. (anônimo) Planejar Acompanhar e Registrar Controlar Capítulo 1 – Gerenciamento de Projetos | 13 © 2001-2004 Gerhard Tekes Pontos chaves Para se conseguir conduzir um Projeto com sucesso há que se conhecer bem suas próprias características, assim como as da organização onde o mesmo está sendo realizado. Segundo Kerzner: “Uma efetiva administração de Projetos requer conhecimentos de: • Técnicas e ferramentas quantitativas • Estruturas organizacionais • Comportamento organizacional” E segundo Archibald: “Os aspectos chaves para a realização de um Projeto são: • Responsabilidade centralizada no gerente do Projeto • Planejamento e controle integrado Aspectos quantitativos Este curso está voltado para os métodos quantitativas, apoiados pelo MS-Project Professional, planejar e controlar um Projeto. Sob este aspecto, um Projeto pode ser analisado em três partes: tempo (ou prazo), recursos e custos. A analise do tempo se preocupa com a decomposição do Projeto em atividades (tarefas) e com a interligação das mesmas. A analise de recursos se preocupa em adequar as datas produzidas pela analise do tempo com as disponibilidades de recursos. O seu produto e a alocação nivelada dos recursos. A analise de custos se preocupa com os aspectos financeiros do Projeto. Seu produto é o orçamento econômico do Projeto. A Qualidade do Produto Em um Projeto bem-sucedido o produto final é entregue dentro das especificações previstas. Por isso, o controle da qualidade do produto é importante e deve ser realizado diversas vezes durante o Ciclo de Vida de um Projeto através de: • Inspeção / visitas • Demonstrações • Reuniões técnicas A execução de um Projeto é baseada na experiência da equipe e no uso de uma metodologia de execução. © 2001-2004 Gerhard Tekes Todo projeto tem um objetivo a ser atingido, e portanto é necessário haver Controle. Controle significa comparar. Não se pode comparar o que não é medido. Muitas vezes encontramos pessoas racionais com a ilusão de estarem controlando um Projeto sem no entanto conseguirem medir absolutamente nada. Esta medição é baseada em três parâmetros básicos que compõem o objetivo: • Prazo • Custo • Qualidade O controle é necessário para gerar os dados necessários para decidir sobre medidas de contingência. Para tanto e necessário quantificar a evolução real para compará-lo com a referencia, as metas e objetivos. Os melhores planos do mundo não se realizarão por si só. Todo objetivo deve ser claramente definido e transmitido aos envolvidos. Um projeto pode ter os tres parametros igualmente importantes mas a pratica tem mostrado que todos os Projetos tem um ou mais parametros com uma importancia maior que as demais. Veja alguns exemplos: Maior Importância em Exemplos de Projetos Qualidade Ônibus espacial, Produtos farmacêuticos Prazo Lançamento de um produto Produtos sazonais Shows e outros Eventos Custo Produtos para aumentar a sua participação no mercado Cronograma Especificação Orçamento Custo Prazo Qualidade Capítulo 1 – Gerenciamento de Projetos | 15 © 2001-2004 Gerhard Tekes Aspectos organizacionais e comportamentais Estamos fugindo com este Capítulo do foco do curso porque a ferramenta MS- Project Professional mais se-direciona aos aspectos quantitativos. Mas como este ponto é de extrema importância para a implantação de uma administração orientada a Projetos, não poderíamos deixar de mencioná-lo. Projetos são executados por seres humanos. A forma como as pessoas se organizam e relacionam tem grande influencia nas possibilidades de sucesso do Projeto. A moderna administração de Projetos criou novas formas de estruturação para as empresas. Termos como Organização por Projeto ou Organização Matricial são oriundos desta nova era. Estas estruturas são bastante versáteis e originais, podendo se extinguir inteiramente ao término de um Projeto. Da mesma forma, no surgimento de um novo Projeto, cria- se uma nova estrutura. Uma nova figura gerencial surgiu: o gerente ou administrador de Projeto. Sua presença é fundamental ao sucesso de um Projeto. O fato de Projetos terem duração limitada pode gerar conflitos na equipe envolvida quando o Projeto se aproxima do final, caso isto implique um envolvimento com um novo Projeto, transferências ou demissões. O gerente do Projeto deve estar atento a esses fatores comportamentais, assim como a outros, em toda a extinção do Projeto, de forma a conseguir de sua equipe a maior produtividade com a maior satisfação. O Gerente do Projeto Gerente de Projetos é, segundo Constant&Figueiredo, o profissional responsável pela determinação das tarefas quanto à execução e pela mobilização e intercomunicação de todos os recursos necessários ao zelo pelas metas do Projeto. Ainda segundo C.&F., para bem exercer sua função, um gerente de Projetos deve possuir os seguintes atributos: • Autoridade: deve ser suficiente para, nos Projetos já aprovados e em andamento, reprogramar tarefas, alterar agendamento de recursos, comprar, contratar e substabelecer recursos emergenciais necessários ao sucesso dos Projetos, prestando contas a posteriori sobre suas deliberações; • Motivação: deve levar as pessoas da empresa a interagirem da forma mais transparente possível com o Projeto, tendo-o como mecanismo de comunicação precisa e ativa (participativa), colaborando com a gerencia na antevisão de futuros contratempos operacionais. Sugerimos, que gerentes de Projetos venham a conhecer a PMI (Project Management Institute), um órgão não governamental de abrangência internacional, voltado para a divulgação das boas técnicas de gerenciamento de Projetos com representações em vários estados no Brasil e presente na Internet no endereço: www.pmi.org. © 2001-2004 Gerhard Tekes Resumo É de absoluta importância a compreensão do seguinte gráfico que descreve a atividade de gerenciamento de Projetos, as suas fases e as ações típicas de cada fase como também os seus respectivos objetivos formais. Constant & Figueiredo Gerhard J. Tekes, Consultoria, Project Management e desenvolvimento de soluções personalizadas F: (71) 367.0611, gerhard@tekes.name Gerenciamento de Projetos Planejamento Acompanhamento Início da execução Ação estimar prazos e custos ideais Ação medir prazos e custos reais Objetivo avaliar viabilidade e exeqüibilidade de Projeto Objetivo identificar distorções e medidas de contingência Capítulo 2 – Técnicas de Gerenciamento de Projetos | 17 © 2001-2004 Gerhard Tekes Capítulo 2 - Técnicas de Gerenciamento de Projetos Gráfico GANTT Em 1914, o engenheiro americano Henry L. Gantt criou um processo de planejamento, programação e controle, utilizando gráficos de barras, para auxiliar a execução de grandes empreendimentos. Durante a 1a guerra mundial, Gantt aplicou o sistema em vários projetos do exercito e da marinha. O sucesso do projeto o divulgou rapidamente e a partir de 1918 se tornou bastante popular. Seguramente trata-se da técnica de planejamento mais amplamente utilizada.hoje As principais vantagens são: + Fácil de elaborar + Indicando a escala de tempo + Mostra claramente o inicio e o fim das tarefas + Fácil de desenhar + Excelente comunicação visual As principais desvantagens são: − Não indica dependências das tarefas − Difícil de reprogramar ou simular − Não funciona em grandes projetos Crítical Path method (CPM, Método do Caminho Crítico) Em 1956 surgiu o CPM – Crítical Path Method - , desenvolvido na empresa norte- americana DuPont de Nemoirs. Por exigir muitos cálculos foi aperfeiçoado em 1957 com a assistência da empresa Remington Rand e aplicado no computador UNIVAC I como primeiro software comercial de gerenciamento de Projetos. O método CPM introduziu um novo conceito na administração de Projetos, o Caminho Crítico como aquele que merece mais atenção porque cada atraso de uma tarefa neste caminho leva a um atraso do fim do projeto. “O Caminho Crítico é o percurso na rede, da tarefa inicial até a tarefa final, onde seja menor o somatório das folgas”. 18 | Gerenciando Projetos utilizando MS-Project Professional © 2001-2004 Gerhard Tekes Program Evalution and Review Technique (PERT) Em 1958 surgiu o PERT, desenvolvido pela empresa norte-americana Booz, Allen & Hamilton em conjunto com a empresa Lockheed e a marinha americana para planejar e controlar o programa POLARIS pois este se mostrava muito extenso e de vital importância quanto ao cumprimento dos prazos estabelecidos. Possui notação semelhante ao CPM, mas dá tratamento probabilístico as durações das tarefas, introduzindo UDI/UDT, PDI/PDT, Inicia meta, Inicio real, Término meta e Término real e apresenta uma ferramenta gráfica de representação, a rede PERT, o diagrama de setas ou ADM – Arrows Diagram Method - . Em pouco tempo, a rede CPM e a rede PERT acabaram se fundindo em um único, a rede PERT/CPM. Rede PERT/CPM Em 1964 surgiu o diagrama de precedências, desenvolvido pelo francês Roy. Este método representa uma evolução das técnicas anteriores e é também conhecido como diagrama de blocos, PDM – Predecences Diagram Method – ou Neopert. Ele é o sistema hoje utilizado nos softwares de Gerenciamento de Projetos. Enquanto no PDM as tarefas são representadas por caixas No ADM se utiliza setas para representar as tarefas ID A B Capítulo 2 – Técnicas de Gerenciamento de Projetos | 19 © 2001-2004 Gerhard Tekes O Diagrama de precedências leva ampla vantagem sobre o diagrama de setas. No Brasil, por ter sido divulgado primeiro, o diagrama de setas (ADM) é ainda mais conhecido e usado do que o PDM. As principais vantagens são: + Incorpora uma lógica ao Projeto + Fácil e rápido de revisar e simular + Permite o uso de computadores As principais desvantagens são: − Difícil de desenhar − Necessário conhecer e aprender a técnica Definições Fora que hoje não mais em uso em softwares de Gerenciamento de Projetos, utilizaremos o ADM para visualizar alguns dos conceitos básicos do Gerenciamento de Projetos. Evento = Representado através de um circulo Tarefa = Representada através de uma seta • Toda Tarefa tem origem em um Evento e término em outro Evento • Tarefas consomem tempo e podem ter recursos alocados • Eventos não consomem tempo, nem recursos • Cada Tarefa está sendo representado por um par único de Eventos • Como entre dois Eventos deve existir somente uma Tarefa, podemos utilizar Eventos fictícios e Tarefas fantasmas. • Tarefas fantasmas não consomem nem tempo, nem recursos. Tarefas fantasmas e eventos fictícios são utilizados para visualizar dependências e viabilizar cálculos. ID Tarefa Predecessores 1 Montagem de rede de água e esgoto - 2 Montagem de rede de eletricidade - 3 Montagem e teste de aquecedores elétricos 1,2 4 Montagem e teste de sistema de iluminação 2 20 | Gerenciando Projetos utilizando MS-Project Professional © 2001-2004 Gerhard Tekes No primeiro momento poderia se pensar em montar para este Projeto a seguinte rede: 1 3 2 4 BA C Só que nesta apresentação tanto desrespeitamos que cada tarefa tem que ser representado por um par único de eventos, como também a tarefa 4, que depende somente da conclusão da tarefa 2 está sendo representado como dependendo tanto da conclusão da tarefa 2 como também da conclusão da tarefa 1. Precisamos então utilizar o artifício da Tarefa Fantasma e do Evento Fictício. 1 3 2 4 BA C D Com a inclusão do Evento Fictício (D) e uma Tarefa Fantasma do evento D para o evento B resolveremos este dilema. Data mais Cedo de Início ou Término (Early Start / Early Finish, PDI / PDT) • É a data mais cedo, que uma atividade pode iniciar ou terminar devido à conclusão das suas predecessores e eventuais folgas existentes. Primeira Data de Início e Primeira Data de Término. O Cedo pode ser calculado para cada Tarefa seguindo o caminho na rede do Inicio ao Fim. Se há caminhos alternativas que chegam até à Tarefa, o Cedo é o valor mais alto. O valor do Cedo fica anotado por baixo do evento inicial da Tarefa. Capítulo 2 – Técnicas de Gerenciamento de Projetos | 21 © 2001-2004 Gerhard Tekes p.ex. o CEDO do início da Tarefa 8 (Evento E) pelo caminho ABE seria de 7, pelo caminho ABCE, ele é de 10. Conseqüentemente o Cedo real é de 10. Data mais Tarde de início ou término (Late Start / Late Finish, UDI / UDT) • É a data mais Tarde que uma atividade pode iniciar ou terminar devido à conclusão das suas predecessores e eventuais folgas existentes sem atrasar o Fim do Projeto. Ultima Data de Início e Ultima Data de Término. O Tarde pode ser calculado para cada Tarefa seguindo o caminho na rede do Fim ao Início. Se há caminhos alternativas que chegam até à Tarefa, o Tarde é o valor menor. O valor do Tarde fica anotado por cima do evento inicial da Tarefa. Tendo definido os Cedos e Tarde, podemos localizar as Folgas na nossa rede. A Folga Livre e o tempo, que uma Tarefa pode atrasar, sem prejudicar o Fim pontual do Projeto. A Folga Livre é representada pela diferencia entre o valor do Tarde e o valor do Cedo de um determinado Evento. A Folga Total é o valor das Folgas Livres acumuladas num determinado caminho na nossa rede. 22 | Gerenciando Projetos utilizando MS-Project Professional © 2001-2004 Gerhard Tekes Tendo agora todas essas informações a nossa disposição, podemos determinar o Caminho Crítico (Crítical Path). O Caminho Crítico é o caminho na nossa rede com a menor Folga Total e com isso a maior críticidade para o cumprimento da meta do Projeto, do término do Projeto na data prevista. O conceito do Caminho Crítico é bastante importante para o Gerente do Projeto, pois lhe permite de concentrar o melhor de seus recursos (Mão de Obra, Maquinas) nas tarefas da maior críticidade. Obviamente não pode se descuidar das outras tarefas, pois se uma delas consuma a respectiva Folga Total, as suas Sucessores se tornam críticas, originando um novo Caminho Crítico. Na descrição do vinculo entre duas tarefas diferenciamos entre: • FS (TI) = Finish/Start (Término, Início): O início do Sucessor acontece sincronizado com o Término do Predecessor. • SS (II) = Start/Start (Início, Início): O início do Sucessor acontece sincronizado com o início do Predecessor. • FF (TT) = Finish/Finish (Término, Término): O término do Sucessor acontece sincronizado com o término do Predecessor. • SF (IT) = Start/Finish (Início, Término): O término do Sucessor acontece sincronizado com o início do Predecessor. O Lag é um intervalo de tempo entre duas tarefas vinculados. Por exemplo o tempo que uma peça de cerâmica precisa para esfriar antes de poder ser embalada. Podemos definir Restrições referente ao início ou término de uma tarefa. Os mais comuns são ASAP (As Soon As Possible, Mais breve possível) e ALAP (As Late As Possible, Mais tarde possível). Mas pode se também definir restrições do tipo: Não iniciar antes de, Não terminadepois de, ..... Diferenciamos entre as seguintes Tipos de tarefas: • Tarefa crítica • Tarefa normal • Tarefa sumaria • Tarefa do tipo Etapa ou Marco (Milestone) Capítulo 2 – Técnicas de Gerenciamento de Projetos | 23 © 2001-2004 Gerhard Tekes Prática Faça agora o exercício referente este Capítulo (LAB 2, Exercício 1 - 4) Gerhard J. Tekes, Consultoria, Project Management e desenvolvimento de soluções personalizadas F: (71) 367.0611, gerhard@tekes.name 24 | Gerenciando Projetos utilizando MS-Project Professional © 2001-2004 Gerhard Tekes Recursos Recursos definimos como Trabalho (Mão de Obra, Equipamento, Empreiteiro) ou Material consumível. O custo de um projeto é definido pelo desembolso necessário para os recursos alocados às tarefas do Projeto. Uma tarefa pode agrega um custo fixo e o custo dos recursos necessários para à sua execução Diferenciamos entre as seguintes Tipos de tarefas em relação aos seus recursos alocados: • Unidades Fixas (Tipo padrão) Caso seja corrigida a duração da tarefa não será recalculada a quantidade de recursos (Unidades) alocadas mas assim o Trabalho; • Trabalho Fixo Caso seja corrigido a duração da tarefa não será recalculado o trabalho mas assim a quantidade de recursos alocados; • Duração Fixa Caso seja corrigido a quantidade de recursos alocados não será alterada a duração da tarefa mas assim recalculado a quantidade de horas de trabalho . Fala se em uma Superalocação de um recurso se o mesmo num determinado momento for alocado em quantidade superior ao disponível. Tente se então de resolver a superalocação em primeiro momento por meios administrativos e onde isso não for possível, por meio de Nivelamento, reagendando as tarefas geradoras da superalocação utilizando primeiro as suas folgas livres e totais. Se não haverá outra opção poderia ser necessário reagendar as tarefas de um forma onde se atrasará o fim do projeto. Custos Existem 4 tipos de Custos: • Pro Rata, utilizado para recursos do tipo trabalho onde representa o custo de HH ou da depreciação de uma maquina/equipamento mais o seu consumo de combustível, energia e outros; • Custo Por Uso, utilizado para recursos tipo material onde representa o seu valor para reposição; • Custo de Reaplicação, utilizado quando um recurso gera um determinado custo cada vez que for reempregado, independentemente de quantidade ou tempo; • Custo Fixo, utilizado em recursos tipo empreiteiro, que tem seu valor definido em cada tarefa em que participam. Capítulo 2 – Técnicas de Gerenciamento de Projetos | 25 © 2001-2004 Gerhard Tekes Estrutura Analítico do Projeto (EAP) Também conhecido como Work Breakdown Structure (WBS) ou Estrutura de Divisão de Trabalho (EDT). Trata se de um outro tipo de diagrama que nos ajuda bastante a planejar e organizar o nosso projeto. Para criar um EAP dividimos o nosso Projeto em Subprojetos até chegar a um nível onde podemos dividir os Subprojetos em Pacotes de Trabalhos (PDTs) as quais terão os seus responsáveis e definição de custos. Subprojeto: • Max 2 anos de duração, ideal 6 meses a um ano • Max 1000 tarefas, ideal 200 a 400 Pacote de Trabalho: • Max 6 meses de duração, ideal 1 a 2 meses • Max 60 Tarefas, ideal 10 a 20 26 | Gerenciando Projetos utilizando MS-Project Professional © 2001-2004 Gerhard Tekes Provável – Meta – Real Na fase do planejamento inicial do projeto definimos a data do inicio do projeto, as tarefas que o constituem, uma estimativa da duração das tarefas e o seu sequenciamento (encadeamento). Com isso, o software elabora as datas prováveis de início e fim de cada tarefa como mostra a figura. Após conclusão do planejamento definimos as Metas do projeto com as quais serão após o fim do mesmo comparadas as nossas realizações. As metas numa tradução infeliz da palavra inglesa Baseline estão sendo chamados de Linha de Base pelo MS-Project Professional. Ao iniciar a execução do nosso Projeto entraremos na fase do Acompanhamento onde registraremos as Datas Reais do início e fim das nossas tarefas. Com isso o Software recalcula automaticamente as novas datas prováveis para as tarefas ainda não concluídas. Observe a mudança da data provável de início e fim das Tarefas B e C devido ao atraso na conclusão da tarefa A. Capítulo 4 – Filosofia do MS-Project Professional | 27 © 2001-2004 Gerhard Tekes Capítulo 3 – Gerenciamento de Projetos e Informática Porque utilizar Informática Há inúmeros motivos para utilizar um Software como ferramenta de Gerenciamento de Projetos. Aqui destacaremos alguns: • Elaboração rápida e exata de representações gráficas do Projeto (GANTT, PERT), Relatórios e Planilhas; • Obriga a utilizar metodologia no planejamento e acompanhamento do Projeto; • Mostra instantaneamente distorções entre o planejado e o realizado na fase de acompanhamento; • Integração de dados com outros programas como Bancos de Dados, Planilhas, Internet; • Administração e controle centralizada dos recursos; • Adequação das estruturas organizacionais ao conceito de Qualidade Total; • Encaminha a mudanças comportamentais, não importa mais quem é o culpado, mas assim, como podemos ainda alcançar as metas; • Reduz estouros de orçamento e cronograma de Projetos. Softwares de Gerenciamento de Projetos são ambientes complexos e dinâmicos e necessitam de pratica para que o usuário se familiariza com a ferramenta e chega a tirar proveito da mesma. Por isso deveria haver um intervalo de 1-3 meses entre o curso básico e o curso avançado. Todos os funcionários da área administrativa e as lideranças da produção deveriam utilizar / conhecer o programa. P. Ex.: • A diretoria precisa conhecê-lo para saber interpretar os relatórios das gerencias e para saber em qual forma pode obter informações sobre os projetos em andamento / planejamento. • As gerencias precisam conhecê-lo para poder produzir as informações para a diretoria e para poder planejar e administrar os múltiplos Projetos da sua área. • As chefias precisam conhecê-lo para poder planejar e administrar os subprojetos e PDTs da sua área • As secretarias precisam dominá-lo para poder registrar os dados do acompanhamento e produzir os relatórios solicitados. Como podemos ver, a admissão a um modelo informatizado de Gerenciamento de Projetos faz necessário um amplo planejamento e treinamento de grande parte dos funcionários. O ritmo deste Projeto e a seqüência dos treinamentos dependem da política de cada uma empresa. © 2001-2004 Gerhard Tekes Como utilizar o Software Na fase do Planejamento é preciso Organizar o plano de ação: 1. Determinar macro objetivos, síntese de subprojetos em forma de tarefas de resumo; 2. Estabelecer Marcos / Etapas para uma medida exata do ritmo do Projeto; 3. Programar as tarefas; 4. Individualizar as tarefas; 5. Estimar a duração das tarefas; 6. Determinar o sequenciamento / encadeamento das tarefas, definindo os predecessores / sucessores; 7. Ajustar as restrições das tarefas / datas iniciais ou finais a datas mandatárias. Alocar os Recursos necessários 1. Determinar para cada tarefa os recursos necessários; 2. Especificar no caso dos recursos tipo trabalho a carga HH necessária; 3. Apontar no caso dos recursos tipo material as quantidades necessárias; 4. Determinar nas tarefas que utilizam recursos tipo empreiteira o custo fixo referente os mesmo. Analisar e resolver as Superalocações de recursos e eventuais Interferências 1. Localizar as superalocações e interferências (nome, momento); 2. Localizar as tarefas geradoras (nome, folgas, unidades alocadas); 3. Procurar meios administrativas para resolver as superalocações e interferências; 4. Contratar mais recursos onde a prioridade da tarefa e os custos o fazem necessário; 5. Utilizar o mecanismo de Nivelamento do Software. Produzir Relatórios e definirapós aprovação as Metas / Linha De Base do Projeto 1. Comunicar as metas aos orgões competentes da empresa para aprovação e aos executantes para verificação e conhecimento. Nas fase do Acompanhamento precisarmos de monitorar a performance de execução definindo o ritmo e tipo do Acompanhamento lançando datas de início e fim real das tarefas em execução ou completadas. 1. Fazer o replanejamento projetando o impacto das distorções e contratempos em relação às metas do nosso Projeto; 2. Decidir sobre medidas de contingência, medidas de emergência para minorar o impacto dos contratempos; 3. Se necessário redefinir as metas / linha de base; Após a Conclusão do Projeto é necessário produzir os relatórios finais, examinar o sucesso do Projeto e arquivar os dados reaprováveis para aperfecionamento do planejamento de futuros Projetos. Capítulo 4 – Filosofia do MS-Project Professional | 29 © 2001-2004 Gerhard Tekes Teoria x Prática Orçamento Há uma diferencia nítida entre o orçamento econômico, o qual diz respeito ao gerente do projeto, e o orçamento financeiro. O Software produz um orçamento econômico. O orçamento econômico diz respeito a um compromisso de pagamento, o orçamento financeiro a forma de pagamento como mostraremos no exemplo a seguir: Mês Orçamento Econômico Orçamento Financeiro Jan R$300,00 Fev R$50,00 Mar R$50,00 Abr R$50,00 Mai R$50,00 Jun R$50,00 Jul R$50,00 Formas de Apropriação de custos Há 3 formas de apropriação de custos: • Rateado: quer dizer uma serie de pagamentos durante a execução da tarefa que refletem tipicamente a conclusão percentual da mesma • Início: todo o valor está sendo apropriado na data do início da tarefa • Fim: o valor está sendo apropriado para o término da tarefa. Orçamento Econômico Regime de Competência X Orçamento Financeiro Regime de Caixa © 2001-2004 Gerhard Tekes Nivelamento de Recursos Nos falamos em Superalocação de recursos, quando 1 ou mais recursos estão sendo alocados num determinado momento em quantidades maiores do que disponíveis. Veja o exemplo a seguir e observa a situação da alocação do recurso “A”, alocado nas tarefas (1) e (4). Se presumimos, que a nossa empresa dispõe somente de uma unidade de cada recurso, teremos no 1o dia deste projeto uma Superalocação. O primeiro passo para resolver uma Superalocação seriam medidas administrativas. Onde eles não estão viáveis, podemos utilizar a ferramenta de Nivelamento do Software. Em seguinte 2 exemplos de possíveis nivelamentos para este caso. No 1o passo, a tarefa (1) foi reagendado para o dia 2, resolvendo assim a superalocação do recurso (A), mas gerando uma superalocação do recurso (B). No 2o passo, a tarefa (2) foi reagendado para o dia 3, resolvendo assim a superalocação do recurso (B), mas gerando uma superalocação do recurso (C) Capítulo 4 – Filosofia do MS-Project Professional | 31 © 2001-2004 Gerhard Tekes Num 3o passo, a tarefa (3) foi reagendado para o dia 4, resolvendo assim o problema da superalocação sem interferir com o término do Projeto. Uma outra opção seria: A discussão qual opção seria a escolhida está fora do escopo deste Capítulo. Esta ferramenta está disponível na maioria dos programas de computador para Gerenciamento de Projetos e atende normalmente tanto Projetos isolados como também múltiplos Projetos que utilizam o mesmo Pool de recursos. Gerhard J. Tekes, Consultoria, Project Management e desenvolvimento de soluções personalizadas F: (71) 367.0611, gerhard@tekes.name © 2001-2004 Gerhard Tekes Capítulo 4 – Filosofia do MS-Project Professional Tarefas Recursos e Detalhamento O Ms-Project é um sistema de banco de dados com um interface que apresenta os dados arquivados como Projetos. Num banco de dados, as informações são gravados em tabelas que se constituem de linhas e colunas. Cada linha representa um Record de dados, cada coluna representa um tipo de informação. ID Nome Sobrenome Fone e-mail 09-151679 Gerhard Tekes 71-9138.5366 gtekes@yahoo.com 43-222523 Adriana Silva Santos 81-3341.7869 adriss@uol.com.br 43-127456 Raul Contagem 81-3361.3322 raulc@bol.com.br 43-094561 Valmir Benevides 81-3326.1436 valben@mcsa.com.br O MS-Project registra informações, as analisa e as apresenta com dois escopos principais: Tarefas (atividades) e Recursos (trabalho e material alocado durante um determinado momento a uma determinada tarefa). O MS-Project Professional registra para as tarefas e os recursos informações, as avalia e a partir destas informações calcula vários outros dados relevantes, os quais ele grava e representa nas devidas tabelas. P.Ex.: No lançamento do Término Real de uma tarefa, o MS-Project Professional copia automaticamente o valor do Início Previsto para o campo Início Real (se esse não foi preenchido anterior explicitamente), calcula a Duração Real, preenche o campo %Concluído com “100%” e recalcula o Início Provável das tarefas sucessoras. Os custos podem ser alocados por recurso ou como custo fixo nas tarefas. Em conseqüência desta abordagem, o MS-Project divide os seus modos de exibição em gráficos, tabelas e planilhas referentes as tarefas ou recursos. Para mostrar vínculos entre tarefas e recursos temos como principal método a possibilidade de dividir a janela (tela do computador), mostrando na parte superior as informações do escopo principal e na parte inferior o detalhamento. P.ex.: Na PARTE 2: INTRODUÇÃO AO MS-Project Professional Capítulo 4 – Filosofia do MS-Project Professional | 33 © 2001-2004 Gerhard Tekes parte superior as tarefas e na parte inferior como detalhamento os recursos alocados a uma das tarefas, escolhida na parte superior. O modo de exibição da parte superior definimos pelo comando Exibir xxxx e o modo de exibição na parte inferior pelo comando Formatar Detalhes xxxx. Fora disso existem ainda vários formulários que podem ser acionados de forma explícita ou com um duplo clique (DblClk) sobre o elemento sobre o qual desejamos maiores informações. © 2001-2004 Gerhard Tekes Capítulo 5 – Os Passos Iniciais Iniciando o MS-Project O MS-Project Professional é um aplicativo que pode ser executado no ambiente Windows a partir da versão MS WINDOWS 95. A sua instalação e simples e auto- explicativa. Colocando o CD do programa no Drive está sendo executado automaticamente o programa de instalação com um Assistente. O MS-Project Professional utiliza como os aplicativos do Office 2000 o mecanismo de instalação sob demanda. Desta forma será instalado somente o básico e conforme necessário os recursos mais avançados na hora que você as tentará utilizar pela 1a vez. Na sua instalação básica, o MS-Project Professional consuma aproximadamente 118MB, na instalação completa 165MB de espaço no seu disco rígido (HD). O aplicativo pode ser iniciado a partir do comando Iniciar Programas Microsoft Project ou dando um DblClk num arquivo de projeto numa das suas pastas. Os arquivos de projetos são gravados com o post- fixo .mpp e identificados pelo ícone: Executando o MS-Project Professional pela primeira vez no seu computador, será exibido a janela Ajuda do Microsoft Project com 6 tópicos, sendo os primeiros 4 (O que há de novo, Demonstração, Tutorial, Mapa do Projeto) muito interessante para usuários principiantes. Capítulo 5 – Os Passos Iniciais | 35 © 2001-2004 Gerhard Tekes Desmarcando a opção Exibir ajudo ao inicializar e em seguinte fechando a janela de ajuda teremos então a nossa janela principal de trabalho com os seguintes elementos de cima para baixo: 1. Barra de Título, que mostra o nome do projeto ativo e possibilita de mover a janela com a operação clicar e arrastar como também de restaurar e maximizar a janela com um DlbClk na mesma. 2. No lado direito da barra de título encontrem se os Botões de Controle, que servem parafechar a janela, dimensionar a janela e fechar o aplicativo. 3. A Barra de Menu contém os menus e sub-menus do aplicativo. Estes menus são dinâmicos e orientados no contexto, mostrando opções que não farão sentido no ambiente escolhido como desativado ou até substituindo os. 4. No lado esquerdo da barra de menu encontra se a Caixa de Controle, um menu com os comandos Restaurar, Mover, Tamanho, Minimizar, Maximizar e Fechar. 5. A Barra de Ferramentas Padrão encontra se por baixo da barra de menu e segue o padrão dos aplicativos Windows, possibilitando os comandos de arquivo, edição e alguns genéricos, mais utilizados. 6. A Barra de Ferramentas Formatação também segue o padrão dos aplicativos da Microsoft com os comandos de formatação e visualização mais utilizados. 7. A Barra de Edição permite a edição do campo escolhido, simular a sua função no aplicativo MS-Excel. 8. Planilha de tarefas (Tabela Entrada): Ao iniciar o aplicativo a primeira vez, neste local será mostrado a Tabela Entrada. Você pode substituí-la por outras tabelas, já existentes no MS-Project Professional ou por você criadas, mas a planilha de tarefas é normalmente a melhor opção para iniciar o planejamento de um Projeto. 9. O Biombo é uma linha dupla, vertical, móvel que separa a área de apresentação gráfica da área de planilha. Arrastando-o para o direito, facilitará o acesso a mais colunas da tabela, arrastando-o a esquerda aumentará a área de exibição gráfico. 10. O Gráfico Gantt, descrito no Capítulo 2, é o ambiente padrão de visualização do MS-Project Professional. 11. A Barra de Modos se encontra no lado extremo esquerdo da tela e representa alguns comandos do Menu Exibir facilitando assim o rápido acesso a vários estilos de visualização. 12. As Barras de Rolagem Horizontal e Vertical são o método para a navegação na janela com o Mouse. 13. A Barra de Status mostra informações sobre o estado do aplicativo, das teclas de edição etc. © 2001-2004 Gerhard Tekes Fazendo as Configurações iniciais O MS-Project Professional oferece a possibilidade de definir varias opções padrão pelo comando Ferramentas Opções. A maioria dos opções escolhidas representam a melhor forma de trabalhar com o aplicativo. As opções são divididas nas fichas: Cálculo, Ortografia, Grupo de trabalho, Salvar, Modo de exibição, Geral, Editar, Calendário e Agenda. O usuário deveria alterá-los somente quando a necessidade de fazer isso é muito nítida e havendo plena ciência dos possíveis efeitos colaterais resultantes da alteração de um destes parâmetros. Nos não entraremos nos pormenores sobre este comando, porque faz parte do escopo do curso “Dominando Gerenciamento de Projetos com MS-Project Professional”. Prática Faça agora os exercícios referente este Capítulo (LAB 1 Exercício 1) Capítulo 6 – O Pool de Recursos | 37 © 2001-2004 Gerhard Tekes Capítulo 6 – O Pool de Recursos Introdução Um dos recursos fortes do MS-Project Professional e oferecer um ambiente onde Calendários e Recursos podem ser registrados uma vez, sendo utilizados por vários Projetos, fazendo assim desnecessário recadastrar cada vez estas informações. Assim o MS-Project Professional no disponibiliza a informação referente a indisponibilidade de recursos alocados em outros Projetos. PARTE 3: PLANEJAMENTO © 2001-2004 Gerhard Tekes O uso deste recurso do MS-Project Professional nos possibilita: • Evita o trabalho de registrar os recursos em cada projeto novamente • Evita o trabalho de criar para cada Projeto novos calendários referente ao horário de trabalho • Como funciona como um banco de dados, possibilita a padronização das informações e a constante atualização em todos os Projetos vinculados ao Pool. • Podemos verificar a disponibilidade residual dos recursos, levando em consideração o uso dos mesmos em outros Projetos. • Podemos efetuar o Nivelamento dos recursos referente a vários Projetos (múltiplos Projetos, que será tratado no curso “Dominando Gerenciamento de Projetos com MS-Project Professional”. Um Pool de recursos nada mais é do que um arquivo de projeto sem tarefas podendo ser referenciado por outros projetos. Capítulo 6 – O Pool de Recursos | 39 © 2001-2004 Gerhard Tekes Calendários Recursos do tipo Trabalho (Mão de Obra ou maquinas/equipamento) devem estar associados a um calendário, que indica o horário de trabalho do mesmo para efeito de cálculos horas de trabalho e o respectivo custo e a duração da tarefa. Precisamos ficar atento, que a questão de horas extras deverá ser tratado em outro lugar (Formulário de Tarefa Trabalho do Recurso Trab. H. Extra), descrita na parte ACOMPANHAMENTO. Para alterar um Calendário ou criar um novo Calendário utilizaremos a divida ferramenta com o comando: Ferramentas Alterar Período de Trabalho. Utilizando o botão Novo deveríamos criar tantos novos calendários quantas diferentes jornadas de trabalho houver na empresa, definindo os feriados, folgas e a jornada de trabalho com até 5 faixas de horário (até 4 paradas). A edição dos calendários segue o padrão do Windows com a utilização das teclas Shift e Ctrl para múltiplas seleções ou a seleção de um determinado dia em toda a abrangência do calendário (1984 – 2049) pela seleção do mesmo no cabeçalho do calendário, similar ao tratamento de colunas em tabelas ou planilhas. Criando um novo calendário precisamos: © 2001-2004 Gerhard Tekes • informar o Nome do calendário; • Marcar Criar novo calendário base para criar um novo calendário a partir do calendário padrão do MS-Project Professional; • Marcar Criar uma copia do calendário para criar um novo calendário a partir de um calendário já existente, importando assim as particularidades daquele calendário como feriados e jornadas de trabalho não padrão. Criado os nossos calendários podemos compartilhá-os com outros Projetos a partir do arquivo comum GLOBAL.MPT utilizando a ferramenta Organizador com o comando: Ferramentas Organizador. Utilizando o Organizador podemos Copiar elementos do nosso Projeto para o Organizador e vice versa alterando assim o seu escopo para global ou local respectivamente, Excluir e Renomear itens. Com o comando Arquivo Salvar podemos salvar o nosso Projeto, sendo no seu primeiro uso ativado o comando Salvar Como porque precisamos de informar um nome para o nosso projeto sem extensão. A extensão .MPP será presumida. Utilizando o comando Ferramentas Opções Gerais podemos definir senhas para restringir o acesso e/ou a forma de acesso para garantir a confidencialidade e integridade do nosso projeto ou com o comando Sempre criar copia de backup indicar a criação automática de backup, melhorando assim a segurança na manipulação. Prática Faça agora os exercícios referente este Capítulo (LAB 2, Exercício 1, 2 e 3) Capítulo 6 – O Pool de Recursos | 41 © 2001-2004 Gerhard Tekes Cadastrando os Recursos Como o Gráfico de Gantt junto com a tabela Entrada é o ambiente mais abrangente para o cadastro de Tarefas temos na Planilha de Recursos o ambiente adequado para o cadastro do recursos. Nos a exibimos com o comando: Exibir Planilha de Recursos. Preenchendo todas as colunas criaremos um banco de dados referente os recursos disponíveis em nossa empresa ou nosso setor. Sempre deveríamos tratar os recursos de forma genérica pela função ou faixa salarial e evitar tratamento personalizado. Deve se, onde for possível, seguir o seguinte padrão: Tipo de Recurso Tipo Custo Nivelável Mão ed Obra Trabalho Taxa Padrão H/H Sim Maquina / Equipamento Trabalho Taxa Padrão H/H Sim Empreiteiro Trabalho Por Tarefa Não Material de Consumo Material Taxa Padrão (unitário) Custo/Uso (reemprego) Não © 2001-2004 Gerhard Tekes Para cada recurso deveríamos registrar os seguintes informações na Planilha de Recursos: • Nome do Recurso; • Tipo (Trabalho ouMaterial); • Rótulo do Material valido somente para material, Caixa, Litro, Conjunto, ...; • Iniciais do nome, sendo a primeira letra (Padrão) normalmente não suficiente; • Grupo funcional do recurso, usado em consultas (Filtro e Agrupamento); • Unidades Máximas Quantidade do recurso disponível; • Taxa Padrão custo por hora normal para recursos do tipo Trabalho, custo unitário para recursos do tipo Material; • Taxa H. Extra custo por hora extra para recursos do tipo Trabalho; • Custo Uso custo por reemprego a cada tarefa onde o recurso foi empregado; • Acumular Forma de apropriação do custo, Rateado, Início ou Fim; • Calendário Base Calendário que indique a jornada de trabalho deste recurso; • Código disponível para o usuário. P Ex. determinações do tipo centro de custo ou conta contábil. Cadastrando Informações adicionais Para cada Recurso podem ser gravados informações adicionais como Anotações ou Objetos (Documentos MS-Word, Planilhas, Imagens, ...) Para isso dividimos a janela da área de trabalho com o comando Janela Dividir onde nos teremos no painel superior o contexto geral e no painel inferior o detalhamento sobre o item selecionado no painel superior. Capítulo 6 – O Pool de Recursos | 43 © 2001-2004 Gerhard Tekes A definição do tipo do detalhamento acontece com o comando Formatar Detalhes Anotações ou Objeto, executado com o foco no painel inferior. Neste caso será adicionado um Indicador na coluna informativa da Planilha de Recursos. Pode ser também associado um Hiperlink para associar um Objeto tipo WEB ao Recurso. Colocando o cursor em cima do Indicador será apresentado informação adicional sobre o Detalhe, como p. ex. o texto da Anotação. Prática Faça agora os exercícios referente este Capítulo (LAB 2, Exercício 4 e 5) Resumo Atividade Como Fazer Criar Calendários Ferramentas Alterar o período de trabalho Disponibilizar os calendários para todos os Projetos Ferramentas Organizador Cadastrar recursos Exibir Planilha de Recursos Acessar o ambiente de detalhamento Janela Dividir Associar anotações aos recursos Formatar Detalhes Anotações Associar objetos aos recursos Formatar Detalhes Objetos Salvar o pool de recursos Arquivo Salvar © 2001-2004 Gerhard Tekes Capítulo 7 – A Criação de Projeto Introdução Um projeto é composto por tarefas (atividades) seqüenciadas, encadeadas e com recursos necessários para a sua execução alocadas. Criar um projeto não é fácil e necessita de muita atenção e planejamento para que o mesmo pode ser executado no menor espaço de tempo e com o menor custo possível. Para que o nosso projeto funciona de forma otimizada e sincronizada deveríamos utilizar uma metodologia como a em seguinte apresentada. Muitas vezes, o mero fato de planejar de forma metodológica já traz os primeiros benefícios como no caso da empresa de mineração exposto no prefacio. Aplicando um planejamento metodológico facilita o entendimento do Projeto e a correção mais rápida de resultados imprevistos, já que fica mais claro onde estes podem ter-se originado. Criando um Projeto Com o comando Arquivo Novo ou clicando o botão de comando na Barra de Ferramentas Padrão correspondente criamos um novo Projeto.Aparecerá a janela de diálogo Informações sobre o Projeto a qual pode ser acessado também pelo comando Projeto Informações sobre o Projeto do menu principal. Capítulo 7 – A Criação de Projeto | 45 © 2001-2004 Gerhard Tekes Nesta janelas informamos algumas informações básicas para o nosso Projeto. • Data de início A data quando começa a primeira tarefa do Projeto. Estará disponível para edição quando escolhido no campo Agendar a partir de a opção: Data de Início do Projeto; • Data de término A data do fim do projeto, quando termina a ultima tarefa do projeto. Estará disponível para edição quando escolhido no campo Agendar a partir de a opção: Data de término do Projeto; • Agendar a partir de: determina se as tarefas serão encadeados a partir da Data de início do projeto, onde o programa calculará a data do término do projeto com a restrição O mais breve possível ou a partir da Data de término do projeto onde as tarefas serão encadeados do fim para o início com o programa calculando a data do início do projeto, utilizando como restrição: O mais tarde possível. A diferencia na seqüência das tarefas se torna nítida no exemplo abaixo; • Data atual é a data corrente do sistema, necessário para consultas e o acompanhamento do Projeto; • Data de status é somente de uso na fase do acompanhamento, quando representa a data da ultima atualização do Projeto; • Calendário é o calendário utilizado para calcular os tempo do projeto como um todo. Utilizando vários calendários deve-se indicar o calendário com a maior carga horário. • Prioridade define o valor padrão deste campo e serve no nivelamento como parâmetro. A informação Agendar a partir de não muda a duração do projeto, mas agendando a partir da data do término ficaremos sem folgas para poder equilibrar eventuais contratempos. Tanto por isso, como também pelo fato que agendar a partir do início melhor reflete o nosso raciocínio, a opção de agendar a partir do início se torna mais e mais comum. Somente os puristas financeiros defendem um agendamento a partir do fim por oferecer um melhor retorno de investimento. © 2001-2004 Gerhard Tekes O botão Estatísticas ativa o formulário de resumo das Estatísticas do Projeto com os seguintes informações: Na 1a tabela são apresentados os Inícios e Términos do Projeto e as sua Variação, na 2a tabela os campos referente Duração, Trabalho e Custos; em ambas as tabelas para o Provável, Meta e Real. Capítulo 7 – A Criação de Projeto | 47 © 2001-2004 Gerhard Tekes Outras informações genéricas podemos acessar por meio do comando: Arquivo Propriedades que ativa a janela Propriedades com 5 fichas: Geral, Resumo, Estatisticas, Contéudo e Personalizar. Na ficha Resumo deveríamos cadastrar informações complementares para a documentação do Projeto. Prática Faça agora o exercício referente este Capítulo (LAB 7, Exercício 1) © 2001-2004 Gerhard Tekes Cadastrando Tarefas Chegou finalmente a hora de cadastrar o Projeto. Como primeiro passo registraremos todas as tarefas, tarefas de resumo e etapas (marcos temporais). Para isso precisamos somente digitar os nomes das tarefas na tabela Entrada que faz por padrão parte do ambiente Gráfico de Gantt. A partir do cadastramento da primeira tarefa do Projeto, sempre que for executado uma operação de Salvar arquivo será mostrado uma janela, perguntando se nos queremos salvar o Projeto com a linha de base. A linha de base ou Meta só será conhecido com a conclusão do planejamento. Por isso responderemos esta pergunta até lá com Salvar xxx.mpp sem linha de base. Para que o aplicativo não nos pergunta cada vez de novo, podemos desativar a CheckBox: Não informar novamente. Prática Faça agora o exercício referente este Capítulo (LAB 3, Exercício 2 e 3) Capítulo 7 – A Criação de Projeto | 49 © 2001-2004 Gerhard Tekes Criando a EAP Para criar a apresentação de um EAP (na Ajuda mencionado como EDT – Estrutura de Divisão de Trabalho) do aplicativo podemos subordinar as tarefas. Para isso escolheremos as tarefas a serem subordinadas e utilizamos o botão Recuo da Barra de Ferramentas de Formatação. A tarefa acima da seleção passa a ser a Tarefa de Resumo referente as tarefas selecionadas. Neles não podemos editar os campos Duração, Início, Término e Custo por se tratarem de campos calculados que mostrarão totalizações das tarefas subordinadas. Prática Faça agora o exercício referente este Capítulo (LAB 3, Exercício 4) Determinando um Prazo Final Com um dublo clique (DblClk) sobre o nome de uma das tarefas podemos abrir o formulário Informações sobre a tarefa. Na ficha Avançadopodemos indicar um Prazo final para uma tarefa ou tarefa de resumo com a finalidade de representar fortes limites. O MS-Project Professional informa estouros do prazo final com um indicador na coluna informativa. © 2001-2004 Gerhard Tekes Determinando Durações O próximo passo é informar a duração estimada das tarefas. Nos podemos determinar a provável duração de uma tarefa por meios estatísticos ou probabilísticos. A Duração deve representar a Duração ideal da tarefa. Nos podemos informar a Duração em: • Minutos: m; • Horas: h; • Dias: d; • Semanas: s; • Meses: me. Sendo que neste forma será utilizado o calendário padrão para calcular a duração temporal das tarefas. Estimativas grosseiras podemos sinalizar com o símbolo “?”. Para Durações em tempo decorrido utilizamos como unidades: md, hd, dd, sd e méd. Assim determinamos Durações baseados em calendários corridos de 24h/dia, 7dias/semana, ignorando o horário de expediente, repouso semanal ou feriados. Prática Faça agora o exercício referente este Capítulo (LAB 7, Exercício 5) Capítulo 7 – A Criação de Projeto | 51 © 2001-2004 Gerhard Tekes Determinando Precedências Todas as tarefas devem fazer parte da rede do projeto e precisam ter os seu respectivos Sucessores e Predecessores definidos. Isso pode ser feito de varias formas em diversos ambiente. A forma mais explicita encontramos no detalhamento Predecessores e Sucessores ativado pelo comando: Janela Dividir e com o foco no painel inferior da tela: Formatar Detalhes Predecessores e Sucessores. O encadeamento pode-ser feito identificando os Sucessores ou os Predecessores, sendo que esta ultima forma refletindo melhor o nosso raciocínio normal: “Que tarefas precisam ter terminados / iniciados, para que posso iniciar / terminar esta” Na medida que são determinados as interdependências podemos observar no Gráfico de Gantt o aparecimento de setas indicando a ordem de sucessão entre as tarefas e o as tarefas se ajustando na escala de tempo com seus respectivos Inícios e Términos sendo recalculados pelo MS-Project Professional. O encadeamento pode ser feito também de forma interativa, utilizando p botão Vincular tarefas para determinar vinculo do tipo TI com Retardo = 0 para as tarefas escolhidas Prática Faça agora o exercício referente este Capítulo (LAB 7, Exercício 6) © 2001-2004 Gerhard Tekes Indicando Calendários especiais Analisaremos o nosso Projeto. Puxando o Biombo mais para a esquerda podemos visualizar os campos Início e Término. Veremos, que no momento, o MS-Project Professional informa somente as datas sem os horários. Isso pode-ser corrigido ns ficha Modo de Exibição escolhendo a primeira opção da lista. Observando a tarefa “Discutir Lançamento” veremos que esta tarefa começa num dia e termina as 11:00 no próximo dia. Como se trata de uma reunião, isto não faz muito sentido. A versão 2000 do MS-Project trouxe uma ótima alternativa para este tipo de situações: A indicação de um Calendário especifico para uma tarefa. Com isto forçamos o MS-Project Professional a ignorar os Calendários indicados para os recursos que participem desta tarefa. É importante notar, que esta ferramenta deveria ser usado somente em casos específicos onde os recursos participantes farão um trabalho fora do seu expediente normal sem contabilizar este tempo como Hora Extra! Para associar um Calendário especial a uma tarefa selecionamos a tarefa e visualizamos o formulário Informações sobre a tarefa com um Clique Duplo no nome da tarefa. Na ficha Avançado indica-se o Calendário, neste caso o calendário criado anteriormente Reuniões e deve-se selecionar a opção: O agendamento ignora calendários do recurso forçando assim os recursos alocados a trabalhar, caso necessário, em horas a mais que as determinados pelo seu Calendário típico. Tarefas sujeitas a calendários específicos apresentem na coluna Indicador um ícone representativo desta situação. Posicionando o cursos sobre o ícone aparece uma mensagem explicando esta situação, indicando o calendário especial e se os calendários dos recursos serão ignorados. Capítulo 7 – A Criação de Projeto | 53 © 2001-2004 Gerhard Tekes Determinando Restrições Observando a tarefa “Veicular Comercial” veremos que a mesma ocorre bem antes da tarefa “Lançamento do produto” pois a mesma está definida com a Restrição Padrão O mais breve possível. Como a veiculação do comercial deveria ocorrer o mais próximo possível da data do lançamento do produto sem, contudo, comprometê-la . Teremos que tomar uma providencia e ajeitar o planejamento do nosso Projeto a esta situação. A determinação da Restrição referente uma determinada tarefa ocorre na ficha Avançado do formulário Informações sobre a tarefa que pode-ser visualizada dando um Clique Duplo sobre o nome da tarefa ou marcando a tarefa e cliquando no Botão Informações sobre a tarefa onde informamos como Restrição: O mais tarde possível. Estas duas Restrições são os mais comuns, mas existem outras opções, apresentadas nesta tabela: Restrição Emprego Deve iniciar em Data de início determinada (estática) Deve terminar em Data de término determinada (estática) Não iniciar antes de Data de início limitada (só desloca-se para mais tarde) Não iniciar depois de Data de início limitada (só desloca-se para mais cedo) Não terminar antes de Data de término limitada (só desloca-se para mais tarde) Não terminar depois de Data de término limitada (só desloca-se para mais cedo) O mais breve possível Acompanha a predecessora (Padrão se o projeto foi agendado a partir da data de início O mais tarde possível Acompanha a sucessora (Padrão se o projeto foi agendado a partir da data de término Constant & Figueiredo Prática Faça agora o exercício referente este Capítulo (LAB 7, Exercício 6 a 11) © 2001-2004 Gerhard Tekes Resumo Atividade Como fazer Criar novo arquivo de projeto Arquivo Novo Editar as informações básicas de projeto Projeto Informações sobre o projeto Criar tarefas Gráfico de Gantt coluna Nome da Tarefa Subordinar tarefas Projeto Estrutura de tópicos Recuo ou Botão de comando: Recuo Indicar prazo final Projeto Informações sobre a tarefa Avançado Ou Clique Duplo sobre o Nome da tarefa Determinar duração de tarefas Gráfico de Gantt coluna Duração Determinar duração estimada de tarefas Anexando o símbolo ? à unidade de duração Determinar duração de tarefas em tempo decorrido Anexando d à unidade de duração Determinar precedências de tarefas Gráfico de Gantt Janela Dividir Painel inferior Formatar Detalhes Predecessoras e Sucessoras Indicar um calendário especifico para uma tarefa Projeto Informações sobre a tarefa ficha Avançado ou Botão Informações sobre a tarefa Alterar a restrição de tarefas Projeto Informações sobre a tarefa ficha Avançado ou Botão Informações sobre a tarefa Capítulo 8 – Visualização de Projeto | 55 © 2001-2004 Gerhard Tekes Capítulo 8 – Visualização de Projeto Personalizando o Gráfico de Gantt Há 3 formas principais de formatar o Gráfico de Gantt dependendo do escopo da formatação: Formatação geral com uso do Assistente; Formatação de um Estilo de Barras; Formatação de uma determinada Barra; Com o comando Formatar Assistente de Gráficos de Gantt invocamos o Assistente que, em modo interativo e assistido, nos permite a personalização de todos os elementos do Gráfico de Gantt. O assistente nos guia em 15 etapas: Etapa 1: Apresentação do assistente; Etapa 2: Definição do tipo básico de gráfico com a opção Gráfico de Gantt personalizado que permite um maior detalhamento acessando as etapas 3 a 8; o Etapa 3 Definição do Caminho crítico; o Etapa 4 Formatação das tarefas críticas; o Etapa 5 Formatação das tarefas não críticas; o Etapa 6 Formatação de tarefas de resumo; o Etapa 7 Formatação de etapas ou marcos; o Etapa
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