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Aula 08 - Direito Processual Penal

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Futuro(a) Aprovado(a), 
Com base nas últimas provas e na “lógica” da banca, vamos analisar os tópicos 
do edital que devem ser priorizados nesta reta final, pois, provavelmente, 
serão encontrados em sua PROVA! 
 
1 - PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO DIREITO PROCESSUAL PENAL 
Apesar de ser um tema básico para o entendimento do Processo Penal, vejo 
muitos alunos que se confundem com os conceitos dos princípios. Acredito que 
esse tema será cobrado dentro de outros assuntos, mas, ao menos um 
conhecimento básico é necessário. Observe o quadro e faça uma breve 
revisão: 
PPRRIINNCCÍÍPPIIOO CCOOMMEENNTTÁÁRRIIOOSS 
DA VERDADE REAL 
CABERÁ AO JUDICIÁRIO, ATRAVÉS DA COLHEITA 
DE INFORMAÇÕES, ATINGIR A VERDADE REAL E 
DECIDIR ATRAVÉS DA LIVRE APRECIAÇÃO DAS 
PROVAS. 
 
DA INICIATIVA DAS PARTES 
 
O JUIZ NÃO PODE DAR INÍCIO AO PROCESSO DE 
OFÍCIO, SEM A PROVOCAÇÃO DA PARTE 
INTERESSADA. 
 
DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA 
 
NINGUÉM SERÁ CONSIDERADO CULPADO ATÉ O 
TRÂNSITO EM JULGADO DE SENTENÇA PENAL 
CONDENATÓRIA. 
 
DO CONTRADITÓRIO 
TER CONHECIMENTO DE TODAS AS PROVAS PARA 
EXERCER O DIREITO DE CONTRADIZÊ-LAS. 
DA AMPLA DEFESA 
 
POSSIBILIDADE DE APRESENTAR TODO TIPO 
(LÍCITO) DE PROVAS PARA PROVAR O QUE AFIRMA. 
 
DA INADMISSIBILIDADE DAS PROVAS 
OBTIDAS POR MEIOS ILÍCITOS 
 
SÃO INADMISSÍVEIS, DEVENDO SER 
DESENTRANHADAS DO PROCESSO, AS PROVAS 
ILÍCITAS, ASSIM ENTENDIDAS AS OBTIDAS EM 
VIOLAÇÃO A NORMAS CONSTITUCIONAIS OU 
LEGAIS. 
 
 
DA OFICIALIDADE 
 
A PRETENSÃO PUNITIVA DO ESTADO DEVE SE 
FAZER VALER POR ÓRGÃOS PÚBLICOS. 
DA OFICIOSIDADE 
A AUTORIDADE POLICIAL E O MINISTÉRIO 
PÚBLICO, REGRA GERAL, TOMANDO 
CONHECIMENTO DA POSSÍVEL OCORRÊNCIA DE UM 
DELITO, DEVERÃO AGIR EX OFFICIO. 
 
DO DEVIDO PROCESSO LEGAL 
 
NINGUÉM SERÁ PRIVADO DA LIBERDADE OU DE 
SEUS BENS SEM O DEVIDO PROCESSO LEGAL. 
 
DO “FAVOR REI” 
 
IN DUBIO PRO REO – OU SEJA – NA DÚVIDA ENTRE 
PRIVILEGIAR A PRETENSÃO PUNITIVA DO ESTADO 
OU O RÉU, PREVALECE ESTE ÚLTIMO. 
DA IMPARCIALIDADE DO JUIZ 
A ATUAÇÃO DO JUIZ DEVE SER COMPLETAMENTE 
IMPARCIAL, OU SEJA, DESPROVIDA DE QUALQUER 
INTERESSE PESSOAL. (HIPÓTESES DE SUSPEIÇÃO E 
IMPEDIMENTOS). 
 
DA INDISPONIBILIDADE 
ASSIM COMO O MP NÃO PODE DEIXAR DE 
OFERECER A DENÚNCIA QUANDO DA EXISTÊNCIA 
DE CRIME QUE SE APURA MEDIANTE AÇÃO PENAL 
PÚBLICA, TAMBÉM NÃO PODE DESISTIR DELA APÓS 
TÊ-LA INTERPOSTO. TAL PRECEITO TAMBÉM É 
APLICADO À AUTORIDADE POLICIAL NA FASE DO 
INQUÉRITO. 
DO JUIZ NATURAL E DO 
 
 
NINGUÉM SERÁ PROCESSADO NEM SENTENCIADO 
SENÃO PELA AUTORIDADE COMPETENTE. 
 PROMOTOR NATURAL 
PUBLICIDADE OS ATOS PROCESSUAIS DEVEM SER PÚBLICOS 
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO 
O LITIGANTE VENCIDO, TOTAL OU PARCIALMENTE, 
TEM O DIREITO DE SUBMETER A MATÉRIA 
DECIDIDA A UMA NOVA APRECIAÇÃO 
JURISDICIONAL 
 
2 – INQUÉRITO POLICIAL 
Esse tema é importante e esteve presente nas últimas provas do CESPE. Deste 
modo, atenção redobrada para este tópico. 
O inquérito é tratado nos artigos 4º ao 23 do Código de Processo Penal (CPP). 
Em uma análise das provas aplicadas de 2000 até 2013 temos a maior 
incidência de questões baseadas nos seguintes artigos: 
OOSS CCIINNCCOO MMAAIISS CCOOBBRRAADDOOSS DDOO IINNQQUUÉÉRRIITTOO PPOOLLIICCIIAALL 
01 
Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 
[...] 
§ 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá 
sem ela ser iniciado. 
02 
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, 
a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não 
contrarie a moralidade ou a ordem pública. 
03 
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em 
flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia 
em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, 
mediante fiança ou sem ela. 
04 Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
05 
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta 
de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de 
outras provas tiver notícia. 
Por fim, tenha uma atenção especial, também, com as características 
fundamentais do inquérito. Relembre: 
 
 
 
 
 
3 – AÇÃO PENAL 
Trata-se, também, de um tema recorrente em PROVAS e que acredito que 
estará presente na sua. Vamos relembrar os principais pontos referentes ao 
assunto: 
CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA ��� É a ação que pode ser 
iniciada mediante DENÚNCIA, logo que o titular para impetrá-la tiver 
conhecimento do fato, não necessitando de qualquer manifestação do 
ofendido. É a forma de ação adotada em regra no Brasil. 
A denúncia nada mais é do que um documento no qual o promotor requere ao 
Juiz o início da ação penal para a apuração de determinado crime. Cabe 
ressaltar que qualquer omissão neste documento inicial pode ser sanada até a 
sentença. 
 
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA ��� É a ação PÚBLICA cujo exercício 
está subordinado a uma condição. Essa condição tanto pode ser a 
demonstração de vontade do ofendido ou de seu representante legal 
(REPRESENTAÇÂO), como a REQUISIÇÃO do Ministro da Justiça, conforme 
veremos um pouco mais a frente. 
Neste tipo de ação, a TITULARIDADE, assim como na ação pública 
incondicionada, é do Ministério Público. 
Obs. 01 - O STF e o STJ têm entendido que não existe a necessidade de 
formalismo na representação, sendo suficiente a simples manifestação de 
vontade da vítima em processar o autor do fato. 
 
 
 
 
Obs. 02 - Para efeito de prova temos os seguintes indivíduos podendo exercer 
o direito de representação no caso de morte ou ausência: 
 
 
 
 
 
 
 
Obs. 03 - O CPP nos traz um prazo decadencial de seis meses para que a 
representação possa ser feita, contado da data em que o autor do crime vier a 
ser conhecido. 
 
 
 
 
 
AÇÃO PENAL PRIVADA 
Neste tipo de ação, o delito afronta tão intimamente o indivíduo que o ESTADO 
transfere a legitimidade ativa da ação para o ofendido. Perceba que nesta 
transferência de legitimidade reside a diferença fundamental entre a ação 
penal PÚBLICA E PRIVADA. 
 
4 – JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA 
O CESPE não tem exigido muitas questões deste tema, mas, quando 
aparecem, normalmente versam sobre a diferenciação entre os institutos da 
conexão e continência. Deste modo, neta reta final, não deixe de reler os arts. 
76 ao 81. 
Não há forma rígida para a representação, bastando a 
manifestação de vontade da ofendida para que fosse apurada a 
responsabilidade do paciente (STJ, HC 48.692/SP, DJ 
02.05.2006) 
 
ATENÇÃO! 
 
 
5 - JUIZ, MINISTÉRIO PÚBLICO, ACUSADO E DEFENSOR. ASSISTENTES 
E AUXILIARES DA JUSTIÇA. ATOS DE TERCEIROS. 
 
Trata-se de um tema bem adorado pelos examinadores do CESPE. Assim, 
nesta reta final, cabe uma observação mais detalhada. Vamos analisar os 
pontos mais presentes nas questões das últimas PROVAS: 
 
Conceito: a relação jurídica processual abrange várias pessoas. Estas recebem 
a denominação de sujeitos processuais e podem ser classificados como: 
a) Principais (ou essenciais): são aqueles cuja existência é 
fundamental para que se tenha uma relação jurídica processual 
regularmente instaurada. 
b) Secundários (ou acessórios): são aqueles que, apesar de não serem 
imprescindíveis, poderão intervir no processo a título eventual. 
JUIZ:tem como finalidade principal substituir a vontade das partes e aplicar o 
direito material ao caso concreto. 
 Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e manter a ordem no 
curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a força pública 
(art. 251). 
IMPEDIMENTOS: As causas de impedimento, também consideradas como 
ensejadoras da incapacidade objetiva do juiz, definem que o magistrado não 
poderá exercer jurisdição no processo em que (art. 252): 
a) Tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em 
linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou 
advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da 
justiça ou perito; 
b) Ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido 
como testemunha; 
c) Tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato 
ou de direito, sobre a questão; 
d) Ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha 
reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente 
interessado no feito. 
As hipóteses de impedimento previstas no CPP constituem rol taxativo (STF, 
HC 97.293/SP, DJ 26.06.2009, Informativo 551). 
SUSPEIÇÃO: O juiz dar-se-á por suspeito e, se não o fizer, poderá ser 
recusado por qualquer das partes (art. 254): 
a) Se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; 
b) Se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente estiverem 
respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso 
haja controvérsia; 
c) Se ele, seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, até o terceiro 
grau, inclusive, sustentarem demanda ou responderem a processo que 
tenha de ser julgado por qualquer das partes; 
d) Se tiver aconselhado qualquer das partes; 
e) Se for credor ou devedor, tutor ou curador de qualquer das partes; 
f) Se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no 
processo. 
MINISTÉRIO PÚBLICO: é instituição permanente, essencial à função 
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime 
democrático e dos interesses sociais (CF/1988, art. 127). 
Impedimento e suspeição do representante do Ministério Público: os 
órgãos do Ministério Público não funcionarão nos processos em que o juiz ou 
qualquer das partes for seu cônjuge, ou parente, consanguíneo ou afim, em 
linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no 
que lhes for aplicável, as prescrições relativas à suspeição e aos 
impedimentos dos juízes (art. 258). 
ACUSADO: é o sujeito que ocupa o polo passivo da relação jurídica. 
Identificação do acusado: a impossibilidade de identificação do acusado com 
o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos não retardará a ação penal, 
quando certa a identidade física. A qualquer tempo, no curso do processo, do 
julgamento ou da execução da sentença, se for descoberta a sua qualificação, 
far-se-á a retificação, por termo, nos autos, sem prejuízo da validade dos atos 
precedentes (art. 259). 
Obrigação de comparecimento: se o acusado não atender à intimação para 
o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não 
possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença 
(art. 260). 
DEFENSOR: é o responsável pela defesa técnica. Trata-se de profissional 
habilitado capaz de tornar efetivo o exercício do direito de defesa. No processo 
penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só 
anulará se houver prova de prejuízo para o réu (STF, Súmula 523). 
Defensor constituído: é o defensor indicado pelo réu por meio de 
procuração. 
Defensor dativo: é aquele nomeado ao réu quando ele não possuir defensor 
constituído. O réu poderá substituí-lo a qualquer tempo. 
Acusado que não for pobre será obrigado a pagar os honorários do defensor 
dativo, arbitrados pelo juiz (art. 263, parágrafo único). 
ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO: é o ofendido, parte acessória do processo, 
figurando ao lado do Ministério Público e em seu auxílio. 
 Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como assistente do 
Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, o 
cônjuge, ascendente, descendente ou irmãos (art. 268). 
Admissão do assistente: o assistente poderá ser admitido a qualquer tempo, 
desde que após o recebimento da denúncia e antes da sentença judicial 
transitada em julgado (art. 269). 
Faculdades (art. 271): o assistente pode: 
a) Propor meios de prova; 
b) Reperguntar às testemunhas; 
c) Aditar as alegações finais do Ministério Público; 
d) Participar dos debates orais; 
e) Arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou dele 
próprio, contra decisão de impronúncia, de extinção de punibilidade ou 
sentença absolutória (arts. 584, § 1º, e 598). 
Obs.: o rol do art. 271 é taxativo, de forma que o assistente da acusação 
exerce os poderes estritamente dentro dos limites conferidos por este 
dispositivo legal (STJ, REsp 604.379/SP, DJ 06.03.2006). 
AUXILIARES DA JUSTIÇA: são os responsáveis pela realização de tarefas 
técnicas e científicas que auxiliam no desempenho da atividade jurisdicional. 
Exemplos: analistas, escreventes, peritos, oficiais de justiça, intérpretes etc. 
Perito: em sentido amplo, são pessoas físicas entendidas e experimentadas 
em determinados assuntos e que, designadas pela justiça, recebem a 
incumbência de ver e referir fatos de natureza permanente, cujo 
esclarecimento é de interesse no processo. 
Intérprete: é a pessoa conhecedora de determinados idiomas estrangeiros ou 
linguagens específicas, que serve de intermediário entre a pessoa a ser ouvida, 
o Magistrado e as partes. Os intérpretes são, para todos os efeitos, 
equiparados aos peritos (art. 281). 
 
6 – CITAÇÃO E INTIMAÇÃO 
Trata-se de um tema recorrente em PROVAS do CESPE nos últimos 03 anos. A 
maioria das questões abrange a literalidade e a preferência dos examinadores 
é pela citação por hora certa. Vamos resumir este importante tema: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com relação à intimação, suas características especiais estão presentes nos 4 
parágrafos do art. 370. Vamos resumir, em um exercício, tudo que você 
precisa saber sobre as intimações para sua PROVA: 
ENDEREÇO 
CONHECIDO? 
NÃO SIM 
CITAÇÃO POR EDITAL 
PRAZOS (arts 361 e 363) 
CITAÇÃO 
PESSOAL 
NÃO 
ENCONTRADO 
E NÃO SE 
OCULTA 
EDITAL FIXADO NO FÓRUM 
E PUBLICADO 
RÉU COMPARECE OU 
CONSTITUI ADVOGADO? 
NÃO 
PROCESSO E PRAZO 
PRESCRICIONAL 
SUSPENSOS 
RÉU ENCONTRADO 
OU 
RÉU COMPARECE 
PROCESSO SEGUE 
NORMALMENTE 
OFICIAL ENCONTRA O RÉU 
E FAZ A CITAÇÃO? 
SIM 
O RÉU SE OCULTA PARA 
NÃO SER CITADO 
CITAÇÃO POR HORA CERTA 
 
(ARTS. 227 A 229 CPC) 
(Oficial de Justiça – TJ-BA) Analise as seguintes assertivas, acerca da intimação no 
processo penal: 
I – A intimação do defensor nomeado pelo Juiz de Direito pode ser feita através de 
publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, sendo 
dispensável o nome do acusado. 
II – As intimações nunca podem ser feitas pelo escrivão. 
III – A intimação do advogado do querelante pode ser feita através de publicação no 
órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca. 
IV – A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente 
far-se-á, sempre, por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos 
judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado. 
V – A intimação do Ministério Público será sempre pessoal. 
Estão corretas as assertivas: 
A) I, II e III. 
B) I, II e IV. 
C) I, IV e V. 
D) II, IIIe V. 
E) III e V. 
 
COMENTÁRIOS: Assertiva I � Incorreta � Nos termos do art. 370, § 1o, a 
intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente 
far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da 
comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado. 
Assertiva II � Incorreta � Conforme se retira do art. 370, § 2o, as intimações, 
em alguns casos, poderão ser feitas pelo escrivão: 
Art. 370 [...] 
§ 2o Caso não haja órgão de publicação dos atos judiciais na comarca, a 
intimação far-se-á diretamente pelo escrivão, por mandado, ou via postal com 
comprovante de recebimento, ou por qualquer outro meio idôneo. 
Assertiva III � Correta � Está de acordo com o art. 370, § 1o. 
Art. 370 [...] 
§ 1o A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do 
assistente far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos 
judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado. 
Assertiva IV � Incorreta � Essa questão confunde muitos candidatos, pois, 
praticamente, reproduz o parágrafo 1º do art. 370. Ocorre, todavia que a 
palavra SEMPRE torna a questão incorreta, pois, conforme dispõe o art. 370, 
§ 3º: 
Art. 370 [...] 
§ 3o A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a aplicação a que 
alude o § 1o 
Assertiva V � Correta � Está de acordo com o art. 370, § 4o. 
Art. 370 [...] 
§ 4o A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal. 
 
7 – PRISÃO EM FLAGRANTE 
O regramento sobre prisão foi recentemente modificado pela lei nº 
12.403/11. O CESPE adora novidades e, portanto, atenção especial a este 
assunto. 
Com relação ao tema prisão em flagrante, antes de qualquer coisa, é 
importante o conhecimento dos principais tipos de flagrante (próprio, 
impróprio, esperado, presumido, provocado, forjado, compulsório e 
facultativo). O CESPE gosta de contar uma história e exigir do candidato o 
enquadramento da espécie de flagrante com a situação. Sendo assim, atenção 
especial com o artigo 302 do CPP. 
No CPP, os seguintes artigos você não pode deixar de ler: 
OOSS AARRTTIIGGOOSS MMAAIISS CCOOBBRRAADDOOSS DDEE PPRRIISSÃÃOO EEMM FFLLAAGGRRAANNTTEE 
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados 
imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por 
ele indicada. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz 
competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu 
advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada 
pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas. 
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não 
cessar a permanência. 
 
Para finalizar vale lembrar que segundo o STF cabe prisão em flagrante para os 
crimes habituais se forem recolhidas provas da habitualidade. 
 
8 – PRISÃO PREVENTIVA 
Caro aluno, com relação à prisão preventiva é importante que você relembre 
as hipóteses de cabimento previstas nos artigos 312 e 313 do CPP. Isto é tema 
recorrente em provas do CESPE. 
 
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, 
da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a 
aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente 
de autoria. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de 
descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas 
cautelares (art. 282, § 4o). (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
Para que você compreenda perfeitamente, observe a redação antiga e a atual: 
NOVA REDAÇÃO REDAÇÃO ANTERIOR 
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será 
admitida a decretação da prisão preventiva: 
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de 
liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; 
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em 
sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no 
inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 
de dezembro de 1940 - Código Penal; 
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar 
contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou 
pessoa com deficiência, para garantir a execução das 
medidas protetivas de urgência; 
IV - (revogado). 
 Parágrafo único. Também será admitida a prisão 
preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil 
da pessoa ou quando esta não fornecer elementos 
suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado 
imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se 
outra hipótese recomendar a manutenção da medida. 
Art. 313. Em qualquer das 
circunstâncias, previstas no artigo 
anterior, será admitida a decretação da 
prisão preventiva nos crimes dolosos: 
I - punidos com reclusão; 
II - punidos com detenção, quando se 
apurar que o indiciado é vadio ou, 
havendo dúvida sobre a sua identidade, 
não fornecer ou não indicar elementos 
para esclarecê-la; 
III - se o réu tiver sido condenado por 
outro crime doloso, em sentença 
transitada em julgado, ressalvado o 
disposto no parágrafo único do art. 46 
do Código Penal. 
IV - se o crime envolver violência 
doméstica e familiar contra a mulher, 
nos termos da lei específica, para 
garantir a execução das medidas 
protetivas de urgência. 
Lembre-se também que: 
• O juiz poderá, quantas vezes for necessário, decretar a preventiva 
quando presentes os pressupostos e revogá-la quando ausentes. 
• A apresentação espontânea NÃO IMPEDE a decretação da preventiva, só 
obsta a decretação da prisão em FLAGRANTE!!! 
 
9 – PRISÃO TEMPORÁRIA 
A prisão temporária encontra cabimento na lei nº. 7.960/89 e quanto a este 
item, assim como frisei na preventiva, atenção total às hipóteses de cabimento 
previstas no artigo 1º da lei. Entretanto, este não é o artigo mais exigido em 
prova e sim o artigo 2º. Neste dispositivo temos três pontos fundamentais 
para sua PROVA: 
1. NÃO É POSSÍVEL A DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA DE 
OFÍCIO. 
2. NÃO É CABÍVEL A PRISÃO TEMPORÁRIA DURANTE A AÇÃO 
PENAL. 
3. O PRAZO DA PRISÃO TEMPORÁRIA É DE 05 DIAS PRORROGÁVEL 
POR MAIS 05. 
*************************************************************** 
Com relação aos demais temas previstos no edital, releia os dispositivos do 
Código Penal, mas não perca um grande tempo nesta reta final. Regra geral, 
as questões são retiradas do TEXTO LEGAL. 
***************************************************************

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