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17/06/2013 1 Caracterização físico, química e biológica da água Prof. Priscila Soraia da Conceição e-mail: priscilas@utfpr.edu.br UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Francisco Beltrão PROPRIEDADES CARACTERÍSTICAS INERENTE AO FLUIDO, DESTINGUE- O DOS DEMAIS FLUIDOS DIFERENCIAM AS ÁGUAS NATURAIS ENTRE SI Propriedades da água Calor específico Quantidade de energia requerida, por unidade de massa, para elevar a temperatura de um fluido 1 cal = energia requerida para elevar em 1,0oC a temperatura de um grama de água O CALOR ESPECÍFICO DA ÁGUA É ALTO OU BAIXO? COMO ISSO PODE AFETAR POSSÍVEIS USOS DA ÁGUA? 17/06/2013 2 Massa específica Quoeficiente entre massa e volume de um fluido (Kg/m3) Água a 20C = 998 Kg/m3 ou 0,998 g/cm3 Água a 4C = 1.000 Kg/m3 ou 1,0 g/cm3 Figura 1 – Variação da massa específica em função da temperatura. COMO ISSO PODE AFETAR POSSÍVEIS USOS DA ÁGUA? Capacidade de dissolução A água apresenta elevada capacidade de dissolução; O tipo e quantidade de materiais dissolvidos depende basicamente de: Características pedológicas e geológicas, Usos do solo na bacia. 17/06/2013 3 Temperatura Característica das águas naturais “A qualidade de uma determinada água é função das condições naturais e do uso e ocupação do solo na bacia hidrográfica.” CONDIÇÕES NATURAIS Escoamento superficial Infiltração no solo Impacto: Partículas,substâncias e impurezas no solo Incorporação de sólidos em suspensão ou dissolvidos INTERFERÊNCIA ANTRÓPICAS Concentrada: geração de despejos domésticos ou industriais Dispersa: aplicação de defensivos agrícolas no solo Compostos na água Parâmetros físicos QUAL A PRINCIPAL RELEVÂNCIA DOS PARÂMETROS FÍSICOS NA CARACTERIZAÇÃO DE ÁGUAS PARA O ABASTECIMENTO PÚBLICO? 17/06/2013 4 Temperatura Mediação da intensidade de calor Causas Naturais: insolação (clima e latitude) Antrópicas: despejos industriais (águas de resfriamento, e outros processos produtivos Figura 2 - Médias aritméticas mensais da temperatura da água bruta em duas estações COMO A VARIAÇÃO SAZONAL DA TEMPERATURA DA ÁGUA PODE AFETAR OS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO? Para os sistemas de abastecimento: Temperatura dos cursos é inviável de ser controlada; Temperaturas elevadas apresentam maior rejeição pela população 17/06/2013 5 Portaria MS 2.914/2011 – Temperatura De acordo com os padrões de potabilidade não há um limite de temperatura. Relaciona temperatura ao uso de desinfectantes (cloro e ozônio). Cor Produto da reflexão da luz em determinados constituintes Causas Naturais: M.O. em decomposição Antrópicas: descargas de efluentes, lixiviação de áreas urbanas ou rurais COR VERDADEIRA COR APARENTE Após centrifugação (a 3500 rpm, por 30 min) ou filtração em filtro de papel Inclui sólidos suspensos e sólidos dissolvidos Unidade de cor: A determinação da intensidade da cor da água é realizada comparando-se a amostra com um padrão de platina-cobalto (Pt-Co): 1,0 mg de PLATINA e 0,5 mg COBALTO dissolvidos em 1 L de água. Sendo o resultado apresentado em unidade de cor (uC) ou unidade Hazen (uH). Solução = 1 uC ou uH 17/06/2013 6 QUAL A PRINCIPAL RELEVÂNCIA DA COR NA CARACTERIZAÇÃO DE ÁGUAS PARA O ABASTECIMENTO PÚBLICO? Portaria MS 2.914/2011 – Cor Valor máximo permitido (cor aparente) - 15 uC Turbidez Constitui uma interferência à passagem de um feixe de luz através da amostra em decorrência da presença de particulas suspensas Causas: Silte e argila; Descarga de esgoto Bactérias, algas e outros organismos Figura 3 - Médias aritméticas mensais da temperatura da água bruta em duas estações Figura 4 – Variação temporal da precipitação 17/06/2013 7 Unidade de turbidez Inicialmente a turbidez era medida em mg/L de sílica (SiO2): 1 mg/L de SiO2 = 1 unidade de turbidez (uT) = unidade Jackson de Turbidez (UJT) Atualmente as medidas de turbidez são realizadas com turbidímetros e nefelômetros: uT = unidade de turbidez UNT = unidade nefelométrica de turbidez 1 uT = 1 UNT = 1 UJT QUAL A PRINCIPAL RELEVÂNCIA DA TURBIDEZ NA CARACTERIZAÇÃO DE ÁGUAS PARA O ABASTECIMENTO PÚBLICO? Cidade Turbidez Cloro residual Casos/100.000 hab Hepatite Poliomelite A 1,0 0,8 130 --- B 0,66 --- 13,3 10,2 C 0,2 1,0 8,6 7,9 D 0,08 0,65 4,7 3,7 Relação entre a incidência de doenças causadas por virus e a qualidade da água filtrada em cidades situadas em um mesmo rio. Portaria MS 2.914/2011 – Turbidez Valor máximo permitido – 5 uT 17/06/2013 8 (PETROBRÁS, CARGO TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR, JUNHO DE 2008) A água não aparece na natureza em estado puro. Na condensação, durante a precipitação e as fases de escoamento superficial e de percolação, por ser um solvente universal, a água vai adquirindo impurezas. Para caracterização da qualidade das águas são coletadas amostras e realizadas análises para determinar as concentrações ou populações de indicadores químicos, físicos e biológicos. O indicador que tem a propriedade de desviar raios luminosos em decorrência da presença de material em suspensão na água, como argila, silte, substâncias orgânicas finamente divididas, organismos microscópicos e outras partículas, é denominado: (A) Turbidez (B) Dureza (C) Acidez (D) Alcalinidade (E) DBO Sólidos SÓLIDOS TOTAIS SÓLIDOS SUSPENSOS TOTAIS SÓLIDOS DISSOLVIDOS TOTAIS SÓLIDOS DISSOLVIDOS VOLÁTEIS SÓLIDOS DISSOLVIDOS FIXOS SÓLIDOS SUSPENSOS VOLÁTEIS SÓLIDOS SUSPENSOS FIXOS SÓLIDOS SEDIMENTÁVEIS SÓLIDOS SUSPENSOS TOTAIS SÓLIDOS NÃO SEDIMENTÁVEIS Sólidos totais → parcela que resta após evaporação em banho- maria e posterior secagem em estufa; Sólidos suspensos → porção dos sólidos totais que fica retida em um filtro (1,2 µm); Sólidos dissolvidos → diferença entre o valor de sólidos totais e o valor de sólidos suspensos. Sólidos fixos → porção dos sólidos que resta após a calcinação (550°C); Sólidos voláteis → porção dos sólidos que se perde após a calcinação. Sólidos sedimentáveis → porção dos sólidos em suspensão que sedimenta durante um período de uma hora, em repouso em um cone Imhoff. Portaria MS 2.914/2011 – Sólidos Valor máximo permitido (sólidos dissolvidos totais) – 1000 mg/L 17/06/2013 9 Sabor e odor Conceitos imensuráveis e intimamente relacionados Causas Naturais: algas, vegetação em decomposição, bactérias, fungos, compostos orgânicos. Antrópicas: esgotos domésticos e industriais. Figura 5 – Principais causas prováveis dos eventos de sabor e odor em função do tipo de manancial Figura 6 – Duração dos episódios de odor e sabor em função do tipo de manancial QUAL A PRINCIPAL RELEVÂNCIA DO SABOR E DO ODOR NA CARACTERIZAÇÃO DE ÁGUAS PARA O ABASTECIMENTO PÚBLICO? 17/06/2013 10 Portaria MS 2.914/2011 – Gosto e odor O padrão de potabilidade exige que a água seja insípida (sem sabor e gosto) e completamente inodora. Todavia, mesmo em nível internacional, não há metodologia estabelecida, bem como padrões de aptos a se inserir na rotina operacional das ETAs. Condutividade elétrica Indica a capacidade de transmitir corrente elétrica, em função da presença de substâncias dissolvidas que se dissociam em íons QUAL A PRINCIPAL RELEVÂNCIA DA CONDUTIVIDADE ELÉTRICA NA CARACTERIZAÇÃO DE ÁGUAS PARA O ABASTECIMENTO PÚBLICO? Intrusão de água salgada Locais com balanço hídriconegativo Portaria MS 2.914/2011 – Condutividade elétrica Não estabelece um valor máximo.
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