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O Triste Fim de Policarpo Quaresma 3º Ano A Grupo 2 Lima Barreto (1881-1992) Funcionário público; Socialista; Mestiço de origem pobre; Críticas por falta de estilo. Sobre o autor Principais obras Recordação do Escrivão do Isaías Caminha (1909); O Triste Fim de Policarpo Quaresma (1911); Numa e Ninfa (1917); Vida e Morte de M.J Gonzaga de Sá; Clara dos Anjos (1948). Introdução da obra O Triste Fim de Policarpo Quaresma é uma obra do escritor pré-modernista Lima Barreto (1881-1922). Trata-se de um dos maiores clássicos da literatura brasileira do período. Dividida em três partes, ela foi publicada em 1911 nos folhetins do Jornal do Commercio. A obra integral foi publicada em livro em 1915. Principais Personagens Policarpo Quaresma Nacionalista; Patriota; Idealista. “... Uma disposição particular de seu espírito, forte sentimento, que guiava a sua vida. Policarpo era patriota...” Dona Adelaide Irmã de Quaresma que morava com ele; Censurava o irmão. “Era uma bela velha de corpo médio, ser metódico, ordenado e organizado, de ideias simples, médias e claras, seus olhos verdes não revelavam nenhuma paixão ou ambição”. Ricardo Coração dos outros Trovador suburbano; Representa a cultura popular. “Era magro, baixo, pálido, quase sempre carregando um violão agasalhado com camurça. Vivendo para o violão e as modinhas, e para o ideal de chegar até Botafogo...” Olga Afilhada de Policarpo; Possuía opinião forte; Bondosa. “A boca pequena, de um desenho fino, exprimia bondade, malícia, e o seu ar geral era de reflexão e curiosidade...” Vicente Coleoni Pessoa de boa alma; Fiel a Policarpo Quaresma. “Vicente Coleoni pôs uma quitanda, ganhou uns contos de réis, fez-se logo empreiteiro, enriqueceu, casou, veio a ter aquela filha, que foi levada à pia por seu benfeitor”. Sobre a obra Foco Narrativo e Tempo O livro é narrado em terceira pessoa, onde o narrador é onisciente; Antecipação de alguns fatos por meio de flashbacks e posteriormente a explicação de como esses fatos ocorreram; O tempo é o cronológico. Resumo Análise Temática O tema principal é o nacionalismo; Nacionalismo quixotesco X Nacionalismo manipulado. Outros temas Política no Interior do Brasil; Educação recebida pelas mulheres; Miséria e improdutividade; Literatura de tempo; Críticas ao governo; Superstições; Militarismo. Trechos da obra “Quem uma vez esteve diante deste enigma indecifrável da nossa própria natureza, fica amedrontado, sentindo que o gérmen daquilo está depositado em nós e que por qualquer cousa ele nos invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta numa desesperadora compreensão inversa e absurda de nós mesmo, dos outros e do mundo. Cada louco traz em si o seu mundo e para ele não há mais semelhantes: o que foi antes da loucura é outro muito outro do que ele vem a ser após”. Memória e recordação Os dous se despediram. Debruçado na varanda, Quaresma ficou a vê-lo montar no seu pequeno castanho, luzidio de suor, gordo e vivo. O escrivão afastou-se, desapareceu na estrada e o major ficou a pensar no interesse estranho que essa gente punha nas lutas políticas, nessas tricas eleitorais, como se nelas houvesse qualquer cousa de vital e importante. Não atinava porque uma rezinga entre dous figurões importantes vinha pôr desarmonia entre tanta gente, cuja vida estava tão fora da esfera daqueles. Não estava ali a terra boa para cultivar e criar? Não exigia ela uma árdua luta diária? Por que não se empregava o esforço que se punha naqueles barulhos de votos, de atas, no trabalho e no fecundá-la, de tirar dela seres, vidas – trabalho igual ao de Deus e dos artistas? Era tolo estar a pensar em governadores e guaribas, quando a nossa vida pede tudo à terra e ela quer carinho, luta, trabalho e amor… Narrador tradicional x Narrador moderno “ ” Para Dona Adelaide, a vida era cousa simples, era viver, isto é, ter uma casa, jantar e almoço, vestuário, tudo modesto, médio. Não tinha ambições, paixões, desejos. Moça, não sonhara com príncipes, belezas, triunfos, nem mesmo um marido. Se não casou foi porque não sentiu necessidade disso; o sexo não lhe pesava e de alma e corpo ela sempre se sentiu completa. Memória como aprendizado “ ” De acordo com sua paixão dominante, Quaresma estivera muito tempo a meditar qual seria a expressão poético-musical característica da alma nacional. Consultou historiadores, cronistas e filósofos e adquiriu certeza que era a modinha acompanhada pelo violão. Seguro desta verdade, não teve dúvidas: tratou de aprender o instrumento genuinamente brasileiro e entrar nos segredos da modinha. Estava nisso tudo a quo, mas procurou saber quem era o primeiro executor e cantor da cidade e tomou lições com ele. O seu fim era disciplinar a modinha e tirar dela um forte motivo original de arte. Leitura como elementos (experiências) que se somam a memória “ ” Fim! “A Nação anda mendiga de heróis”.
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