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Diferença entre Reincidência e Maus Antecedentes

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REINCIDÊNCIA
 
	 
MAUS ANTECEDENTES
 
	 
Conceito
 
	É o fato que consiste em o agente praticar um novo crime, após o trânsito em julgado da sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.
	É a condenação penal transitada em julgado em desfavor do agente, que não poderá servir como reincidência, sob pena de bis in idem (Vide Súmula n.º 241 do STJ)[1]. No entanto, cabe ressaltar que, diante de mais de uma condenação penal transitada em julgado, é possível que uma sirva como reincidência e a outra como maus antecedentes.[2]
	 
Natureza jurídica
 
	É uma circunstância agravanteprevista no art. 61, I, CP, que deverá ser analisada pelo juiz na segunda fase da dosimetria da pena.
	É uma das circunstâncias judiciaisprevistas no art. 59 do CP, que deverá ser analisada pelo juiz na primeira fase da dosimetria da pena.
	 
Extinção
 
	Salvo nos casos de crimes militares próprios e políticos, não será considerada a condenação anteriorse entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos (art. 64, I, do CP). O Código Penal adota o sistema da temporariedade.
	Para o STF, adota-se a mesma regra prevista no art. 64, I, do CP (sistema da temporariedade), ou seja, cessam os efeitos dos maus antecedentes, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos.[3]
Já o STJ, por sua vez, tem o entendimento (sistema da perpetuidade) no sentido de que, mesmo após o transcurso do prazo de 5 (cinco) anos entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior, a condenação anterior ainda gerará maus antecedentes.[4]
 A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial.
[2] (…) Não há falar em bis in idem quando são consideradas condenações distintas para aumentar a pena na primeira fase, em razão dos maus antecedentes e na segunda fase, pela reincidência. (…) (STJ. HC 266712 SP. 6ª Turma. Min. Rel. Ericson Maronho, julgado em 16/06/2015).
[3] (…) Quando o paciente não pode ser considerado reincidente, diante do transcurso de lapso temporal superior a cinco anos, conforme previsto no art. 64, I, do Código Penal, a existência de condenações anteriores não caracteriza maus antecedentes.  (STF. 1ª Turma. HC 119200, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 11/02/2014).
[4] (…) Fica mantido o entendimento já pacificado por este Sodalício de que, mesmo ultrapassado o lapso temporal de cinco anos, podem, contudo, ser consideradas como maus antecedentes as condenações anteriores transitadas em julgado, nos termos do art. 59 do Código Penal. (STJ. 6ª Turma. HC 240.022/SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, j. em 11/03/2014)

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