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Espaço Biológico O que é? Gargiulo et al. (1961), em um estudo realizado através de microscopia em 287 dentes de 30 maxilares de cadáveres humanos, mensuraram as distâncias ocupadas pelo sulco gengival, epitélio juncional e inserção conjuntiva. Como resultado, foi obtida uma média de 0,69 mm de profundidade de sulco gengival (0 a 2,79 mm); 0,97 mm de epitélio juncional (0,71 a 1,35 mm) e 1,07 mm de inserção conjuntiva (0,44 a 1,56 mm), perfazendo uma distância de 2,73 mm da crista óssea alveolar à margem gengival. O termo “espaço biológico” foi pioneiramente descrito em 1962 e refere-se à distância compreendida entre a base do sulco gengival e o topo da crista óssea alveolar, sem a inclusão do sulco gengival nestas medidas. No entanto, Nevins & Skurow (1984), enfatizaram que o sulco gengival não é menor que 1,0 mm e deveria fazer parte do então chamado “espaço biológico”. Os autores também relataram que a crista óssea alveolar é recoberta por fibras de Sharpey que ocupam coronariamente uma distância aproximada de 1,0 mm. Existe controvérsia sobre a inclusão ou não do sulco gengival em suas medidas. Grande parte dos autores, baseada em Nevins & Skurow, inclui o sulco gengival como componente fundamental dos tecidos gengivais supra-crestais. Entretanto, alguns autores não consideram o sulco gengival como integrante dos tecidos gengivais supracrestais. Qual a sua importância? A integridade do espaço biológico é de suma importância para a manutenção da saúde gengival, uma vez que sua existência é fundamental para a aderência do epitélio juncional e da inserção conjuntiva à estrutura dentária. Fraturas radiculares, reabsorções dentárias, perfurações radiculares, preparos protéticos iatrogênicos e cáries são as causas mais comuns de invasão do mesmo. Parte dos autores, baseada em Nevins & Skurow, inclui o sulco gengival como componente fundamental dos tecidos gengivais supra-crestais. Entretanto, alguns autores não consideram o sulco gengival como integrante dos tecidos gengivais supracrestais. O estudo realizado por Gargiulo et al. preconizou um valor médio de 3,0 mm para a recuperação dos tecidos gengivais supracrestais. A maioria dos autores permanece adotando esta medida entre o término do preparo protético e o topo da crista óssea alveolar, nas cirurgias de aumento de coroa clínica com osteotomia. Maneiras de recuperá-lo: Quando existe uma cárie ou fratura subgengival e há a uma restauração protética, é importante que haja uma distância de pelo menos 3 mm entre a margem da coroa e o topo da crista óssea. Quando essa distância for menor que 3 mm, é necessária a execução da cirurgia denominada “aumento de coroa clínica”, com osteotomia. O objetivo desta cirurgia é remover o tecido ósseo até que o espaço biológico seja recuperado. Por necessitar acesso ao tecido ósseo, esta cirurgia é realizada por meio de retalho. Em algumas situações, o aumento de coroa clínica com osteotomia é contraindicado, por motivos estéticos; por exemplo, no caso de um dente anterior superior com fratura, situação na qual uma cirurgia ressectiva causaria uma sequela estética importante. Neste caso, uma possível solução seria a extrusão ortodôntica.Durante a extrusão, o periodontista realiza sessões de fibrotomia e raspagem, com o objetivo de manter a margem gengival e a crista óssea em suas posições. Técnicas: Gengivectomia - Gengivetomia e osteotomia Reposicionamento apical de retalho Cunha distal Tracionamento ortodôntico Passo a passo básico: Avaliação clínica e radiográfica Pré-cirúrgico Anestesia Incisão Remoção de tecido mole Raspagem da região Slice/Reanatomização dentária (RAI – RESTORATIVE ALVEOLAR INTERFACE) Osteotomia (se necessário) - sondar Sutura Cimento cirúrgico Parte do texto extraído do artigo: www.revistargo.com.br/include/getdoc.php?id=8052&article...pdf
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