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Infectologia – aula 2 – Márcia Farenzena MALÁRIA Plasmodium vivax: terçã benigna Plasmodium falciparum: terçã maligna Plasmodium malarie: quartã Plasmodium ovale: não existe no Brasil TRANSMISSÃO Hospedeiro definitivo Anopheles sp Habitos silvestres Presente na transição da mata e desmatado Hospedeiro intermediário Homem Índio, garimpeiro, sertanejo, caminhoneiro, madeireiro, ecoturista, etc. EPIDEMIOLOGIA Mundo: matas tropicais e sub-tropicais Brasil Amazônia legal Focos isolados em outras regiões, inclusive SE 500 mil casos por ano Expansão para regiões não tradicionais Vacinas em pesquisa PATOGENIA Inoculação Entrada na circulação dos esporozoitas Disseminação sanguínea Chegada ao fígado Duração de 30 minutos Ciclo hepatocítico Invasão dos hepatócitos Formação dos merozoítas (milhares) Rompimento dos hepatócitos Merozoítos livres na circulação P. falciparum – 6 dias P. vivax – 8 dias P. vivax – formação dos hipnozoitas Ciclo eritrocítico Invasão das hemácias por merozoítos Trofozoita jovem Trofozoita maduro Esquizonte – rosácea Rompimento das hemácias Reinfecção de novas hemácias P. falciparum = 36 a 48h P. vivax = 48h Formação de gametócitos Merozoitas invadem hemácias jovens (Durante o ciclo eritrocítico) Diferenciação em macro e microgametócito Circulação no sangue periférico Ingestão pelo mosquito Reprodução sexuada se passa dentro do mosquito CONCEITOS CLÍNICOS Período pré-patente Período de incubação Falciparum = 12 dias Vivax = 14 dias Recrudescência ou recaída precoce Recaída (hipnozoítas) Cura espontânea Vivax = 2 a 3 anos Falciparum = 1 ano e ½ Pródromos Acesso malárico Periodicidade da febre: terçã ou quartã Sintomas gerais: mialgia, cefaleia, náusea, vômito, diarreia e anorexia Sinais clínicos: icterícia, hepatoesplenomegalia, palidez. FORMAS GRAVES Sempre causados pelo falciparum Fatores de risco Primoinfecção por falciparum Retardo no tratamento Extremos de idade e gestantes Parasitemia elevada COMPLICAÇÕES DA MALÁRIA PELO FALCIPARUM Insuficiência renal Oligúria, edema e uremia SARA De dispneia leve até falência pulmonar Cerebral De cefaleia até convulsão e coma Hemorragias Hemoptises, hematêmese, enterorragia e melena. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Suspeita: Febre em picos, com ou sem periodicidade, vindo de região endêmica, com icterícia, esplenomegalia e anemia. Diagnóstico diferencial – hepatite, febre amarela, febre tifoide, leptospirose, sepse DIAGNÓSTICO Gota espessa ou esfregaço Uma negativa não descarta o diagnóstico Colher no pico febril Teste rápido de detecção de antígeno Exames inespecíficos Hemograma: anemia, plaquetopenia Transaminases: aumento de leve a moderado Bilirrubinas: aumento das duas TRATAMENTO SP – SUCEN País – fundação nacional de Saúde Vivax Cloroquina – 4-3-3, + Primaquina – 1cp por 14 dias LVC (lamina de verificação de cura) após o tratamento Falciparum: resistência a várias drogas Casos sem complicação Quinino 3 dias + doxiciclina 5 dias + primaquina no 6º dia (gametocida) Coartem (artemetere + lumefantrina) Artesunato + mefloquina Casos graves Derivados da artemisina IV ou IM + clindamicina IV Quinino IV (com ou sem clindamicina) QUIMIOPROFILAXIA EM VIAJANTES Doxiciclina (100mg/cp) Dose adulto: 100mg/dia Iniciar 1 dia antes da viagem e manter até 4 semanas após o retorno. Mefloquina (250mg/cp) Dose adulto: 250mg/semana. Iniciar pelo menos 1 semana (preferencialmente 2 a 3 semanas) antes da viagem e manter até 4 semanas após o retorno. Cloroquina (150mg de cloroquina base/cp) Dose adulto: 300mg/semana ou 600mg/semana divididas em 100mg/dia durante 6 dias da semana. Iniciar 1 semana antes da viagem e manter até 4 semanas após o retorno. Atovaquona/Proguanil (Adulto 250mg+100mg/cp) Dose adulto: > 40kg: 1 cp adulto/dia Iniciar 1 dia antes da viagem e manter até 7 dias após o retorno.
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