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Farmacologia (Salvo Automaticamente)

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Disciplina de Farmacologia
28
Introdução ao estudo da farmacologia. 
Droga ou Fármaco? 
Droga é qualquer substância que cause alguma alteração no funcionamento do organismo por ações químicas, com ou sem intenção benéfica. Pode ser alguma alteração a nível circulatório como aumento ou diminuição da pressão arterial, estímulos cerebrais que possam causar alucinação ou qualquer alteração em qualquer aparelho do corpo. Essas alterações podem ter efeitos tanto benéficos quanto maléficos. Os efeitos benéficos causados pelas drogas são estudados pela farmacologia, enquanto os efeitos maléficos são objetos de estudo da toxicologia. De uma forma resumida, podemos dizer que uma droga pode ser ou um fármaco ou um agente tóxico. 
O fármaco, como dito anteriormente, é uma droga que tem uma estrutura química já definida e, devido a imensos estudos, são conhecidos os seus efeitos no organismo. Tem como finalidade o uso para um efeito benéfico no organismo, como alívio da dor ou diminuição da inflamação. No entanto, a droga pode causar um efeito diferente, como provocar efeitos tóxicos no corpo humano. 
Medicamento ou Remédio? 
Medicamentos são produtos feitos a partir de fármacos que têm como objetivo um efeito benéfico. São produzidos para fins comerciais com finalidade terapêutica. Para tanto, essa produção não é de forma desordenada; existem normas e controle da fabricação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e supervisão dos processos de produção por um farmacêutico. A base da produção de um medicamento é o fármaco ou uma associação de fármacos e a partir deles são adicionadas substâncias que conferem a eles tamanho, estabilidade e forma. Eles passam então por um processo de industrialização para atingir o estado que encontramos nas prateleiras de droga rias e farmácias. Os medicamentos, além da ação terapêutica normal, que todos conhecem, e que consiste na cura de uma doença ou na melhora dos seus sintomas, também podem ter outras ações, como a profilática, ajudando na prevenção de doenças e auxiliando em diagnósticos usados em exames para que se possa determinar a presença ou a ausência de determinada doença. 
Já "remédio" tem um conceito um pouco mais amplo, pois abrange qualquer coisa que faça o indivíduo se sentir melhor, desde um medicamento até uma massagem ou uma fisioterapia. Abrange fés e crenças, como a bênção de um pastor, ou o trabalho de uma benzedeira, desde que faça o indivíduo se sentir melhor. Preparações caseiras também são consideradas remédios, mas não medicamentos, como um chá, uma compressa. Ou seja, os benefícios ao indivíduo podem vir de várias formas, por meio de métodos químicos (medicamentos), físicos (massagem, radioterapia), preparações caseiras ou qualquer outro procedimento. 
Pode-se concluir assim que todo medicamento é um remédio, mas nem todo remédio é um medicamento. 
Tipos de medicamentos: Alopáticos, fitoterápicos e homeopáticos. 
Medicamentos alopáticos tem a ver com a alopatia, a alopatia tem como princípio a cura pelo contrário, por exemplo, uma pessoa está com febre e toma medicamentos que tem como função diminuir a temperatura corporal. 
Medicamentos fitoterápicos são medicamentos a base de plantas medicinais, a diferença deles para os alopáticos está na matéria prima. 
A homeopatia trabalha de modo um pouco diferente. Ela acredita no processo de cura por meio de semelhante curando semelhante. A base dessa cura ocorre mediante medicamentos não muito agressivos ao corpo, os quais agem imitando os sintomas que o paciente está sofrendo. Assim, acontece uma piora leve inicial, culminando em uma reação do próprio organismo, pois há um fortalecimento nos seus mecanismos de defesa, ocasionando, portanto, a cura do paciente. O medicamento homeopático é produzido por meio de diluições sucessivas de uma solução mãe concentrada até chegar a doses infinitesimais, ou seja, concentrações muito pequenas. O objetivo é fazer com que os princípios ativos desses medicamentos não aumentem os sintomas sentidos pelo paciente. Por esse motivo, são considerados muito seguros e seu uso é aconselhado até para crianças em idade muito pequena e idosos, desde que com acompanhamento adequado. Eles têm origem tanto vegetal quanto mineral. 
Componentes da fórmula farmacêutica: 
Princípio ativo: representa o componente da formulação que é responsável pelas ações farmacológicas, no caso de mais de um princípio ativo teremos que há uma base, que é a substância de maior potencial farmacológico, seja pela potência ou concentração, e há um adjuvante ou coadjuvante terapêutico, que é uma outra substância ativa que tem como função complementar as ações da base, auxilia o principio ativo propriamente dito. 
Adjuvante técnico: substâncias que visam estabilizar, conservar, espessar e favorecer a dissolução, também visa corrigir as propriedades organolépticas da forma farmacêutica. 
Edulcorantes: conferem sabor doce à forma farmacêutica 
Aromatizantes ou flavorizantes: conferem sabor agradável à forma farmacêutica 
Corantes: dão cor à forma farmacêutica. 
Veículo ou Excipiente: componentes que servem para dissolver, suspender ou dissolver, suspender ou misturar-se homogeneamente com o principio(s) ativo(s) e o(s) adjuvante(s) técnico(s), desta forma possibilitando a confecção da forma farmacêutica e facilitando a sua administração.  
Veículo: é a parte liquida de uma forma farmacêutica na qual estão dissolvidos os demais componentes.  
Excipiente: ingrediente inerte, sólido, que “abriga” os demais componentes e serve para dar volume e peso à forma farmacêutica 
Diferentes formas farmacêuticas  
Sólidas: comprimido (orais e vaginais), drágeas (comprimidos revestidos com uma camada de açúcar), cápsulas, pós e granulados. 
Semissólidas: pomadas, cremes, géis, pastas, cataplasmas. Geralmente utilizados para medicamentos de uso tópico. 
Liquidas: Soluções, gotas, xaropes, suspensões, elixires. Facilitam a administração, mascaram sabores e são mais indicados para crianças e idosos por permitirem o ajuste da dose.  
Gasosas: Inalantes, aerossóis e sprays. Formas farmacêuticas sólidas 
Formas farmacêuticas sólidas 
Comprimidos  
Princípio ativo preparado com excipiente. 
Obtido por compressão de uma mistura de pós, princípio ativo mais excipiente. 
Administrado principalmente por via oral, mas também pode ser administrado na via sublingual, bucal, e vaginal. 
Abrange a maioria dos medicamentos. 
Tipos de comprimido: Não revestido: possuem camada única, resultado de uma compressão, ou camadas dispostas concentricamente ou paralelamente (resultado de compressões precisas de diferentes pós) 
Revestidos : São recobertos por uma ou mais camadas de misturas de substancias como resinas, gomas, açucares, plastificantes, ceras, corantes ou aromatizantes. 
De liberação controlada (modificada): Não liberam imediatamente todo o princípio ativo, o fazendo de forma gradual e continua em diferentes tempos e locais. 
Liberação sustentada: mantém concentração plasmática do principio ativo constante por um certo período de tempo;   
Liberação retardada (revestimento entérico): prolongam o período de tempo entre a administração e a absorção do fármaco para a corrente sanguínea. Busca promover a mucosa gástrica da ação irritante do fármaco e proteger o fármaco da ação do suco gástrico.  
 Liberação repetida: Ocorre liberação de uma dose logo após a administração do fármaco (situada na camada mais externa do comprimido), e outras doses com horas após a ingestão. 
Liberação prolongada: Há a absorção de uma primeira dose, chamada dose inicial de liberação imediata, que produz o efeito desejado. Uma segunda dose, chamada dose de manutenção, é liberada gradualmente, prolongando a resposta do organismo ao fármaco.  
Tamponado: revestido por película protetora que permite a utilização do medicamento por pessoas que sofram de gastrite ou úlceras;  
Efervescente: não-revestido. Sua composição consiste de um ácido e  um carbonato/bicarbonato, capaz de reagirrapidamente em presença de água, liberando CO2. Destina-se para a dissolução em água antes da administração.  
Mastigável e Sublingual: normalmente não-revestidos. Formulado para liberação lenta e ação local, ou absorção sublingual ou pela mucosa oral. Desintegram na boca com ou sem mastigação. São preparados por granulação úmida com compressão, utilizando grãos de mínimo grau de dureza. 
Vaginal: Destinado à aplicação no canal vaginal. 
 
Drágea - forma farmacêutica que consta de um núcleo, que é um comprimido; e uma camada de revestimento externo com açúcar e corantes. 
Cápsulas: Constituídas por um invólucro, duro ou mole que abriga o princípio ativo (sólido, liquido, ou pastoso), normalmente usado uma só vez.                                                                  
Forma cilíndrica, e possui o invólucro feito de gelatina (capsula dura) e gelatina + emolientes (capsula mole) 
Podem ser administrados via oral, retal, e vaginal. 
Tipos de cápsulas:  
Cápsulas duras: Consta de duas partes cilíndricas arredondadas nas extremidades, que se encaixam. A parte mais cumprida serve para posição do medicamento e a menor serve como tampa. Consideradas as mais resistentes contra a luz, o ar e a umidade. São de fácil administração. Possibilitam, em alguns casos, ingestão associada com substancias incompatíveis. Administrada via oral.  
Cápsulas moles: invólucro mais espesso do que as cápsulas duras, constituído por uma só parte que pode ter várias formas. Pode abrigar líquidos sozinhos ou sólidos dissolvidos em veículos apropriados, obtendo solução pastosa. 
Cápsulas gastro-resistentes: podem ser duras ou moles. Possui invólucro que resiste à ação do suco gástrico. Evita a digestão do princípio ativo no estomago, evita a irritação da mucosa gástrica pelo medicamento, evita a geração de náusea quando o medicamento age no estomago, e garante que o princípio ativo só aja a partir do duodeno em diante.  
Cápsulas de liberação modificada: podem ser duras ou moles. Seu conteúdo, seu invólucro, ou ambos, contem adjuvantes ou são preparados de modo que haja modificação da velocidade ou lugar da liberação do princípio ativo. 
Pílulas - pequeno comprimido, sensivelmente esférica, destinadas a serem deglutidas sem mastigação. Pode ser gastro-solúvel ou gastro-resistente.  
Vantagens:  Mascaram o cheiro/sabor desagradável; Pequeno volume, fácil administração;  Resistentes a alterações por luz, umidade e ar;  Fácil produção; 
Grânulos: Constituídos por princípios ativos associados a açúcar e/ou adjuvantes. Homogêneos. Preparados umedecendo o pó (ou mistura de pós), e passando a massa umedecida por uma “peneira” que produza os grânulos do tamanho desejado. Podem ser revestidos ou efervescentes Partículas de tamanho maior que 10 micrômetros.              Vantagens: Grãos não se aderem, melhor de ingerir que pós, posologia facilmente mantida.                                            
Podem ser envolvidos com revestimentos protetores, ao contrário dos pós. 
Pós : Mistura de princípio(s) ativo(s) e adjuvante(s) finamente divididos e secos. Podem ser administrados pelas vias tópica, oral e parenteral. Partículas de tamanho menor que 10 micrometros.  
Tipos de pós:  
Administração Oral: Administrados com/em água ou outro liquido apropriado. Também podem ser diretamente deglutidos. 
Efervescentes: contem na sua formulação substancias acidas e carbonatos/bicarbonatos, reagindo na presença de água, liberando CO2. 
De aplicação local: destinados a aplicação sobre feridas ou pele afetada.  
Para preparação de medicamentos. 
Supositórios: 
São formas farmacêuticas destinadas a inserção retal, onde amolecem, se dissolvem, e exercem efeitos sistêmicos ou locais.  Dependem diretamente da temperatura do organismo. 
Óvulos: São formas ovoides destinadas a inserção vaginal, dependem da temperatura do organismo, assim como o supositório. 
Pastilhas: Formas farmacêuticas de formatos variados, destinadas à lenta dissolução na boca, tendo efeito local ou sistêmico; contem aromatizantes.  
Tipos: Pastilha dura e Pastilha gomosa 
Formas farmacêuticas semisólidas  
Pomadas: Aspecto homogêneo; Aplicação na pele ou mucosas; Ação principalmente local, mas também há penetração cutânea do princípio ativo; Efeito emoliente ou protetor; tem alta adesividade, fixando-se no local da aplicação. Obturam poros, favorecendo edemas e reduzindo as trocas gasosas pela pele, induzindo a resposta inflamatória.  
Tipos de pomadas:  
 Propriamente ditas: constituídas por excipientes de fase única lipofílicos (oleosos) nos quais são dispersas as substancias liquidas ou solidas.  
Hidrófobas: absorvem pequenas quantidades de água. Usa excipientes como vaselina, parafina, óleos vegetais e gorduras animais.  
Absorventes de água: absorvem certa quantidade de água. Usa os mesmos excipientes das pomadas hidrófobas, mas com adição de emulsionantes.  
 Hidrófilas: seu excipiente é hidrofílico. Pode conter grande quantidade de água.  
Aplicação vaginal: são pomadas mais ácidas.  
Oftálmicas 
Pomadas cremosas ou cremes: O princípio ativo está dissolvido ou suspenso em fase aquosa ou oleosa. A maioria dos cremes são emulsões de óleo em água, mas o contrário pode acontecer.  O emulgente regula o equilíbrio hidrófilo-lipófilo.  
Emulgentes ânions ativos dão ao creme alto poder de penetração na pele e propriedades umectantes.  
 Emulgentes tensoativos não iônicos oferecem pouco poder de penetração e propriedades umectates.  
Administração tópica.  
Efeito mais lento que as pomadas. 
Gel:  Sistema semi-sólido composto por dispersões de pequenas partículas inorgânicas ou grandes moléculas orgânicas encerradas por um liquido.  Administração tópica. 
Diferença básica entre pomada, gel e creme: Pomadas: o fitoterápico líquido é incorporado a bases mais oleosas (vaselina). A concentração será determinada pela função do efeito terapêutico esperado. São utilizados em lesões secas. 
 Cremes: a base possui consistência mole, sendo menos oleosos do que as pomadas, tendo boa quantidade de água, o que facilita e acelera sua absorção. São ideais para uso em lesões úmidas. 
 Gel: sua base contém grande quantidade de água, sendo a absorção ainda mais rápida. 
Pasta: Para aplicação externa na pele. Contém maior porcentagem de material sólido, por isso são mais firmes e espessas. Apresentam consistência macia e firme pela quantidade de sólidos, são pouco gordurosas e têm grande poder de absorção de água ou de exsudados. Tem pouco poder de penetração. 
Cataplasma: Forma farmacêutica constituída de uma massa mole e úmida de matéria sólida. Veiculando princípios ativos. Possui boas capacidades absorventes, mas possui chances de infecção por microrganismos do ambiente.
Pomadas resinosas ou unguentos: Contém, além da base, resina.  
2. Utilizadas quando há necessidade de maior tempo de atuação e efeito de proteção.  
3. Sofre menos alteração que as demais pomadas e mais consistente.  
4. Administração tópica 
Emplastro: Consiste numa base adesiva contendo os princípios ativos distribuídos em camada uniforme num suporte apropriado (sintético ou natural).  
 Mantém o principio ativo em contato com a pele.  
Também desempenha função protetora e imobilizam áreas da pele. 
Tipos:  
Emplastros epidérmicos: ação protetora ou antisséptica.  
Emplastros endodérmicos: efeito sedativo, estimulante ou adstringente.  
Emplastros diadérmicos: ação sistêmica. 
Formas farmacêuticas liquidas  
Suspensões: Consiste em partículas sólidas dispersas em um veículo líquido, no qual as partículas são insolúveis. Aumenta ou prolonga a ação do princípio ativo. Há suspensões prontas, mas há suspensões que devem ser preparados a partir de um granulado ou pó misturado com algum veículo liquido.  
Deve ser agitado antes do uso 
Suspensões orais: os princípios ativos sofrem dissolução nos fluidos do trato gastrointestinal, sendo absorvidos no intestino.  
Suspensões extemporâneas  
i. Uso oralii. Injetável  
Suspensões injetáveis: veiculados por água ou óleo vegetal. Tem dissolução lenta e ação prolongada, mas há o desconforto da injeção.  
Suspensões tópicas: aplicada na superfície da pele. Tem efeitos protetores, secante ou medicamentosa.  
Suspensões oftálmicas 
Soluções: Misturas homogêneas de uma ou mais substancias dissolvidas em água (com ou sem solvente). Pode apresentar adjuvantes técnicos.  
Tipos, quanto à constituição:  
a. Sólido em Líquido  
b. Líquido em Líquido  
Tipos, quanto ao uso:  
a. Orais: os princípios ativos sofrem dissolução nos fluidos do trato gastrointestinal, sendo absorvidos no intestino.  
b. Injetáveis: Utilizadas quando se requer uma resposta rápida, quando o principio ativo é ineficiente por outra via ou o medicamento é rejeitado pelo paciente. Requer cuidados higiênicos. Requer profissional habilitado.  
c. Oftálmicas ou Colírios: liquido isotônico com pH 7,4 estéril. Produção de lagrimas dificulta a absorção do princípio ativo.  
 d. Otológicas: liquido isotônico com pH entre 5 e 7,8. Administrado no ouvido externo. Promove remoção da cera, de infecções ou inflamações. Frasco deve ser pré-aquecido com as mãos.  
e. Nasais – Errinos: liquido isotônico estéril com pH entre 6,4 e 9 destinado à administração nasal para ação local ou sistêmica. Seu uso abusivo tende a reduzir a resposta à sua utilização 
Sacaróleos líquidos ou xaropes:  
Solução aquosa riquíssima em açúcar (concentração próxima à saturação de dissolução), caracterizando solução hipertônica. Pode conter aromatizantes e flavorizantes. Possui consistência própria e boa conservação. Mascara odores e gostos desagradáveis que possa conter. Não é indicado para uso de diabéticos.  
Tipos:  
a. Xaropes simples: constituído apenas por água e açúcar. São o veículo para princípios ativos.  
b. Xaropes medicamentosos: constituído por água, açúcar e princípio ativo. 
Elixir: Soluções alcoólicas medicamentosas edulcoradas. Adequado para fármacos insolúveis em água, mas solúveis em misturas hidroalcoolicas. Menos doce e viscoso que xaropes, menor efeito de mascaramento do sabor, alto teor alcoólico. 
Emulsões  
Sistema heterogêneos de aspecto leitoso formado por liquido imiscível disperso num outro liquido sob forma de gotículas por ação de um agente emulsivo. Destinado a usos interno e externo. Possibilita a mistura de 2 substancias imiscíveis
Colutórios: Liquido viscoso destinado à aplicação tópica na gengiva e nas partes internas da boca .
Formas farmacêuticas gasosas  
Aerosóis e Sprays:   
Aerossóis:  Suspensão de partículas liquidas/sólidas de tamanho tão pequeno que flutuam temporariamente num gás presente num recipiente pressurizado. Obtidos por nebulização, transformação de um liquido num aerossol. São aplicados sobre a pele ou mucosas acessíveis externamente. Forma nevoeira não molhante. Forma suspensão coloidal (fase dispersante – gás; fase dispersada – liquido/solido) 
Sprays: Semelhante aos aerossóis, mas suas partículas são maiores e formam nevoeiras molhantes.  
Tipos de medicamento (referência, similar, e genérico) 
Os medicamentos de referência, também conhecidos como “de marca”, são remédios que possuem eficácia terapêutica, segurança e qualidade comprovadas cientificamente no momento do registro, junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). 
Laboratórios farmacêuticos investem anos em pesquisas para desenvolver os medicamentos de referência. Geralmente são medicamentos com novos princípios ativos ou que são novidades no tratamento de doenças. A eficácia e a segurança precisam ser comprovadas. 
Os genéricos são medicamentos que apresentam o mesmo princípio ativo que um medicamento de referência. 
Na embalagem do remédio genérico há uma tarja amarela, contendo a letra “G”, e aparece escrito “Medicamento Genérico”. Como esse tipo de medicamento não tem marca, o consumidor tem acesso apenas ao princípio ativo do medicamento. 
Os genéricos geralmente são produzidos após a expiração ou renúncia da proteção da patente ou de outros direitos de exclusividade e a aprovação da comercialização é feita pela ANVISA. 
Esses medicamentos também são aprovados nos testes de qualidade da ANVISA, em comparação ao medicamento de referência. 
Os medicamentos genéricos podem substituir os medicamentos de referência, quando prescritos pelo médico, e em geral apresentam-se com custo mais acessível. 
Os medicamentos similares são identificados pela marca ou nome comercial e possuem a mesma molécula (princípio ativo), na mesma forma 
farmacêutica e via de administração dos medicamentos de referência. Também são aprovados nos testes de qualidade da ANVISA, em comparação ao medicamento de referência. 
A diferença entre os remédios similares e os de referência está relacionada a alguns aspectos como: prazo de validade do medicamento, embalagem, rotulagem, no tamanho e forma do produto. 
De acordo com a regulamentação da ANVISA, os medicamentos similares não podem ser substituídos pelos de referência quando prescritos pelo médico.
Vias de administração dos fármacos 
A via de administração de um fármaco é o local onde ele é introduzido no organismo. 
Questionamentos que orientam a escolha da via de administração: 
A ação desejada é local ou sistêmica? 
Quanto à rapidez do início da ação: é uma emergência? 
Quanto a natureza do medicamento: é uma substância volátil? É um medicamento resistente ao suco gástrico? 
Quanto à possibilidade de adesão ao tratamento e a idade do paciente: é um idoso? Está consciente? 
Vias Enterais
 
Via sublingual: 
Vantagens: Fácil acesso e aplicação. Rápida absorção. Efeito sistêmico, não sofre metabolismo de primeira passagem, drogas lipossolúveis e não irritantes. Exemplos: comprimidos, dinitrato de isossorbida, zolpidem. 
Desvantagens: Paciente deve colaborador / consciente. Irritação da mucosa. Dificuldade em pediatria. Pouca disponibilidade de apresentações farmacêuticas. 
Via Bucal:
Efeito local
Ex: solução, gel, pomada, colutórios, pastilha, spray
Via Oral:
Vantagens: Autoadministração, econômica, segura, indolor.
Efeito local e sistêmico
Locais de absorção: mucosa gástrica , intestino e cólon
Possibilidade de remoção da medicação
Cápsulas, comprimidos, soluções, suspensões, etc..
Desvantagens: Irregularidades na absorção.
Período de latência para o inicio da ação.
Metabolismo de primeira passagem
Ação do suco digestivo, ph gástrico.
Requer paciente colaborador, consciente.
Sabor pode ser desagradável.
Fatores que interferem na absorção oral: 
Drogas que aceleram a velocidade do esvaziamento gástrico( ex: drogas pró cinéticas, como a metoclopramida) aumentam a velocidade de absorção intestinal.
Drogas que diminuem a motilidade gástrica ( ex: atropina) retardam o esvaziamento gástrico e diminuem a absorção intestinal.
Presença de alimentos ( alteração do ph do meio causa mudança na velocidade do esvaziamento gráfico)
Doenças do TGI ( ex: doença celíaca, doença de Crohn) e/ou que afetam o TGI. ( ex: enxaqueca)
Metabolismo de drogas de drogas no TGI ( enzimas CYP3A)
Consumo de alimentos com medicamentos:
Possibilidade de aumento da absorção do medicamento.
Redução do efeito irritante no trato gastrointestinal.
Uso como auxiliar na adesão ao tratamento, associando a ingestão do medicamento com uma atividade, como as principais refeições diárias.
*Contudo este procedimento não deve ser usado de forma generalizada pois a ingestão de certos alimentos pode afetar a biodisponibilidade de alguns fármacos.
Caminho da medicação.
Via Retal :
Pode ser usado em paciente incapaz de engolir ou com vômito recorrente.
Evita a exposição no suco gástrico e as enzimas digestivas.
50% da droga não sofre metabolismo de primeira passagem.
Efeito local ( ex: proctite) e sistêmico.
Ex: supositório, enema.
Desvantagens: Irritação da mucosaIncômodo
Expulsão
Absorção irregular
Vias Parenterais
Vias Parenterais injetáveis são usadas quando:
A droga é pobremente absorvida no TGI 
A droga sofre intenso metabolismo de primeira passagem.
Se necessita de um efeito rápido.
Se necessita de um melhor controle da posologia.
O paciente está inconsciente.
Desvantagens:
Maior custo que a via enteral.
Exige pessoal treinado.
Em geral evita ou dificulta a automedicação.
Uma vez administrado não se pode impedir a distribuição do fármaco.
Por ser uma via invasiva aumenta o risco de infecções.
Dolorosa
Via Intradérmica:
Local de injeção entre a epiderme e a derme.
Absorção pobre e lenta.
Pequenas doses ( 0,1 – 0,05 ml)
Ângulo de administração 10 a 15 graus.
Ex: imunoterapia, vacinas ( ex: BCG), teste de tuberculina.
Via subcutânea: 
Não podem ser administradas drogas irritantes.
Adequada para algumas suspensões e para o implante de pellets.
Pequenas doses ( 0,5 – 1,5 ml)
Ângulo de administração 45 ou 90 graus.
Ex: vacinas, imunoterapia, insulina, anestésico local, contraceptivo.
Via intramuscular
- Músculo deltóide
Insere-se por um lado da clavícula e escápula e no úmero pelo outro lado.
Músculo pequeno, próximo dos nervos e vasos, maior probabilidade de serem lesados.
Volume máximo de 2ml.
Nos membros superiores ocorre o maior número de complicações pós injeções intramusculares.
Contra indicações :
Crianças até 10 anos
Pequeno desenvolvimento muscular local. (caquéticos e idosos)
Injeções consecutivas
Pacientes com AVC, parestesias ou paresias nos braços.
Pacientes submetidos a mastectomia ou esvaziamento cervical.
- Músculo vasto lateral –
Região antero-lateral da coxa, longe dos nervos e vasos sanguíneos.
Local de escolha para a aplicação em lactentes ( 28 d – 2 anos) pois representa a maior massa muscular nessa faixa etária.
Volume máximo: 4ml em adultos e 1-2 ml em lactentes.
Deve ser evitado em pacientes idosos, debilitados, nos adultos que não deambulam, com fibrose local e atrofia.
- Região glútea-
Área ventroglútea ( músculo glúteo médio e inferior)
Área dorsoglútea ( músculo glúteo máximo )
- Região ventroglútea -
Região livre de grandes nervos ou de vasos sanguíneos.
Área mais distante da área retal do que a região dorsoglútea.
A via pode ser utilizada por crianças, adultos, pacientes magros ou edemaciados.
Volume máximo de 4ml
- Região dorsoglútea –
Região sujeita a lesão no nervo ciático e da artéria glútea superior.
Larga massa muscular.
A via pode ser usada por adultos e excepcionalmente por crianças com mais de 2-3 anos. 
Volume máximo : 5ml adultos e 2 ml crianças.
Deve ser evitada em crianças com menos de 2 anos, adultos com mais de 60 anos e indivíduos com musculatura debilitada.
Complicações da via intramuscular:
Estão associadas com a freqüência das aplicações, características do medicamento, e tamanho do músculo em relação ao volume injetado e a aplicação correta.
Dor
Lesões nervosas ( ex: lesão do nervo ciático )
Abscesso
Eritema
Hematomas
Embolias
Infecções
Fibrose
Necrose
Imagem: Ulceração ou necrose tecidual por administração de medicamentos contra indicados para esta via. 
Via intravenosa:
Vantagens: Sem absorção, biodisponibilidadde de 100
%,maior precisão da dosagem, permite controlar a velocidade da administração, permite administrar substãncias irritantes quando diluídas, permite administrar grandes volumes e por tempo prolongado ( gotejamento).
Desvantagens: Uma vez administrado, o fármaco não pode ser recuperado. Não permite a administração de substâncias oleosas ou que precipitem ( risco de embolia ). Dificulta a automedicação. Mais dispendiosa. Requer pessoal qualificado.
- Região cervical –
Veia jugular e veia subclávia.
- Membros superiores –
Veias cefálica e basílica
 - Membros inferiores –
Perna: veia safena magna e tibial anterior
Pé: rede dorsal do pé
Complicações da via intravenosa:
Embolias, flebites, infecções e necroses.
 
Vias parenterais não injetáveis
Pele- tópica:
Via simples e cômoda de administração.
Aplicação de um medicamento sobre a pele, unhas ou zonas pilosas para obter um efeito local.
Pode ocorrer absorção através da derme e ocorrência de efeitos sistêmicos pelo uso de drogas com alta lipossolubilidade, ou pela ocorrência de ferimentos ou queimaduras.
A absorção depende da área de exposição, lipossolubilidade e estado de hidratação da pele.
Ex: cremes, pomadas, géis, soluções, suspensões e tinturas.
Pele – transdérmica:
Aplicação na pele para ser absorvido para a circulação.
Fármacos lipossolúveis e ativos em pequenas quantidades.
Fármaco fornecido de forma lenta e contínua.
Emplastros adesivos de várias formas e tamanhos.
Ex: nicotina, fentanil, contraceptivos.
 
Vantagens: Via alternativa ao TGI, evita o metabolismo de primeira passagem, permite aplicação em diferentes locais do corpo, aumenta a adesão do paciente ao tratamento.
Desvantagens: Possibilidade de irritação local e reações alérgicas, necessidade de um tempo mínimo para a droga se perfundir, limitações nas dosagens dos fármacos.
Tópica ocular( mucosas conjuntival): ação local, pode ocorrer efeitos sistêmicos, ex: broncoespasmo em pacientes usando timolol para glaucoma. 
Ex: anestésicos locais, antimicrobianos, anti inflamatórios, drogas para o tratamento do glaucoma. 
Tópica auricular: aplicação no canal auditivo externo, efeito local. Ex: antiinflamatórios, antimicrobianos, agentes emolientes.
Mucosa Nasal: Utilizado principalmente para ação local. Ex: descongestionantes nasais, glicocorticóides.
Ação sistêmica, ex: agonistas principalmente do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) (nafarrelina).
Mucosa genitourinária: 
Ex: intravaginal, antiinflamatórios, lubrificantes, espermicidas, quimioterápicos, contraceptivos, drogas indutoras do parto.
Ex: Solução, gel, pomada, emulsão,comprimidos, anel vaginal, óvulos.
Inalatória:
- Pulmonar alveolar – 
Vantagens : traquéia, brônquios, alvéolos, membranas biológicas de fácil travessia, grande superfície de absorção, rica vascularização, rápida ação.
Ex: Vapor, gás, substãncia volátil, aerossol, nebulização.
Efeitos locais : broncodilatadores, antiinflamatórios, mucolíticos.
Efeitos sistêmicos: anestésicos gerais.
Desvantagens : risco de toxicidade sistêmica, custo elevado, irritação da mucosa do trato respiratório.
Variabilidade nas respostas.
Foto: esquema em gráfico das respostas nas diferentes vias.
Farmacocinética: 
A farmacocinética estuda o caminho percorrido pelo fármaco, o movimento de uma substância química no organismo vivo. 
Dividida em quatro partes: absorção, distribuição, biotransformação, excreção.
No entando, o fármaco ligado nas proteínas não possui atividade biológica, ele se desliga das proteínas para se ligar ao seu sítio de ação, receptores, canais iônicos, etc...
O fármaco livre também podem ser armazenados em reservatórios teciduais. Alguns fármacos altamente lipossolúveis tem grande afinidade com tecido adiposo, por exemplo.
Além disso ele também pode se ligar em locais inesperados, ocasionando algum efeito adverso.
O fígado tem uma importante função de metabolizar diversos fármacos, na maioria das vezes em moléculas mais hidrossolúveis para serem excretados.
Fármacos administrados por via intravenosa não sofrem absorção,
Absorção por definição é: transferência de moléculas de um determinado fármaco através de uma membrana, para a corrente sanguínea.
Absorção de fármacos
Inter- relação dos fármacos.
No caso de via oral, primeira fase é a liberação do fármaco da forma farmacêutica, liberação do princípio ativo. Ao ser absorvido vai para a corrente sanguínea na forma livre, e é ligado nas proteínas plasmáticas, já que a maioria dosfármacos são insolúveis no plasma sanguíneo. 
A velocidade de absorção difere e é influenciado pela forma farmacêutica e pela via de administração.
A primeira camada que o fármaco atravessa é a membrana celular de onde ele está, no caso do intestino os enterócitos. 
A bicamada fosfolipídica apresenta a característica de camada interna hidrofóbica e a camada externa hidrofílica, tem fluidez, e contém proteínas que na maioria das vezes são alvos, receptores farmacológicos. As moléculas polares são relativamente IMPERMEÁVEIS na camada lipídica, e as apolares tem facilidade para atravessar.
Existem diversos mecanismos de transporte de fármacos a fim de atravessar a camada lipídica e ser absorvido. Dentre eles a difusão passiva, facilitada e transporte ativo (esse menos comum porque a substância já precisa existir no corpo).
Transporte passivo:
O transporte passivo ocorre sem gasto de energia. O transporte paracelular ocorre quando o fármaco atravessa um espaço deixado entre as células, exemplo em células endoteliais.
A difusão simples consiste na passagem do fármaco naturalmente pela camada lipídica, no caso de fármacos lipossolúveis. Ex: anestésicos gerais.
Pode acontecer também por difusão por poros, no caso de fármacos hidrossolúveis de baixo peso molecular.
Difusão facilitada: o fármaco é transportado para o interior da célula através de uma proteína de membrana, a favor do gradiente de concentração.
Transporte ativo: transportada para dentro da célula por uma proteína contra o gradiente de concentração, com gasto de energia.
Diversas coisas podem influenciar o transporte para dentro da membrana, dentre elas o tamanho da molécula.
Fármacos maiores têm menor permeabilidade que os menores, porém entre os fármacos de mesmo peso molecular o que vai diferenciar é o coeficiente de partição óleo água. Quando maior ele for, maior é a sua lipossolubilidade, e maior sua capacidade de permeabilidade.
Mas a maioria dos fármacos são ácidos fracos ou bases fracas, e tem a capacidade de se ionizar.
Mecanismo de transporte de fármacos pela membrana. Relação de Ph do fármaco e do meio.
Um fármaco hipotético HA com um pKa de 4,4. Ele tem a capacidade de se ionizar em dois Ions, o A- e o H+. Quando esse fármaco está na sua forma molecular HÁ, ele tem a capacidade de atravessar, é mais lipossolúvel. Como o suco gástrico apresenta grande concentração ácida grande com Ph de 1,4 e o fármaco também é um ácido com Pka de 4,4 o ácido do suco gástrico desloca o equilíbrio do fármaco para a estrutura molecular, na junção do H+ com A-.
Na forma molecular, lipossolúvel, ele passa para molécula. 
Importante: Sendo assim podemos dizer que ácido + ácido torna a molécula lipossolúvel. E básico + básico também. 																
Ao entrar no plasma, menos ácido, a concentração de H+ no meio externo diminuiu em comparação ao estômago, sendo assim, o equilíbrio é deslocado para a direita forçando o fármaco a perder hidrogênio e sair de sua fórmula molecular, há formação muito maior de formas ioõnicas do que formas moleculares, tornando assim hidrossolúvel. Esse fármaco então não volta mais ao estômago.
Esse raciocínio precisa ser levado em consideração porque no corpo humano existem compartimentos com Ph diferentes uns dos outros.
Obs: o pKa de um fármaco mostra é uma propriedade de um fármaco que mostra em qual Ph o fármaco terá 50% de sua característica lipossolúvel e 50 % hidrossolúvel.
Diferença de pKa de fármacos nesse gráfico mostra se eles serão absorvidos em ph básico ou ácido.
Os mais ácidos como Clorotiazida serão mais absorvidos em Ph ácido, como por exemplo o estômado.
Os mais básicos como Propanolol serão mais bem absorvidos em Ph básico, como por exemplo o intestino.
Supondo que um fármaco básico se dirige até o intestino,ao duodeno que contém uma grande área de absorção, e cai na circulação porta, até o fígado para ser transformado.
Ao passar pela circulação porta há uma redução de sua biodisponibilidade, após isso vai para a circulação hepática e enfim cair na circulação sistêmica.
Biodisponibilidade 
é a porcentagem do fármaco que irá cair na circulação sistêmica.																			
Fatores que influenciam a distribuição dos fármacos, afetando assim a sua biodisponibilidade.
Fatores que influenciam na absorção
Fatores que influenciam na velocidade
Distribuição de fármacos
Fármaco é absorvido, atravessa a barreira epitelial, atravessa o endotélio vascular, cai na corrente sanguínea e precisa ser distribuído pelo corpo. 
Há uma forma livre e uma forma ligada a proteína. 
Os fármacos são distribuídos para os locais de ação terapêuticos, reservatórios teciduais, para locais em que não se espera que ele vá (reação adversa), para locais de metabolização e de excreção.
Perfusão sanguínea e distribuição dos fármacos.
A perfusão sanguínea é o volume ou fluxo de sangue que determinado tecido ou órgão recebe do coração.
O aumento da perfusão está diretamente ligado com o aumento da distribuição.
Outros aspectos também influenciam como a ligação ás proteínas e lipossolubilidade.
Acima vemos que o cérebro, fígado e rim tem números altos de perfusão, e possuem maior capacidade de receberem o fármaco..
Ao ser absorvido para a corrente sanguínea o fármaco pode apresentar-se em sua forma livre ou ligado em proteínas. Os fármacos ligados ás proteínas não conseguem atravessar a barreira endotelial, apenas os fármacos livres. 
A alta afinidade do fármaco com proteínas plasmáticas diminui a distribuição do fármaco.
Ligação de fármacos á proteínas plasmáticas
A quantidade de fármaco que se liga ás proteínas plasmáticas vai depender de três fatores.
Concentração do fármaco livre
Afinidade do fármaco pelos locais de ligação.
Concentração das proteínas.
Fármaco + proteínas plasmáticas = complexo
Dependendo da droga e do fármaco a taxa de ligação ás proteínas pode variar, e apenas a porção livre vai fazer o efeito fisiológico no organismo.
Observa-se na imagem acima que apenas 0,2% da hidroxicumarina exerce o efeito no organismo, enquanto que outras drogas como heparina não se ligam a proteínas e exercem seu efeito integralmente. 
De acordo com a sua alta afinidade com a albumina as drogas podem ser designados em classe 1 e 2.
Nos fármacos de classe 1 a dose é menor que o numero de locais de ligação disponíveis. A maioria das moléculas do fármaco está ligada á albuminas e a concentração livre é baixa.
Se a dose da droga for menor do que a capacidade ligante da albumina, então a relação dose/capacidade é baixa. O número de sítios de ligação excede a quantidade de droga disponível, e a fração da droga ligada é alta. Esta classe engloba a maior parte das drogas clinicamente úteis
Nos fármacos de classe 2 a dose é maior que o numero de locais de ligação, a maioria de albumina tem fármaco ligado e a concentração do fármaco livre é significativa. Estas drogas são administradas em doses que excedem em muito o número de sítios de ligação na albumina. A relação dose/capacidade é alta, e uma proporção relativamente alta da droga permanece na forma livre.
O deslocamento do fármaco classe 1 ocorre quando um fármaco classe 2 é administrado simultaneamente.
Esse deslocamento tem potencial de produzir reações adversas. Se por exemplo um fármaco classe 1 está altamente ligado à albumina e baixa porção livre é deslocado por fármacos da classe 2, a porção livre do 1 aumenta grandemente no sangue aumentando os efeitos dele em larga escala. 
Como monstram os exemplos acima, há uma droga que pode ser deslocada e uma deslocadora. 
Quando esses fármacos apresentam competem pela mesma proteína e pelo mesmo local da proteína há esse deslocamento.
Drogas ácidas tem maior afinidade em se ligar emalbuminas.
Drogas básicas tem maior afinidade em se ligar em alfa1- glicoproteina ácida.
Podemos então deduzir que se um fármaco ácido for administrado com um fármaco básico dificilmente eles irão competir pela mesma proteína.
Se dois fármacos ácidos básicos ou ácidos foram administrados e se ligarem ao mesmo lócus, pode causar o deslocamento.
O tipos de tecidos para onde o fármaco vai podem ser:
Suscetíveis: sofrem ação farmacológica, ação do fármaco nesse tecidos, alvo.
Ativos: metabolizam o fármaco, transformam um fármaco em um metabólito mais ativo, menos ativo, ou inativar.
Indiferentes: reservatório temporário
Emunctórios : excretam o fármaco
Influências da lipossolubilidade 
Volume aparente:
Volume real: Distribuição por todos os líquidos do organismo.
Volume aparente: relação entre a concentração daquele fármaco nos tecidos e a concentração daquele fármaco no sangue.
Se a droga for muito lipossolúvel ela vai conseguir ulttrapassar muito facilmente a membrana plasmática e se concentrar em tecidos. Apresentando assim elevado volume aparente de distribuição.
Já as drogas menos lipossolúveis e mais hidrossolúveis têm mais dificuldade de ultrapassar membrana e se desligarem de proteínas, e apresentam baixo volume aparente de distribuição.
Variação do volume aparente 
Características dependentes da droga:
Lipossolubilidade
Polaridade e Ionização
 Ligação á proteínas 
Características dependentes do paciente:
Idade
Peso, tamanho
Hemodinâmica (insuficiência cardíaca congestiva diminui a perfusão)
Concentração de proteínas plasmáticas
Estados patológicos
Morfina, 230 l/ 70 kg, isso significa que para a morfina precisa de um volume de 230 l atingir o equilíbrio entre o plasma e o tecido. Isso significa que a morfina é altamente lipossolúvel, ou seja, grande quantidade dela está concentrada em tecidos.
Os 
capilares 
representam toda a nutrição tecidual. Podendo ser fenestrados, sinusoides, e contínuos. 
Sendo que os contínuos, localizados no cérebro e na placenta funcionam como barreira. 
Moléculas como adrenalina e noradrenalina não chegam ao cérebro.
Pressão hidrostática empurra o líquido pra fora. Pressão oncótica puxa o liquido para dentro. 
Pressão hidrostática tende a diminuir ao longo do capilar, e aumentando a pressão oncótica.
Inicialmente mais saída e menos entrada e no final menos saída e mais entrada.
Volume de distribuição alto demais ou baixo demais significa uma má distribuição do fármaco!
Esse gráfico mostra que a longo prazo o tiopental a longo prazo é armazenado principalmente em tecido adiposo.
A imagem abaixo mostra que um fármaco lipofílico, no sangue, se liga às proteínas, é levado primeiramente ao cérebro que tem maior perfusão, e é encontrado por mais tempo no tecido adiposo, onde tem mais afinidade.
Distribuição pediátrica é diferente!
Composição corporal: mais água e fluido extracelular, menos tecido adiposo e músculo esquelético.
Ligação ás proteínas: albumina, bilirrubina, alfa1 ácido glicoproteína.
Ligação aos tecidos: variações da composição.
Crianças e idosos requerem uma atenção especial.
Distribuição a sítios especiais, barreiras anatômicas.
Barreira placentária, hematoencefállifa, e barreira mamária.
Hematoencefálica: o cérebro e a medula espinhal são protegidos da exposição a uma diversidade de substãncias. Apresentam junções muito apertadas entre as células capilares endoteliais e devido aos processos gliais altamente resistentes que cercam os capilares.
No fígado, por exemplo, apresentam-se grandes espaços endoteliais que permitem ampla passagem do fármaco, isso não ocorre em um capilar cerebral.
Os capilares cerebrais possuem junções estreitadas.
Quais são as substâncias que atravessam a barreira hematoencefálica?
Drogas apolares
Lipossolúveis
Tamanho molecular pequeno 
Elevado coeficiente de partição óleo/água ( barbitúricos e anestésicos gerais)
Quando maior o coeficiente de partição óleo água, mais fácil é para a penetração. Observa-se que a vimblastina e a vincristina possuem alto coeficiente e mesmo assim tem mais dificuldade que os outros de penetrar, isso se deve ao tamanho grande da molécula.
Barreira placentária:
Vasos sanguíneos do feto revestido por uma única camada de células.
Atravessa a maioria das drogas, retardo na transferência para o feto (10- 15 minutos para o equilíbrio mãe-feto).
Plasma fetal é ligeiramente mais ácido que o materno, risco de aprisionamento de íons para fármacos básicos.
Alterações farmacológicas na farmacocinética hepática.
Armazenamento de drogas
Associação de drogas a elementos teciduais.
Mais comumente observados – tecido ósseo e adiposo.
Há a formação de depósitos e podem promover o prolongamento do efeito.
Fluor, chumbo e tetraciclinas – armazenamento no tecido ósseo durante a fase de mineralização.
Anestésicos gerais e inseticidas – armazenamento no tecido adiposo.
Consequências da formação de depósitos: manutenção das concentrações plasmáticas, reduz as concentrações plasmáticas iniciais, prolonga o tempo de ação dos fármacos.
Metabolismo de fármacos
Biotransformação de fármacos- metabolismo de fármacos.
Mecanismos enzimáticos complexos que tem como objetivo inativar compostos endógenos ativos (hormônios, enzimas, neurotransmissores, etc...) e eliminar substancias estranhas ao organismo (xenobióticos).
O principal local de biotransformação é o fígado, porém os fármacos não são biotransformados apenas nele. Podem ser transformados também nos rins, pulmões,adrenais, etc...
A biotransformação tem como meta, geralmente, transformar fármacos lipossolúveis em hidrossolúveis para que a excreção seja facilitada.
Porém ela também pode servir para a ativação de fármacos inativos ou potenciação de fármacos.
Reações químicas envolvidas na biotransformação:
Oxidação
Redução
Hidrólise
Conjugação
Desfechos do processo de biotransformação
1. Término da ação de uma substância.
Detoxificar
Inativar compostos
2. Facilitar a excreção.
Formar produtos mais polares
Formar produtos menos lipossolúveis
3. Ativar
Ativar drogas originalmente inativas
Alterar o perfil farmacocinético
Formar metabólitos ativos
Exemplos de ativação metabólica
Metabólitos Ativos:
Ácido Acetilsalicilico Ácido Salicílico 
Diazepam Nordazepam + Oxazepam
Ativos que se transformam em metabolitos que também são ativos.
Metabolitos Tóxicos: 
Izoniazida Acetominofem 
Fármaco não tóxico se transformando em um metabólito tóxico.
Pró-drogas: Drogas originalmente inativas 
Cortisona Hidrocortizona 
Prednisona Predinisolona 
Paration Paraoxon
Drogas inativas sendo ativadas.
Fases da biotransformação
A biotransformação vai envolver duas grandes fases, as reações de fase 1 e as reações de fase 2. 
O fármaco pode ser suficientemente hidrossolúvel para ser eliminado diretamente sem passar pela biotransformação, apesar de ser menos comum.
Norrmalmente ele passa uma ou pelas duas fases.
Se o fármaco passa apenas pela fase um ele pode ganhar hidrossolubilidade suficiente para ser eliminado. Pode torná-lo também ativo, inalterado, ou inativado.
As reações de segunda fase, de conjugação, irão necessariamente inativar o fármaco. 
Exemplo da aspirina, quebra do grupamento acetil e acrescentando o grupamento hidroxila formando o ácido salicílico. Hidroxilação. 
O ácido salicílico sofre conjugação com o ácido glucurônico que possui diversas hidroxilas, irá facilitar a eliminação do ácido salicílico.
Características de cada reação.
Fase 1: São catabólicas, reações de quebra. As reações de fase 1 produzem grupos reativos. ( OH, COOH, NH2) que às vezes podem ser mais tóxicos. Esses grupos reativos servem de ponto de ataque para as reações de conjugação.
Fase 2: São anabólicas, reações de síntese. Inclusão do ácido glucurônico na maioria das vezes. Resultam em compostos inativos ( excessão: sulfatode minoxidil)
As reações oxidativas podem ser de 2 tipos, não microssomais e microssomiais.
Porém as principais reações que transformam o fármaco são as microssomais, acontecendo no microssomo do reticulo endoplasmático. 
Exemplos de reações não microssomais.
Enzima álcool desidrogenase e aldeído desidrogenase.
Etanol Acetaldeido Acetato
Enzima Xantina Oxidase
Hipoxantina Xantina Ácido úrico
Enzima Monoamino Oxidase
Merabolismo das catecolaminas e serotonina.
Reações Oxidativas Microssomais :
Participação de:
Complexo P450
Ferro
NAD (dinucleotídeo nicotinamida adenina)
Flavoproteina 
Oxigênio
O complexo de enzimas Citocromo P450 são fundamentais para o metabolismo de fármacos.
Complexo Citocromo P450:
É o principal mecanismo para para metabolização de produtos endógenos e xenobióticos.
Importante fonte de variabilidade inter- individual no metabolismo de drogas.
Relacionados a efeitos tóxicos de determinados fármacos.
Envolvido no mecanismo de interação entre drogas.
Nomeclatura dos Citocromos P450.
Exemplo: CYP1A2
CYP1 (família): Apresenta homologia de mais de 40% na seqüência de aminoácidos. Existem 14 famílias descritas em humanos.
CYP1A (subfamília): apresenta homologia de mais de 55%. Existem 30 subfamílias descritas em seres humanos.
CYP1A2 (enzima específica)
O substrato é onde a enzima age. O antagonista são moléculas que conseguem se ligar às enzimas e impedem que ela haja no seu substrato.
Exemplo de formação de compostos reativos:
Acetominofeno Acetilbenzoquinona. Ação da CYP2E1
Acetilbenzoquinona é uma molécula instável que deve se reduzir para se estabilizar. Sua redução é obtida pela oxidação de umm outro composto chamado Glutationa. Caso a glutationa se esgote, lipídios de membrana são oxidados causando lise celular.
Citotoxicidadede
Metabolismo de Xenobióticos 
Indutores: São compostos que induzem a atividade de enzimas do CYP450, portanto aumentam a velocidade de excreção de xenobióticos. Dessa maneira a biodisponibilidade é menor.
Na presença de um induto:
Aumenta a atividade a enzima CYP 
Aumenta a velocidade do metabolismo de um substrato
Aumenta a velocidade de excreção
Diminui a concentração do substrato no sangue
Ou seja, se aplicarmos dois fármacos, um substrato, e o outro indutor da enzima que metaboliza esse substrato, observa-se uma redução dos efeitos desse fármaco no organismo.
Inibidores: São compostos que inibem a atividade de enzimas do CYP450, portanto diminuem a excreção de xenobióticos. Dessa maneira a disponibilidade é maior.
Na presença de um inibidor:
Diminui a atividade da enzima
Diminui a velocidade de metabolismo do substrato
Diminui a velocidade de excreção
Aumenta a concentração do substrato no sangue
Ou seja, na presença de um inibidor enzimático o substrato aumenta sua concentração. Podendo até mesmo atingir concentrações tóxicas.
Nessa imagem podemos ver os substratos, inibidores e indutores da enzima CYP2C19.
Se aplicarmos a Rifampicina, utilizada para tratar a tuberculose, ela vai induzir e aumentar a ação da enzima, causando uma menor biodisponibilidade do Omeprazol, e sedo assim ele tem sua capacidade prejudicada caso seja usado para o tratamento de úlceras concomitantemente com a Rifampicina. 
Nessa imagem podemos observar os substratos, inibidores e indutores da enzima CYP2C9.
Se aplicarmos o fluconazol, utilizados para o tratamento de fungos, ele vai agir como um inibidor da enzima, que por sua vez diminui sua ação sobre a warfarina, potencializando ela e aumentando seus efeitos. Podendo causar algum tipo de hemorragia.
Tempo de meia vida plasmática
Tempo necessário para que a quantidade original da dose seja reduzida pela metade.
Excreção de fármacos
Reações metabólicas transformam fármacos em metabólitos mais hidrossolúveis para serem excretados, e dependendo da droga ela é eliminada da forma como foi absorvida. Sem ser metabolizada.
Cinética de eliminação das drogas 
No processo de excreção, o caminho principal é a via renal. 
No caso de uma droga hidrofílica, ao ser administrada por via oral, ela será absorvida no intestino, irá para o fígado, não sofrendo processo para se tornar hidrossolúvel, pois a mesma já se encontra nesse estado, e após isso cai na corrente sistêmica e ao chegar aos rins é eliminada naturalmente sem processos de biotransformação.
No caso de drogas lipofílicas que não sofrem metabolismo pelo fígado, são impossibilitadas de serem excretadas pelos rins, havendo assim outros meios de excreção para ela.
Também há o caso de drogas lipofílicas que sofrem metabolismo no fígado lentamente. Parte dela vai sendo transformada em metabólitos hidrofílicos aos poucos, a cada passagem pelo fígado. No sangue, circula metabólitos hidrofílicos e lipofílicos e os hidrofílicos vão sendo excretados.
Também há mecanismos de conversão rápida de drogas lipofílicas em hidrofílicas, em que a droga é metabolizada quase que inteiramente em uma primeira passagem e excretada de forma mais rápida.
Circula na corrente sanguínea e ao chegar no rim é totalmente eliminada.
Excreção:
Rim: um dos órgãos mais importantes para a excreção de fármacos. 
Filtração glomerular
Secreção tubular ativa
Reabsorção tubular passiva.
Trato biliar e as fezes: algumas drogas lipofílicas e que não são convertidas em metabólitos hidrofílicos.
Outras vias: ar expirado, saliva, leite e suor: menos comuns. 
Excreção pelos rins:
A filtração glomerular: 
Compreende a 20% da excreção das drogas.
A droga chega no glomérulo, atravessa a cápsula e precisa ter um tamanho suficiente para atravessar os poros. 
Filtram apenas moléculas com peso inferior a 20.000Da. Moléculas com tamanho grande não conseguem atravessar o glomérulo.
Albumina, por exemplo, não é filtrada, a não ser por algum processo patológico. Fármacos que estejam ligados a albumina também não serão eliminados pela filtração. 
Excreção tubular:
Substâncias que não sofreram filtração.
Mecanismo de transporte ativo (diferente para substâncias ácidas e básicas). Proteínas de membrana que secretam diretamente na luz tubular do néfron.
Excreta fármacos ligado às proteínas. 
Secreção ocorre no túbulo contorcido proximal e distal.
No túbulo proximal acontece a secreção ativa de algumas de drogas eletrolíticas fracas , especialmente ácidos, e reabsorção de água.
No túbulo distal acontece a excreção passiva e reabsorção de drogas lipossolúveis. Algumas moléculas muito lipossolúveis podem ser reabsorvidas no túbulo distal, ao serem reabsorvidas sua ação pode durar mais tempo do que duraria. 
Pensando nisso foram criados alguns fármacos que podem inibir a secreção tubular, a fim de ampliar o tempo de ação desses fármacos.
Exemplo: Probenecida aumenta o tempo de ação da Penicilina, se ligando ao seu transportador.
Porém, essa interação pode ser feita de forma não planejada, ao utilizar dois medicamentos, em que um inibe a secreção do outro, isto pode causar toxicidade daquele medicamento no paciente se administrados juntos de forma inadequada.
Influência do Ph na eliminação dos fármacos.
A maioria dos fármacos são bases fracas ou ácidos fracos, e são capazes de se ionizar. Na sua forma ionizada ele é mais facilmente ionizado.
Exemplo, quando a urina é alcalina os níveis de eliminação do fenobarbital são altos.
Ele é um composto ácido, em urina básica ele se ioniza, se tornando mais hidrofílico e sendo mais facilmente eliminado.
No caso da anfetamina, sendo uma base fraca, ela é mais facilmente eliminada em uma urina ácida, pois se torna ionizada e hidrossolúvel.
Fármacos ácidos são mais bem eliminados em urina básica. Fármacos básicos são mais bem eliminados em urina ácida.
Excreção Biliar
Acontece com os fármacos lipofílicos e que não sofrem biotransformação para hidrofílicos.
Durante a digestão os sais biliares vão para o intestino, mas os sais biliares juntamente com os fármacos lipofílicossão reabsorvidos, veiculados para o fígado novamente, onde há desconjugação e conjugação e eles são eliminados com os sais biliares. Apenas 5% do fármaco é eliminado pelos sais biliares de cada vez, e o resto retorna novamente, sendo excretado bem lentamente. 
Ex: anticoncepcional.
Aplicação da Farmacocinética:
Termos importantes:
Latência: Intervalo de tempo desde o momento da administração até o início do efeito.
Depende da velocidade de absorção, velocidade de distribuição e localização do sítio alvo.
Pico de ação: Concentração máxima atingida.
Depende do balanço dos processos que levam 
o fármaco ao sítio e que retiram o fármaco do sítio
.
Duração da ação: Intervalo de tempo entre o momento que se inicia e termina a ação.
Dependente da velocidade dos processos de eliminação / distribuição.
Após esse tempo – o efeito desaparece (o fármaco foi eliminado)
Obs: o fármaco deixa de fazer feito antes de ser totalmente eliminado.
Variáveis farmacocinéticas das drogas:
Nessa tabela podemos observar as diversas variáveis farmacocinéticas de diversos fármacos.
No caso do ácido acetilsalicílico, ele apresenta uma das maiores biodisponibilidade, 70% dele chega a corrente sanguínea. Mas apresenta um volume aparente menor que a Amiodarona, mesmo que essa tenha uma bionisponibilidade menor, isso significa que a Amiodarona, apesar de sua menor biodisponibilidade, a maior parte da droga que chega a corrente sanguínea chega rapidamente ao seus sítios de ligação, e aos tecidos.
O clearance representa a sua eliminação.
O ácido acetilsalicílico é eliminado mais rapidamente, pois tem seu clearance alto e possui uma meia vida menor.
Fatores que influenciam os medicamentos e sua ação.
Fatores ambientais:
Farmacoterapia: muitas drogas sofrem interações umas com as outras. Deslocamento, impedimento da eliminação, aceleração da eliminação, etc...
Álcool e Tabagismo: Alteram metabolismo das drogas.
Nutrição: Níveis de proteína mais altos ou baixos de acordo com o grau de nutrição.
Etários: Idosos e crianças apresentam diferenças no metabolismo de drogas. Falha ou sistemas enzimáticos imaturos.
Com a idade há redução do conteúdo do citocromo P450.e redução do clearance ( eliminação). 
Fatores genéticos:
As pessoas não são 100% iguais. 
Exemplo de alteração nas bases nitrogenadas, exemplo hipotético.
Mudanças simples em genes podem mudar a formação de certas proteínas e isso pode alterar a atuação dos fármacos. Em algumas pessoas o fármaco pode não surtir o efeito que exerce na maioria das pessoas.
Resumo da Farmacocinética.
1) Administração da droga pelas diversas vias.
2) Absorção e distribuição na corrente sanguínea fármacos se ligam às proteínas que veiculam os fármacos até os tecidos alvos. Mas ao chegar ao tecido alvo a droga precisa se desligar às proteínas e apenas a forma livre irá se ligar aos tecidos. 
3)Chegada aos tecidos de ação, ou tecidos de armazenamento como ossos e gordura.
4) Metabolismo no fígado.
5) Excreção.
Fármacodinâmica
O que o fármaco faz ao chegar no seu local de ação.
Percurso do fármaco:
 A farmacodinâmica é o estudo dos efeitos fisiológicos e bioquímicos das drogas e dos seus mecanismos.
1.Local de ação
2.Mecanismo de ação
3.Efeitos terapêuticos e tóxicos
Considerando um dado medicamento, sua ação biológica depende essencialmente da sua estrutura química. Ligam-se aos seus receptores formando um complexo alteração do funcionamento celular.
Exemplo: Alguns anti-hipertensivos causam relaxamento dos vasos sanguíneos e diminuição da pressão arterial.
Resposta terapêutica é dada pela transdução de sinal.
Fármaco é o sinal. Molécula é administrada externamente ou pode ser do próprio corpo, como um hormônio.
Características da transdução de sinal
A) Especificidade
Moléculas sinalizadores são especificas para seus receptores. Cada receptor consegue se ligar a apenas um ou a um grupo pequeno de fármacos. 
Grupos químicos do fármaco são reconhecidos por grupos químicos correspondentes e complementares em seus receptores.
B) Amplificação
Um sinal extracelular é capaz de produzir muitos outros sinais intracelulares.
Exemplo de amplificação no caso da adrenalina.
C) Dessensitização/ Adaptação
Resposta não pode ser contínua nem permanente. Então a célula tem que inibir a ação do sinal.
Logo, a mesma quantidade de sinal já não é mais capaz de ativar aquele receptor.
Para interromper a ação contínua da adrenalina a célula endocita seu receptor, após um tempo, quando os níveis de adrenalina diminuem, o receptor é exposto novamente na membrana.
D) Integração
Um sinal interage com outro sinal.
Sinal se liga ao receptor 1 aumentando a concentração de uma molécula X, já o sinal 2 se liga ao receptor 2 e diminui a concentração da molécula X.
Dessa forma a ação terapêutica é resultante do aumento da concentração pelo sinal 1 e diminuição da concentração pelo sinal 2.
O sinal da insulina age sobre o receptor da adrenalina, endocitando-o e impedindo a ação da adrenalina. Um sinal impedindo a ação de outro sinal, porque a insulina é necessária quando há uma alta na glicemia, e nesse caso não é necessária criação de glicose por ação da adrenalina. 
Alvos Terapêuticos
Receptores
Transportadores
Enzimas
Parede/ Membrana Celular
Genes
Como um fármaco age em um receptor?
Receptores são proteínas e apresentam grupamentos de aminoácidos. A estrutura do fármaco precisa se posicionar de modo que grupos hidrofílicos do fármaco interajam com os grupos hidrofíliicos do receptor, e os grupos hidrofóbicos também interajam com os grupos hidrofóbicos do receptor.
Tipos de interações:
Interações eletrostáticas, mostradas acima, podem ser do tipo iônica ou por dipolo ( variação da nuvem eletrônica)
Nas interações de Van Der Walls,não há variação de carga, são as mais fracas.
Subfamílias de receptores para fármacos
A) Receptores Iônicos
B) Receptores acoplados a proteína G
C) Receptores Enzimáticos
D) Receptores Citoplasmáticos
Receptor Iônico:
Por ligante, acetilcolina abre o receptor.
Por voltagem, reconhece cargas, polarização e despolarização.
Exemplo: Músculo. Placa motora produz acetilcolina e o músculo expressa receptores nicotínicos, que são canais iônicos regulados pela acetilcolina.
Receptores Enzimáticos:
Tirosina-cinase
Formado por dois tipos de subunidades, duas alfas e duas betas. Resíduos de tirosina na subunidade beta, e esses resíduos serão fosforilados para que esse receptor seja ativado, para assim ativar outros substratos.
Os resíduos ao serem autofosforilados, serão capazes de reconhecer e fosforilar outros substratos.
Exemplo de um receptor de insulina: atividade tirosina cinase
Receptores associados a proteína G:
Ativam um segundo mensageiro pela proteína G.
Receptor acoplado à proteína G, troca do GDP por GTP. Liberando a subunidade alfa para ativar enzimas, causando cascata/ via de sinalização da proteína G.
Principais segundos mensageiros dos receptores acoplados a proteína G
Resumo dos tipos de receptores
Receptores Citoplasmáticos:
Atravessam a membrana plasmática e se ligam em seus receptores no citoplasma, indo, em seguido para o núcleo regular sequências nucleotídicas.
Controla a transcrição gênica.
Exemplos de fármacos e seus receptore
Conceitos da Farmacodinâmica
Ação e Efeito das drogas são a mesma coisa?
Ação das drogas: Combinação da droga com o seu receptor.
Efeito das drogas: Consiste na alteração final da função biológica, consequência da ação da droga.
Tipos de efeitos das drogas:
Estimulação: Aumento da atividade celular. Ex: Adrenalina estimula glândulas salivares.
Depressão: Redução daatividade Celular. Ex: Barbitúricos deprimem o SNC.
Irritação: Efeito lesivo sobre as células. Ex: ácidos irritam a mucosa gástrica.
Reposição: Acrescentar molécula ausente ou deficiente. Ex: insulina no diabetes
Citotóxica: Destruição seletiva das células. Ex: Antibióticos destruindo bastérias.
O que é dose?
Quantidade adequada de uma droga que é necessária para produzir certo grau de resposta em um determinado paciente.
A dose da droga deve ser determinada em termos de resposta escolhida, por exemplo, a aspirina pode ter umm efeito analgésico ou antiinflamatório, dependendo da dose.
Dose analgésica de aspirina: 0,3 a 0,6 g
Dose antiinflamatória de aspirina: 3 a 6 g
Tipos de doses:
Dose terapêutica a fim de obter um efeito desejado
Dose profilática impede que a condição patológica se inicia
Dose Tóxica Causa efeitos adversos
Afinidade
Descreve a tendência de uma droga para combinar-se com um tipo particular de receptor.
As substâncias quimicas que possuem afinidade por um dado receptor são chamados de agonistas e antagonistas.
Eficácia
Efeito máximo que uma droga pode produzir.
Droga + Receptor
1. Efeito pleno: Agonista pleno/ Total
2. Efeito parcial: Agonista parcial
3. Nenhum efeito: Antagonista 
Potência
A concentração efetiva 50 ( CE50) é usada para determinar a potência de um fármaco.
Concentração em que produz 50% de sua resposta máxima.
No primeiro gráfico vemos que o farmaco X e Y que atingem a mesma resposta terapêutica. Para que o fármaco Y atinja sua resposta máxima ela precisa de uma dosagem maiior. Sendo assim o fármaco X é mais potente.
No segundo gráfico vemos que ambos os fármacos não conseguem atingir a mesma resosta terapêutica.O X é mais efizaz que o fármaco Y.
Agonistas
Agonistas totais: Produzem resposta máxima por ocuparem todos os receptores ou parte deles.
Agonistas parciais: Não desencadeiam resposta máxima mesmo quando ocupam todos os receptores.
Agonista inverso é o fármaco que se liga ao receptor mas o o efeito é o contrário do agonista pleno.
Antagonistas
Se ligam ao receptor e não produzem efeito nenhum
Podem ser:
Competitivos:Se ligam no mesmo sítio do agonista no receptor ( ligação reversível).
Não competitivos: Se ligam no mesmo sítio do agonistano receptor ( ligação irreversível )
Antagonistas alostéricos: Se ligam num sítio alostérico, e impedem que o agonista se ligue ao seu receptor.
Antagonista competitivo reduz a potência da droga.
Curva de dose e resposta
Indice terapêutico
Indice terapêutico é a dose letal sobre a dose eficaz.
Quando maior o índice terapêutico mais segura é a droga.
Quando menor o índice terapêutico mais perigoso é o medicamento, visto que a dose letal e a dose efetiva se aproximam muito, e não abre margem para erros de dosagem. 
Observações:
1)
Universidade Federal Fluminense

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