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Tarsila do Amaral nos anos 20. A artista em mostra de 1926. Autorretrato, Tarsila do Amaral, 1924. Óleo sobre placa de madeira aglomerada. 38 cm x 32,5 cm. Coleção do Governo do Estado de São Paulo. Autorretrato, Tarsila do Amaral, 1923. Vida de Artista... Tarsila do Amaral (1886 – 1973). Pintora brasileira de renome internacional, com atuação marcante no panorama artístico brasileiro. Por sua obra ser muito ampla, destacamos três fases: fase Pau-Brasil, na qual Tarsila retrata aspectos da vida brasileira (paisagens, cidade grande, tipos regionais) usando um colorido forte com predominância de tons azuis e rosas. Fase Pau-Brasil - São Paulo, Tarsila do Amaral, 1924. Tarsila do Amaral iniciou sua pintura, influenciada pelo conservadorismo com que o modernismo, do qual ela mesma se tornaria mestra, rompeu mais tarde. A própria artista comentou em entrevistas que os seus primeiros professores a ensinaram que não deveria usar demasiado as cores, nem fazer representações de qualquer coisa que fosse caipira como os temas populares. Fonte: http://obviousmag.org/pintores-brasileiros/tarsila_do_amaral/as-fases- artisticas-de-tarsila-do-amaral.html. Acesso: 29/05/2019. Fase Pau - O Pescador, 1925, Tarsila do Amaral. Fase Pau Brasil - O Postal, 1928, Tarsila do Amaral. Fase Pau Brasil – A Paisagem com Touro, 1924, Tarsila do Amaral. A obra de Tarsila, no entanto, já na sua primeira fase, a Pau-Brasil, rompe completamente com qualquer tipo de conservadorismo e enche-se de formas e cores ao exemplo de tudo que a artista havia visto na sua viagem de "redescoberta do Brasil" com os seus amigos modernistas. Suas obras nesse período, que se inicia em 1924, refletem além de tudo temas tropicais brasileiros, a exaltação da fauna, flora, as máquinas, os trilhos símbolos da modernidade urbana que contrastavam com a riqueza e diversidade de todo o país. Fonte: http://obviousmag.org/pintores-brasileiros/tarsila_do_amaral/as-fases- artisticas-de-tarsila-do-amaral.html. Acesso: 29/05/2019. Fase Pau Brasil - A Feira, 1924, Tarsila do Amaral. Fase Pau Brasil - Morro da Favela, 1924, Tarsila do Amaral. A segunda fase da artista, a Antropofágica, foi idealizada pelo seu marido na época, Oswald de Andrade. Nesse momento eles buscavam digerir influências estrangeiras, que eram comuns à época, para que a arte feita por eles tivesse feição mais brasileira. Tarsila pinta um quadro de presente para o Oswald chamado Abaporu, palavra indígena que significa "homem que come carne humana", no sentido de que eles iriam "comer" as técnicas estrangeiras para digeri-las em obras que fossem precipuamente brasileiras. Essa obra da artista, em 1928, inaugura o movimento antropofágico dentro do modernismo. Fonte: http://obviousmag.org/pintores-brasileiros/tarsila_do_amaral/as-fases- artisticas-de-tarsila-do-amaral.html. Acesso: 29/05/2019. Fase Antropofágica - Abapuru, Tarsila do Amaral. 1. Cacto O cacto é um elemento característico da flora nordestina e, portanto, uma imagem empregada simbolicamente para retratar a brasilidade. Como é uma planta típica de lugares áridos, o cacto é uma lembrança da seca e da resistência e estabelece um paralelo com o povo brasileiro, celebrado pela sua capacidade de resiliência. Vale lembrar que o cacto retratado por Tarsila é, assim como o chão, verde, uma cor muito cara à identidade nacional devido à sua forte presença na bandeira. Abapuru, Tarsila do Amaral. Abapuru, Tarsila do Amaral. 2. Sol Símbolo do calor e da energia que propicia a vida, o sol pintado por Tarsila também impõe condições de trabalho duras aos funcionários rurais. Na tela é curioso que a figura do sol seja semelhante à representação de um olho, que está posicionado acima da figura e do cacto, parecendo observar a cena. Na composição da obra, o local escolhido para o sol é de centralidade e intermédio entre o cacto e o rosto humano. Parece que a luz emana e permite a vida tanto da flora quanto da fauna. O amarelo do sol - assim como o azul do céu - está também presente na cor da bandeira nacional imprimindo à obra mais um traço de brasilidade. Abapuru, Tarsila do Amaral. 3. Cabeça pequena A cabeça deformada é dos elementos que mais chama a atenção diante do corpo desproporcional imaginado por Tarsila. Não por acaso, a pintora nomeou o sujeito como "figura monstruosa". Não se consegue distinguir bem as feições da criatura em questão, por isso não sabemos se se trata de um homem ou de uma mulher. Sem boca, não é possível interpretar com segurança a expressão da personagem com cabeça de alfinete, exceto pelo fato de estar com a face apoiada no braço (seria um sinal de cansaço?). Alheio(a) ao que se passa ao redor, o rosto também não apresenta orelhas e se encontra muito próximo do sol. Uma das teorias mais divulgadas entre os especialistas é que a cabeça pequena é um sinal da condição da desvalorização do trabalho intelectual no nosso país. Abapuru, Tarsila do Amaral. 4. Pé e mão enorme O protagonista (ou a protagonista?) escolhida por Tarsila é uma figura extremamente desproporcional, especialmente se formos comparar as dimensões da cabeça e dos membros direitos (os membros esquerdos estão omitidos). Ele(a) brota da Terra, assentado(a) no chão, assim como o cacto, mostrando-se intimamente ligado(a) ao solo. Os pés e as mãos ampliados destacam o sofrimento do trabalhador brasileiro, a demasiada importância dada à força braçal e ao trabalho físico em oposição à desvalorização do trabalho intelectual. Outra leitura possível para o tamanho enorme do pé é o desejo da pintora sublinhar a conexão do homem com a Terra. Releitura Romero Brito. Fase Antropofágica - Antropofagia, 1929, Tarsila do Amaral. Fase Antropofágica - Sol Poente, 1929, Tarsila do Amaral. Fase Antropofágica – A cuca, 1924, Tarsila do Amaral. Fase Antropofágica - O sono, 1928, Tarsila do Amaral. Fase Antropofágica - O Lago, 1928, Tarsila do Amaral. Fase Antropofágica - A Lua, 1928, Tarsila do Amaral. A terceira e última grande fase na obra de Tarsila é a Social. Em 1933, a partir do quadro Operários, a artista inaugura uma fase de criações voltadas para os temas sociais da época, a situação dos trabalhadores etc. Mais tarde, a pintora irá retomar temas de fases passadas, além de inserir novos elementos e temas como o religioso. Fonte: http://obviousmag.org/pintores-brasileiros/tarsila_do_amaral/as-fases- artisticas-de-tarsila-do-amaral.html. Acesso: 29/05/2019. Fase Social - Os Operários, 1933, Tarsila do Amaral. Fase Social - Segunda Classe, 1933, Tarsila do Amaral. Fase Social - Crianças Orfanato, 1935, Tarsila do Amaral. Fase Social - Garimpeiros, 1938, Tarsila do Amaral.
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