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C O N C EI TO D E C R IM E MATERIAL Toda ação ou omissão humana que leva ou expõe a perigo de lesão bens jurídicos penalmente tutelados. FORMAL São as condutas descritas nas leis penais como crimes (ou como contravenção penal), passíveis de serem sancionados com penas ou medidas de segurança. ANALÍTICO Fato típico, antijurídico (ilícito), praticado por um agente culpável (vide estrutura do tipo penal) ES TR U T U R A D O C R IM E: TE O R IA F IN A LI ST A TIPICIDADE (crimes materiais consumados) CONDUTA Ação ou omissão humana voluntária que produz modificaçao no mundo exterior. CAUSALIDADE Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. TIPICIDADE TIPICIDADE FORMAL Juízo de subsunção entre a conduta do agente e o modelo descrito no tipo penal. TIPICIDADE MATERIAL É a lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico penalmente tutelado em razão da prática da conduta legalmente descrita. RESULTADO Naturalístico: consequência provocada no mundo exterior pela conduta do agente. Formal: lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado penalmente ILICITUDE ANTIJURÍDICO ILICITUDE FORMAL É a mera contradição entre a conduta e o sistema jurídico em vigor. ILICITUDE MATERIAL É o conteúdo material do injusto que reside no caráter antissocial do comportamento, na sua contradição com os fins colimados pelo Direito. CULPABILIDADE IMPUTABILIDADE Capacidade mental, inerente ao ser humano de, ao tempo da ação e omissão, entender o caráter ilicito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento. POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE Juízo geral acerca do caráter ilícito do fato, e também a possibilidade de se atingir esse juízo, mediante simples e exigível esforço de consciência. EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA Consiste na espectativa da sociedade acerca da prática de uma condita diversa daquela que foi deliberadamente adotada pelo autor de um fato típico e ilícito. NEXO CAUSAL *TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES ou TEORIA DA CONDITIO SINE QUA NON Causa é todo fato humano sem o qual o resultado não teria ocorrido, quando e como ocorreu. ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES PREEXISTENTES (*ven. + tiro) CONCOMITANTES (*infarto + tiro) SUPERVENIENTES (tiro + *raio) Rompem o nexo de causalidade em relação ao resultado e o agente só responde pelos atos até então praticados. RELATIVAMENTE INDEPENDENTES PREEXISTENTES (hemofilia + tiro) CONCOMITANTES (infarto + tiro) O agente responde pelo resultado naturalístico (CP, art. 13, caput). SUPERVENIENTES (análise da linha de desdobramento natural) Que não produzem por si sós o resultado O agente responde pelo resultado naturalístico (CP, art. 13, caput) Que produzem por si sós o resultado (art. 13, § 1°, CP) Ex: incêndio no hosp. ou capotamento da ambulância + tiro Rompem com o nexo causal em relação ao resultado e o agente só responde pelos atos até entaõ praticados Exceção em que se adota a Teoria da Causalidade Adequada CONCAUSAS TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA Causa é o antecedente, não só necessário, mas adequado à produção do resultado. TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA A imputação só poderia ocorrer quando o agente tivesse dado causa ao fato (causalidade física) mas, ao mesmo tempo, houvesse uma relaçãoo de causalidade normativa, assim compreendida como a criação de um risco não permitido para o bem jurídico que se pretende tutelar. Para esta teoria, a conduta deve: Criar ou aumentar um rico proibido pelo Direito e o risco deve ser criado no resultado, ou melhor, deve haver nexo de causalidade entre o risco e o agente. EXCLUDENTES DA ILICITUDE ESTADO DE NECESSIDE Art. 24. quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável (proporcionalidade + ausência de dever legal de enfrentar o perigo) (Teoria Unitária) LEGÍTIMA DEFESA Repelir agressão injusta, atual e iminente, a direito próprio ou alheio, usando moderadamente dos meios necessários EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO Prática de ato autorizado pelo ordenamento jurídico, onde o agente tem a faculdade de axercê-lo ou não ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL Consiste na prática de um fato típico, em razão de cumprir uma obrigação imposta por lei, de natureza penal ou não (ultrapassando os limites impostos por lei o excesso é considerado ilícito) DESCRIMINANTES PUTATIVAS Para a doutrina majoritária não excluem a ilicitude, mas sim a culpabilidade, por haver configuração de erro de tipo ou erro de proibição ESPECÍFICAS EXEMPLOS: injúria(legislativo) Aborto (estupro) Violação de domicílio(policial) Constrangimento ilegal SUPRALEGAL Consentimento do ofendido EXCESSO O agente responde pelo excesso doloso ou culposo em qualquer das hipóteses de excludentes da ilicitude TEORIAS SOBRE A CULPABILIDADE PSICOLÓGICA Imputabilidade Dolo (Normativo) ou Culpa NORMATIVA OU PSICOLÓGICO- NORMATIVA Imputabilidade Dolo (Normativo) ou Culpa Exigibilidade de conduta diversa NORMATIVA PURA, EXTREMA OU ESTRITA Imputabilidade Potencial consciência da ilicitude Exigibilidade de conduta diversa Descriminantes putativas Todas são consideradas erro de proibição NORMATIVA LIMITADA (Adotada pelo CP) Imputabilidade Potencial consciência da ilicitudade Exigibilidade de conduta diversa Descriminantes putativas (exclusão da culpabilidade) Erro de tipo permissivo (CP, art. 20, §1°) Erro relativo aos pressupostos de fato de uma causa de exclusão da ilicitude Erro de proibição indireto (CP, art. 21) Erro relativo à existência de uma causa de exclusão da ilicitude Erro relativo aos limites de uma causa de exclusão da ilicitude IMPUTABILIDADE Menoridade (art.27) São inimputáveis os menores de 18 anos (critério biológico) - legislação especial (ECA) Doença mental (art.26, caput) Deve haver doença mental que torne o agente, ao tempo da ação e omissão, incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se conforme esse entendimente (aspecto biológico + tempo da conduta + aspecto psicológico = Critério Biopsicológico). Resulta em isenção da pena + medida de segurança Desenvolvimento mental incompleto (arts. 26, caput) Deve haver doença mental que torne o agente, ao tempo da ação e omissão, incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se conforme esse entendimente (aspecto biológico + tempo da conduta + aspecto psicológico = Critério Biopsicológico). Resulta em isenção da pena + MSDIRIMENTES Embriaguês (CP, art. 28, I e § 1°) Critério Biopsicológico Voluntária ou culposa: não exclui a imputabilidade (actio libera in causa) Involuntária por caso furtuito ou força maior Completa: exclui a imputabilidade Incompleta: reduz a pena de 1/3 a 2/3Patológica: equipara-se à doença mental e o agente pode ser considerado semi- imputável ou inimputável, conforme a conclusão do laudo Preordenada: não exclui a imputabilidade e é agravante de pena Emoção e paixão (CP, art. 28, I) Não exclui a imputabilidade, mas é atenuantegenérica É a capacidade mental, inerente ao ser humano de, ao tempo da ação ou omissão, entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento Semi-imputáveis (art. 26, § único): quando o agente não é inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento - redução da pena de 1/3 a 2/3 ou MS (o CP não permite a cumulação de pena com medida de segurança, pois adota- se o sistema vicariante) EXIGIBILIDA DE CONDUTA DIVERSA COAÇÃO Física Exclui a tipicidade por ausência de vontade Moral irresistível Exclui a culpabilidade pelo inexigibilidade de conduta diversa Moral resistível Atenuante genérica, pois há concurso de pessoas OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA EM RELAÇÃO DE DIREITO PÚBLICO Ordem ilegal Manifestamente: responde Não manifestamente: exclui a culpabilidade Ordem legal Exclui a ilicitude pelo estrito cumprimento de dever legal Elemento da culpabilidade que consiste na expectativa da sociedade acerca da prática de uma conduta diversa daquela que foi deliberadamente adotada pelo autor do fato típico e ilícito Art. 22. Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE ERRO DE PROIBIÇÃO Invencível ou Escusável: exclui a culpabilidade Vencível ou Inescusável: permite a diminuição da pena de 1/6 a 1/3 ERRO DE PROIBIÇÃO INDIREITO Erro relativo à existência de uma causa de exclusão da ilicitude (exclui a culpabilidade) Erro relativo aos limites de uma causa de exclusão da ilicitude (exclui a culpabilidade) ERRO DE PROIBIÇÃO É afastada pelo erro de proibição escusável (CP Art. 21. O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena, se evitável, poderá diminuí-la de 1/6 a 1/3) Art. 21, § único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência TIPO PENAL Núcleo (Verbo) Ex: subtrair • Objetivas (emprego de violência) • Subjetivas (Condição de servidor) • Normativas Elementares • Qualificadoras (Motivo torpe) • Privilegiadas (Relevante valor moral)Circunstânicias CRIME OMISSIVO OMISSIVO PRÓPRIO Adescrição do tipo penal prevê a realização do crime por meio de uma conduta negativa Não há dever legal de agir Não admitem tentativa São crimes de mera conduta OMISSIVO IMPRÓPRIO DEVER DE AGIR (art. 13, CP) Tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância De outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado Com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado PODER AGIR (art. 13, § 2°, CP) A omissão é penalmento relevante quando o omitente devia e podia agir para evirtar o resultado INAÇÃO DO AGENTE Admitem tentativa São crimes materiais TIPO PENAL DOLOSO TEORIAS DA REPRESENTAÇÃO Exige, para configuração do dolo, apenas a previsibilidade do resultado *DA VONTADE Exige a representação e a vontade de produzir o resultado *DO ASSENTIMENTO Quando o agente assume o risco de produzir o resultado O Código Penal recepciona duas teorias, a da vontade e do assentimento (art. 18, I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produsi-lo) MODALIDADES DOLO DIREITO Aquele em que a conduta do agente está diretamente voltada a certo resultado DOLO EVENTUAL Modalidde em que o agente, apesar de não querer direitamente o resultado, assume o risco de produsi-lo DOLO ALTERNATIVO Se verifica quando o agente deseja, indistintamente, um ou outro resultado ELEMENTOS DO DOLO NORMATIVO (Teoria Clássica) CONSCIÊNCIA VONTADE CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE O crime doloso é regra no Direito Penal, é um elemente implícito; o cirme culposo é a exceção, pois deve estar previsto expressamente no tipo penal TI P O P EN A L C U LP O SO Deve estar espressamente previsto no tipo penal (é exceção) GRAUS O Direito Penal brasileiro não divide mais a culpa em grave ou leve ESPÉCIES Consciente e inconsciente Consciente: o agente prevê o resultado, mas acredita que não ocorrerá/ Inconsciente: o agente não prevê um resultado presumível Própria e imprópria Própria: o agente não quer o resultado nem assume o risco de produzi-lo Imprópria: o agente prevê e quer o resultado, mas realiza a conduta por erro inescusável quanto à ilicitude do fato Mediata ou indireta O agente atinge indiretamente o resultado Presumida Não se presume culpa no atual Direito Penal MODALIDADES Negligência Omissão em relação à conduta que se devia praticar Imprudência Agir sem o cuidado objetivo Imperícia Somente pode ser praticado por quem tenha a capacidade de impedir o resultado se houvesse agido com o devido cuidado (culpa profissional)ELEMENTOS DO TIPO PENAL CULPOSO Conduta voluntária: ação/omissão Inobservãncia do dever objetivo de cuidado Resultado naturalístico involuntário Nexo causal Tipicidade Previsibilidade objetivo Ausência de previsão Se verifica quando o agente, deixando de observar o dever objetivo de cuidado, por imprudência, negligência ou imperícia, realiza voluntariamente uma conduta que produz um resultado naturalístico, não previsto nem querido, mas objetivamente previsível, e excepcionalmenteprevisto e querido, que podia, com a devida atenção, ter evitado O crime culposo não admite tentativa TIPO PENAL PRETERDOLOSO Conduta dolosa Resultado culposo mais grave que o pretendido É diferente dos demais crimes qualificados pelo resultado Culposo na conduta antecedente e doloso no resultado agravador Culposo na conduta antecedente e no resultado agravador É o que se verifica quando a conduta dolosa acarreta a produção de um resultado mais grave do que o pretendido pelo agente Não admite tentativa CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES COMUM Pode ser praticado por qualquer indivíduo, não exige nenhuma qualidade especial do agente (homicídio) PRÓPRIO Exige qualidade especial do agente, mas permite que a ação seja delegada a terceiro que não detenha essa qualidade (infanticídio) DE MÃO PRÓPRIA Além de exigir uma qualidade especial do agente, não permite delegação da execução criminosa (falso testemunho) MATERIAIS Para sua consumação exige que tenha obrigatoriamente resultado naturalístico (homicídio - alguém precisa morrer - , furto) FORMAIS Apesar de possibilitar sua existência, o resultado naturalístico é dispensável a sua consumação (extorsão mediante sequestro - basta a finalidade de obter vantagem - , calúnia - não importa se as pessoas acreditem ou não) DE MERA CONDUTA Não tem resultado naturalístico, passa a existir apenas com a conduta (violação de domicílio) UNISSUBSISTENTES Não admitem o fracionamento da conduta, somente uma conduta, assim, não admitem tentativa (injúri verbal) PLURISUBSISTENTES Admite que o agente pratique mais de uma conduta para a consumação do crime (homicídio - posso dar uma facada e um tiro) MONOSUBJETIVOS Podem ser praticados por um único agente (homicídio- posso matar alguém sozinho) PLURISUBJETIVOS Exige pluralidade de agentes para se enquadrar no tipo penal (associação criminosa - exige 3 ou mais pessoas) DE DANO O resultado normativo representa uma lesão a um bem jurídico tutelado (homicídio) DE PERIGO Se consumam apenas com o perigo de lesão ao bem jurídico (porte ilegal de arma de fogo) INSTANTÂNEOS Se consumam em um único momento (homicídio - momento da morte - o flagrante é mais difícil) PERMANENTES A consumação se prolonga no tempo (sequestro e cárcere privado - se consuma a todo momento) ERRO DE TIPO ERRO ESSENCIAL ERRO DE TIPO SOBRE ELEMENTAR Inescusável ou vencível: exclui o dolo, mas permite punir na modalidade culposa se prevista em lei Escusável ou invencível: exclui o dolo e a culpa, elementos da conduta, excluindo a tipicidade ERRO DE TIPO SOBRE CIRCUNSTÂNCIA Exclui a circunstância ERRO DE TIPO ACIDENTAL Erro sobre a pessoa, o objeto, as qualificadoras, o nexo causal, na execução e resultado diverso do pretendido não afastam a punibilidade penal pelo fato ERRO DE TIPO PERMISSIVO Erro relativo aos pressupostos de fato de uma causa de exclusão da ilicitude (exclui a tipicidade) Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. 1ª Etapa COGITAÇÃO 4ª Etapa CONSUMAÇÃO EXAURIMENTO 3ª Etapa PREPARAÇÃO a EXECUÇÃO 2ª Etapa PREPARAÇÃO Fase interna Fase externa Consiste na subsistência dos efeitos do crime após a sua consumação IT ER C R IM IN IS N Ã O F A Z P A R TE D O IT ER C R IM IN IS TENTATIVA (CONATUS) REQUISITOS Ausência de consumação por circunstâncias alheias a vontade do agente Dolo de consumação Início da execução do crime TEORIAS TEORIA OBJETIVA: a tentativa é punida em face do perigo proporcionado ao bem jurídico (regra) TEORIA SUBJETIVA: busca- se identificar a vontade do agente para designar a punição (exceção) ESPÉCIES BRANCA OU INCRUENTA: o objeto material não é atingido pela conduta do agente VERMELHA OU CRUENTA: o objeto material é alcançado pela atuação do agente PERFEITA OU ACABADA: o agente esgota todas as possibilidades que tinha a sua disposição e não consegue a consumação IMPERFEITA OU INACABADA: o agente ainda tinha meios disponíveis para a execução do crime, que não se consuma por circunstâncias alheias a sua vontade Art. 14, II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente Art. 14, § único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuida de 1 (um) a 2/3 (dois terços) (constitui-se em causa obrigatória de diminuição de pena) INADIMISSIBILIDADE DA TENTATIVA CRIMES CULPOSOS CRIMES PRETERDOLOSOS CRIMES UNISSUBSISTENTES CRIMES OMISSIVOS PRÓPRIOS OU PUROS CRIMES DE PERIGO ABSTRATO CONTRAVENÇÕES PENAIS CRIMES CONDICIONADOS CRIMES SUBORDINADOS À CONDIÇÃO OBJETIVA DE PUNIBILIDADE CRIMES DE ATENTADO OU DE EMPREENDIMENTO CRIMES COM TIPO PENAL COMPOSTO DE CONDUTAS AMPLAMENTE ABRANGENTES CRIMES HABITUAIS CRIMES-OBSTÁCULO Crimes que não admitem tentativa DESISTÊNCIA E ARREPENDIMENTO DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA Exclui a tipicidade e o agente só responde pelos atos até então praticados (art.15, CP) O agente, por ato voluntário, interrompe o processo executório do crime, abandonando a prática dos demais atos necessários e que estavam a sua disposição para a consumação ARREPENDIMENTO EFICAZ Exclui a tipicidade e o agente só responde pelos atos até então praticados (art.15, CP) Depois de já praticados todos os atos executórios suficientes à consumação, o agente adota providências aptas a impedir a produção do resultado ARREPENDIMENTO POSTERIOR Causa obrigatória de diminuição de pena de 1/3 a 2/3 (Art. 16, CP) Quando o responsável pelo crime praticado sem violência à pessoa ou grave ameaça, voluntariamente e até o recebimento da denúncia ou queixa, restitui a coisa ou repara o dano provocado por sua conduta CONCURSO DE PESSOAS REQUISITOS Pluralidade de agentes culpáveis Relevância causal das condutas para a produção do resultado Vínculo subjetivo Unidade de infração penal para todos os agentes Existência de fato punível CIRCUNSTÂNCIAS INCOMUNICÁVEIS (Art. 30, CP) 1° - as circunstâncias subjetivas não se comunicam 2° - as circunstâncias objetivas se comunicam 3° - comunicam-se sempre as elementares COOPERAÇÃO DOLOSAMENTE DISTINTA Art.29, § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave PUNIBILIDADE NO CONCURSO DE PESSOAS Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade PARTICIPAÇÃO DE MENOR IMPORTÂNCIA A pena pode ser diminuida de 1/6 a 1/3 PARTÍCIPE Quem tenha o intuito de colaborar para a conduta do autor e efetivamente colabore É a colaboração empreendida por duas ou mais pessoas para a realização de um crime ou de uma contravenção penal TEORIAS SOBRE CONCURSO DE PESSOAS AUTORIA SUBJETIVA OU UNITÁRIA Fundada na teoria da equivalência dos antecedentes não distigue autor de partícipe OBJETIVA OU DUALISTA OBJETIVO- FORMAL O autor é aquele que pratica o núcleo do tipo penal e o partícipe é aquele que de qualquer modo concorre para o crime sem praticar o verbo (o autor intelectual seria apenas partícipe) OBJETIVO- MATERIAL O autor é quem presta contribuição objetiva mais importante para a produção do resultado e o participe é aquele que concorre de forma menos relevante para a prática criminosa DOMÍNIO DO FATO (Welzel) AUTOR PROPRIAMENTE DITO: pratíca o núcleo do tipo penal AUTOR INTELECTUAL: planeja a empreitada criminosa AUTOR MEDIATO: se vale de um imculpável ou de pessoa que atua sem dolo e culpa para cometer o crime COAUTORES: quando o núcleo do tipo penal é realizado por mais de um agente EXTENSIVA Também fundada na teoria da equivalência dos antecedentes não distigue autor de partícipe, porém admite vários graus de autoria PARTICIPAÇÃO ACESSORIDADE MÍNIMA Basta o fato ser típico ACESSORIDADE LIMITADA* Fato típico + ilícito (o Código Penal, para a maioria da doutrina, adotou a teoria da acessoriedade limitada, ou seja, a participação é punida quando o autor realiza uma conduta típica e ilícita) ACESSORIDADE MÁXIMA OU EXTREMA* Fato típico + ilícito + praticado por agente culpável HIPOACESSORIDADE Fato típico + ilícito + praticado por agente culpável + punição efetiva do agente no caso concreto