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@ v i t o r i a f x | 1 AEDES AEGYPTI → É um mosquito com hábitos oportunistas; → Vive dentro ou ao redor de domicílios (hábito urbano); → Hematófago; → Hábitos preferencialmente diurnos; • Amanhecer e ao entardecer; • Pode realizar a hematófagia à noite; → A infestação do mosquito é sempre mais intensa no verão; • Elevação da temperatura; • Intensificação de chuvas; • Fatores que propiciam a eclosão de ovos do mosquito. RESERVATÓRIOS: → Grandes reservatórios: • Caixas d’água; • Galões; • Tonéis. → Pequenos reservatórios: • Vasos de plantas • Calhas entupidas • Garrafas • Lixo a céu aberto • Bandejas de ar-condicionado • Vaso sanitário sem uso CICLO BIOLÓGICO: → O ciclo é dependente: o O ciclo biológico varia de acordo com a temperatura; o Disponibilidade de alimentos; o Quantidade de larvas existentes no mesmo criadouro (devido a competição de larvas por alimento em um mesmo criadouro com pouca água); → Em condições ambientais favoráveis: o Ovo – forma adulta, período de 10 dias; → Com isso, a eliminação de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana, interrompendo o ciclo de vida do mosquito. ALIMENTAÇÃO: → Alimentam-se de: o substâncias açucaradas; o néctar e seiva. o → Somente a fêmea realiza hematófagia; o É o alimento necessário à maturação dos ovos; REPRODUÇÃO E DESOVA: → Redor das habitações, geralmente nos primeiros dias da fase adulta @ v i t o r i a f x | 2 → Após a cópula, as fêmeas precisam realizar a hematófagia; • importante para o desenvolvimento completo dos ovos e sua maturação nos ovários; → Três dias após a ingestão de sangue – postura; → Os ovos resistem 450 dias no ambiente em condições favoráveis: o Umidade e temperatura → Desenvolvimento do embrião do mosquito em 48 horas. FEBRE AMARELA → Doença infecciosa causada por um vírus; o Um arbovírus o Gênero Flavivirus febricis o Família Flaviviridae → Forma urbana transmitida pelo Aedes aegypti; → Reservatório natural são os primatas; SINTOMAS: → Sintomas em geral (forma leve a moderada): • Três a seis dias após a picada do inseto • Febre com calafrios • Mal-estar • Dor de cabeça • Dores musculares muito fortes • Cansaço • Vômito • Diarreia → Podem regredir espontaneamente; → Ou evoluir para complicações graves e morte. → Manifestações graves: • Icterícia progressiva • Hemorragias • Comprometimento renal (anúria) • Fígado (hepatite e coma hepático) • Problemas cardíacos (miocardite) • Encefalopatias (convulsões e delírios) DIAGNÓSTICO: → Diagnóstico laboratorial específico: • MAC-Elisa • PCR • Isolamento do vírus em cultura → Exames laboratoriais complementares: • Leucopenia • Linfocitose • Plaquetopenia Vacinar a população que vive ou esteve nas áreas de risco. TRATAMENTO: → O único tratamento possível é o de suporte; → Consiste em: o manter o paciente bem hidratado; o introduzir drogas para equilibrar a pressão arterial; o corrigir os desequilíbrios metabólicos e aliviar os sintomas; Não usar remédios que contenham ácido acetilsalicílico, aumenta o risco de sangramentos. VACINA: → Produzida com o vírus vivo atenuado; → Via administração - dose única por via subcutânea; → Raros efeitos colaterais adversos; → Faz parte do Calendário Nacional de Vacinação; • Duas doses garantem imunidade por toda a vida; • Primeira dose com 9 meses de idade; • 4 anos reforço; → A depender da situação vacinal: • Dose única 11 a 19 anos • Dose única 20 a 59 anos RECOMENDAÇÕES: → Usar, sempre que possível, calças e camisas que cubram a maior parte do corpo e mosqueteiros ao redor das camas, quando estiver em áreas de risco para a transmissão silvestre da doença; @ v i t o r i a f x | 3 → Aplicar repelente com regularidade • É importante repetir a aplicação a cada quatro horas; • Reaplicar o repelente toda a vez que molhar o corpo ou entrar na água → Consultar um médico sobre a necessidade de tomar a vacina antes de viajar • Alguns países exigem um Certificado Internacional de Vacinação atualizado DENGUE TRANSMISSÃO: • Transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti; • 5 sorotipos - DENV-1, DENV-2, DENV-3, DENV- 4 e DENV-5 • Inicia multiplicação viral dentro de linfonodos locais • Segundo ciclo de replicação, dentro de monócitos circulante (intensa mialgia) • A liberação de fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) e interleucina 6 (IL) relaciona-se provavelmente ao desenvolvimento do quadro febril. • Após picar uma pessoa infectada, a fêmea pode transmitir o vírus para outras pessoas • Ocorre enquanto tiver o vírus (período de viremia); • Começa um dia antes do aparecimento da febre e vai até o 6º dia da doença; • A infecção dá proteção permanente para o mesmo sorotipo; • Imunidade parcial e temporária contra os outros três SINTOMAS: → Febre alta → Erupções cutâneas → Dores musculares e articulares → Em casos graves: • Hemorragia intensa • Choque hemorrágico ▪ quando uma pessoa perde mais de 20% do sangue ou fluido corporal - pode ser fatal Dengue Clássica: → Quadro clínico é muito variável; → febre alta (39° a 40°) - de início abrupto → Seguido de: • Cefaleia • Mialgia • Prostração • Anorexia • Astenia • Náuseas • Vômitos • Exantema → Mais grave: • Hepatomegalia dolorosa • Dor abdominal generalizada • Manifestações hemorrágicas - petequeias • Gengivorragia • Sangramento gastrointestinal • Hematúria • Metrorragia • Duração de 5 a 7 dias • Há regressão dos sinais e sintomas • Podendo ainda persistir a fadiga Febre Hemorrágica da Dengue (FHD): → Evoluem rapidamente para manifestações hemorrágicas: o derrames cavitários o instabilidade hemodinâmica o Choque → Os casos típicos da FHD são caracterizados por: o febre alta o fenômenos hemorrágicos o Hepatomegalia o insuficiência circulatória → Um achado laboratorial importante é a trombocitopenia @ v i t o r i a f x | 4 → Choque hipovolêmico: • Choque entre o 3º e 7º dia de doença; • É decorrente do aumento da permeabilidade vascular seguido de hemoconcentração falência circulatória; • Óbito em 12 a 24 horas • Ou à recuperação rápida após terapia anti- choque apropriada DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Dengue clássica: → Gripe → Rubéola → Sarampo → Outras infecções virais → Bacterianas → Exantemáticas Febre hemorrágica da dengue (FHD): → Leptospirose → Febre amarela → Malária → Hepatite infecciosa → Influenza DIAGNÓSTICO: Sorologia: → após o sexto dia do início da doença → anticorpos da classe IgM em única amostra de soro → aumento do título de anticorpos IgG Exames Inespecíficos - Dengue clássica: → Hemograma: • Leucopenia é achado usual • Linfocitose com atipia linfocitária • A trombocitopenia é observada ocasionalmente Exames Febre Hemorrágica: → Hemoconcentração: aumento de hematócrito em 20% do valor basal → Trombocitopenia: contagem de plaquetas abaixo de 100.000/mm3 → Coagulograma: aumento nos tempos de protrombina, parcial e trombina → Diminuição de fibrinogênio → Bioquímica: o diminuição da albumina no sangue o aumento dos testes de função hepática: ▪ TGO ▪ TGP TRATAMENTO: Dengue Clássica: → Não há tratamento específico → A medicação é apenas sintomática o Com analgésicos e antitérmicos (paracetamol e dipirona) → Evitar os salicilatos e os antiinflamatórios não hormonais → Hidratação oral Febre hemorrágica da dengue (FHD): → Observar os primeiros sinais de choque → O período crítico será durante a transição da fase febril para a afebril, que geralmente ocorre após o terceiro dia da doença → OBS: doresabdominais fortes e contínuas → Em casos menos graves, quando os vômitos ameaçarem causar desidratação ou acidose → Houver sinais de hemoconcentração, a reidratação pode ser feita em nível ambulatorial → O tratamento é feito por • fluidos • medicamentos para a dor @ v i t o r i a f x | 5 • ingestão de líquidos • Analgésicos → Os casos graves exigem cuidados hospitalares. CHIKUNGUNYA → No Brasil – circulação do vírus aconteceu em 2014 → Chikungunya significa "aqueles que se dobram’’ → É um alfavírus → família Togaviridae → Não é possível ter Chikungunya mais de uma vez → A pessoa fica imune pelo resto da vida (AC) → Os sintomas iniciam entre 2 e 12 dias após a picada do mosquito → 30% dos casos não apresentam sintomas SINTOMAS: → Febre → Dores intensas nas juntas, em geral bilaterais (joelho esquerdo e direito, pulso direito e esquerdo, etc) → Pele e olhos avermelhados → Dores pelo corpo → Dor de cabeça → Náuseas e vômitos PREVENÇÃO: → Não existe vacina ou medicamentos contra chikungunya. → A prevenção é acabar com o mosquito: • eliminando os possíveis criadouros • roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia • repelentes • inseticidas • mosquiteiros • Principalmente para os que dormem durante o dia – bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos DIAGNÓSTICO: → Cultura viral → RT-PCR → Pesquisa de IgM TRATAMENTO: → O tratamento é paliativo: • repouso • hidratação oral • Intravenosa • Analgésicos • Antipiréticos → A maioria das pessoas se sente melhor em cerca de uma semana, depois que o vírus segue seu curso ZIKA → A epidemia começou no Nordeste, no início de 2015 → O vírus pode ter entrado no Brasil: o com torcedores estrangeiros durante a Copa do Mundo o Ou com uma equipe de remo da Polinésia Francesa, que esteve em um campeonato no Brasil → Origem: na floresta Zika, em Uganda, 1947 → 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas → Sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias SINTOMAS: → dor de cabeça → febre baixa → dores leves nas articulações → manchas vermelhas na pele → coceira → vermelhidão → inchaço no corpo → dor de garganta → tosse e vômitos → Em alguns casos - paralisia (síndrome de Guillain- Barré) PREVENÇÃO: → Não existe vacina ou medicamentos contra Zika → A prevenção é acabar com o mosquito – mesmo esquema da Chikungunya. @ v i t o r i a f x | 6 MICROCEFALIA: → A microcefalia é uma malformação congênita → O cérebro não se desenvolve de maneira adequada → Nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal → Essa malformação congênita pode ser efeito; • Substâncias químicas • Agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação. → O Ministério da Saúde a relação entre o vírus Zika e o surto de microcefalia na região Nordeste. → Associações (rubéola, citomegalovírus, toxoplasmose, herpes vírus, vírus da imunodeficiência humana) → As investigações sobre o tema devem continuar; • Transmissão desse agente • A sua atuação no organismo humano • A infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante • Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez → Proteínas virais foram detectadas na placenta em alguns histiócitos eosinofilicos e nos espaços intervilosos → O VZIK pode danificar a barreira placentária → Induzir uma placentite crônica → Disseminação para o cérebro fetal → Preferencialmente infecta células progenitoras neuronais → Diminuindo sua viabilidade e crescimento, → Consequente afilamento do córtex e aspectos macroscópicos de microcefalia. → Processo inflamatório placentário pode atuar em sinergismo com a infecção cerebral pelo VZIK na gênese das malformações cerebrais TRATAMENTO: → Não há tratamento específico para a microcefalia → cada criança desenvolve complicações diferentes • respiratórias • neurológicas • motoras → O acompanhamento por diferentes especialistas vai depender de suas funções que ficarem comprometidas Gestantes: → Pré-natal qualificado e todos os exames previstos nesta fase → Relatar aos profissionais de saúde qualquer alteração que ocorra durante a gestação → Reforçar as medidas de prevenção ao mosquito Aedes aegypti → Repelentes indicados para o período de gestação → Roupas de manga comprida → Acúmulo de água parada em casa ou no trabalho → Consultar o seu médico antes de viajar
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