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Questão 1/5 - Teoria e Crítica Literária Atente para a seguinte citação: “Para ter êxito nos estudos superiores, porém, era preciso redigir, ao final do quinto ano, uma monografia de fim de curso. Como falar de literatura sem ter de me curvar às exigências da ideologia dominante?”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: TODOROV, Tzvetan. A literatura em perigo. Trad. Caio Meira. Rio de Janeiro DIFEL, 2009. p. 17. Tendo em vista a citação e de acordo com o texto-base A polêmica do estruturalismo ou “quem tem medo de teoria?”, analise as seguintes proposições: I. Segundo os estruturalistas, o estudo da linguagem e sua forma não significa eliminar a emoção e a intuição em literatura. PORQUE II. O estudo da linguagem em literatura é um instrumento para identificar os aspectos biográficos do escritor. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta: Nota: 0.0 A As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da primeira. B As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da primeira. C A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. Comentário: A asserção I é uma proposição verdadeira, pois “[...] a formalização da linguagem nos estudos literários não significaria o assassínio da emoção e da intuição, mas uma tentativa de conhecer, pensar, iluminar seu objeto; a teoria funcionaria como um antídoto contra a ‘aventura da personalidade’: ‘formalizamos para conhecer e não para sermos conhecidos’ [...]. Nesse sentido, a investida contra a teoria, contra o estruturalismo seria, portanto, uma maneira de manter ‘a poesia como propriedade de certos homens’ [...]” (texto- base A polêmica do estruturalismo..., p. 6). A asserção II é uma proposição falsa, já que identificar aspectos biográficos não é fim do estruturalismo. D A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E As asserções I e II são proposições falsas. Questão 2/5 - Teoria e Crítica Literária Leia a seguinte afirmação: “O mundo não é um objeto que existe ‘fora de nós’, a ser analisado racionalmente, contrastado com um sujeito contemplativo: o mundo nunca é algo do qual possamos sair e nos confrontarmos com ele”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. Trad. Waltensir Dutra. São Paulo: Martins Fontes, 2006. p. 95. Levando em consideração o fragmento do texto dado e os conteúdos do texto- base Recepção e leitura no horizonte da literatura em torno do que Hans Robert Jaus chamou de “horizonte de expectativa”, analise as assertivas a seguir, assinalado V para as verdadeiras e F para as falsas: I. ( ) Os leitores ficam imunes às obras que consomem. II. ( ) O “saber prévio” do leitor é algo construído coletivamente. III. ( ) A recepção está condicionada a códigos vigentes, normas sociais e estéticas. IV. ( ) A configuração estética da obra é imutável e determinante para se configurar o horizonte de expectativas. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 20.0 A V – F – V – F B V – F – V – V C F – V – V – F Você acertou! Comentário: “Nenhum leitor fica imune às obras que consome [afirmativa I, falsa]; essas, da sua parte, não são indiferentes às leituras que desencadeiam. Portanto, para Jauss, o leitor constitui um fator ativo que interfere no processo como a literatura circula na sociedade. Só que a ação do leitor não é individualista; nem cada leitor age de modo absolutamente singular. Segundo Jauss, as épocas ou as sociedades constituem horizontes de expectativa dentro dos quais as obras se situam. Essas expectativas advêm da ‘compreensão prévia do gênero, da forma e da temática das obras anteriormente conhecidas e da oposição entre linguagem poética e linguagem prática’. Assim, as obras, quando aparecem, não caem em um vazio [afirmativa IV, falsa]: ao serem publicadas, deparam-se com códigos vigentes, normas estéticas e sociais, formas de comunicação consideradas cultas ou populares, preconceitos e ideologias dominantes [afirmativa III, verdadeira]. Esses dados determinam o ‘saber prévio’ dos leitores, que condiciona a recepção do texto em certa época ou dentro de um grupo social. O ‘saber prévio’ é coletivo [afirmativa II, verdadeira] e incide sobre as possibilidades de decifração de uma obra, sugerindo que os leitores atuam de modo coeso” (texto- base Recepção e leitura..., p. 93). D V – V – F – F E F – V – F – F Questão 3/5 - Teoria e Crítica Literária Considere a seguinte passagem de texto: “O que segurou a crítica política foi o feminismo, que se tornou rapidamente conhecido. Não por acaso, também, foi esse o apogeu do pós-estruturalismo [...]”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. Tradução de Waltensir Dutra. São Paulo: Martins Fontes, 2006. p. 335. Levando em consideração o fragmento de texto dado e os conteúdos do texto- base Crítica feminista: uma contribuição para a história da literatura sobre a crítica literária feminista, analise as assertivas a seguir, assinalando V para as verdadeiras e F para as falsas: I. ( ) A crítica literária feminista observa que não há neutralidade nas representações do masculino e feminino em literatura. II. ( ) A voz narrativa, segundo a crítica feminista, cria exclusivamente estereótipos femininos na pós-modernidade. III. ( ) A crítica literária feminista investiga a representação das personagens femininas a partir do ponto de vista masculino. IV. ( ) A exposição da ideologia patriarcal foi tema de grande parte da crítica feminista. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 0.0 A V – V – V – F B V – F – V – V Comentário: “O autor aponta alguns aspectos que devem ser observados na leitura feminina, tais como a não neutralidade nas representações masculinas e femininas [afirmativa I, verdadeira], muito embora o ponto de vista do autor não possa ser atribuído a qualquer voz narrativa, ou seja, o leitor (ou leitora) constrói o significado das representações; desvela os estereótipos masculinos e femininos presentes na obra [afirmativa II, falsa]; desentranha a ideologia patriarcal inclusa no texto [afirmativa IV, verdadeira]; analisa a representação das personagens femininas através do ponto de vista masculino [afirmativa IIII, verdadeira]; promove o questionamento sobre como o texto constrói a sua leitora” (texto-base Crítica feminista..., p. 411). C V – V – F – V D V – F – F – F E F – V – F – F Questão 4/5 - Teoria e Crítica Literária Atente para a seguinte citação: “[...] o jornalismo, na segunda metade do século XX, [era] mais voltado para resenhar produtos de consumo massivos do que para a análise de obras de arte, menos afeitas ao largo consumo popular”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RIBEIRO, José Alcides; JUNIOR, José Ferreira; TEIXEIRA, Lucilinda. A crítica literária e a polêmica jornalística: as contribuições de Aluisio Azevedo e Machado de Assis. Revista USP. n. 104, p. 193-198, jan./fev./mar., 2015. <https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/106766/105403>. Acesso em 09 abr. 2018. p. 194. Tendo em vista a citaçãoe de acordo com os conteúdos do texto-base Ocaso da literatura ou falência da crítica?, sobre a relação entre a crítica literária do final do século XXI e um novo tipo de mentalidade ou cultura, analise as seguintes proposições: I. O modo de ser da pós-modernidade coincide com um espírito imediatista, avesso à paciência e ao isolamento que a leitura exige. PORQUE II. O mercado está pautado por um consumo voltado ao produto rentável, manipulado e que visa a uniformização, o banal e o óbvio. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta: Nota: 20.0 A As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da primeira. Você acertou! Comentário: “Não reivindicamos, apontando o predominante caráter mediático do jornalismo responsável pelo desfalque, consequente à retração indicada, o retorno à situação anterior, nem pretendemos ‘resgatar’ o exílio jornalístico da crítica. Estamos, sim, assinalando o que talvez seja o sintoma da ascensão de um novo tipo de mentalidade ou de ‘cultura’ [...]. Pulsa, nesse domínio do produtivo e do rentável, que é também o da manipu- lação e da formalização do pensamento, tendendo a uniformizá-lo e a informatizá- lo, um ethos do lucro e do poder, à busca do fácil, do banal, do óbvio, com a sua mentalidade calculadora, imediatista, hedonística, espetaculosa, um tanto megalómana, pouco a pouco descentrada da reflexão, do prazer contemplativo, das inquietações intelectuais e filosóficas” (texto-base O ocaso da literatura..., p.18, 19). B As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da primeira. C A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E As asserções I e II são proposições falsas. Questão 5/5 - Teoria e Crítica Literária Atente para a seguinte citação: “A teoria feminista oferecia aquela preciosa ligação entre academia e sociedade, bem como entre problemas de identidade e de organização política, o que era, em termos gerais, cada vez mais difícil de encontrar numa época de crescente conservadorismo”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. Tradução de Waltensir Dutra. São Paulo: Martins Fontes, 2006. p. 336. Considerando o dado fragmento de texto e os conteúdos do texto-base Crítica feminista: uma contribuição para a história da literatura sobre o movimento feminista e a literatura, assinale a única afirmação correta: Nota: 0.0 A O movimento feminista refere-se a uma militância que atuou a partir do século XVIII. B Virginia Woolf integrou o movimento feminista do século XIX. C Simone de Beauvoir e Virginia Woolf foram parceiras no movimento político feminista. D Na obra Um teto todo seu, Virginia Woolf dá atenção especial à condição da mulher na sociedade da época. Comentário: “Na obra Um teto todo seu [...], a autora [Virginia Woolf] atribui a relativamente pouca produção literária feminina às condições materiais das mulheres, considerando o precário acesso à educação, às experiências da vida e à renda, o que restringe sua liberdade intelectual. No entanto, já sinaliza a ocorrência de transformações na sociedade dos anos vinte (séc. XX) o que abre possibilidades para a escrita literária feminina. Uma vez que o escritor detém maior sensibilidade frente à realidade que outras pessoas, destaca a relevância da transmissão da experiência de vida das mulheres para as demais pessoas. A Segunda Onda teve início com a publicação de O segundo sexo, de Simone de Beauvoir, em 1949, obra que aponta, entre outros e relevantes aspectos, os mitos sobre a mulher criados por escritores renomados, entre eles, Stendhal e D. H. Lawrence [...]. Partindo da consideração de que a mulher nunca é o Um, mas sempre é o Outro, aponta a subordinação feminina como uma questão ontológica: é o inessencial que não retorna ao essencial. Essa obra foi um marco no pensamento feminista [...]” (texto-base Crítica feminista..., p. 412). E O trabalho de Simone de Beauvoir influencia os Estudos Culturais de modo insignificante.
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