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Cirurgia Periodontal de Aumento de Coroa Clínica

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Espaço Biológico (epitélio juncional + inserção conjuntiva): consiste na junção fisiológica gengivodentaria, 
compreendida entre a base do sulco e o topo da crista óssea, sendo composta apicalmente pela inserção 
conjuntiva supracrestal e, coronalmente, pelo epitélio juncional. Desse modo a medida do espaço biológico 
configura 
• Inserção Conjuntiva = 1,07mm 
• Epitélio Juncional = 0,69 
Quando se fala em invasão do espaço biológico se utiliza a distância do espaço biológico e não a distância 
biológica está a qual e refere a inserção conjuntiva + epitélio juncional + sulco gengival (2,73mm onde se 
arredonda para 3mm) 
 
Relação Espaço Biológico e Limites Protéticos e de Restauração 
• Rugosidade da interface dente-material protético: desajustes e imperfeições das margens bem como a 
exposição do cemento criam condições de acumulo de depósitos bacterianos que pode ser agravada por 
um ajuste malfeito ou pela projeção das margens gengivais, tendo uma relação direta entre a gravidade da 
doença periodontal. 
• Profundidade dos limites cervicais e sua inacessibilidade a escovação: a posição dos limites protéticos 
deve respeitar o espalho biológico, de modo que uma posição intrassucular das margens é mais 
prejudicial a saude periodontal que uma localização supragengival, portanto é preferível situar as 
restaurações fora do sulco quando não a imperativos estéticos, de modo a facilitar limpeza, no entanto, 
quando o preparo necessitar de acabamento estético, este deve se limitar ao sulco gengival. 
o A definição de um limite intrasucular fica confinada ao sulco, idealmente um limite de 
restauração não deve ser localizado a mais de 0,5 apical ao rebordo gengival e ou a mm 
coronalmente a crista óssea e a superfície radicular deve permanecer acessível ao contato da 
sonda 
o É de suma importância localizar a crista e a base do sulco no momento do exame clínico e 
radiográfico. 
o Caso o complexo dento gengival medir mais de 3mm a crista óssea alveolar é baixa, assim o 
limite pode se situar a mais de 1mm apicalmente a gengiva marginal livre, não a risco de violar o 
espaço biológico, nesta situação, mas pode surgir uma recessão gengival independente da 
manipulação dos tecidos 
• Formas de Contorno: 
• Os limites intrassuculares favorecem a retenção por: 
o Rugosidade ou porosidade na superfície dos materiais protéticos; 
o Rugosidade da interface dente-material protético com lacunas, 
o Imperfeições e ou cimento exposto agravado por ajuste malfeito ou ela imperfeição das margens 
cervicais 
o Profundidade dos limites cervicais e sua inacessibilidade a escovação; 
o Maior patogenicidade da flora subgengival; - forma defeituosa de contorno das coroas 
Efeitos da Violação do Espaço Biológico 
Os objetivos do termino cervical do preparo são obter resistência e retenção da reconstrução, ter acesso as 
superfícies dentarias sadias subgengivais e respeitar ou reestabelecer a estética. Clinicamente o termino cervical 
do preparo pode se tornar iatrogênico para os tecidos periodontais e o espaço biológico pode ser violado 
intencionalmente ou por inadvertência. 
As caudas da violação do espaço biológico são: 
2,04mm 
Cirurgia Periodontal de Aumento de Coroa Clínica 
• Acesso as estruturas dentarias sadias (fratura subgengival, perfuração radicular, restauração anterior, carie 
subgengival, defeitos de reabsorção, traumatismos); 
• Aumento da altura da preparação (carie ou fratura) coroa naturalmente curta ou erupção passiva 
incompleta 
• O não respeito aos fatores gengivais 
• A identificação inadequada da profundidade do sulco 
Uma inflamação persistente do periodonto marginal em torno das restaurações deve levar a suspeita de que o 
espaço biológico não está sendo respeitado levando a uma inflamação que pode ser 
• Aguda: é caracterizada pelo aparecimento de modificações vasculares e celulares que levam a uma 
deterioração dos constituintes teciduais se manifestando clinicamente por bolsas gengivais; edema e 
vermelhidão; aumento da tendencia dos tecidos moles a sangrar na sondagem mesmo quando esta é 
praticada com delicadeza; dores. 
• Crônica: se caracteriza pela presença de tecido granulomatoso, aparecimento de lesões periodontais 
causando a formação de uma bolsa periodontal com destruição da inserção conjuntiva, perda de tecidos 
de sustentação, reabsorção óssea profunda e as vezes reabsorção radicular. 
É importante salientar que a mera violação do espaço biológico não provoca obrigatoriamente tais reações 
explicitadas, dependendo do número de fibras interdentais que recobria a crista óssea, orientação e densidade; 
densidade do trabeculado do osso proximal; localização dos vasos e seus pontos de emergência na crista óssea e 
as interações imunitárias individuais entre o hospedeiro e as bactérias. 
Se o espaço biológico é violado segundo a espessura da gengiva queratinizada e o osso subjacente aparecera uma 
recessão gengival ( faces finas) ou a formação de bolsa periodontal. 
Em resumo, os fenômenos patológicos associados a agressão do espaço biológico pode levar a 4 situações 
patológica 
• Bolsa infraossea 
• Recessão gengival e lise óssea localizada 
Papel da Gengiva Inserida (Queratinizada) 
É a distância entre a junção muco gengival e a projeção externa do fundo do sulco 
gengival ou bolsa periodontal. Esta varia de acordo com a região, sendo maior na dos incisivos (3,5 a 4,5mm na 
maxila e 3,3 a 3,9 na mandíbula) e mais estreita nos dentes posteriores (1,9 na maxila e 1,8 na mandíbula). 
A mesma serviria como meio de preservação da saude dos tecidos periodontais marginais e na prevenção de uma 
perda continua de inserção conjuntiva, protegendo o periodonto de agressões causadas pelas forças de fricção 
mastigatórias e para dissipar as trações criadas pelos músculos adjacentes a mucosa alveolar radicular (funciona 
como uma barreira física contra bactérias – a queratina também impede o avanço bacteriano. 
Desse modo essa barreira física deve ser respeitada e por isso é importante saber o quanto de gengiva 
queratinizada o paciente tem: o ideal é que o paciente permaneça com 2mm de gengiva queratinizada após o 
procedimento. 
De modo que a posição subgengival dos limites protéticos e de restaurações produziriam meais inflamação em 
uma faixa estreita de gengiva que seria de menos de 2mm, se comparado com áreas com faixa mais larga. 
• Ex.: paciente com 4mm de gengiva queratinizada e precisa tirar 2mm = fica no limite. 
• Ex.: paciente com 1mm de gengiva queratinizada: nem sempre precisa realizar uma técnica cirúrgica para 
devolver a queratinização do tecido, pois nem todo paciente com pouca gengiva queratinizada precisa 
dessa técnica. 
 
Restauração do Espaço Biológico por Aumento Cirúrgico da Coroa Clínica 
Varias situações patológicas podem ter como consequência o avanço sobre o espaço biológico produzindo então 
uma resposta inflamatória aguda ou crônica, as quais podem ser: 
• Fraturas e fissuras 
• Trincas 
• Caries 
• Reabsorções 
• Fatores iatrogênicos, tais como perfurações e as preparações subgengivais 
• Margens defeituosas de restaurações 
E o espaço biológico quando invadido tende a se recriar com o tempo por meio de uma reabsorção óssea não 
controlada e de uma migração apical do epitélio juncional. 
Quando o espaço biológico for violado na face vestibular ou lingual o resultado é uma recessão gengival 
principalmente se os tecidos forem finos, ou bolsa. Isso consiste numa espécie de autocorreção mas gera uma 
relação antiestética. Já nas faces proximais, quando este espaço é violado é mais comum que haja uma 
inflamação crônica. 
Devido a essa reabsorção óssea pode ocorrer fraturas em apito ou bico de flauta na face palatina dos dentes. Todo 
esse panorama acaba por levar a necessidade um aumento de coroa clínica como forma de restaurar o espaço 
biológico e diminuir as consequências deletérias da invasão deste espaço 
Fissuras e fraturas usualmente são longitudinaise raramente podem ser tratadas por um aumento de coroa, 
usualmente gerando exodontia do elemento afetado. 
Caries subgengivais mais próximas e em forma de ampola podem envolver o espaço biológico de modo que a 
deve se realizar o aumento de coroa antes do tratamento restaurador a fim de visualizar bem e suprimir o tecido 
carioso. 
Fatores iatrogênicos, infelizmente, são comuns, tais quais perfurações por tratamento endodôntico as quais se na 
zona cervical podem envolver o espaço biológico gerando necessidade e aumento de cora para “salvar” o dente. 
Problemas ligados aos limites das preparações protéticas e dentistica são a infiltração cariosa da junta dento 
protética defeituosa e ou em um paciente predisposto a carie e a super extensão apical da preparação, o que se 
deve a uma técnica inadequada de proteção do espaço biológico. De modo que se for visto que a uma altura 
coronária baixa o dentista pode se valer de meio de retenção secundaria adicionais e ou recorrer ao aumento de 
coroa clínica. 
Principais Causas do Aumento de Coroa Clínica 
• Anatomia radicular (extensão e forma 
• Saude do complexo dento gengival 
• Os vãos 
• Estética 
• Estado endodôntico do dente 
• Importância do dente 
• Extensão apical da fratura e pi carie 
• Nível da Cris alveolar 
• Extensão apical Inter proximal de antigas restaurações 
• Relação cora clínica/raiz clínica 
Escolhas Terapêuticas em Relação ao Nível de Lesão (Fratura, perfuração, carie, reabsorção) 
• Sistema de inserção Supracrestal – aumento cirúrgico da coroa clínica 
• Rebordo Ósseo- aumento cirúrgico ou ortodôntico da coroa clínica 
• Mais de 1mm apicalmente ao rebordo ósseo – ortodontia ou extração 
Escolha do Tipo de Intervenção em Função do Tecido Queratinizado 
O tipo de intervenção vai depender da quantidade de tecido queratinizado, que , por sua vez, depende da face em 
questão e ou do tipo de periodonto. O exame clínico evidencia a altura de tecido queratinizado, que pode ser 
classificado em três categorias para se escolher o tipo de intervenção 
• Grande superior a 5mm: situação ideal para dentistica restauradora, o tecido excedente pode ser 
sacrificado por gengivectomia,. A intervenção vai consistir em um retalho sem deslocamento em bisel 
interno e osteotomia. 
• Média: a gengiva deve ser integralmente conservada, a intervenção será um retalho posicionado 
apicalmente. 
• Tecido ausente ou insuficiente ou seja, menor ou igual a 1mm: é encontrado frequentemente nas faces 
vestibulares dos dentes mandibulares e sobretudo nos setores laterais, a intervenção consiste em realizar 
um enxerto gengival em primeiro tempo e dois meses mais tarde u um retalho posicionado apicalmente 
com osteotomia, pode se ainda realizar o enxerto e osteotomia de uma vez. 
Plano de Tratamento 
1. Exame clínico e radiográfico; 
2. Ensino da higiene, remoção de cálculo e ,eventualmente, raspagem radicular; 
3. Remoção de restaurações defeituosas, eliminação dos tecidos infiltrados e próteses provisórias 
4. Tratamento endodôntica 
5. Reavaliação 
6. Cirurgia 
Instrumentais Cirurgia de aumento de Coroa Clínica 
1. Avaliação → Kit clínico (Espelho, pinça, sondas de perigo) 
2. Anestesia → Carpule 
3. Incisão → cabo de bisturi (Kirkland e Orban) e lâmina 15C (menor, mais delicada, e pode ser utilizada 
em qualquer cirurgia periodontal básica) ou 15 
4. Afastamento do Retalho → Molt 2/4 ou Molt 9 ou Buser. 
5. Remoção de Tecido Granulomatoso → gengiva que fica na região interproximal e gera um 
sangramento constante que atrapalha a visualização): tesoura Goldman-Fox (nem sempre usa em todos os 
casos) e cureta Goldman-Fox (específica para tecidos moles) ou Gracey e McCall. 
6. RAR → Curetas 
7. Remoção Óssea → Cinzel, Ponta Diamantada (esférica e troncocônica) , Lima p/ Osso 
8. Sutura → Tesoura, Porta-Agulhas Castroviejo (mais delicado) e Pinça 
9. Aplicação do Cimento Cirúrgico → em algumas cirurgias (poucas) é preciso utilizar o cimento 
cirúrgico. É utilizada uma espátula para manipulação de cimento. Utilizado para proteger a região e 
facilitar a cicatrização, mas também acumula biofilme. 
 
Incisões: 
A técnica mais básica inclui 2 tipos de incisões: horizontais (bisel interno, externo e sucular) e verticais. 
• Horizontais 
o Bisel Interno: A lâmina de bisturi 15C é posicionada em uma leve 
inclinação (45º) no sentido apical. Assim, o tecido conjuntivo (ferida 
cirúrgica) fica por dentro do retalho e em cima da coroa do dente. Com a 
sutura, o tecido permanece por dentro do retalho. 
 
o Bisel Externo: A lâmina de bisturi 15C é posicionada em uma leve inclinação 
(45º) no sentido incisal/oclusal. Assim, o tecido conjuntivo (ferida cirúrgica) fica 
exposto ao lado externo. Mesmo com a sutura, o tecido conjuntivo fica exposto e 
sangrante. 
 
o Sucular 
▪ Lâmina no sulco gengival, acompanhando contorno da margem 
▪ Prof geralmente faz o Bisel Interno + Sulcular e o colarinho sai 
inteiro 
▪ A lâmina de bisturi é inserida no sulco gengival paralela ao longo 
eixo do dente. Geralmente é feita uma incisão do tipo 
intrasulcular e uma do tipo bisel interno: elas se encontram no sentido apical e todo o 
tecido (colarinho) é removido (cirurgia de aumento de coroa estético). Para remover o 
colarinho de maneira estética, é preciso fazer as incisões intra-sulcular e bisel interno até a 
crista óssea. 
o Interdental 
▪ Com bisturi de Orban ou Kirkland 
▪ Casos em que precisa remover a papila (hiperplasia papilar) 
• Vertical 
o Relaxantes 
▪ Base maior que altura para manter o suprimento sanguíneo 
(prevenir necrose do tecido e recessão gengival). 
▪ Afastadas da papila e o zênite 
▪ Usa pouco 
 
Tipos de Retalho: 
▪ Retalho Parcial: 
o Deixamos uma parte do tecido conjuntivo (periósteo) recobrindo o osso 
o Usamos bisturi para dividir o tecido mole: uma parte é levantada e outra parte fica por cima do 
osso 
o Por quê? Por conta da sutura, podemos usar esse tecido que recobre o osso para suturar a parte do 
tecido que foi levantada 
o Indicação → quando vamos remover apenas tecido mole (hiperplasia) 
 
▪ Retalho Total: 
o É o descolamento do tecido ósseo, descolamos o tecido por inteiro, enxergando diretamente o 
osso para reestabelecer o espaço biológico. 
o Usamos descolador para destacar o tecido mole e o periósteo do osso 
o É o que fazemos na exodontia 
o Indicação → quando vamos remover osso (restabelecer espaço biológico) 
Em alguns casos pode ser utilizado os dois retalhos no mesmo procedimento. 
Nomenclaturas: 
• Gengivectomia 
o Excisão da parede de tecido mole da bolsa periodontal patológica 
o Conceito antigo, usava a gengivectomia como tratamento, não se fazia RAR, removia-se a bolsa 
o O tratamento não se usa mais, porém a técnica ainda existe 
o Usamos esse termo quando vamos remover tecido em altura (hiperplasia) 
• Gengivoplastia 
o Eliminação de tecido gengival marginal p/ restabelecer anatomia e função 
o Só mudar o contorno 
• Osteotomia 
o Remoção de osso de suporte em altura com contorno apical. A crista óssea sobe no sentido apical 
(restabelece o espaço biológico). 
• Osteoplastia 
o Realização de contorno do tecido ósseo sem remoção do osso de suporte (remodelação do osso 
alveolar). Muito utilizada para reduzir a espessura (volume) do tecido ósseo e deixá-lo mais fino. 
o Mudar o contorno 
 
Geralmente utilizamos técnicas associadas. Fazemos Gengivectomia e Gengivoplastia no mesmo 
procedimento, e o mesmo ocorre com Osteotomia e Osteoplastia. 
 
Terapia Cirúrgica no Tratamento da Doença Periodontal: 
Raspagem em Campo Aberto / Acesso para Raspagem → Técnica que envolve o descolamento da gengiva para 
enxergar a superfície radicular e realizar RAR de maneira mais eficiente. 
Prof cita o exemplo: paciente passou por tratamento de RAR convencional, voltou para reavaliação, percebemos 
que o paciente aderiu ao tratamento periodontal e conseguiu bons índices de biofilme, SS, porém ainda tem 
sinais de inflamação em determinadossítios, em decorrência de cálculo bastante profundo. Nesses casos, 
podemos recorrer à Raspagem em Campo Aberto. Se o paciente passou por tratamento e apresenta índices de 
biofilme e SS ruins, ele precisa de IHO e não de cirurgia. 
 
Passo a Passo Cirurgia Periodontal 
1. Mede a distância de colarinho que queremos remover com uma sonda 
a. A medição pode ser feita sem abrir retalho – anestesia o paciente e empurra a sonda periodontal 
no sulco gengival até a crista óssea. Outra opção é realizar uma tomografia. 
2. Perfura em 3 pontos → Pontos Sangrantes 
a. A sonda periodontal pode ser posicionada na vestibular para medir a distância da incisão: são 
feitos pontos sangrantes que são unidos com o bisturi. Se o paciente não tem 3mm da crista óssea 
até o preparo, é preciso desgastar o osso para conseguir os 3mm 
3. Une os 3 pontos com a lâmina → Bisel Interno 
4. Remove o colarinho 
5. Limpa todo tecido granulomatoso 
6. Remove a quantidade de osso necessária p/ deixar 3mm até o preparo 
7. Sutura com ponto simples nos pontos de contato (papilas) → nylon 0-5 de modo a recobrir a crista óssea 
em cerca de 1mm ou mesmo 2mm. 
8. 
• Ressecção Óssea (osteotomia + osteoplastia) 
Conduz se a redução óssea combinando instrumentos rotatórios e manuais. Esse procedimento deve 
seguir o contorno gengival respeitando a morfologia óssea fisiológica. 
Primeiro é delimitada a quantidade de osso a suprimir traçando se uma garganta ao nível apical desejado 
e, depois, desbasta se a ressecção óssea para deixar apenas uma fina película sobre a superfície radicular. 
Em seguida com os instrumentos manuais termina se o trabalho até o contato radicular. O osso 
interdentarios por fim é extirpado com ajuda de brocas redondas muito finas e de tesouras manuais 
É essencial haver uma distância de cerca de 3mm entre a crista óssea e o futuro limite protético, o que 
deixa 2mm para o espaço biológico e 1mm entre o fundo do sulco e o limite protético. 
É importante salientar que somente depois de ter estabelecido a nova posição limite protético que a 
distância de 3mm é delimitada e que se inicia a redução óssea 
 
Tratamento Cirúrgico Para Hiperplasias: 
• A técnica de gengivectomia tem como objetivo remover 
tecido gengival para dar um resultado estético. A ideia é 
fazer uma incisão do tipo bisel externo (para que o tecido conjuntivo fique exposto) e remover toda a 
hiperplasia presente. 
• A ordem da técnica: fazer sondagem intrasulcular e medir o quanto de hiperplasia o paciente tem. Retirar 
a sonda do sulco, colocar na face vestibular e medir a quantidade que será removida e fazer os pontos 
sangrantes (mesial, mediana e distal), que serão unidos pelo bisturi de Kirkland: 
• Em seguida é feita uma incisão interdental (para remover parte da papila) com o 
bisturi de Orban para remover todo o colarinho. A tesoura de Goldman-Fox pode 
ser utilizada para dar acabamento (para que nenhum degrau seja formado e a 
gengiva fique lisa). 
o OBS: esteticamente falando, não dá para generalizar a medida de 3mm 
(distância da crista óssea alveolar até a junção cemento-esmalte), pois 
isso depende do fenótipo (em alguns pacientes essa distância de 3mm 
pode gerar uma retração gengival). No caso de invasão do espaço 
biológico, a regra é generalizada (sempre 3mm). 
o Ex.: “Vou remover 2mm de gengiva de um paciente com fenótipo fino” = isso significa que o 
paciente só precisa de 2mm para formar inserção conjuntiva, epitélio juncional e sulco gengival (o 
tecido é tão fino que só precisa de 2mm). Se generalizar a regra dos 3mm e tirar 1mm a mais, 
quando o tecido cicatrizar, vai formar tudo nos 2mm e vai sobrar o espaço de 1mm (a raiz vai 
ficar exposta). Já em caso estético de paciente com fenótipo espesso demais, é possível retirar até 
mais de 3mm (até 4mm), pois o tecido é tão espesso que precisa de mais espaço para acomodar a 
formação de inserção conjuntiva, epitélio juncional e sulco gengival. 
• Em caso de dúvida é preferível deixar 1mm de margem de segurança (tirar menos) e acompanhar a 
cicatrização do tecido. 
 
Técnica de Cunha Distal ou Paralela 
Utilizada em casos de excesso de tecido na face distal de molares. Não há remoção de 
osso, apenas tecido mole. 
• Técnica de cunha distal em “V”: uma incisão intrasulcular é feita por vestibular 
e lingual, que devem se encontrar na face distal do molar, formando um “V” (até 
a crista óssea). Todo o tecido exposto no meio do “V” é removido e depois é feita 
uma sutura. 
 
 
• Técnica de cunha distal modificada (em “H”): são feitas 3 incisões, 
formando um “H”. Todo o tecido exposto no meio do “H” é removido e 
depois é feita uma sutura. 
 
Prazo de Cicatrização e Efeito Ricochete 
O prazo final de cicatrização não esta totalmente estabelecido, em geral se propõe cerca de 3 a 6 meses. Após o 
aumento cirúrgico da coroa clínica no periodonto sadio, também se produz um efeito ricochete cuja amplitude é 
difícil controlar, mas que pode ser atenuado por uma ressecção óssea importante e por um recobrimento maior do 
rebordo ósseo pelo retalho 
 
Limites do Aumento Cirúrgico da Coroa Clínica 
• Estetica 
• Relação Coroa/raiz (ressecção óssea limita se a relação 1/1 cora raiz) 
• Relação com dentes contíguos (evitar o sacrifício excessivo de osso nos dentes colaterais) 
• Altura do tronco radicular nos molares ( um tronco radicular curto pode evitar o aumento pois ao abrir o 
espaço pode se alcançar o espaço interradicular na ressecção óssea o que pode levar a uma patologia) 
• Proximidade radicular 
• Solução de substituição

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