Buscar

HERMENÊUTICA JURÍDICA - IED

Prévia do material em texto

CALIEL CAIRO CAMILLO
GUILHERME ISIDORO MAZZUCO
RODRIGO SUAVE DA SILVA
HERMENÊUTICA JURÍDICA
Trabalho do Curso de Graduação em Direito da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI, como requisito para a aprovação no componente curricular de Introdução ao Direito.
Prof. Dr. André Leonardo Copetti Santos
Ijuí (RS)
2017
HERMENÊUTICA JURÍDICA
1.1 CONCEITO HISTÓRICO DE HERMENÊUTICA
Hermeneutica - do grego, provém do verbo hermeneuein (interpretar) e do substantivo hermenia (interpretação). O termo deriva do nome do deus da mitologia grega Hermes, o mensageiro dos deuses, a quem os gregos atribuíam a origem da linguagem e da escrita e considerado o patrono da comunicação e do entendimento humano.
	
1.2 CONCEITO DE HERMENÊUTICA TERMO GERAL
	Como citado acima, hermenêutica tem sua ascendência associada ao Deus Hermes. Buscando outros significados, podemos conceituar hermenêutica como sendo uma ciência para aplicação de interpretação, um conjunto de teorias direcionada a interpretação de algo, não somente textos escritos, mas em termo geral, a tudo que possa se conceder significado e sentido.
	
1.3 HERMENÊUTICA NO ÂMBITO JURÍDICO
	Podemos pretextar que, no âmbito jurídico, por meio da hermenêutica se faz possível a interpretação de normas e textos jurídicos, retirando-lhes o sentido objetivamente válido e determinando seus alcances.
	Para Carlos Maximiliano, a hermenêutica tem por intuito “o estudo e a sistematização dos processos aplicáveis para determinar o sentido e o alcance das expressões do direito.” [1] 
	Ainda nas palavras de Carlos Maximiliano, “A hermenêutica se aproveita das conclusões da filosofia jurídica, criando novos processos de interpretação e organizando-os de forma sistemática. A interpretação é a aplicação da hermenêutica. A hermenêutica descobre e fixa os princípios que regem a interpretação.” [3]
2 INTEGRAÇÃO DA NORMA JURÍDICA E ETIMOLOGIA
2.1 CONCEITO DE ETIMOLOGIA
	
	Toda palavra conhecida possui um significado e derivação de alguma outra palavra, que pode vir a pertencer a outro idima ou a uma lngua morta (extinta). Do grego etumología, a etimologia preocupa em encontrar os chamados étimos (vocábulos que originam outros) das palavras. Sendo assim, Etimologia é o estudo gramatical da origem e história das palavras, de onde surgiram e como evoluíram ao longo dos anos.
2.2 INTEGRAÇÃO DE NORMA JURÍDICA
	
	Utilização de uma das ferramentas de correção do sistema previstas no art. 4º da Lei de Introdução, como iremos ver.
	- ANALOGIA: O juiz utilizará uma norma aplicada a um caso semelhante. A analogia se divide em duas classificações, Analogia Legal (Analogia legis) como vimos acima, aplicação de uma norma já existente. Analogia Juriídica (Analogia juris) onde se utiliza um conjunto de normas para se extrair elementos que possibilitem a sua aplicabilidade ao casoconcreto não previsto, mas similar.
	- COSTUMES: Decorrem da prática reiterada, constante, pública e geral de determinado ato com a certeza de ser ele obrigatório. Observem que para ser utilizado deve preencher os elementos: uso continuado e a certeza de sua obrigatoriedade. Antigamente, os costumes desfrutavam de muito prestígio, tendo em vista a pouca legislação ou códigos de leis. Para que um comportamento da coletividade seja considerado como um costume, este deve ser repetido constantemente de forma uniforme, pública e geral, com a convicção de sua necessidade jurídica. secundum legem – que é aquele previsto em lei, A lei em seu próprio texto utiliza expressões como: “...segundo o costume do lugar...”. praeter legem – quando os costumes são utilizados de forma a complementar a lei nos casos de omissão, falta da lei. Exemplo clássico desta espécie de costume é o cheque pré-datado, o cheque é uma forma de pagamento a vista, porém é costumeiro que as pessoas o emitam como uma garantia de dívida, para uma data futura. contra legem (também denominado ab-rogatório) – é quando um costume é contrário a lei, o principal exemplo deste costume encontrado na literatura é o caso da compra e venda, que só é admitida, se verbalmente, até determinado valor, mas muitas vezes em cidades do interior as pessoas costumam fazer compras e vendas de gado em quantias muito altas com um simples acordo verbal e um aperto de mão. 
- PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO: Os PGD são regras abstratas, virtuais, que estão na consciência e que orientam o entendimento de todo o sistema jurídico, em sua aplicação e para sua integração. Antigamente, estes princípios eram muito utilizados na falta de lei escritas, mas, à medida que estes princípios foram se transformando em leis e sendo codificados, o seu uso foi sendo esquecido. Os princípios gerais do direito continuam na raiz de todos os sistemas normativos, e no caso de lacuna da lei, quando não for possível integrá-la por analogia e por costumes estes princípios serão utilizados pelo magistrado.
-EQUIDADE: É a equidade – a busca pelo justo - que a solução dada ao caso concreto produza justiça. (forma de integração que não consta no artigo 4º da LINDB, mas é utilizada pelos magistrados e por vezes cobrada nos concursos.)
2.2 CONCEITO DE ACEPÇÕES
	Acepção é o sentido em que se emprega uma palavra, que pode ter várias interpretações dependendo do contexto em que ela está inserida, é a compreensão, o entendimento, o significado. A acepção da palavra idiota, com o tempo teve seu significado modificado. Era usada para designar aquela pessoa que não ocupava um cargo público, hoje significa tolo, pateta.
3 TECNICAS DE INTERPRETAÇÃO DA NORMA JURÍDICA 
3.1 DAS TECNICAS
	Interpretação é buscar e fixar o sentido e alcance da norma. O advogado tem na interpretação seu instrumento de trabalho. Aliás, essa pode ser compreendida como uma das funções primordiais do Poder Judiciário que, por tese, conflitos sociais. Portanto, vamos, a partir de agora, descrever e explicar cada um dos meios de interpretação da norma jurídica.
 - INTERPRETAÇÃO GRAMATICAL (OU LITERAL/SEMÂNTICO)
	A interpretação gramatical busca o sentido e alcance da norma com base na gramática. Este método de interpretação é, atualmente, bastante criticado, não sendo interessante utilizado isoladamente. 
 - INTERPRETAÇÃO LÓGICA
	Este método de interpretação, usa a lógica para cehagar ao sentido e alcance do dispositivo. Procura a harmonia lógica das normas. Assim como a interpretação gramaticas, a interpretação lógica não leva em consideração elementos exteriores a norma(por exemplo, história, discussões no projeto de lei, etc.).
 - INTERPRETAÇÃO HISTÓRICA
	Diferente dos anteriores, este método de interpretação se apega a elementos exteriores à norma jurídica. Nesta espécie de interpretação o operador do Direito verifica pareceres históricos, discussões quanto ao projeto de lei, os fatos sociais que impulsionaram a criação da norma, dentre outros.
 - INTERPRETAÇÃO TELEOLÓGICA
	Por meio desta espécies de interpretação, o intérprete busca o sentido e alcance da norma verificando sua finalidade diante da realidade social atual.
 - INTERPRETAÇÃO ONTOLÓGICA
	Esta espécie de interpretação busca o propósito da norma quando enquadra em sua razão legal “ratio legis”

Continue navegando